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Qual o papel do marketing relacional na era da integração?

Com a convergência dos meios e a consequente diluição das disciplinas da comunicação, os especialistas contactados pelo M&P acreditam que, num contexto de mudança de paradigma, as agências de marketing […]

Filipe Pacheco
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Qual o papel do marketing relacional na era da integração?

Com a convergência dos meios e a consequente diluição das disciplinas da comunicação, os especialistas contactados pelo M&P acreditam que, num contexto de mudança de paradigma, as agências de marketing […]

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Com a convergência dos meios e a consequente diluição das disciplinas da comunicação, os especialistas contactados pelo M&P acreditam que, num contexto de mudança de paradigma, as agências de marketing relacional desempenham um papel fundamental na relação entre marcas e consumidoresAs acções Voyeur para a HBO e Believe para o Halo 3 da Microsoft Xbox 360 são dois casos que fizeram furor em Cannes e que, para Ricardo Clemente, director-geral da Ogilvy One, representam na perfeição aquela que será, em breve, a tendência dominante do marketing: a convergência entre as várias disciplinas da comunicação. A primeira, desenvolvida pela BBDO Nova Iorque e com dois grandes prémios no festival de publicidade mais importante do mundo, nas categorias de promo e outdoor, teve o mérito de conduzir mais de 3.200 pessoas para um outdoor em Manhattan e de registar mais de um milhão de visitantes num site nas três primeiras semanas da iniciativa. Este projecto interactivo foi o grande vencedor do ano no festival One Show, e como o próprio nome indica, baseava-se numa experiência voyeurista que cruzava 12 histórias que podiam ser acompanhadas através da internet. Os conteúdos também foram transportados para o telemóvel, para algumas redes sociais e para o blogue The Story Gets Deeper. Já a campanha integrada desenvolvida pela TAG San Francisco para o Halo3, que ganhou um grande prémio em Cannes, englobava um filme que remetia para um site onde podiam ser visualizadas várias histórias em redor do jogo para Xbox. Este é outro exemplo que vem demonstrar como as marcas estão a assumir-se como contadoras de histórias, tendo sido essa, aliás, a fórmula encontrada para contornarem o défice de relação entre a publicidade convencional e a nova geração de consumidores. O “engagement”, como refere Ricardo Clemente, é assim, neste momento, uma “das grandes tendências do mercado”, e nesse campo o marketing relacional é encarado como uma disciplina de charneira.
Recuando ainda ao sucedido recentemente em Cannes, o grande prémio atribuído ao trabalho na categoria de marketing directo vem dar razão às palavras do responsável da Ogilvy One. Aproveitando a ocasião do 60º aniversário da Índia independente, o The Times of India lançou o projecto Lead India, cujo vencedor teria apoio para concorrer a um lugar da assembleia daquele país e a uma bolsa de estudo numa das mais reputadas universidades do mundo: Harvard. No planeamento de meios, foram utilizados todos os canais de marketing directo, tendo culminado a iniciativa com a realização do concurso na televisão para escolher o vencedor. Uma história que, por sinal, não terá deixado indiferentes os 37 mil participantes, o que demonstra bem como as campanhas que estão a marcar a diferença são aquelas que englobam uma forte componente estratégica na sua execução. Num contexto de convergência, um pormenor a não desprezar terá sido o facto desta acção ter ido para Cannes com a chancela de uma agência tradicional, a JWT Índia. Estamos, pois, perante um cenário cuja maior evidência é o esbater das fronteiras entre disciplinas da comunicação, cabendo, por isso, questionar qual o papel das agências especializadas em marketing relacional nesta nova realidade. Disciplina faz mais sentido que nunca
Sendo ponto assente que a comunicação terá de convergir inevitavelmente para estes pressupostos, a existência de agências ou de unidades especializadas em marketing relacional no seio dos grandes grupos de comunicação faz, segundo alguns dos responsáveis ouvidos pelo M&P, mais sentido do que nunca. “É uma disciplina que pode liderar esta mudança. Chegou o momento em que as outras disciplinas vão ter de interagir muito mais com o marketing relacional, aprender muito mais com o marketing relacional e ir muito atrás daquilo que são as tendências ditadas por essa disciplina”, defende Ricardo Clemente. A emergência de uma tendência em que as marcas se apresentam aos consumidores como contadoras de histórias deve-se em muito, na opinião do responsável da Ogilvy One, ao marketing relacional, ou não fosse a disciplina que “procurou sempre relações continuadas com os consumidores”, já que na
sua génese “criou sempre conteúdos para manter conversas com as pessoas”, refere.
Também Jorge Castanheira, CEO da Wunderman, aponta nessa direcção: “O know how dessas fronteiras está aqui. Foi o marketing relacional que provocou a abertura dessas fronteiras, mesmo que não tenha acontecido dentro uma agência de marketing relacional”. Ou seja, a verdade é “que a dissipação das fronteiras tem acontecido porque cada vez mais é possível criar relações com o consumidor e, muitas vezes, não é só criar, é reforçar a relação que foi criada pelo próprio consumidor”. Para o responsável da Wunderman, a emergência de uma nova geração de consumidores só vem comprovar que o marketing directo é das áreas que se encontra mais alinhada com os novos modelos de comunicação. A esse propósito, demonstra ainda que, “na maioria das situações, a lógica deixou de estar assente na marca como um emissor de mensagens, mas como um participante de conversas onde estão uma série de mensagens a ser transmitidas em interacção. E esse know how está aqui, está nas agências especializadas”.
A Proximity faz parte da network da BBDO, onde em conjunto com a RMAC – a unidade de design do grupo -, tem vindo a ser desenvolvido um trabalho de aproximação à integração de propostas apresentadas aos clientes. Daí que a BBDO Consultants tenha nascido com o objectivo de englobar as três áreas de negócio do grupo para dar resposta às novas necessidades que vão surgindo no mercado. Nuno Antunes, CEO da Proximity, defende que independente do modelo existente em cada grupo de comunicação, o importante é continuarem a existir unidades especializadas em marketing relacional. “Somos uma agência que faz exclusivamente marketing directo. O que depois fazemos, porque estamos integrados num grupo, é que quando é necessário fazer uma proposta integrada, fazemo-la em conjunto. Contudo, fazemos melhor marketing directo do que uma agência que não tem essas competências o faz”, adianta. Ou seja, “acreditamos na especialização através da integração”, explicando ainda que faz sentido haver agências de marketing directo, mas depois tem de haver a capacidade dessas agências saberem integrar a sua oferta e as suas capacidades com outro tipo de competências”.
O que diferencia o marketing relacional de uma unidade de advertising tradicional é a “sua componente estratégica”, diz Nuno Antunes. E explica: “O que é diferente nestas agências é a existência de uma parte muito mecânica de implementação no terreno. Há um mecanismo de situações e de funcionamento da própria campanha que estão muito ligadas ao terreno e à logística de implementação”.
Na prática, toda a componente estratégica e a implementação das ideias são apoiadas pela correcta leitura e interpretação das bases de dados e da informação. E embora admita que as agências de publicidade possam ter a capacidade para fazer trabalhos de marketing relacional, pois basta introduzirem um mecanismo de resposta numa peça de comunicação para que esta atinja esse estatuto, socorre-se de uma metáfora para ilustrar a sua argumentação: “Eu sei conduzir carros, mas se me puserem um camião à frente também o conduzo. Não o conduzo é tão bem. O importante é que quando se tem um cliente à frente e quando se tem um problema à frente, se ponha em primeiro lugar as ideias e só depois a execução”.
Execução essa, cujo sucesso depende, em grande medida, de uma boa gestão das bases de dados onde estão contidas todas as informações consideradas relevantes sobre os consumidores: “É fundamental para saber qual é o passo seguinte que devemos tomar para continuar a interagir com o consumidor. A gestão dos dados ganhou um ímpeto e uma nova dimensão com o surgimento destes canais de contacto”, refere Jorge Castanheira, explicando ainda que “aquilo que há uns anos era possível de fazer, que era estudar as reacções face a um ímpeto que a marca criava, um vale de desconto, uma promoção, uma acção de charme ou uma acção de fidelização, tem agora de estar automatizado e mecanizado para percebermos as reacções em tempo real. E são essas reacções que nos vão dar a base do conhecimento para decidirmos o que fazer a seguir”. O fim de fronteiras
Mário Rui Silva, presidente da HPP Euro RSCG, ilustra com exemplos o diluir das fronteiras existentes entre o trabalho das agências de marketing relacional e as agências de publicidade, sem por isso deixar de defender que aquelas incorporam um know how que lhes permite assumir uma relação continuada entre a marca e o consumidor: Qualquer anúncio que saia na imprensa, que tenha um número de telefone ou um site está a fazer marketing relacional porque vai gerar uma reacção da parte de quem o vê, pois vai dar origem a outras formas de comunicação e tecnicamente isso é marketing directo”. O presidente da HPP diz, contudo, ser necessária a existência de unidades específicas pela “especialização que isso implica”. Isto porque, como sublinha, nas acções de marketing directo produzidas pelas agências de publicidade é “gerado um contacto que, posteriormente, não tem sequência”, pelo que as classifica de marketing relacional “muito primário”. O mais importante, acrescenta Mário Rui Silva, é gerar uma “interacção que vai, por sua vez, dar-nos a conhecer cada vez melhor as preferências do consumidor para poder dar-lhe produtos e serviços à medida do que ele pretende. Os serviços são cada vez mais semelhantes e a forma como são trabalhados emocionalmente é que marca toda a diferença”, defende.
Já Ricardo Clemente diz acreditar na especialização, quando esta se encontra enquadrada numa vertente multidisciplinar, pois defende a necessidade de uma convergência ao nível do planeamento estratégico. “Não faz sentido uma disciplina ter um planeamento estratégico independente da outra disciplina, porque quando se aponta um caminho estratégico, este tem de ser pensado numa lógica multidisciplinar levando em conta aquilo que são as tendências do mundo de hoje”, afirma, e defende que a multidisciplinaridade deve ser assegurada na execução, na gestão e no desenvolvimento criativo dos projectos.
Estando, mais do que nunca, a discussão da integração em cima da mesa, até que ponto essa realidade poderá vir a transformar os modelos organizacionais dos grandes grupos de comunicação? De acordo com Jorge Castanheira, neste ponto, torna-se importante fazer a separação entre a componente estratégica e organizacional: “Algumas agências de publicidade estão a perceber que a publicidade convencional em si, em algumas ou na maioria das vezes, já não faz sentido, e portanto estão a incorporar esse know how dentro de casa, tornando-a numa agência 360 graus. Agora como incorporam, isso depende de cada grupo. Estamos a falar de conceitos técnicos e depois de conceitos organizacionais. O que está a acontecer é que as fronteiras estratégicas estão a esbater-se. As fronteiras organizacionais dependem muito dessa empresa”, afirma. Até porque, como acrescenta, a resposta integrada pode ser dada de várias formas e até com a participação de empresas concorrentes: “O trabalho tem de ser desenvolvido com o envolvimento de todos os especialistas. Agora se os especialistas estão in house, se são uma empresa parceira, se são uma empresa associada ou até concorrente, depende das capacidades ou da estratégia de crescimento do negócio que cada empresário tem”.
Já Mário Rui Silva, quando se refere às agências de publicidade, vaticina que será normal que aquelas acabem por se tornar “em grandes agências de marketing relacional”, pois a própria evolução do mercado assim o determina. “O normal é que os grandes grupos de comunicação acabem por ficar preparados para darem resposta àquilo que o mercado vai exigindo e, neste momento, o marketing relacional é uma exigência do mercado”, diz, explicando ainda que “há uma tendência para estas agências se irem preparando, se irem qualificando cada vez mais”, pois, à medida que vão abarcando várias áreas da comunicação e vão dominando esta área, as agências de publicidade acabarão por ter no seu seio uma agência que saiba dar resposta a isso”.
A posição do responsável da HPP é, de resto, alimentada pela convicção de que o modelo base do funcionamento das agências de publicidade está condenado ao fracasso. “Como estão organizadas não vão sobreviver porque não se tratam cancros com aspirinas”, assevera, considerando que as agências não se adaptaram às novas formas do mercado, pois quando vemos o crescimento da internet e percebemos como é fácil qualquer jovem saber tudo através da internet e vai procurar todos os serviços e produtos que lhe interessam, é fácil perceber que as agências tradicionais estão a fazer publicidade que está condenada a médio prazo”.
Para Vítor Vasques, presidente do grupo Grey, que integra a agência de marketing relacional G2, a questão que se coloca é a de saber quais as metodologias a serem implementadas no seio das agências. Evoca, por isso, o exemplo de agências como a Wieden + Kennedy, onde diz existir uma metodologia de trabalho definida para todas as áreas de comunicação, o que se traduz na capacidade de criar “outputs criativos sólidos, coerentes e de qualidade em todos os meios e através de todas as valências que a agência incorpora”. Defende, portanto, que as agências de marketing relacional acabarão por ficar diluídas nas unidades de advertising, ou o contrário, pois, na sua opinião, o mais importante é encontrar uma matriz que defina a linha de trabalho das agências em todas as suas vertentes. Na sua óptica, a forma como os grupos de comunicação se organizaram nos últimos anos não lhes tem permitido dar este tipo de respostas ao mercado, apesar de reconhecer que em Portugal já se começam a assinalar algumas mudanças nesse sentido. E Vítor Vasques concretiza: “Os outputs criativos são definidos pelo lado por onde o trabalho entra, o que faz com que os métodos definidos pelas unidades de advertising tradicional acabem por prevalecer, pois é nesses meios que os clientes ainda continuam a investir mais”. O que se traduz, segundo Vítor Vasques, num “desequilíbrio no trabalho que é desenvolvido pelas várias unidades de negócio de cada grupo”. E a concorrência das agências web?
O crescimento do número de utilizadores de canais online veio permitir às marcas, por via do trabalho desenvolvido pelas agências digitais, criar um maior foco na vertente relacional com os consumidores. Um cenário que veio despertar a discussão em torno da capacidade destas agências virem, no futuro a substituir as competências consagradas às unidades de marketing relacional. “Falsa questão”, sublinha Nuno Antunes, pois as agências de “marketing directo tradicionais já estão dotadas de capacidades digitais”. “As agências de marketing directo tradicionais já começaram há muito tempo a preparar-se para dominar os canais digitais, porque eram agências mais vocacionadas para dominar o canal offline. Estamos no mundo das ideias e não dos canais e a Proximiy não está refém de um canal, porque tem cá dentro uma estrutura que domina o digital, o mobile marketing, o online e o offline. As agências digitais, por seu lado, apenas dominam um canal e as ideias que têm só podem ser aí aplicadas”, realça. Ricardo Clemente diz mais: “As web agencies estão num momento com grande crescimento, e com grande sucesso, mas acredito pouco no futuro de uma agência exclusivamente digital ou exclusivamente a trabalhar para a web porque a vida das pessoas não é exclusivamente digital, assim como não é exclusivamente offline”. Além de que, acrescenta, são agências com “fortes competências técnicas na área de web, mas que não têm uma cultura de marca e uma experiência de marca como as agências mais tradicionais têm”. Ricardo Clemente acredita, porém, que as web agencies acabarão por ir à procura de outras competências que não apenas as digitais: “O mercado está em pura convulsão. A mudança está do lado do consumidor, e isso faz com que a cadeia se vá ajustando. No futuro, os mais fortes ficarão e os mais fracos sairão”, explica.
Também Jorge Castanheira acredita que as agências digitais possam incorporar esse know how. Todavia, apronta-se a esclarecer que “uma agência digital que trabalhe na óptica de criar relações e que não as consiga manter, tal como acontece com uma agência de publicidade, não vai perceber esta mudança do relacionamento que existe com os clientes”. No presente, prossegue, o importante “é saber interpretar, não só o ciclo de vida do cliente, mas o ciclo de vida da relação, porque ele pode estar a falar comigo ou de mim sem eu saber”. E conclui: “Eu tenho de saber onde ele anda, o que anda a dizer sobre mim aos seus amigos e contactos e como é que posso participar nessa conversa sem parecer que estou a invadir. Saber interpretar os resultados e saber decidir de acordo com os resultados que se medem. Só temos sucesso, e aí a internet foi importante pois deu-nos mais ferramentas, se numa operação juntarmos a estratégia, a criatividade e os resultados”.

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Instagram testa reposição de algoritmo de recomendações

A funcionalidade destina-se a utilizadores que sentem que as recomendações de conteúdos já não correspondem aos seus interesses, permitindo-lhes recomeçar do zero e treinar novamente o algoritmo da aplicação sobre os conteúdos que querem ver

O Instagram está a testar a possibilidade de os utilizadores reporem as suas recomendações, funcionalidade que permite recomeçar do zero e treinar novamente o algoritmo da aplicação, em relação aos conteúdos que querem ver na página Explore, no Feed e no Reels. A funcionalidade destina-se a utilizadores que sentem que as recomendações de conteúdos já não correspondem aos seus interesses.

Adam Mosseri, diretor do Instagram, publicou um vídeo na rede social em que refere que a nova funcionalidade não se destina a ser utilizada com frequência, sendo que foi concebida apenas para os casos em que se pretende uma renovação total. “Quero deixar claro que estamos a falar de uma mudança significativa”, enfatiza Adam Mosseri. A nova funcionalidade será lançada a nível mundial em breve, de acordo com o comunicado de imprensa do Instagram.

Caso um utilizador reponha o seu algoritmo, as recomendações de conteúdo vão começar a ser personalizadas novamente ao longo do tempo, com base nas publicações e contas com as quais o utilizador interage. É ainda dada a opção de rever a lista de contas que seguem, para deixarem de seguir contas que partilham conteúdos que já não lhes interessa.

“No início, vai tornar o Instagram muito menos interessante para o utilizador, porque vamos tratá-lo como se não soubéssemos nada sobre os seus interesses e vai demorar algum tempo a reaprendê-los. Por isso, não é algo que recomende que seja feito a toda a hora, mas caso o utilizador não se sinta bem com a sua experiência, isto fornece-lhe uma alternativa”, acrescenta o diretor do Instagram, no vídeo publicado no Instagram.

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TLC funde operações em Portugal e Espanha e cria TLC Worldwide Iberia

Miguel Lobo (na foto, à dir.) mantém-se na liderança da operação nacional da TLC Worldwide e assume o cargo de CEO da TLC Worldwide Iberia. Philippe Dewerbe (à esq.) continua a liderar a empresa em Espanha e é o diretor executivo da TLC Worldwide Iberia

A TLC Worldwide está a fundir as operações em Espanha e Portugal, para formar um novo ‘cluster’ que reforça a presença e atuação na Península Ibérica, com a criação da TLC Worldwide Iberia. A fusão marca um momento da expansão e consolidação da agência e pretende fortalecer a oferta de soluções de ‘reward’ marketing e programas de fidelização.

A estrutura operativa e estratégica mantém-se em ambos os países, com escritórios em Madrid e Lisboa, mas a fusão irá criar um modelo de trabalho mais coeso entre ambas as agências, com a incorporação dos perfis ibéricos e das equipas especializadas. “Temos identificado inúmeras sinergias entre ambos os mercados e, ao combinar os pontos fortes das nossas equipas e direção, acreditamos que iremos alcançar níveis superiores de sofisticação e eficácia. Ao combinar o nosso conhecimento e experiência dos mercados espanhol e português, otimizamos os recursos e melhoramos a capacidade de desenhar e implementar campanhas e estratégias de marketing que se adaptam perfeitamente às necessidades das marcas em ambos os países”, enfatiza Miguel Lobo, CEO da TLC Worldwide Iberia.

Agora, as marcas que trabalham com a TLC Worldwide vão poder tirar partido de uma experiência mais fluida ao lançarem iniciativas a nível ibérico, beneficiando de uma coordenação mais precisa e de um aproveitamento superior dos recursos.

A equipa diretiva que estará na liderança deste ‘cluster’ conta com Miguel Lobo, que continua a liderar a operação nacional da TLC Worldwide, assumindo o cargo de CEO da TLC Worldwide Iberia. Philippe Dewerbe, por seu lado, continua a liderar a empresa em Espanha e será o diretor executivo da TLC Worldwide Iberia, com a responsabilidade de supervisionar a estratégia geral e garantir a fluidez da operação na região.

José Cerdeira assume a função de diretor de estratégia ibérica, focando-se em desenhar estratégias competitivas que potenciem o crescimento do ‘cluster’, alinhando os objetivos de negócio com as necessidades do mercado. Miguel Fernandes de Oliveira, por sua vez, fica com a direção de desenvolvimento do negócio ibérico, liderando a expansão comercial, fortalecendo as relações com os clientes atuais e explorando novas oportunidades para consolidar a presença da agência na região.

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El Corte Inglés fica azul, em combate contra cancro da próstata

No âmbito da campanha, de 18 a 28 de novembro, na venda de qualquer artigo da marca Emidio Tucci, €1 reverte a favor da Liga Portuguesa Contra o Cancro. O valor angariado será doado a esta associação, que o aplicará em ações de prevenção e combate ao cancro

O El Corte Inglés está a promover a campanha Novembro Azul, que pretende sensibilizar para o tema do cancro da próstata e angariar fundos para a Liga Portuguesa Contra o Cancro. Para assinalar o arranque da campanha, na semana em que se assinala o Dia Mundial de Combate ao Cancro da Próstata, a 17 de Novembro, as fachadas do El Corte Inglés de Lisboa e Gaia-Porto estão iluminadas de azul.

No âmbito da campanha, de 18 a 28 de novembro, na venda de qualquer artigo da marca Emidio Tucci, nas lojas físicas e online, €1 reverte a favor da Liga Portuguesa Contra o Cancro. O valor angariado será doado a esta associação, que o aplicará em ações de prevenção e combate ao cancro.

De acordo com a Liga Portuguesa Contra o Cancro, o cancro da próstata é uma doença geralmente silenciosa e é, atualmente, o cancro mais frequente nos homens. Detetar a doença numa fase precoce é essencial, permitindo tratar com uma taxa de cura muito elevada.

Em outubro, o El Corte Inglés esteve iluminado de cor-de-rosa, no seguimento da campanha Outubro Rosa, para conscientizar as mulheres e a sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do cancro da mama.

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Milk&Black reforça portefólio com 11 novos clientes

“Estamos a consolidar-nos como uma das principais agências de comunicação a nível nacional, trabalhando diferentes setores de atividade”, refere Diana Taveira, CEO da agência de comunicação e marketing de influência

A Milk&Black está a desenvolver a comunicação e a assessoria de imprensa de 11 novos clientes. Além da Fidelidade (seguros), da NAU Hotels & Resorts (hotelaria), do Palácio do Governador (hotelaria), do Monte Santo Resort (hotelaria), do Cascade Wellness Resort (hotelaria), do Senses (restauração), do Po Tat (restauração) e do Volta do Mar (restauração), também conquistou as contas de três marcas de moda internacionais, Merrell, Buffalo e Palladium, nos últimos dois meses.

Mitsubishi Motors, Fuso Trucks Portugal, Unicâmbio, Unimoney e Royal Canin são outras das insígnias que a agência de comunicação e marketing de influência está a comunicar desde o início do ano, juntando-se a uma lista que também inclui marcas como a New Balance, a WTF e a Segafredo e eventos como o Festival F e o Blissfest.

“Estamos a consolidar-nos como uma das principais agências de comunicação a nível nacional. Acima de tudo, gostamos do desafio de trabalhar em diferentes setores e é um orgulho ver marcas nacionais e internacionais a integrar cada vez mais o nosso portefólio”, refere Diana Taveira, CEO da agência da Milk&Black, citada em comunicado de imprensa.

De acordo com o documento, a agência, fundada em 2016 por Diana Taveira e Diogo Dias, ex-apresentadores da MTV Portugal, conta atualmente com mais de 80 clientes ativos, entre contratos anuais, ações pontuais e campanhas. Além da assessoria de imprensa e do marketing de influência, a Milk&Black, que conta com uma equipa de 30 trabalhadores, gere redes sociais, produz conteúdos de fotografia e vídeo e organiza e promove eventos para marcas e empresas.

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Humor de Madalena Abecasis no Natal da Sonae Sierra (com vídeo)

Com criatividade da Born e produção da Mother, o filme publicitário está a ser divulgado nos canais digitais dos centros comerciais e nas redes sociais da influenciadora digital, integrado numa estratégia de amplificação que contempla múpis interiores e digital

A influenciadora digital Madalena Abecasis é a protagonista da campanha de Natal da Sonae Sierra. Apelando ao consumo consciente, refletido e planeado, o filme publicitário cruza a criatividade e o humor, apresentando dados reais sobre os comportamentos de consumo dos portugueses na época natalícia, obtidos através de um estudo da Sonae Sierra.

“A campanha ‘Pensa bem, oferece melhor’ demonstra a estratégia de marketing dos centros comerciais geridos pela Sonae Sierra em aliar ‘insights’ de consumo a uma abordagem criativa e emocional, potenciando o ‘engagement’ com o público-alvo e reforçando os valores da marca. Esta iniciativa integra uma comunicação omnicanal e contribui para uma mensagem de sustentabilidade e reflexão no ato de consumo”, explica Joana Moura e Castro, diretora de marketing ibérica da Sonae Sierra, citada em comunicado de imprensa.

A informação obtida no estudo permitiu identificar perfis de comportamentos típicos nos 18 centros comerciais abrangidos. Os cinco estereótipos mais comuns foram interpretados por Madalena Abecasis no filme publicitário, com criatividade da Born e produção da Mother.

Além dos consumidores que dependem de instruções de terceiros para escolher presentes, o anúncio retrata os que os escolhem com base nos seus próprios gostos, os que priorizam a estética para os ‘unboxings’ das redes sociais, os que deixam as compras para a última hora e os que compram qualquer coisa, sem refletir, porque, se o destinatário não gostar, pode sempre trocar.

“De acordo com os dados do estudo, 42% dos portugueses não utilizam os presentes que recebem e três milhões recebem presentes de que não gostam, o que confirma que as pessoas não dedicam o tempo necessário a pensar naquilo que o outro gostaria de receber. Além disso, cerca de dois milhões de portugueses só fazem as suas compras de Natal em dezembro”, refere a Sonae Sierra no documento.

A campanha é divulgada nos canais digitais dos centros comerciais da empresa em vídeo, com declinações em ‘key visuals’ e múpis interiores. Até ao Natal, é amplificada através de ativações e de conteúdos interativos, no digital, nos sites e nas redes sociais dos centros comerciais, em newsletters e através de marketing de influência, nas redes sociais de Madalena Abecasis.

A intenção é promover comportamentos de compra mais conscientes, que evitem deslocações adicionais, para trocas desnecessárias, aos centros comerciais geridos pela empresa, como o Atrium Saldanha, Albufeira Terrace, AlgarveShopping, ArrábidaShopping, CascaiShopping, Centro Colombo, Centro Vasco da Gama, CoimbraShopping, Estação Viana Shopping, Fórum Barreiro, GaiaShopping, GuimarãeShopping, MaiaShopping, MadeiraShopping, NorteShopping, Nova Arcada, Parque Atlântico e ViaCatarina Shopping.

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Nespresso e SharkNinja celebram Natal com David Beckham (com vídeos)

No filme de Natal da marca de cafés, o empresário e ex-futebolista inglês joga à bola com um boneco de neve. Para os eletrodomésticos norte-americanos (na foto) prepara a refeição da consoada para a família

David Beckham é o rosto da campanha de Natal global multimeios da Nespresso. Produzido pela Studio 99, produtora audiovisual criada pelo ex-futebolista e empresário inglês em parceria com Nicola Howson e David Gardner em 2019 para produzir documentários desportivos, o filme publicitário mostra o antigo desportista a jogar à bola com um boneco de neve num dia de inverno.

Divulgado em televisão, digital e redes sociais, o ‘spot’ promove a nova cápsula de café Peanut and Roasted Sesame, uma das edições especiais da Nespresso para o Natal de 2024, além da máquina Vertuo Creatista e da caneca Vertuo Mug, outro dos produtos que a insígnia suíça comercializa.

Enquanto saboreia a bebida, David Beckham, que é embaixador da Nespresso desde novembro de 2023, observa a paisagem pela janela e, ao aperceber-se da presença de um boneco de neve inacabado com uma expressão triste, decide inverter a situação. Depois de o finalizar, recorrendo a uma cápsula de café para lhe criar um nariz, utiliza-o como guarda-redes.

Além do anúncio da Nespresso, David Beckham também é a estrela do filme publicitário natalício da SharkNinja, que marca a estreia da marca de eletrodomésticos norte-americana nas campanhas multimeios globais. Enquanto prepara a refeição da consoada para a família, o ex-desportista vai utilizando alguns dos novos lançamentos da insígnia.

Divulgado em digital e em televisão em Espanha, França, Reino Unido, Alemanha, Itália, Escandinávia, Bélgica, Países Baixos, Luxemburgo, Médio Oriente e Estados Unidos, o anúncio é amplificado através de publicações nas redes sociais e painéis digitais em praças centrais de Nova Iorque, Los Angeles, Miami e Londres.

As receitas natalícias preferidas de David Beckham, que é o embaixador global da SharkNinja, estão disponíveis num site dedicado. Para além de aumentar a notoriedade da marca a nível internacional, a contratação do ex-futebolista e empresário inglês pretende potenciar as vendas da insígnia globalmente.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

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Amazon lança concorrente ao Temu e Shein

Os produtos comprados na Amazon Haul são entregues em uma ou duas semanas. Em Portugal, a Amazon está a disponibilizar o Rufus, assistente virtual alimentado com IA generativa, que responde a perguntas sobre produtos e apresenta recomendações

A Amazon tem uma nova experiência de compras para os consumidores dos Estados Unidos, que consiste na venda apenas de produtos que custam 20 dólares (€19) ou menos, para competir com as ofertas de retalhistas como Temu e Shein. A Amazon Haul está disponível apenas através do smartphone e apresenta-se com preços competitivos, em produtos como vestuário, eletrónica e equipamento de cozinha.

“Todos os artigos têm um preço inferior a 20 dólares (€19), sendo que a maioria tem um preço igual ou inferior a dez dólares (€9,50) e alguns artigos custam apenas um dólar (€0,95)”, segundo avança a empresa em comunicado de imprensa. Os clientes também vão poder usufruir de descontos, quando adicionam mais artigos a uma única encomenda, com 5% de desconto em encomendas de 50 dólares (€47,50) ou mais e 10% de desconto em encomendas de 75 dólares (€71,24) ou mais, à semelhança das práticas das plataformas concorrentes.

A contrapartida da nova aposta da Amazon são os prazos de entrega, diferentes dos da Amazon Prime. Em vez disso, os produtos comprados na Amazon Haul chegam a casa do consumidor, por norma, em uma ou duas semanas, à semelhança do que acontece com a Temu e outras plataformas semelhantes.

A empresa liderada por Andy Jassy salienta que os utilizadores devem gastar pelo menos 25 dólares (€23,75) para receberem o envio gratuito, mesmo que subscrevam o serviço Prime. Caso contrário, o custo de envio é de 3,99 dólares (€3,79). São, no entanto, oferecidas devoluções gratuitas em todas as compras efetuadas na Amazon Haul acima de três dólares (€2,85) dentro de 15 dias após a entrega.

Em paralelo, em Portugal, a Amazon já está a disponibilizar o Rufus, assistente virtual alimentado por inteligência artificial generativa, através da aplicação da Amazon, por enquanto apenas em versão ‘beta’ e para clientes selecionados. Este assistente de compras virtual pretende melhorar a experiência de compra online, permitindo aos utilizadores interagirem com a plataforma de maneira mais eficiente, conseguindo responder a perguntas relacionadas com produtos e apresentar recomendações.

Sobre o autorDaniel Monteiro Rahman

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Portugal conquista seis prémios nos Clio Sports Awards 2024

A campanha ‘Drawn to Equality’ (na foto), também distinguida com duas Pratas, rendeu à Dentsu Creative o único Ouro que a criatividade portuguesa trouxe da cerimónia. ‘Surfing Through the Odds’ ganhou Prata e Bronze. ‘League of All Leagues’ foi reconhecida com Bronze

A criatividade portuguesa conquistou seis prémios na edição de 2024 dos Clio Sports Awards, em Nova Iorque. A campanha ‘Drawn to Equality’, que a Dentsu Creative criou para a Visa, ganhou três galardões. Além de Ouro na subcategoria Social Good, da categoria Social Good, foi reconhecida com Prata na subcategoria Fan Engagement, da categoria Social Good, e com Prata na subcategoria Partnerships & Sponsorships, da categoria Brand x Media.

A campanha ‘Surfing Through the Odds’ da Betclic, que apresenta um documentário criado pela Coming Soon e produzido pelos Shutterstock Studios, para combater a desigualdade de género e racial através do surfe, em São Tomé e Príncipe, também recebeu dois galardões. Na subcategoria Sports Betting, da categoria Partnerships & Sponsorships, teve direito a Prata. Na subcategoria Social Good, da categoria Social Good, conquistou Bronze.

‘League of All Leagues’ rendeu à Judas o segundo Bronze que veio para Portugal. A campanha, que promove a Liga Portugal Betclic, foi distinguida na subcategoria Gameday/In-Game Experience, da categoria Use of Partner or Sponsor. ‘League of All Leagues’ também ficou em ‘shortlist’, na subcategoria Social Good, da categoria Social Good, à semelhança de ‘Bet On Her’ da FunnyHow para a Betclic, na subcategoria Public Relations, da categoria Public Relations.

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Marcas de fabricante fazem crescer retalhistas de sortido curto

“Uma marca consistentemente inovadora e atrativa aumenta mais rapidamente o seu alcance junto dos compradores e conquista a sua preferência”, diz Pedro Pimentel, diretor-geral da Centromarca

As marcas de fabricante estão a contribuir para o crescimento do negócio dos retalhistas de sortido curto, avança um estudo da Kantar desenvolvido em parceria com a Centromarca. De acordo com a análise, a estabilização da inflação, a redução das taxas de juro e o aumento da taxa de emprego também estão a impulsionar o consumo fora de casa e os serviços de entrega ao domicílio.

“O consumo fora de casa tem vindo sempre a crescer acima do consumo para casa, nos últimos trimestres. No entanto, a percentagem do gasto que os portugueses dedicam ao consumo dentro de casa perdeu espaço, com uma diminuição de 1,2 pontos percentuais, face ao terceiro trimestre de 2023”, informa a Centromarca em comunicado de imprensa.

Além do tamanho das cestas ter diminuído, a maioria das categorias de produtos de grande consumo também regista um decréscimo em valor, nos primeiros nove meses do ano. No caso das bebidas, a redução atinge os 5%. No das limpezas caseiras, a quebra ronda os 3%. A venda de produtos de alimentação animal caiu 2%.

“No mesmo período, os números mostram também um avanço das marcas de distribuidor sobre as de fabricante, ainda que as segundas mantenham a maior quota de mercado, com 52,5% em valor. Apesar do decréscimo da quota, as marcas de fabricante contribuíram positivamente para o desempenho de alguns retalhistas de sortido curto”, refere o estudo.

Entre julho e setembro, o consumo em casa recuperou ligeiramente, com a dimensão da cesta de compras das famílias portuguesas a crescer, apesar da desaceleração da dinâmica de crescimento que as marcas próprias dos retalhistas registavam até então.

“Num contexto que se mantém desafiante, apesar dos números animadores da economia e dos mais recentes dados do mercado, as marcas continuam a ter de reforçar a relação com os consumidores, atrair novos públicos e reter compradores habituais. Uma marca consistentemente inovadora e atrativa aumenta mais rapidamente o seu alcance junto dos compradores e conquista a sua preferência”, afirma Pedro Pimentel, diretor-geral da Centromarca, citado no documento.

O estudo da Kantar mostra ainda que 66% das marcas que conquistam novos compradores registam crescimento em volume de vendas. “As marcas que não recrutaram consumidores nos últimos dois anos decresceram 14,5% em valor entre janeiro e setembro de 2024, quando comparado com o período homólogo. Já as que conquistaram novos ‘targets’ em 2023 e 2024 cresceram 14,3% no mesmo período”, refere ainda a análise.

Segundo o estudo, as marcas que angariaram mais clientes viram a fidelidade dos consumidores aumentar 57% e a taxa de repetição de compra subir 54%. “Recrutar consumidores em vários retalhistas pode ser difícil para as marcas, mas a diversificação dos locais de venda revela-se bastante vantajosa e fundamental para atingir o maior número de compradores possível”, defende Marta Santos, diretora de clientes e de análises da Kantar.

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Startup portuguesa ZeroPact quer descarbonizar ecommerce

A startup portuguesa está a lançar uma ferramenta gratuita, que permite às empresas de comércio eletrónico calcular e compensar automaticamente a pegada carbónica dos produtos, aumentando a transparência e a confiança junto dos consumidores

A ZeroPact, startup portuguesa de tecnologia focada na sustentabilidade, está a lançar uma solução alimentada por inteligência artificial que permite às marcas de comércio eletrónico integrar o cálculo e a compensação da pegada carbónica dos seus produtos, permitindo aumentar a transparência e a confiança junto dos consumidores.

A startup fundada por João Morgado, Luís Branco e João Matos ganhou o El Corte Inglés Retail Challenge, concurso de inovação no retalho que teve lugar durante a Web Summit, tendo agora a possibilidade de iniciar um teste piloto com o El Corte Inglés, reforçando a aplicabilidade da tecnologia em grandes marcas e antecipando-se às novas regulamentações do Digital Product Passport (DPP) previstas para 2027.

De acordo com o Barómetro Mastercard 2023 – Perceção da Sustentabilidade em Portugal, os consumidores portugueses estão cada vez mais atentos às práticas ambientais das marcas, sendo que 80% dos portugueses dão importância à política de sustentabilidade dos comerciantes ou fornecedores e que 52% já deixaram de comprar um produto devido à má reputação ambiental de uma marca.

“Estes números mostram a urgência das empresas em adotar práticas transparentes e alinhadas com as expectativas de um consumidor mais consciente”, sustenta João Morgado, CEO da ZeroPact, em comunicado de imprensa.

A análise da Mastercard revela ainda que 87% dos portugueses manifestam interesse em saber a pegada carbónica das suas compras, com esta percentagem a subir para 90% entre as mulheres. No entanto, apenas 15% conhecem a sua própria pegada carbónica, apesar de 74% já estarem familiarizados com o conceito.

“Este cenário evidencia uma grande oportunidade para as empresas liderarem na comunicação de sustentabilidade e oferecerem ferramentas que ajudem os consumidores a tomar decisões mais informadas e sustentáveis”, argumenta João Morgado.

De acordo com o CEO da startup, a ZeroPact tem planos de expansão para toda a Europa, focando-se em mercados europeus estratégicos devido à legislação emergente que, até 2027, obrigará as empresas a adotarem passaportes digitais de produtos e práticas de sustentabilidade mais rigorosas.

A tecnologia da ZeroPact já está disponível em vários sites portugueses, como Otherwise, Jakshoes, DCK, NAE-Vegan, 38 graus, Cool Mood Community, Arisca, Wheat&Rose, Le-mot, Mineral Fashion Store, Bordaleiras, Chulé, Pera Lima, Tribu, Cura, entre outros.

“A aplicação da tecnologia na área de sustentabilidade permite fornecer aos clientes informações claras e precisas sobre a pegada de carbono dos produtos que adquirem. Além disso, pode criar um modelo replicável para o setor como um todo, impulsionando uma transformação mais ampla em direção à sustentabilidade”, enfatiza Vasco Marques Pinto, gestor de relações externas do El Corte Inglés.

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