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Francisco Penim ganha canal do Benfica

O Benfica é o primeiro cliente da Cherry Entertainment, produtora liderada por Francisco Penim, Pedro Costa e Gonçalo Castel-Branco e criada no seio do grupo Ativism.

Carla Borges Ferreira
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Francisco Penim ganha canal do Benfica

O Benfica é o primeiro cliente da Cherry Entertainment, produtora liderada por Francisco Penim, Pedro Costa e Gonçalo Castel-Branco e criada no seio do grupo Ativism.

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fotoparasitepenin.jpgO Benfica é o primeiro cliente da Cherry Entertainment, produtora liderada por Francisco Penim, Pedro Costa e Gonçalo Castel-Branco e criada no seio do grupo Ativism. Francisco Penim explicou ao M&P que a Cherry vai fazer a direcção de projecto, o que passa por fazer a montagem do canal, por preparar a marca, os conteúdos, a primeira grelha, por escolher o director, fazer o lançamento e acompanhar os primeiros meses de emissão.Sem revelar mais detalhes, o ex-director de programas da SIC garantiu que o canal vai avançar até ao final do ano, e que será transmitido em plataformas diversificadas.

Questionado sobre se o canal estaria presente na TV Cabo, hipótese inicial e que acabou por ser afastada pelo clube em Novembro do ano passado, Penim optou por não responder, embora assegurando que o canal do Benfica será transmitido numa plataforma já massificada.

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O projecto de um canal para o Benfica chegou a ser trabalhado por Francisco Penim na SIC, na época em que este era director dos canais temáticos da estação. O agora director-geral da Cherry Entertainment, cargo que partilha com os outros dois responsáveis da empresa, admite que “foram muitos anos e muitos pensamentos, portanto muitas ideias serão recuperadas”, no entanto o facto do projecto “não ser feito por um canal já instalado obriga a que mude quase tudo”. Para Francisco Penim este é, “sem margem para dúvidas, o melhor cliente que a Cherry podia ter”.

Para além de televisão a Cherry Entertainment pretende desenvolver a ideia de entretenimento em termos globais.

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Concursos de apoio financeiro ao cinema e audiovisual abriram com €30,6 milhões

Governo publica em Diário da República a portaria que autoriza o ICA a repartir o apoio financeiro para os contratos a celebrar entre 2025 e 2030

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Os concursos de apoio financeiro ao cinema e audiovisual de 2025 abriram hoje com uma dotação de €30,6 milhões, uma subida de €950 mil face a 2024, segundo a Lusa.

Na página oficial, o Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA) detalha os montantes disponíveis para cada um dos programas nas áreas do cinema e audiovisual, incluindo escrita, produção, distribuição, exibição, realização de festivais, promoção internacional e os protocolos de coprodução.

Se em 2024, o montante global era de €29,6 milhões, o deste ano é de €30,6 milhões. A ligeira subida pode ser explicada pela abertura do concurso de apoio à produção de longas-metragens de animação, que é bienal.

Na distribuição de verbas entre os subprogramas de financiamento, o de novos talentos e primeiras obras em longa-metragem de ficção mantém o montante de €3,9 milhões, e o programa geral de cinema totaliza €16,2 milhões, com mais cerca de €1,3 milhões do que em 2024.

O programa de apoio ao audiovisual e multimédia também mantém os mesmos €7,6 milhões. Já o programa de apoio à internacionalização tem este ano €1,1 milhões, ou seja, menos €620 mil face a 2024, porque um dos subprogramas de divulgação e promoção internacional para associações do setor é bienal.

O calendário dos concursos é anunciado pelo ICA no mesmo dia em que o Governo publica em Diário da República a portaria que autoriza aquele instituto a repartir os €30,6 milhões para os contratos a celebrar no âmbito dos apoios entre 2025 e 2030.

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Patrícia Nabeto é a nova gestora nacional da Incubeta

“O mercado português apresenta desafios únicos, como a necessidade de acelerar a transformação digital nas empresas de forma a beneficiarem da IA”, salienta a gestora (na foto)

Patrícia Nabeto é a nova gestora nacional da Incubeta, substituindo Guilherme Coelho, que sai para assumir o cargo de sócio-gerente da CSA, consultora de tecnologia e dados analíticos da Havas Media Network.

Além de liderar a estratégia da Incubeta em Portugal, reforçando a aposta na personalização dos serviços para responder aos desafios específicos de cada setor, a gestora pretende tirar partido das soluções baseadas em dados, inteligência artificial (IA) e ‘outperform marketing’ que a empresa desenvolve para acelerar a transição digital e maximizar o impacto das campanhas.

“O mercado português apresenta oportunidades e desafios únicos, como a necessidade de acelerar a transformação digital nas empresas de forma a beneficiarem do potencial da IA. Essa mudança pode, potencialmente, gerar um aumento de 8% no PIB de Portugal, o equivalente a entre €18 mil e €22 mil milhões, segundo um estudo elaborado pela consultora Implement Counsulting Group para a Google”, refere Patrícia Nabeto, citada em comunicado de imprensa.

Licenciada gestão e administração de empresas pela Universidade Católica Portuguesa e com um MBA da IE Business School, a gestora liderou projetos de transformação digital em media, pesquisa, comércio eletrónico, ‘ad tech’ e ‘publishing’, em Portugal, Inglaterra, Suíça e Espanha, em empresas como GroupM, OLX, Nielsen e Impresa, tendo também sido gestora nacional da startup financeira Adjinn e coordenadora do programa de parceiros da Google para a região EMEA, que abrange Europa, Médio Oriente e África.

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Anúncio falso da KFC criado com IA gera polémica nos EUA

Com cerca de 45 segundos de duração, o ‘spot’ tem um custo de produção de 400 dólares (€365) e contém dezenas de imagens fotorealistas, incluindo cenas de pessoas a comer frango frito e representações exatas da marca KFC

Um anúncio falso da KFC, gerado por inteligência artificial (IA) e publicado no LinkedIn, está a suscitar reações da comunidade criativa nas redes sociais, incluindo acusações de plágio e um novo debate sobre o papel da IA na criação de publicidade.
O anúncio, que tem um custo de produção de 400 dólares (€365), é criado por uma produtora para demonstrar os limites do que é possível quando se utiliza a IA para criar publicidade, noticia a Adage.

Com cerca de 45 segundos de duração, o anúncio intitulado ‘KFC AI Food + Beverage Tests – Pt. II – Ready 2 Roll’, contém dezenas de imagens fotorrealistas, incluindo cenas de pessoas a comer frango frito e representações exatas da marca KFC.
David Blagojevic, realizador e cofundador da empresa cinematográfica Davinci Productions, com sede na Sérvia, tem vindo a ganhar seguidores nas redes sociais por criar este tipo de projetos.

O projeto, descrito por David Blagojevic como um teste para explorar o potencial das ferramentas de IA, foi arrasado pelos especialistas em publicidade e marketing.

Uma das críticas mais contundentes foi a do realizador Joris Noordenbos, responsável por campanhas oficiais do KFC, que denuncia semelhanças com ‘spots’ publicitários que ele próprio terá filmado. “Foi como ver uma máquina Xerox com IA”, disse ao Ad Age. E para o provar, publica no Instagram um ‘reel’ dos dois anúncios lado a lado, e as imagens revelam-se praticamente idênticas.

No rescaldo dessa revelação, David Blagojevic reafirma tratar-se um projeto não comercial, que começa com uns rascunhos feitos à mão, com a única intenção de testar como IA pode replicar a estética e o estilo das campanhas do KFC.

 

O caso marca a mais recente polémica sobre o uso da IA na criação publicitária, na sequência de controvérsias em torno da Coca-Cola e da Under Armour. Enquanto alguns profissionais olham para a tecnologia como forma de impulsionar a criatividade e abrir novas possibilidades narrativas, há quem critique a falta de originalidade em trabalhos que apenas reproduzem o que já foi feito.

Isso explica o que leva alguns criativos a atrasar a introdução de ferramentas de IA em tarefas relacionadas com a produção, com receio de que essa automatização possa eventualmente substituir os humanos. Já os proponentes da tecnologia preferem olhar para a eficiência e crescente capacidade de produção criativa da IA.

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Feeders entrega marketing e crescimento a Manuel Rito

“O seu ‘know-how’ em marketing estratégico e gestão de marca vão permitir-nos crescer de forma mais estruturada e ambiciosa”, sublinha Duarte Silva, sócio do estúdio de arquitetura efémera

Manuel Rito (na foto) é o novo diretor de crescimento e de marketing do Feeders, estúdio criativo de arquitetura efémera especializado no desenvolvimento de espaços para marcas. Além da missão de criar o departamento de marketing, o responsável tem também o desafio de estruturar a área comercial da empresa.

“Acreditamos que o Manuel Rito tem o perfil ideal para este novo ciclo do estúdio. O seu ‘know-how’ em marketing estratégico e gestão de marca, vão permitir-nos crescer de forma mais estruturada e ambiciosa, reforçando a essência criativa que nos distingue”, salienta Duarte Silva, sócio do Feeders, citado em comunicado de imprensa.

Manuel Rito soma mais de uma década de experiência em marketing, ‘branding’ e liderança de equipas, tendo ocupado cargos de direção em várias empresas. Na VML, liderou a conta da Vodafone. No Selina, desempenhou funções globais e regionais de direção de marketing e vendas em mercados como Portugal, Reino Unido e Israel.

A par do desenvolvimento de campanhas integradas, Manuel Rito também tem experiência em gestão de redes sociais, comércio eletrónico, performance e CRM. “Com passagem por marcas como a Nos, o Continente e a Ogilvy, combina uma visão estratégica com uma forte capacidade operacional e um foco em resultados”, esclarece Duarte Silva. Manuel Rito também é professor convidado na ISEG Executive Education, nas áreas de comunicação, marketing digital e ‘design thinking’.

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Dua Lipa apresenta os ténis Puma Speedcat Brown

A cantora, embaixadora da Puma, apresenta um novo modelo da marca, lançado originalmente há 25 anos e inspirado nas corridas de automóvel

A cantora e compositora Dua Lipa, embaixadora da Puma, apresenta os novos ténis Speedcat Brown. A campanha publicitária já está a ser divulgada nas redes sociais, para promover o modelo Speedcat nas cores ‘Haute Coffee’ e ‘Royal Blue’ e os Speedcat Ballerina, disponíveis a partir de 10 de abril

Segundo a marca, o anúncio mostra Dua Lipa em viagem, ao volante de um automóvel clássico “com paragens espontâneas ao longo do caminho em restaurantes e outros locais emblemáticos à beira da estrada”. A ‘roadtrip’ permite destacar os Speedcat na versão castanho, juntamente com outras interpretações do modelo.

Os Puma Speedcat, lançados originalmente há 25 anos e inspirados nas corridas de automóvel, foram reintroduzidos no verão de 2024, conquistando a atenção de celebridades.
Desde então, a marca tem vindo a redefinir este modelo icónico através de colaborações exclusivas e lançamentos de edição limitada, evoluindo a cada versão.

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CVRVV promove vinho verde na Ásia

“Definimos um plano de promoção orçamentado em €2,9 milhões que se distribui por 10 mercados estratégicos, entre os quais se destacam Taiwan, Singapura e Malásia”, informa a CVRVV

A Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV) reforça a presença na Ásia e promove o vinho verde, durante o mês de abril, em novos mercados, como Taiwan, Singapura e Malásia. Os três países juntam-se ao Japão, que já representa um volume de negócios de €1,6 milhões, com crescimentos superiores a 20% ao ano.

“Em 2025, definimos um plano de promoção orçamentado em €2,9 milhões, que se distribui por mais de 10 mercados estratégicos, entre os quais se destacam novas apostas como Taiwan, Singapura e Malásia, que visam explorar outras geografias e acompanhar a tendência de crescimento que se verifica no Japão”, sublinha Carla Cunha, diretora de marketing da CVRVV, citada em comunicado de imprensa.

A produção vitivinícola da Região Demarcada dos Vinhos Verdes é promovida em parceria com cerca de 30 produtores locais. A Prova Anual da Região Demarcada dos Vinhos Verdes em Taiwan terá 13 empresas presentes e mais de 100 vinhos em prova.

Em paralelo, a CVRVV também organiza, em Taiwan, dois seminários destinados a importadores, revendedores e aos media, conduzidos pelo sommelier e consultor Thomas Ho, fundador da consultora Le Somm, professor assistente na Universidade Nacional de Hotelaria e Turismo de Kaohsiung e diretor executivo da Taiwan Sommelier Association (TSA).

“No âmbito da ProWine Tóquio 2025, serão 16 os produtores a participar na feira internacional, para além da realização de dois seminários orientados pelo sommelier e consultor Koichi Tanabe”, informa ainda CVRVV.

Em julho e em setembro, a promoção do vinho verde é retomada, com ‘masterclasses’ em Singapura e na Malásia. As apresentações pretendem dar a conhecer a região vitivinícola, a variedade de estilos dos vinhos verdes produzidos e comercializados e a adequação dos néctares aos vários momentos de consumo, sem esquecer o potencial de envelhecimento e de harmonização gastronómica.

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A jornalista foi moderadora na conferência Infrastructure Investor Network America Forum, em dezembro de 2024
Media

“Há uma maior necessidade de medir as palavras e de agir de forma controlada”

Muda-se para Nova Iorque em 2019, para fazer um mestrado em jornalismo. Atualmente, Catarina Lamelas Moura (na foto) escreve sobre investimentos em infraestruturas numa publicação para investidores e profissionais do setor

Catarina Nunes

As empresas de media em Nova Iorque recompensam bem, mas também exigem mais, revela Catarina Lamelas Moura, repórter sénior da Infrastructure Investor Deals, que considera que “em Portugal há um à vontade maior no relacionamento com colegas e mesmo com chefias”.

A publicação online onde trabalha inclui uma revista em papel e integra o grupo PEI, que além de deter vários títulos especializados e bases de dados na área de investimentos em infraestruturas, organiza anualmente a conferência de referência no setor, a Infrastructure Investor Global Summit, em Berlim, entre outros eventos.

Um deles é o Infrastructure Investor Network America Forum, em Nova Iorque, que na última edição, em dezembro de 2024, conta com Catarina Lamelas Moura como moderadora de dois painéis.

Atualmente, escreve sobre investimentos e transações individuais em infraestrutura a nível global, mas começa por estagiar na secção de crime do New York Daily News, em 2020, que funciona como “uma formação sobre Nova Iorque, que me abre os olhos para a escala real desta cidade”, recorda a jornalista que inicia o percurso profissional em Lisboa, como estagiária na revista Fora de Série, suplemento que na época integra o extinto Diário Económico.
Na rubrica de Portugal Para o Mundo, dedicada a profissionais expatriados, partilha a experiência do ‘sonho americano’.

Catarina Lamelas Moura vive em Nova Iorque desde 2019 e o maior obstáculo tem sido manter o visto

Trabalhar fora de Portugal era uma ambição ou qual é a circunstância que determina a saída?

Tenho desde sempre o sonho de viver em Nova Iorque e já tinha vivido nos Estados Unidos, quando no 12º ano faço um programa de intercâmbio numa escola em Lakeland, na Flórida.

Depois de terminar a faculdade em Portugal decido que, em vez de seguir para um mestrado, iria trabalhar durante uns anos para ganhar experiência e voltar depois para os Estados Unidos, para fazer o tal mestrado, mas desta vez em Nova Iorque.

Os anos vão passando e, na verdade, estava bastante feliz e confortável com a vida em Lisboa, mas em 2019 decido finalmente lançar-me para fora.

Qual é o percurso que faz?

Mudo-me para Nova Iorque em agosto de 2019 e inicio o mestrado em jornalismo na New York University, em setembro de 2019. No verão de 2020, entre o segundo e o último semestre, faço um estágio no jornal New York Daily News e convidam-me a ficar mais uns meses até ao final de 2020, que é quando terminava curso.

No início de 2021 começo a trabalhar na Patch, uma publicação de jornalismo local. Em 2022, mudo de área jornalística e passo a escrever sobre criptomoedas para a startup The Block. Escrevo também sobre crédito privado para a Reorg, agora denominada Octus, entre 2023 e 2024.

No final do ano passado começo a trabalhar para a Infrastructure Investor, publicação dedicada a investimentos em infraestruturas.

Onde é que trabalhava e em quê, antes de mudar de país?

Trabalhava no jornal Público, na Ímpar, durante cerca de dois anos e meio, entre 2017 e 2019, e continuo a considerar o Público uma espécie de ‘casa’ no jornalismo. Antes disso passo quase um ano na revista Sábado, em 2016, depois de um estágio na Fora de Série – que na altura é um suplemento do Diário Económico – a seguir à conclusão da licenciatura em jornalismo, na Escola Superior de Comunicação Social, em 2014.

Em termos profissionais, quais são as diferenças entre trabalhar como jornalista em Lisboa e em Nova Iorque?

Em geral, a maior diferença é a competitividade. As empresas recompensam bem, mas também exigem mais. Isso obriga a estar em constante evolução. As próprias empresas têm de se manter competitivas e, se for necessário, um dia duplicam a equipa e seis meses depois fazem cortes. Isto não é visto de forma tão dramática, até porque o mercado de trabalho é muito mais forte e dinâmico.

Qual é o projeto mais recente que tem entre mãos e no que consiste?

Até ao ano passado estava na área de crédito privado, quando mudo para outra publicação de imprensa especializada, onde escrevo sobre investimentos na área de infraestrutura. A publicação é a Infrastructure Investor, que faz parte do PEI Group, grupo de media especializado em publicações para profissionais, que fornecem inteligência de negócios, através de notícias e análises para o setor financeiro. O grupo PEI tem várias publicações e organiza também eventos e conferências, como a Infrastructure Investor Network Global Summit, que é considerada a conferência do setor.

Faço parte da Infrastructure Investor, que é online e tem uma revista em papel e uma base de dados, mas mais especificamente integro a equipa da Infrastructure Investor Deals, que é uma nova publicação focada em investimentos e transações individuais em infraestruturas a nível global, lançada no final de janeiro.

A participação na cerimónia de abertura da New York Stock Exchange é um dos momentos que destaca

O valor da herança cultural portuguesa

Quais são as mais-valias e os obstáculos que o ser portuguesa tem no seu trabalho nos Estados Unidos?

Tenho um orgulho enorme (quase vaidade) em ser portuguesa e isso dá-me confiança em tudo o que faço. Levo comigo uma herança cultural que se manifesta em todas as minhas relações profissionais e pessoais. Sinto que é importante sobretudo numa cidade como Nova Iorque, onde a diversidade, não só cultural mas também na forma de pensar, tem tanto destaque.

O maior obstáculo tem sido manter o visto. Tem sido uma luta constante e qualquer pessoa que esteja nos Estados Unidos com um visto compreende este sentimento.

Até ao ano passado mantive-me com um visto de estudante com autorização de trabalho. É uma grande vitória ter conseguido passar para um visto mais permanente, que me dá mais estabilidade. É a superação de uma candidatura bastante exigente, que acabo por conseguir recorrendo à contratação de advogados.

Quais são as particularidades do jornalismo nos EUA ou em Nova Iorque, em termos de desafios e oportunidades em relação ao mercado português?

O mercado é muito maior e, mesmo dentro da área do jornalismo, existem muitas oportunidades, seja em publicações de media tradicional, startups ou títulos de imprensa especializada. Tendo trabalhado nestes três tipos de publicações desde que me mudei para Nova Iorque, sinto que há várias opções.

Em Portugal na área de jornalismo, infelizmente, as escolhas são muito mais limitadas.

Qual é o momento que o mercado norte-americano atravessa em termos de consumo de media, jornalismo e publicações para profissionais?

Na área de mercados privados, que é onde estou desde 2023, há uma procura enorme e empresas de media competitivas, porque a informação que publicam, incluindo ‘furos’ e informação privilegiada, é extremamente valiosa para investidores e outros profissionais.

Conhecer NY através do jornalismo de crime

Qual é a experiência profissional mais marcante, negativa e positiva, que teve nos EUA ou em Nova Iorque?

Durante o mestrado faço um estágio no New York Daily News, que é prolongado por mais uns meses, onde escrevo principalmente sobre crime e sou enviada todos os dias para diferentes cantos da cidade para entrevistar pessoas.
Representa não só um enorme desafio, mas também uma forma de ficar a conhecer a cidade mais profundamente, de conversar com pessoas e conhecer diferentes bairros. É quase uma formação sobre Nova Iorque, que me abre os olhos para a escala real desta cidade.

O mais negativo, ou mais difícil, tem sido a pressão de trabalhar num mercado tão competitivo, mas não me lembro de um episódio concreto.

Há algum momento profissional que destaque?

No The Block, a escrever sobre bolsa, sou convidada para a cerimónia de abertura da New York Stock Exchange, por uma empresa sobre a qual tinha escrito. Mas hoje em dia acompanho exclusivamente os mercados privados.

Em termos profissionais, do que é que tem mais saudades em relação a Portugal?

Em Portugal há um à vontade maior no relacionamento com colegas e mesmo com chefias. Aqui há uma maior necessidade de medir as minhas palavras e de agir de forma controlada em qualquer situação laboral.

Pensa regressar a Portugal e porquê?

Para já, não tenho planos para regressar. Mas também não tenho planos para ficar para sempre. Às vezes esqueço-me disso, mas na verdade antes de me mudar para Nova Iorque não imaginava que iria ficar cá a trabalhar depois de terminar o mestrado. Não sabia sequer que seria possível, sobretudo enquanto jornalista, sem ser a trabalhar para uma empresa multinacional.

Hoje tenho um sentimento de saudades de casa quando não estou em Lisboa, mas também quando não estou em Nova Iorque.

Sobre o autorCatarina Nunes

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Wise Pirates quer contratar 50 profissionais

IA generativa e ‘machine learning’, gestão de estúdio de imagem e som, marketing, computação e software, criatividade, experiência, inovação imersiva, dados e gestão de ativos digitais são algumas das posições em aberto

A Wise Pirates quer contratar 50 profissionais em 2025, para as áreas de pesquisa e desenvolvimento de inteligência artificial generativa e engenharia de ‘machine learning’, gestão de estúdio de fotografia, som e vídeo, e inovação, entre outras. O objetivo é acelerar o crescimento das empresas parceiras desta agência de marketing digital, consultoria digital e tecnológica e integração tecnológica.

A agência, que já conta com 120 funcionários, procura também profissionais nas áreas de marketing, IT, engenharia de computação, desenvolvimento de software, inteligência artificial, criatividade, experiência, inovação imersiva, dados e gestão de ativos digitais, em que a engenharia de dados será um elemento central em todos os projetos.

“Estamos a investir no futuro da experiência, que usa o melhor da tecnologia e do digital e, para tal, queremos apostar no talento nacional. Estas novas contratações vão permitir-nos continuar a inovar e a entregar soluções que fazem a diferença para os nossos clientes, e para o ecossistema das empresas e parceiros em Portugal”, explica Pedro Barbosa, CEO da Wise Pirates, citado em comunicado de imprensa.

As posições nas áreas de pesquisa e desenvolvimento de inteligência artificial (IA) generativa e engenharia de ‘machine learning’ dirige-se a profissionais com experiência em LLMs, micro-LLMs e agentes de IA. “O foco estará no desenvolvimento de soluções inovadoras para marketing, tecnologia e outras indústrias, combinando pesquisa, desenvolvimento e produção de software, para soluções de impacto global. O profissional deverá ter experiência em frameworks como TensorFlow, PyTorch e LangChain, além de conhecimento em MLOps e infraestruturas de cloud como Google Cloud, Azure ou AWS”, avança a Wise Pirates em comunicado.

Para a posição de engenheiro de ‘machine learning’, a Wise Pirates procura profissionais com competências em modelagem de dados, transformação de dados não estruturados e implementação de soluções escaláveis para o ecossistema digital.

O gestor de estúdio de fotografia, som e vídeo, e de inovação, além das competências técnicas, terá que explorar tecnologias como AR/VR, captação com drones e IA aplicada ao audiovisual, com o foco em ‘mix reality’ em ligação com as novas jornadas de experiência e sua expansão, em particular para marcas de bens de consumo embalados ou retalho, entretenimento, turismo, educação, desporto ou serviços. O objetivo é produzir conteúdos de alto impacto para redes sociais, websites e outras plataformas digitais.

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Iniciativa quer levar tecnologia de marketing digital a organizações sem fins lucrativos — sem qualquer custo.

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A E-goi, plataforma portuguesa de automação de marketing omnicanal e inteligência artificial, lançou o E-goi Apoia, um plano gratuito que coloca tecnologia de ponta ao serviço de ONGs e associações sem fins lucrativos.

Com esta iniciativa, a E-goi pretende democratizar o acesso a ferramentas de comunicação e marketing digital avançadas — muitas vezes inacessíveis por falta de orçamento — para que estas organizações possam ampliar o seu impacto social de forma eficaz e sustentável.

O plano inclui funcionalidades como:

  • envio de email marketing e webpush para até 50 mil contactos

  • automação de campanhas

  • 100 SMS por mês,

  • formulários e landing page

  • ferramentas de inteligência artificial

  • gestão de redes sociais

  • captação de leads via WhatsApp

  • suporte técnico especializado.

Segundo Iúri Ferreira, Project Owner do projeto, o objetivo é garantir que “quem já trabalha diariamente para transformar o mundo tenha acesso às ferramentas necessárias para comunicar, mobilizar e crescer”.

Um exemplo de como a tecnologia pode fazer a diferença é a Oikos – Cooperação e Desenvolvimento, com mais de 30 anos de atuação no setor. A coordenadora de comunicação, Marisa David, conta que utilizam a E-goi há mais de dez anos para enviar mensagens segmentadas por email e SMS, o que tem fortalecido a relação com os diferentes públicos da organização. “É isto que transforma uma base de dados em pessoas”, afirma.

A meta da E-goi é apoiar o máximo de organizações sem fins lucrativos, reforçando o seu compromisso com a transformação social através da tecnologia.

Para mais informações e adesão, acesse: E-goi Apoia

Sobre a E-goi

A E-goi é a tecnologia de automação de marketing omnichannel para marcas B2C com grandes audiências no retalho, e-commerce e serviços, que liga o mundo físico ao online, com maior rapidez e ROI garantido pela importância e proximidade que tem com cada cliente, potenciadas pelas suas soluções de IA.

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Poster Mostra transforma Marvila numa galeria a céu aberto

O projeto celebra dez anos de criatividade e pelo quinto ano consecutivo tem como parceira a histórica marca de vinho do Porto Sandeman

O projeto Poster Mostra regressa para uma edição especial e desafia os artistas a dar vida às ruas de Marvila, com posters de grandes dimensões, transformando o bairro numa autêntica galeria a céu aberto. E pelo quinto ano consecutivo, a iniciativa tem como parceira a histórica marca de vinho do Porto Sandeman.

Bruno Pereira, curador e diretor criativo do Poster e de Departamento, destaca a missão de dar nova vida às paredes do bairro lisboeta: “parece que foi ontem que aquelas paredes desertas chamaram por nós. Celebremos uma década de criatividade e arte numa Marvila que se tornou uma galeria ao ar livre”, refere, citado em comunicado de imprensa.

Antes da exposição de rua vão ser lançadas duas ‘Open Call’, que decorrem entre 15 de abril e 15 de maio, com o objetivo de revelar o talento de todos os que queiram dedicar-se à liberdade de expressão artística. Qualquer pessoa pode concorrer, independentemente de ter ou não formação artística, da idade ou nacionalidade, bastando apresentar propostas que possam ser aplicadas ao formato de Poster.

Também é possível concorrer à ‘Open Call Sandeman’ , inspirando-se no património iconográfico da marca.
Todos os trabalhos enviados para ambas as ‘Open Call’ serão expostos no Marvila 8, cuja inauguração se integra na programação do dia 21 de junho.

Os resultados das duas ‘Open Call’ serão revelados no dia 26 de maio, através das redes sociais do Poster Mostra e nas redes sociais da marca Sandeman.

Ao longo das últimas nove edições, as ‘Open Calls’ do Poster Mostra receberam mais de duas mil participações, provando a relevância do projeto na cena artística e urbana.

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