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A Oeste… Tudo de novo

A nova campanha de promoção de Portugal no exterior quer posicionar o país a oeste para colá-lo à modernidade e à inovação.Pedro Bidarra, criador do conceito Europe's West Coast, acredita […]

Filipe Pacheco
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A Oeste… Tudo de novo

A nova campanha de promoção de Portugal no exterior quer posicionar o país a oeste para colá-lo à modernidade e à inovação.Pedro Bidarra, criador do conceito Europe's West Coast, acredita […]

Filipe Pacheco
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A nova campanha de promoção de Portugal no exterior quer posicionar o país a oeste para colá-lo à modernidade e à inovação.Pedro Bidarra, criador do conceito Europe's West Coast, acredita que esta é uma ideia diferenciadora e que vai ajudar a mudar a percepção internacional do país. Profissionais da comunicação ouvidos pelo M&P têm dúvidas quando aos resultados

Ocenário não podia ser mais simbólico para a apresentação da nova campanha de promoção do país no estrangeiro. Foi no pavilhão de Portugal do Parque das Nações, em Lisboa, que o ministro da Economia, Manuel Pinho, apresentou esta segunda-feira uma campanha que pretende diminuir o défice de imagem que país tem no exterior

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Logo a abrir a apresentação, o ministro da Economia, Manuel Pinho, não quis deixar de lamentar esta realidade. "O nosso país tem muito mais valor do que muitos pensam, mas passa relativamente desapercebido". Posto isto, e uma vez identificado o problema, o ministro colocou a ênfase no conceito que a campanha tem por base, Europe's West Coast, referindo que "o oeste está associado à descoberta e à inovação", sendo que "pertencer à Europa é sempre uma mais-valia para Portugal". A ideia é fazer descolar o país da imagem do sul da Europa, para reposicioná-lo como uma marca virada para o Atlântico, com os valores de inovação e criatividade que lhe são inerentes.

Os oitos nomes que se juntaram à iniciativa para serem fotografados por Nick Knight, entre os quais se contam José Mourinho, Mariza ou Cristiano Ronaldo, foram dados como exemplos de portugueses de excepção, símbolos de um Portugal vencedor e inovador, e referidos pelo ministro como "uma nova geração de talentos a nível mundial, com garra para se afirmar num mundo global". Inovação que, de resto, vem nesta promoção associada ao tema das energias renováveis, escolha que o ministro justificou com o facto desta ser uma área em que "somos dos países com maiores índices de crescimento a nível mundial".

Mas a estes aspectos, Pinho veio ainda acrescentar a importância da data do arranque da campanha que pretende promover de forma transversal a imagem do país no exterior. "Sou adepto da ideia de contágio através da qual vão acontecendo pequenas mudanças, até ocorrer o tipping point", que, no caso, disse ser o da assinatura do Tratado Reformador.

As explicações

Em declarações ao M&P, Pedro Bidarra, o autor do conceito e da campanha, realça a importância do diagnóstico realizado pela BBDO e pelo ICEP. "O diagnóstico vem dizer muito claramente que a realidade portuguesa de hoje e a percepção que os estrangeiros têm de Portugal não são equivalentes. Nós somos melhores, nós somos mais desenvolvidos, somos mais competitivos, somos mais criativos do que aquilo que o estrangeiro acha que nós somos", diz. As consequências tornam-se, portanto, óbvias: "Quando há esse défice de percepção e quando nos vêem como menos desenvolvidos do que aquilo que realmente somos, o que acontece é que tudo isso tira valor a Portugal, aos portugueses, aos nossos produtos, às nossas exportações e ao nosso turismo".

Porém, já em 2004 a promoção da imagem de Portugal, celebrizada pela expressão Go Deeper, teve na sua génese a conclusão de um inquérito realizado pela Wolff Olins que situava Portugal como o país do sul da Europa com a imagem mais desgastada. Deste diagnóstico resultou uma campanha de publicidade que, como vem agora ser provado, não alterou em muito a percepção dos estrangeiros em relação a Portugal. Ao ser confrontado com as recentes experiências promocionais da imagem do país, Bidarra destaca dois aspectos para sair em defesa da actual campanha: "É baseada num diagnóstico melhor e estou convencido de que se apoia numa ideia diferenciadora". Além disso, refere que, ao contrário de outras que ocorreram no passado, "não vem reforçar muitos dos preconceitos que havia, de que somos um país sabujo que está aqui para receber de braços abertos, ou seja, um país de criados".

O elemento diferenciador passa pela mudança de percepção e, nesse sentido, diz ter criado um conceito que "nos torna diferentes", o qual está assente no facto de sermos diferentes das outras nações do sul da Europa. "A nossa história não é mediterrânica, o nosso mar não é o Mediterrâneo, é o Atlântico", sendo que uma "das coisas essenciais básicas e primordiais do marketing é encontrar um lugar onde estejamos sós para nos diferenciarmos", explica.

Além do mais, a novidade resulta do facto da campanha "ter uma ideia global, que ajuda a marca e o país a reposicionarem-se". Parecem estar, à partida, reunidas as condições para serem abertas outras portas da percepção em relação à realidade do país. "A nossa costa e as novas praias vão ser vistas com um filtro novo. É um recolocar da nossa identidade no sítio certo. Este país não é um país do sul com todas as associações que isso traz, mas é um país atlântico, do oeste da Europa, que é nosso e não é de mais ninguém. Mais ninguém tem este posicionamento e está aberto ao Atlântico como nós", explica.

Mas não são apenas as características históricas e geográficas que reúnem neste conceito o posicionamento mais correcto para a imagem de Portugal. Aqui, as conotações contam e, para o criativo da BBDO, só trazem aspectos favoráveis. "O Oeste associa-se com o desenvolvimento e a liberdade. Como tal é uma boa associação. É um sítio bom para se viver e, além disso, é criativo. Todas as palavras e locais têm associações, e nós temos esta. E é isso que temos de aproveitar para nos promovermos", elucida.

Portugal não é a Califórnia

O posicionamento ocidental e atlântico pode, à partida, criar um novo rosto para Portugal, mas há quem, pelo menos nesta primeira fase da campanha não o vislumbre. Ricardo Monteiro, presidente da Euro RSCG Portugal, não encontra o novo conceito na comunicação. "O que visualizo é uma frase e uma fotografia, nada mais", concretiza. E quando instado a comentar a designação de Europe's West Coast para a promoção do país, não podia ser mais claro: "Só os ignorantes é que não sabem que Portugal está situado na costa ocidental da Europa". Mesmo assim, reconhece que as execuções posteriores possam "vir a materializar o conceito", porque em relação a estas não vê onde está "a ligação entre o conceito e a fotografia". E se é para promover esse posicionamento no exterior não sente que um "estrangeiro o vá perceber como tal", e, nesse caso, prossegue, seria necessário "ter alguém ao lado que lhe explicasse, o que de facto não é possível".

Já Salvador da Cunha, director-geral da Lift, enaltece a execução técnica da campanha, embora com sérias dúvidas em relação ao acerto do conceito que a sustenta. "Está bem executada e é moderna", mas quanto ao posicionamento, diz, "é uma analogia com a Califórnia, coisa que o país está longe de ser". Ou seja, é um equívoco "pensarmos que somos uma Califórnia só com uma campanha publicitária". Além disso, aponta os perigos do país querer transmitir essa imagem: "Somos, de facto, a costa oeste mas não temos nada que se assemelhe à Califórnia. Não temos o glamour, o sol, as estradas, a riqueza e, assim sendo, corremos o risco de defraudar as expectativas das pessoas que nos visitam. Estamos a criar expectativas que são falsas e isso pode ser prejudicial".

Sem meias palavras Henrique Agostinho, director de marcas da Sonae Sierra e autor do livro Vende-se Portugal comenta esta nova etapa da comunicação do país. "Noto apenas com insatisfação que o Ministério da Economia continua a perseguir um caminho de inovação, que é pouco credível e indefinido. Pouco credível porque Portugal não chega a ser um bom imitador – um requisito que precede a inovação -, para se poder arrogar a ser inovador. Indefinido porque não se percebe em que circunstâncias é que esta desejada inovação portuguesa se materializa e é útil". E em relação ao futuro, é peremptório: "Provavelmente voltaremos a ouvir falar das botas à prova de bala, uma inovação querida de todos quantos dão tiros nos pés". E quando aborda o conceito que já vem a ser defendido por Pedro Bidarra há anos, e só agora é concretizado com a aprovação deste governo, o autor do livro Vende-se Portugal não se inibe em desmontar a estratégia desta campanha. "É verdade, o que Portugal tem de bom é o seu clima, a simpatia e gentileza das suas gentes e as suas paisagens intocadas, as que estão. O resto, a inovação e a Califórnia, não existem em Portugal e, portanto, não as poderemos vender. É sabido que uma das regras para vender alguma coisa é ter o respectivo produto para entregar".

Rui Trigo, presidente da Brandia Central, não deixa de manifestar o desejo de sucesso para esta campanha, até porque, e indo ao encontro das palavras do ministro, considera que o "nosso país tem muito mais valor do que muitos dizem e é necessário transmitir isso não só para os mercados internacionais mas também para o mercado nacional". Contudo, revela-se expectante em relação à construção da marca, considerando ser importante nesse âmbito existir uma reflexão em torno da marca Portugal. Isso porque vê como fundamental o contributo das instituições e do tecido empresarial português em torno desse edifício. "Uma marca geográfica é uma realidade complexa, composta por vários agentes, entre os quais governos central, regiões, cidades, empresas e o mais importante por pessoas. Quando se fala em marcas geográficas vem-me à cabeça uma organização complexa, que acima de tudo necessita de coordenação para ter sucesso e atingir o posicionamento desejado", assevera. E explica: "É sempre necessário a coordenação de todos os agentes e variáveis de forma a desenvolver a identidade ambicionada, segmentado, definindo o alvo e posicionando. Uma marca parte de dentro para fora. Como tal, é necessário que se envolvam no processo todos os representantes da sociedade".

A utilização de personalidades

No que toca à temática emprestada à campanha, que passou por recorrer a portugueses com prestígio a nível internacional, Pedro Bidarra elucida que usar "personalidades é uma técnica que serve uma ideia", sendo que neste caso "está a servir a ideia de que Portugal é uma costa com uma natureza extraordinária e com uma gente extraordinária". Ideia, aliás, corroborada por Ricardo Monteiro. "Não me parece errado que o país se orgulhe das suas gentes, pois são pessoas que são uma fonte de sucesso para Portugal". No entanto, salvaguarda, são "mais como pessoas do que aquilo que Portugal é como país"

Nesta matéria, Salvador da Cunha mostra-se mais reservado e diz que o caminho necessário seria outro: "Devia ser uma campanha que promovesse a economia e as empresas. Mais do que um Mourinho, precisamos de mostrar a noção de empreendedorismo, até porque Portugal não é um país de Ronaldos e de Mourinhos. Estes são excepções. E a fórmula não passa por promover excepções". E, pegando no exemplo espanhol, refere: "Esta campanha não foi buscar identidades características de Portugal, e é isso que convida as pessoas a visitar um país, até porque todos os países têm personalidades que marcam a diferença".

Neste aspecto, Henrique Agostinho não se mostra mais uma vez contido na crítica, em relação ao uso que o poder faz destas campanhas para fins de propaganda política. "A utilização das figuras públicas poderia ser um bom meio se estivesse definido um fim que fosse razoável, o que não parece ser o caso. Infelizmente, esta parece ser mais uma campanha de auto-ilusão que perpetua o mau estar da marca portuguesa por continuar a preferir impressionar os portugueses, mobilizá-los em torno do governo, e a mobilizar os capitais estrangeiros, impressionando-os com as coisas que Portugal faz bem feito", concretiza.

Já ao nível da comunicação das energias renováveis, matéria que tem feito parte da agenda do governo, é o único ponto que lhe parece reunir o consenso ao nível da estratégia de comunicação. "É muito importante que Portugal seja percepcionado como um país ambientalmente correcto", diz Henrique Agostinho, mas sublinha que "existem outras ferramentas para fazê-lo". O mesmo refere Ricardo Monteiro, que assegura ser estrategicamente "importante para o país colocar-se no pelotão da frente em relação a esta matéria" E, nesse âmbito, aplaude o facto de Portugal "estar tão empenhado no investimento feito na área das energias renováveis".

Consensual ou não, Pedro Bidarra mantém no seu discurso uma fé inabalável no sucesso da ideia e da campanha. Mas o importante, esclarece, é que a sua implementação estratégica continue. Até porque, esta é "uma plataforma para todas as áreas promocionais. É boa e dá para várias áreas, desde a promoção do comércio ao turismo e à indústria", explica. Se for o caso, vaticina que daqui a um tempo seremos conhecidos não como um pequeno país do sul, que é um karma nacional, mas como uma nação do oeste da Europa, atlântica e com toda uma rede de associações que nos ajudará a ter mais valor", remata Pedro Bidarra.

As três fases

A promoção que arrancou ontem significa um investimento de três milhões de euros, sendo 300 mil para pagar a Nick Knight. Com a assinatura do Tratado Reformador, o governo aproveitou a data para assinalar o arranque da campanha. As imagens da cientista Carmo Fonseca, do arquitecto Miguel Câncio Martins, da artista Joana Vasconcelos, do atleta Nelson Évora, de Mariza, José Mourinho, Vanessa Fernandes e Cristiano Ronaldo estarão presentes em outdoors em Lisboa e no Porto. Já a nível internacional as cidades de Berlim, Paris, Madrid e Londres foram consideradas prioritárias. The Economist, Time, Le Monde ou El País foram alguns dos títulos considerados fulcrais para fazer as inserções. A segunda fase está agendada para o primeiro trimestre de 2008 e pretende promover o sector do turismo nacional. A terceira, prevista para o segundo semestre, pretende atrair investimento estrangeiro.

Sobre o autorFilipe Pacheco

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Amazon e fundador do OnlyFans são os mais recentes interessados no TikTok

A Blackstone e a Oracle, entre outros, mantêm-se na corrida. Caso a ByteDance não encontre um comprador nos Estados Unidos até 5 de abril, o TikTok será banido do país, mas o prazo pode ser estendido

Catarina Nunes

Na eminência do fim do prazo para o TikTok ser vendido a uma empresa norte-americana, para poder continuar a funcionar nos Estados Unidos, a Amazon e um consórcio liderado pelo fundador do OnlyFans, através da ‘startup’ que detém (Zoop), são dados como os mais recentes interessados na rede social chinesa, apesar de nenhuma das partes o confirmar.

O interesse da Amazon é noticiado em primeira mão pelo The New York Times, a 2 de abril, com a Reuters a avançar também a informação da entrada da Zoop na corrida ao TikTok. Para fazer a licitação, esta plataforma que opera no metaverso e na Web3, criada por Tim Stokely, fundador do OnlyFans, serviço digital de conteúdos para adultos, terá formado um consórcio com uma fundação ligada a criptomoedas.

No caso da Amazon, segundo o The New York Times, a oferta é feita através de uma carta endereçada ao vice-presidente JD Vance e a Howard Lutnick, secretário norte-americano do comércio. Recorde-se que a Amazon já tinha tentado, sem sucesso, ocupar o território das plataformas de vídeos curtos com o lançamento do Inspire, que em fevereiro é suspenso e retirado da aplicação da Amazon.

Mais recentemente, Donald Trump pressiona a ByteDance, empresa que detém o TikTok, a chegar a acordo na venda, em troca da concessão à China de benefícios nas taxas alfandegárias. Uma proposta que o Governo chinês rejeita.

Contagem decrescente até 5 de abril

De acordo com o estabelecido pelo Governo norte-americano, caso a ByteDance não encontre um comprador nos Estados Unidos até 5 de abril, o TikTok será banido do país. Este prazo, porém, pode ser estendido, segundo Donald Trump.

A obrigatoriedade da venda surge em 2024, com a aprovação de uma lei que proíbe o TikTok nos Estados Unidos, que deveria ter entrado em vigor a 19 de janeiro de 2025, mas cujo prazo é estendido até ao próximo sábado. As autoridades norte-americanas alegam que há possibilidade de espionagem e quebra de segurança através do TikTok, acusação que a ByteDance nega.

Além dos dois interessados, a Reuters revela na semana passada que a empresa de capital privado Blackstone também está a negociar a aquisição. Entre outros, a empresa de capital de risco Andreessen Horowitz, por seu lado, é igualmente apontada como estando em negociações para adicionar financiamento externo, para comprar o capital dos investidores chineses do TikTok.

Em cima da mesa está outro acordo, que envolve investidores norte-americanos, incluindo o gigante tecnológico Oracle – que será o que está melhor posicionado -, em consórcio com investidores como o Susquehanna International Group e a General Atlantic, para evitar uma venda formal. O objetivo do Governo de Donald Trump é diluir a participação de chineses no novo negócio, abaixo dos 20% no total do capital da empresa, como é exigido pela nova lei aprovada nos Estados Unidos em 2024, com apoio bipartidário de praticamente todos os congressistas.

Sobre o autorCatarina Nunes

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A Padaria Portuguesa entra no takeaway e no catering

A abrir mais três lojas, A Padaria Portuguesa está a apostar no takeaway e no catering. O marketing, essencialmente digital, é trabalhado por cinco agências

A Padaria Portuguesa, à venda desde dezembro do ano passado, está a apostar no takeaway e no catering para aumentar o negócio. “Estamos também a preparar o lançamento de um produto icónico de padaria, em maio”, diz Rita Neto, diretora de marketing de A Padaria Portuguesa, sem adiantar pormenores.

A faturar anualmente cerca de €44 milhões, a Padaria Portuguesa chega às 81 lojas em março, com a abertura de três novos espaços, no Estoril (a 14 de março), em Lisboa (a 18) e no Barreiro (a 25).

Além dos pães de deus e dos croissants brioches, os produtos mais vendidos, a cadeia de restauração disponibiliza os menus de pequeno-almoço a partir de €2,50 e a nova gama de almoços, com menus completos a partir de €5,99, que leva, em fevereiro, A Padaria Portuguesa a mudar provisoriamente o logótipo para Almoçar à Portuguesa.

Em fevereiro, A Padaria Portuguesa muda provisoriamente o logótipo para Almoçar à Portuguesa

Para divulgar a iniciativa, foram distribuídos cerca de 370 mil vouchers de oferta de almoços em Lisboa e no Porto. “No mês de lançamento, mais do que duplicámos os menus de almoços vendidos, comparando com o mesmo parque de lojas de 2024, sendo o menu composto pelo prato do dia e pelo sumo do dia, por €7,99, que está a alavancar todo o negócio, o gancho ideal para comunicar”, explica ao M&P Rita Neto, diretora de marketing de A Padaria Portuguesa.

Além da sinalética nas lojas e da distribuição pontual dos vouchers, a promoção da marca é essencialmente trabalhada nos canais digitais, com estratégias diferenciadas para o site, redes sociais da Meta e TikTok. “Procuramos entregar conteúdo relevante para os diferentes targets que nos seguem”, esclarece Rita Neto, que também aposta forte no marketing de influência para atrair mais do que os 28 mil clientes que as lojas atendem diariamente.

Foram distribuídos 370 mil vouchers de ofertas de almoço em Lisboa e no Porto

“Trabalhamos, desde 2022, com uma comunidade de cerca de 200 influenciadores, que são embaixadores e clientes da marca e que, de forma espontânea e autêntica, divulgam os nossos produtos. Cada vez mais, as pessoas preferem seguir pessoas do que marcas”, justifica a responsável. Os novos menus de almoço são comunicados mensalmente por cerca de 30 embaixadores.

A promoção do negócio é trabalhada por cinco empresas em simultâneo. Além do Amaze Studio, que assegura a criatividade estratégica, A Padaria Portuguesa tem a Akt Creative a gerir o Instagram e o Facebook, a Us Digital a dinamizar o TikTok e a Codedesign a avaliar a performance das campanhas digitais.

A assessoria de imprensa e o marketing de influência são feitos pela Global. “O objetivo é seguir tendências e marcar presença onde estão os nossos clientes, para podermos prestar um serviço cada vez melhor”, justifica Rita Neto.

As polémicas e as promoções a ritmo acelerado
O esforço de divulgação quer dar a conhecer as promoções que a marca tem lançado a um ritmo acelerado e os novos produtos que comercializa, como o croissant com recheio de pistácio, mas também melhorar a imagem da cadeia enquanto decorre o processo de venda.

A Akt Creative gere o Instagram e o Facebook da marca, criando conteúdos pensados para atrair consumidores às lojas

Em 2024, segundo o Portal da Queixa, as reclamações aumentaram 20%, com o atendimento a representar 42,7% das queixas. Rita Neto não comenta os números nem as polémicas que, desde a criação do negócio, em 2010, foram afetando a imagem da marca.

A baixa remuneração dos funcionários é um dos temas mais recorrentes. Em 2017, um direto na ‘Edição da Manhã’ da SIC Notícias tornou-se viral quando Nuno Carvalho, um dos fundadores da marca, disse que o espírito de equipa da empresa valia “muito mais do que remuneração base” paga aos trabalhadores. A afirmação gerou polémica e trocas de argumentos nas redes sociais.

Em janeiro, A Padaria Portuguesa lançou a campanha ‘N’A Padaria Portuguesa, o ‘Talento Não Escolhe Idades’, para atrair candidatos com mais de 55 anos, mais experientes, com a ambição de mudar o paradigma e melhorar o atendimento. “Num momento em que o mercado de trabalho enfrenta desafios de inclusão e transformação, queremos ser um exemplo positivo”, justifica Susana Rosa, diretora de recursos humanos da empresa, citada em comunicado de imprensa.

A marca que foi chumbada
Quando o conceito foi criado há 15 anos pelo empresário Nuno Quintela e pela ZDQ, empresa do humorista José Diogo Quintela, A Padaria Portuguesa era para se chamar A Portuguesa. A semelhança com o nome do hino nacional inviabilizou o registo da marca. Abastecida por uma pequena fábrica em Samora Correia, com o chef Paulo Cardoso a desenvolver 90% das receitas, como ainda sucede hoje, a rede cresceu rapidamente, focando o negócio nos pequenos-almoços.

“A Padaria Portuguesa surge numa fase em que as padarias de bairro estavam a entrar em declínio, com a multiplicação de grandes superfícies a oferecerem já opções muito competitivas de pão e pastelaria. O negócio nasceu bairrista, mas com um ambicioso plano de expansão”, recorda Rita Neto.

Rita Neto é a Diretora de marketing de A Padaria Portuguesa. Atualmente, a marca tem 81 lojas e serve diariamente 29 mil clientes

No primeiro aumento de capital, a Bakers Capital, controlada pelo ex-ministro Manuel Dias Loureiro, investe no negócio. Em 2013, Nuno Rebelo de Sousa, filho do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, também entra como sócio, mas em 2015 já não integra a estrutura societária da empresa.

No período em que mais cresce, A Padaria Portuguesa lança, em 2018, o Lab, um laboratório onde a empresa, hoje detida pela ZDQ e pela Nutelo, de Nuno Carvalho, explora a produção artesanal. Localizado na Avenida da República, em Lisboa, o espaço é criado pelos arquitetos Margarida Grácio Nunes e Fernando Sanchez Salvador, responsáveis pelo restaurante Bica do Sapato.

Em 2023, o Lab viria a ser convertido em mais uma loja da marca, embora o centro de inovação e desenvolvimento de produtos e a academia de formação continuem a funcionar no espaço. A decisão é tomada no seguimento da pandemia.

Em 2019, quando obtinha lucros de €1,3 milhões e estava em franca expansão, a covid-19 afeta o negócio e nem o ‘rebranding’ da marca, com a introdução do café orgânico e das farinhas de moleiro, fazem disparar a faturação.

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Shakira é nova embaixadora da Epson Ibérica

Para Karl Angove, CEO da Epson Ibérica, a cantora colombiana “projeta originalidade e brilhantismo, valores fundamentais para a Epson, e a nossa colaboração irá inspirar tanto as pessoas como as empresas”

A Epson Ibérica anuncia a cantora Shakira como embaixadora da EcoTank para Portugal e Espanha. Nas redes sociais, a compositora colombiana, vencedora de um Grammy e de um Grammy Latino, mostra como a linha EcoTank faz parte do seu dia a dia. A colaboração passa ainda por uma série de campanhas em vários meios e redes sociais.

“Admiro as empresas que abrem portas para que os outros encontrem a sua voz e sejam arquitetos do seu próprio futuro”, assegura a cantora e compositora colombiana citada em comunicado de imprensa. “Estou entusiasmada com a parceria com uma marca como a Epson, que melhora a vida das pessoas com tecnologias inovadoras, e as ajuda a comunicar melhor e a dar vida a sonhos e aspirações”.

Karl Angove, CEO da Epson Ibérica e vice-presidente da Epson Europa, elogia a parceria da marca com uma das 10 artistas mais ouvidas de todos os tempos no YouTube. “Shakira é um ícone de criatividade com uma paixão inigualável pelas pessoas”, afirma, citado em comunicado de imprensa. “Ela projeta originalidade e brilhantismo, valores fundamentais para a Epson, e a nossa colaboração irá inspirar tanto as pessoas como as empresas a serem capazes de transformar as suas ideias em realidade”, conclui.

O Grupo Epson, liderado pela Seiko Epson Corporation, com sede no Japão, gera vendas em todo o mundo de cerca de €8 mil milhões.

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Initiative assume planeamento e compra de media da Volvo

“Esta conquista reforça o nosso compromisso com a eficácia, entregando soluções de media que geram impacto real no negócio dos nossos clientes”, sublinha Rui Freire, diretor-geral da Initiative, a propósito da Volvo (na foto)

A Initiative assume o planeamento e a compra de media da Volvo, num contrato que abrange todas as regiões do mundo, com exceção da China, tendo a conta começado a ser trabalhada em Portugal pela agência do grupo IPG Mediabrands, a 1 de abril. Até agora, era assegurada pela Mindshare.

“Estamos muito orgulhosos por sermos escolhidos pela Volvo como parceiro estratégico. Esta conquista reforça o nosso compromisso com a eficácia, entregando soluções de media que geram impacto real no negócio dos nossos clientes. A Volvo é uma marca com um forte legado de inovação e sustentabilidade, e estamos focados em potenciar a sua mensagem e posicionamento ainda com maior nível de rigor e relevância”, diz Rui Freire, diretor-geral da Initiative e diretor de crescimento do grupo IPG Mediabrands, citado em comunicado de imprensa.

A Volvo vai colaborar com a Initiative no desenvolvimento de uma abordagem estratégica cada vez mais orientada por dados, garantindo que as mensagens da marca chegam ao consumidor certo, no momento ideal e através dos canais mais relevantes. A nova parceria permite também trabalhar a inovação na utilização dos media, assegurando uma comunicação mais eficaz, personalizada e impactante.

“Vivemos, na Volvo, um momento prolífico com o lançamento de novos modelos e versões, que nos ajudarão, certamente, a enfrentar a conjuntura desafiante que a indústria automóvel atravessa. Este é o cenário ideal para iniciarmos, com motivação redobrada, uma colaboração de sucesso”, salienta Aira de Mello, diretora de marketing e experiência do consumidor da Volvo Car Portugal, citada no documento.

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Empresário francês adquire Tupperware e quer faturar €100 milhões até dezembro

Em parceria com dois investidores, Cédric Meston, cofundador da HappyVore, inicia em abril a exploração comercial da marca norte-americana – falida em 2024 -, em França, Alemanha, Bélgica, Itália e Polónia

O empresário francês Cédric Meston, cofundador da marca de alimentos vegetais HappyVore, adquiriu os direitos de exploração da Tupperware (na foto) em cinco países europeus.

Para além da França, vai reativar a marca, falida em outubro de 2024, na Alemanha, na Bélgica, em Itália e na Polónia, durante o mês de abril, em parceria com os investidores Augustin Rudigoz e Aymeric Porte.

A licença de exploração europeia foi adquirida ao grupo de credores norte-americanos que ficaram com a marca por €23,5 milhões de dólares (€21,8 milhões). Com a fábrica francesa fechada em 2018 e as unidades de produção que a marca tinha na Bélgica e em Portugal encerradas desde 8 de janeiro, a produção está a ser assegurada na China, no Canadá e na América do Sul, estando a ser equacionada a construção de uma nova fábrica na Polónia.

“Estamos na fase de discussão e de avaliação interna dessa possibilidade”, revela Cédric Meston, citado no jornal francês Le Figaro.
Para evitar as polémicas relacionadas com o consumo excessivo de plástico, o empresário também está a rever os métodos de produção, reforçando a utilização de plástico reciclado e de recipientes em vidro e inox.

Para chegar aos consumidores de outros mercados europeus, a Tupperware aposta numa estratégia de promoção omnicanal, investindo no digital e em plataformas de comércio eletrónico. “Vamos apostar em parcerias com marcas de distribuição”, revela Geoffroy Destexhe, diretor comercial da filial francesa da Tupperware, desde 2023, que está a trabalhar com Cédric Meston no relançamento europeu da marca.

Rede de vendedores está a ser reativada

Para recuperar o investimento, o empresário francês conta tirar partido da rede de 20 mil revendedores da Tupperware que a empresa tinha ativa na Europa até à falência. “A minha intenção é assegurar a disponibilidade imediata dos produtos e recuperar a dinâmica que existia, para salvar aquele que é um dos símbolos das nossas cozinhas, tendo o objetivo de atingir uma faturação de €100 milhões até ao fim de 2025”, revela Cédric Meston.

Fundada em 1946 pelo engenheiro químico Earl Tupper, que cria uma marca de recipientes alimentares em polietileno com fechos herméticos numa altura em que os frigoríficos se começam a democratizar nos Estados Unidos. A contratação de embaixadoras da marca, para organizarem as sessões de demonstração que dão origem às popularmente conhecidas reuniões da Tupperware, alavancam rapidamente o negócio.

No início da década de 2000, com o fim das patentes que detinha, a marca começa a ser copiada e a ter dificuldade em fazer face à concorrência. Além dos preços mais acessíveis dos competidores, vê os hábitos de consumo mudarem, com um número crescente de pessoas a reduzir o número de refeições que faz em casa. A contestação pública à utilização do plástico também afeta as vendas.

Entre 2017 e 2022, a faturação global sofre uma quebra de 42%. A pandemia agrava os resultados de exploração, com as dívidas da empresa a atingirem os €632,3 milhões em 2023, nos Estados Unidos. A falência é decretada em outubro de 2024, sendo a Tupperware adquirida pelo grupo de credores que agora vende os direitos de exploração da marca a Cédric Meston. O contrato de oficialização da cedência foi assinado a 18 de março.

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Audiências mensais: TVI mantém liderança, mas SIC aproxima-se

Em março, a SIC tem um ‘share’ de 14,2% e é o canal FTA que regista o maior aumento face ao mês anterior, diminuindo a diferença face à TVI, que tem uma quota de 14,5% . A RTP1 fica na terceira posição, com 11,2%

A análise de audiências de televisão da agência de meios Initative, que integra o grupo Mediabrands, revela que em março o consumo televisivo regista um crescimento de 1,1% face ao mês de fevereiro de 2025. SIC, RTP1 e a tipologia ‘outros’ são os que mais contribuem para este crescimento.

Comparado com o mês de março no ano anterior, o consumo televisivo também regista um crescimento de 3%. Entre os canais FTA, a TVI, com um ‘share’ de 14,5% (-0.8p.p. vs. fevereiro) e apesar da diminuição, mantém a liderança. Em segundo lugar, a SIC tem um ‘share’ de 14,2% e é o canal FTA que regista o maior aumento em relação ao mês anterior (0.5p.p.), diminuindo a diferença face à TVI.

A RTP1, que transmite o programa mais visto do mês (os jogos da seleção nacional para a Liga das Nações) fica na terceira posição com um ‘share’ de 11,2% (0.2p.p. vs. fevereiro).

 

No mês de março, as tipologias ‘pay TV’ e ‘outros’ (visionamento em diferido de alguns canais não auditados e outras utilizações de televisão, como ‘streaming’ ou consolas) registam resultados distintos, com a tipologia ‘outros’ a verificar um crescimento de 1.2p.p. vs. fevereiro, enquanto a ‘pay TV’ regista uma diminuição de 1.2p.p. vs. fevereiro.

Na ‘pay TV’, os canais CMTV, TVI Reality, Star Movies e Star Crime são os que mais diminuem. No entanto, a CMTV com um ‘share’ de 6% mantém-se como o canal preferido dos portugueses no cabo. Num mês marcado novamente por uma forte instabilidade política, que leva à queda do Governo, os canais de informação (SIC Notícias, CNN Portugal e Now) são aqueles que registam um maior aumento face ao último mês.

O programa mais visto do mês são os jogos da seleção nacional frente à Dinamarca a contar para a Liga das Nações. Os jogos registam uma audiência média de dois milhões e 326 mil telespectadores, o que corresponde a um ‘share’ de 42,2%.

Dos dois jogos, o jogo da segunda mão Portugal x Dinamarca é o mais visto, com uma audiência média de dois milhões e 531 mil telespectadores, o que corresponde um ‘share’ de 44,9%. ‘Isto é gozar com quem trabalha – A entrevista’ fica na segunda posição, com uma audiência média de 968 mil telespectadores e um ‘share’ de 18,6%.

O ‘Secret Story – Desafio Final’ completa o pódio dos programas mais visto do mês, com uma audiência média de 968 mil telespectadores e um ‘share’ de 23,8%. Destaque para a presença do ‘Jornal da Noite’ da SIC na 6ª posição.

Num mês marcado pela queda do Governo, os portugueses mostraram um maior interesse em acompanhar todas as notícias sobre a crise política. Nota ainda para a presença do programa ‘Tudo em família’ no top 20 dos mais vistos do mês. O programa apresentado por César Mourão, que estreia em março. regista uma audiência média de 773 mil telespectadores e um ‘share’ de 15,7%.

Relativamente às audiências por período horário, no mês de março, a SIC lidera durante o período do almoço com a transmissão do ‘Primeiro Jornal’, com 19,9% de ‘share’ (vs. 17,1% da TVI), e durante todo o ‘prime-time’ (primeiro e segundo), sendo no segundo ‘prime-time’ onde a diferença face à TVI é menor (15,6% vs. 15,4% da TVI).

A RTP1 continua a liderar durante o pré-‘prime’, com a transmissão do programa ‘O Preço Certo’, com um ‘share’ de 15,4% (vs 13,3% da SIC). Este aliás é o único período onde a RTP1 consegue liderar em todo o dia. Nos restantes períodos (manhã, tarde e ‘late night’), a TVI lidera, com o ‘late night’ a ser o período onde lidera com menor diferença sobre a concorrência (11,8% de ‘share’ vs. 11,6% de ‘share’ da SIC).

 

Fonte: Dados GFK/CAEM reproduzidos em YUMI, Time-Bands – Mediamonitor; Alvo: Universo 4+ anos; Base: Total TV

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Penélope Cruz protagoniza campanha da Geox

“A nossa marca está perfeitamente representada por Penélope Cruz (na foto), com a sua beleza natural e a sua capacidade de ser elegante e espontânea ao mesmo tempo”, afirma Mario Moretti Polegato, presidente da Geox

Penélope Cruz protagoniza a campanha de primavera/verão 2025 da Geox. A atriz espanhola, que assinou um contrato para ser o rosto e a porta-voz da marca de calçado por um período de três anos, surge nos anúncios a promover os novos modelos de calçado Spherica Plus.

Os fotógrafos e realizadores Martin Gatti e Christian Hunter, que formam a dupla Hunter & Gatti e que já tinham trabalhado com a artista em campanhas da Lancôme, assinam a fotografia e o filme publicitário, gravado em Madrid. Divulgada em televisão, digital, imprensa e redes sociais, a campanha omnicanal também está a ser amplificada através de fotografias promocionais em loja.

“A nossa marca está perfeitamente representada por Penélope Cruz, com a sua beleza natural e a capacidade de ser elegante e espontânea ao mesmo tempo. É a quarta vez que estamos a trabalhar com a atriz e estamos a aproveitar a campanha para reforçar o nosso posicionamento enquanto marca confortável e com estilo”, informa Mario Moretti Polegato, presidente da Geox, citado em comunicado de imprensa.

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Compras representam 53% das burlas em Portugal. Facebook e Instagram dominam

A Revolut, que divulga o Relatório de Segurança do Consumidor e Crime Financeiro, defende processos de verificação mais rigorosos para anunciantes e criadores de conteúdo, e uma monitorização por IA, entre outros

A Revolut, ‘fintech’ global com cerca de 1,5 milhões de clientes em Portugal e de 50 milhões em todo o mundo, publica o seu terceiro Relatório de Segurança do Consumidor e Crime Financeiro, onde destaca que os criminosos estão a recorrer cada vez mais a serviços de mensagens encriptadas para explorar as vítimas, com a proporção de fraudes a começar no WhatsApp e Telegram a aumentar no segundo semestre de 2024.

Em Portugal, segundo dados da Revolut, 23% das burlas ocorrem no Telegram, seguido pelo Whatsapp (19%) e Facebook (18%). O principal tipo de fraude são as burlas de compra, com 53% dos casos, seguidas pelas burlas de emprego, com 20%. A ‘fintech’ global acrescenta ainda que os portugueses são alvo de burlas de compra principalmente no Facebook (28%), seguido pelo Instagram (17%).

A maioria das burlas de emprego que afetam os portugueses acontece no Telegram (61%). O Whatsapp é a plataforma onde se verifica a maior incidência de burlas de investimento contra portugueses (32%).

A nível global, as plataformas Meta (Facebook, Instagram, WhatsApp) representam 54% de todas as burlas reportadas à ‘fintech’. Woody Malouf, responsável pela área de crime financeiro da Revolut, refere que “os burlões estão a adaptar rapidamente as suas táticas, explorando cada vez mais aplicações de mensagens encriptadas supostamente seguras como o WhatsApp e o Telegram. A inação das plataformas de redes sociais não é apenas negligente; é um facilitador direto do crime financeiro”.

Com cerca de 500 milhões de transações por mês, a Revolut defende uma intervenção proativa, “incluindo processos de verificação mais rigorosos para anunciantes e criadores de conteúdo, uma monitorização robusta impulsionada por IA e uma colaboração contínua com instituições financeiras e autoridades policiais”, refere a ‘fintech’, em comunicado de imprensa.

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Adico equipa pavilhão de Portugal na Expo 2025 Osaka

A cadeira Portuguesa é reinterpretada por Kengo Kuma, que cria o modelo 5008 Osaka (na foto). É “uma peça contemporânea que se dissolve no ambiente, captando a essência de ambas as culturas”, considera o arquiteto japonês

A Adico, marca centenária de mobiliário metálico, leva à  Expo 2025 Osaka a cadeira Portuguesa, ícone do design nacional, numa nova versão reinterpretada por Kengo Kuma, arquiteto japonês autor do pavilhão de Portugal na exposição, que decorre de 13 de abril a 13 de outubro, e do novo Centro de Arte Moderna Gulbenkian (CAM), em Lisboa.

Na esplanada do pavilhão de Portugal, a nova cadeira 5008 Osaka é acompanhada pelas mesas Classic e 5028. O mobiliário da Adico estará ainda presente na sala multiusos, com a cadeira Andaluza. “O design da Adico faz parte da identidade portuguesa e representa uma ligação autêntica entre tradição e inovação. Ver a cadeira Portuguesa ganhar uma nova vida no contexto da Expo 2025 Osaka, através da interpretação de Kengo Kuma, é um orgulho e um testemunho da intemporalidade do nosso trabalho”, diz Miguel Carvalho, diretor-geral da Adico, citado em comunicado de imprensa.

 

A Adico estará ainda presente na sala multiusos da Expo 2025 Osaka, com a cadeira Andaluza

A participação da empresa de Aveiro no pavilhão de Portugal surge na sequência de um convite da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), que considera que “a presença da empresa Adico no Pavilhão de Portugal na Expo 2025 Osaka sublinha a relevância do design português, com cadeiras icónicas como a clássica 5008, um símbolo de intemporalidade e inovação que está presente em mais de 30 países”.

A cadeira Portuguesa é um das mais reconhecidas peças de mobiliário de exterior em Portugal. Criada na primeira metade do século XX, é uma presença incontornável em esplanadas, jardins e espaços públicos, distinguindo-se pela estética simples e intemporal.

Kengo Kuma explica que “a 5008 Osaka, inspirada na intemporal cadeira Portuguesa, reduz o design original à sua estrutura essencial, alcançando uma leveza visual. Inteiramente fabricada em metal pela Adico, reconhecida pelo artesanato industrial português, a cadeira funde-se com a paisagem, emprestando-lhe as cores, a luz e as sombras. Ao estabelecer uma ponte entre o design português e japonês, a sua simplicidade e transparência refletem a busca japonesa pela harmonia com a natureza, enquanto a solidez e a precisão evocam a tradição portuguesa de durabilidade. Uma peça contemporânea que se dissolve no ambiente, captando a essência de ambas as culturas”.

A presença da Adico na exposição mundial reforça a qualidade e a longevidade do mobiliário da marca e o compromisso com a sustentabilidade e a inovação, alinhando-se com o tema central da Expo 2025 Osaka. “A relação da Adico com o Japão não é de agora. No passado, a empresa já teve relações comerciais com este mercado exigente e altamente sofisticado. No entanto, a presença na Expo 2025 representa uma nova fase, alinhada com uma estratégia de expansão e fortalecimento da marca junto de arquitetos, designers e distribuidores japoneses”, avança o comunicado.

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Marcas bem-sucedidas conjugam marketing de desempenho com construção da marca

“A partir do momento em que a construção da marca passa para segundo plano, o desempenho começa a deteriorar-se, o que leva à diminuição do retorno do investimento. Essa é a armadilha”, defende Hunter Hindman, CEO e CCO da Argonaut

As marcas mais fortes não separam os conceitos de marketing de desempenho da construção da marca, mas conjugam-nos, defende Hunter Hindman, CEO e CCO da agência criativa Argonaut, num artigo de opinião na Ad Age. “Os anunciantes que valorizam ambas as vertentes do marketing compreendem que a criatividade não é um luxo, mas uma necessidade empresarial”, argumenta.

Na opinião de Hunter Hindman, a lógica de otimizar e apostar no retorno monetário em função do desempenho não é necessariamente má, mas tem uma lacuna. “A partir do momento em que a construção da marca passa para segundo plano, o desempenho começa a deteriorar-se, o que leva à diminuição do retorno do investimento. Essa é a armadilha”, explica.

Perante este cenário, o CEO e CCO da Argonaut explica que as grandes marcas não se limitam a procurar a eficiência. Criam estruturas de memória distintas – elementos visuais, auditivos e narrativos que as tornam instantaneamente reconhecíveis, mesmo quando os orçamentos são limitados.

Segundo Hunter Hindman, as marcas devem reconhecer que não se deve aumentar o investimento em media e, em contrapartida, estagnar o investimento em criatividade. Isto prende as marcas num ciclo em que, em vez de encontrarem novos públicos, apresentam os mesmos anúncios às mesmas pessoas, várias vezes. “Isso não é crescimento, é um beco sem saída”, enfatiza.

Qualidade criativa é a chave

Segundo o CEO da Argonaut, a qualidade criativa é o fator de desempenho mais importante. “Há estudos que mostram que 70% do sucesso de uma campanha advêm da qualidade criativa, enquanto a difusão nos meios de comunicação representa apenas 30%. Ou seja, o que se diz e como se diz é mais importante do que onde se diz”, sustenta.

Para Hunter Hindman, o marketing não se resume a quem gasta mais, é sobre notoriedade e ser recordado. E o desempenho, por si só, não leva as marcas até onde desejam chegar. “A pior coisa que uma marca pode fazer é perseguir ganhos a curto prazo em detrimento do valor a longo prazo. É necessário investir em criatividade, de forma a construir algo que perdure”, conclui.

Sobre o autorDaniel Monteiro Rahman

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