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Marketing :: Artigos de Fundo

Os homens dos candidatos

  O último congresso do PS, realizado em Espinho, apresentou algumas novidades que mostram como mudou o relacionamento entre o partido, a comunicação social e os eleitores. Os bloguers puderam […]

Rui Oliveira Marques
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Os homens dos candidatos

  O último congresso do PS, realizado em Espinho, apresentou algumas novidades que mostram como mudou o relacionamento entre o partido, a comunicação social e os eleitores. Os bloguers puderam […]

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O último congresso do PS, realizado em Espinho, apresentou algumas novidades que mostram como mudou o relacionamento entre o partido, a comunicação social e os eleitores. Os bloguers puderam acreditar-se, os jornalistas não tinham acesso às mesas dos congressistas, o palco alternou de cores e de disposição ao longo dos três dias de congresso e o site Socrates2009.com ficou online no preciso momento em que era anunciado perante os congressistas e os espectadores dos canais de informação por cabo, que o transmitiram em directo. Encabeçado pela mesma fotografia de campanha utilizada nas eleições de 2005, o Socrates2009.com apresenta informações e vídeos sobre a actividade política de Sócrates no governo e na direcção-geral do PS, ou a sua participação na Meia Maratona de Lisboa. A Euro RSCG esteve envolvida na organização do congresso, mas recusa prestar mais informações sobre o assunto. Já a LPM, que apresenta o PS na lista de clientes, um mês depois da realização do congresso, continua sem responder ao M&P sobre qual o papel que a consultora irá desempenhar nas legislativas.

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O congresso do PS é apenas um exemplo que mostra como os momentos de comunicação dos partidos são estudados ao pormenor. As agências de comunicação que nos últimos meses têm trabalhado para o governo e para o PS, a LPM de Paixão Martins e a First Five Consulting de João Tocha, são apontadas como as principais beneficiadas por este novo ciclo eleitoral. No entanto, o M&P não conseguiu obter um comentário dos seus responsáveis.

Com 2009 a incluir três actos eleitorais, haverá várias movimentações na área da comunicação. Eleições significam a contratação de consultoras de comunicação, de agências de publicidade, de empresas de publicidade exterior, empresas de brindes, de estudos de mercado, de aluguer de espaços e estruturas para comícios e de gráficas. Será, por isso, um bom ano para as agências de comunicação, que costumam ser a face mais visível na estratégia dos candidatos? Na YoungNetwork, as campanhas políticas poderão representar 10 a 15 por cento da facturação da agência. É apoiado nestes números que João Duarte, CEO da agência de comunicação, sustenta que “quem diz que não vai participar nas eleições porque não é rentável, pensa assim porque não de se deu bem no passado. Se calhar, há um ano diziam o contrário”. A YoungNetwork está a trabalhar a área política há dois anos e meio, tendo já tido experiências com o CDS, o PSD e o PS, para além de ter implementado uma campanha legislativa vencedora em Guiné-Bissau. Se numa primeira fase a agência investiu em desenvolver uma rede de contactos e melhorar o know how, o objectivo para este ano é participar em 10 eleições.

“Estamos em contactos avançados com um partido do arco do poder para as legislativas e, para as europeias, com um partido fora da esfera do poder”, adianta João Duarte.

Esta área é dirigida por Rui Calafate, que chefiou a área de imprensa de Santana Lopes, na Câmara de Lisboa e depois no Governo. Calafate é apoiado por mais duas pessoas, mas “em situação de campanha terá o apoio de toda a área de consultoria que são 30 pessoas”, detalha João Duarte. Quanto a preços, uma campanha poderá orçar entre 75 a 100 mil euros. “Depende da campanha e se é para ganhar. Se for para ganhar, gasta-se mais”, considera.

Também a Ipsis de Tiago Franco refere que a sua equipa “está atenta, porque (a política) é uma área de negócio da agência”. O responsável põe de lado a conotação que o mercado costuma fazer entre a Ipsis e o PSD e que, nesta fase, poderiam significar menos projectos em mãos. “A marca Ipsis é laranja. Esses comentários só podem ser baseados nisso”, ironiza Tiago Franco. A agência chegou a colaborar com o governo de Durão Barroso, mas esse trabalho, sustenta, “não tem comparação com o que faz o governo Sócrates”. A título de exemplo, a agência desenvolveu o projecto Abril é Evolução, aquando dos 30 anos do 25 de Abril.

No portfólio do grupo Brandia Central, que incorporou empresas como a MKT ou Mais Design que desenvolveram trabalhos na área política, estão a campanha autárquica de 2001 Eu Fico e a das legislativas de 2002 Braço Direito para o CDS/PP. Para as mesmas legislativas, a empresa desenvolveu a campanha distrital para o PS de Castelo Branco, numa lista encabeçada por José Sócrates.

A agência esteve ainda nas regionais de 2004 com o PS da Madeira e com o PSD dos Açores. “Trabalhamos com todos os partidos. Não somos tendenciosos, somos profissionais”, sublinha o responsável da Ipsis, agência que integra o grupo Brandia Central. Para 2009, “ainda é cedo” saber quais as campanhas em que a Ipsis estará envolvida. “Mais para o fim de Abril é que começará a haver movimentações.

A única excepção são as europeias, que deverão ser trabalhadas mais cedo”. Para este ciclo eleitoral, em que a Ipsis prevê que a área política represente 10 por cento da facturação, a agência pretende posicionar-se na parte “científica” das eleições, isto é, na recolha e análise de informação e criação de conceitos. E já que se fala de planos, Tiago Franco não hesita em apontar o político que gostaria de trabalhar: Jerónimo de Sousa. As razões são claras: “Com o crescimento do Bloco de Esquerda, o PCP tem tido dificuldade em posicionar-se. Seria um bastante interessante trabalhar Jerónimo de Sousa”.

Já a Agenda Setting está concentrada nas eleições autárquicas. A agência colocou online o site www.autarquicas2009.net, onde apresenta os serviços para as eleições, e realizou um seminário de dois dias no Porto, que vai replicar no início de Maio em Lisboa, sobre marketing político. É também com este trabalho para dar visibilidade à empresa, que José-Manuel Diogo diz que pode gerir até 15 campanhas autárquicas. Neste momento tem três confirmadas. O consultor explica o seu método de trabalho: “O meu foco é avaliar no terreno onde é que a comunicação funcionou, onde é que não funcionou, onde é que se podem explorar as debilidades do adversário e gerar awareness. Esse trabalho faz-se estudando o público. Tive há pouco uma experiência de um candidato que não avançou depois dos estudos”. A eleição de Alberto Santos (PSD) para Penafiel ou a segunda eleição de Carlos Encarnação (PSD) para Coimbra constam no portfólio da Agenda Setting. E preços? “Custa exactamente aquilo que a lei permite. Tenho avenças de 1.800 euros e outras de quatro mil, de acordo com a forma como eu e a minha equipa gastamos mais ou menos tempo”. Depois existem produtos agregados que fazem crescer a factura.

Para as autárquicas, José-Manuel Diogo acredita que vão existir “o triplo de candidatos independentes que houve nas últimas eleições. E neste caso ganhar pode não significar ficar com a Câmara, mas sim ser eleito”. O consultor ajuda a definir os passos de um trabalho político: “Estuda-se, definem-se os instrumentos de comunicação e adequa-se ao orçamento e ao que é necessário para comunicar com aquele público. A tecnologia e a estatística ajudam a perceber se vai acontecer ou não um desastre. Eu garanto que dou aos meus candidatos o que as sondagens dizem. Eles depois podem pedir para não dizer à equipa para não desmoralizar ou embandeirar em arco os resultados. Mas sei que há gente que não dá aos candidatos o que dizem as sondagens”, declara o responsável da Agenda Setting.

A Inforpress está também a desenvolver contactos para as eleições. Paralelamente, a agência está a assessorar um projecto paneuropeu para sensibilizar para a votação nas eleições europeias, e a nível nacional, conta Ana Margarida Ximenes, “estamos a desenvolver um trabalho continuado para a Câmara Municipal de Estremoz, que contempla um conjunto de acções de comunicação e marketing relacional, potenciando a comunicação desta autarquia com os munícipes”. Em ano de autárquicas, continua a country manager da Inforpress, “temos sentido um interesse e uma aposta cada vez maior pela área da comunicação, em especial na web 2.0”. Para os eventuais candidatos autárquicos, a Inforpress apresenta um portfólio de serviços que vai desde a “realização de serviços tradicionais de comunicação até à criação e implementação de projectos web”, resume.

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Efeito Obama a caminho?

As eleições vão marcar o explodir de ferramentas digitais, à semelhança do que aconteceu recentemente nos EUA com a campanha de Barack Obama? João Duarte acredita que não, até porque em Portugal, diz, “têm pouca audiência, mas é uma audiência que influencia bastante.

Estamos agora a assistir muito a bloguers que passam para comentadores de jornais e televisões. Vai ser uma ferramenta importante, mas nada que se compare a Obama.

Não será o principal eixo de comunicação”. O consultor apresenta um caso. Num meio pequeno, em que a idade média da população ronda os 50 anos, um comício será sempre mais importante que uma rede social. “É preciso estar onde está a audiência, ou neste caso, os eleitores”, refere João Duarte. José-Manuel Diogo destaca que as últimas décadas clivaram um fosso cultural entre Lisboa e Porto e o resto do país. Por isso, o uso de ferramentas deverá estar adequado à realidade do meio. “Se calhar em Viana do Castelo ainda se pode pensar em televisão, mas em Vila Nova de Cerveira é possível que baste rádio e um comício”, aponta.

Quem não vai

Salvador da Cunha, que dirige a Lift, é peremptório quanto à decisão de não prestar serviços na área de consultoria política: “Não quero ser conotado com política. Quero que a Lift seja conotada com uma boa consultora de comunicação.” No passado, o CEO da Lift acompanhou Paulo Portas nas legislativas de 2005, cujo resultado levou a que o líder do CDS PP deixasse à época a liderança do partido.

A remuneração é determinante para esta opção: “A actividade não é rentável para um consultor”. Salvador da Cunha faz as contas: “Eu cobro 200 euros à hora, se se multiplicar por oito horas por dia e depois por 30 dias, veja lá quanto é que o político tem de pagar por mês. Não há estrutura política em Portugal que pague 48 mil euros.

Se calhar, pagam esse valor a outras pessoas, mas a mim não pagam. E mesmo que me pagassem 48 mil euros, não sei se não seria mais rentável aqui na agência.” Daí que este profissional acredite que os líderes das agências “ou têm uma estrutura grande por detrás e mantêm a rentabilidade por estarem ao mesmo tempo nos clientes empresariais, ou então distraem-se com um ano inteiro de eleições. É preciso ter uma organização muito bem oleada para sair da organização para fazer consultoria política. É que estar totalmente focado na comunicação política consome 24 horas por dia. É absolutamente avassalador”. Mesmo assim, a Lift deverá começar a comercializar um produto chave na mão dirigido a autarcas e deputados. “Explicarei o que é na altura certa”, remata Salvador da Cunha.

Também Cunha Vaz optou por este ano não se envolver em eleições. A consultora que dirige ainda teve uma experiência recente em Cabo Verde onde conseguiu ganhar algumas das principais cidades para o MpD. Ao M&P Cunha Vaz referiu que “a CV&A decidiu que só em democracia se devem fazer campanhas políticas, sob pena de não se poder perder. A CV&A orgulha-se de ter ‘ganho’ duas das três eleições em que participou em Portugal, sempre em circunstâncias adversas, nomeadamente na ‘vitória’ que foi o segundo lugar de Carmona Rodrigues na eleição como independente para a Câmara Municipal de Lisboa. Nunca fará campanhas que ‘já ganharam’. Por essa razão, não terão relevância as suas acções políticas em Portugal.

Depois da vitória em que fomos intervenientes em Cabo Verde nas autárquicas e em nome do MpD, decidimos apenas fazer campanhas onde a democracia é real.” Cunha Vaz voltou a referir esta semana, a fechar a conferência com Plouffe em Lisboa, que não iria participar em consultoria política, referindo que os candidatos “terão de escolher segundas hipóteses” na hora de contratar uma agência.

Atenção ao Norte

No Norte, que concentra o maior número de concelhos do país, deverá assistir-se às principais movimentações na área da comunicação política. Mesmo assim, o protagonismo das agências do Porto não deverá igualar o registado na última década. A extinta McCann Porto, então dirigida pelo agora deputado do PSD e responsável pelo Canal Parlamento Luís Campos Ferreira, foi responsável nos 90 e no início da actual década por campanhas autárquicas de Norte a Sul do país. A multinacional acabou por fechar o escritório a Norte, com alguns dos seus profissionais a criaram depois a Cineponto. Também a NTM, então com Agostinho Branquinho à frente dos seus destinos, chegou a ser outra das referências nesta área. Recorde-se que o agora deputado do PSD e responsável pela primeira eleição de Rui Rio para a Câmara do Porto, está a coordenar as campanhas do PSD (ver caixa Ferreira Leite).
Rui Rio ainda não apresentou a recandidatura à Câmara do Porto, mas a B+ de Sara Balonas, que trabalha a comunicação da Câmara Municipal do Porto, teve a teve a seu cargo o marketing político do candidato nas últimas autárquicas. Para estas eleições, a agência volta a ser apontada como a empresa que irá ficar com essa tarefa. Contactada pelo M&P, Sara Balonas preferiu não comentar o assunto. Já a candidatura de Elisa Ferreira à edilidade está a ser trabalhada pela Aedis. Este empresa é detida por Domingos Ferreira, que foi funcionário do PS durante 30 anos e que está neste momento a trabalhar, entre outras, as candidaturas socialistas a Valongo, Gaia, Gondomar, Trofa, Maia, Gouveia, Mangualde, Angra do Heroismo e Vila Velha de Ródão. Ao todo, a empresa espera estar em 12 a 14 candidaturas. “Não há tempo para mais”, refere Domingos Ferreira. Para os candidatos, a empresa de consultoria política desenvolve um estudo de opinião “que nos dá os indicadores, que depois nos ajudam a alimentar um briefing e as etapas que se seguem”. Domingos Ferreira é também sócio da Longo Alcance, da Sino e da Grande Evento, que também estão envolvidas na concepção, execução e produção das campanhas. A empresa colabora ainda na organização dos congressos e encontros Novas Fronteiras do PS, e tem um pé nas europeias. Será a Aedis a responsável pelo evento que vai levar este fim-de-semana Vital Moreira e Mário Soares ao Porto, no âmbito da campanha para as europeias. O ciclo político deste ano, refere Domingos Ferreira, deverá representar uma facturação de 700 a 800 mil euros.
A aversão de Ferreira Leite às agências de comunicação

Pouco tempo depois de ser eleita presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite fez saber que não iria trabalhar com qualquer agência de comunicação. Esta decisão representava um corte com a liderança de Luís Filipe Menezes que chegou a contar com a assessoria de António Cunha Vaz. Recorde-se que o então líder do PSD chegou a propor que a Cunha Vaz apoiasse, ao nível da comunicação, o grupo parlamentar, um plano que não chegou a concretizar-se, depois de ter criado uma crise política entre Menezes e o seu grupo parlamentar, então dirigido por Santana Lopes. Luís Paixão Martins escreveu no seu blogue e a propósito de Cunha Vaz que se estava a assistir a uma “novela mexicana” e que os associados da APECOM (Associação Portuguesa das Empresas de Conselho em Comunicação e Relações Públicas) deveriam reflectir “se a coabitação com a protagonista da ‘novela mexicana’ não é prejudicial para as suas empresas”.

A presidente do PSD voltou a colocar na ordem do dia o alegado protagonismo das agências de comunicação no processo político e encontrou em Pacheco Pereira o porta-voz dessa posição. “É interessante ver a sanha com que Manuela Ferreira Leite é atacada pelos donos e empregados das agências de comunicação que pululam nos blogues, muitas vezes sem se identificarem como tal.

Compreende-se bem: para eles seria insuportável que um político obtivesse resultados sem a ajuda dos ‘profissionais’ de comunicação”, escreveu Pacheco Pereira no Abrupto. O historiador e apoiante de Ferreira Leite considerou também que a relação entre políticos e agências de comunicação “é um dos sintomas da degradação da política contemporânea”.

O papel de Cunha Vaz e das agências de comunicação na vida política culminou numa entrevista do responsável máximo da Cunha Vaz & Associados ao Público, que recebeu um destaque significativo na primeira página do jornal, numa visibilidade até aqui inédita para um consultor.

Quase um ano depois deste episódio, o M&P pediu a Cunha Vaz para analisar o desempenho, ao nível da comunicação, de Manuela Ferreira Leite. O consultor é directo: “Avalio menos bem. O PSD tem sempre um comportamento autofágico.

Elegeu o dr. Luis Filipe Menezes com o maior número de votos de sempre e alguns dos que pensam ter pedigree assassinaram-no no dia seguinte à eleição. Muitos desses estão com Manuela Ferreira Leite, mas mordem pela calada – à espera da sua vez – e em nada contribuem para criar um partido forte que ajude a dar saúde à nossa democracia. Dizia-se que Carter tinha sido o melhor presidente da URSS que os EUA tinham tido até então. Espero que não possa dizer-se que Manuela Ferreira Leite é o melhor presidente do PS que o PSD teve até hoje. Não que eu seja do PSD ou do PS. O que eu desejo é uma democracia forte com dois partidos igualmente fortes.”

Nas legislativas e europeias, o PSD não deverá contar com os serviços de qualquer agência de comunicação. O trabalho eleitoral, que nos sociais-democratas costumava estar nas mãos do secretário-geral, conta com dois homens no terreno. Castro Almeida, presidente da Câmara Municipal de São João da Madeira, é o coordenador autárquico, enquanto Agostinho Branquinho, deputado com experiência na área da publicidade, coordena as campanhas. Matos Rosa, Emídio Guerreiro e Luís Rodrigues são ainda apontados como elementos-chave para as disputas que se avizinham. Francisco Azevedo e Silva, ex-director-adjunto do DN, enquanto chefe de gabinete de Ferreira Leite, irá também ser uma peça activa no planeamento das eleições. O PSD conta também com um gabinete interno organizado para as áreas das novas tecnologias, design e audiovisuais. A título de exemplo, o rebranding do logotipo do partido, que Menezes chegou a apresentar e entretanto foi abandonado, foi desenhado internamente por Júlio Pisa. O Bloco de Esquerda e o PCP, segundo informações recolhidas pelo M&P, vão continuar a privilegiar o envolvimento dos militantes nas estratégias eleitorais.
Seis lições da campanha de Obama

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David Plouffe, estratega da campanha de Barack Obama, esteve esta segunda-feira em Lisboa a explicar os eixos diferenciadores que marcaram a corrida eleitoral. Conheça as ideias principais.

1. Um plano de meios inovador. Uma campanha tradicional nos EUA baseava-se em televisão, em mailing e sound bites dos candidatos. Obama veio mudar estes pressupostos. O plano de meios alocou à televisão 50 por cento do orçamento, quando os candidatos costumam destinar-lhe 75 por cento. Ao mesmo tempo, a candidatura privilegiou a publicidade na internet e o investimento em tecnologia.

“Gastámos mais dinheiro em tecnologia do que qualquer outro candidato”, referiu David Plouffe. As redes sociais também foram privilegiadas. “Utilizámos uma comunicação de igual para igual, valorizando as pessoas”. No entanto, o consultor sublinha que não se pode ser “escravo de uma ferramenta” e é preciso estar preparado para actualizar constantemente os meios envolvidos. A título de exemplo, quando a campanha de Obama começou a ser planeada, ainda não existia o Twitter. No entanto, sublinha, “é um erro ficar apoiado na tecnologia. É preciso é pô-la ao serviço da campanha”.

2. Recolher o máximo de informação e medir tudo. “Quanto melhor for a informação e os dados, melhores serão as decisões”, considera David Plouffe, que destaca a necessidade de conhecer bem os vários grupos de eleitores e das diferentes regiões.

3. A rua e a internet são mais importantes que os meios tradicionais. Para o staff eleitoral de Obama, a opinião das pessoas comuns era mais valorizada que a da imprensa. “Enquanto Hillary Clinton e McCain viam se tinham tido ou não um bom dia através das notícias que passavam na CNN, para nós, mais importante do que diziam os media, era o que diziam as pessoas”, relembrou Plouffe. Os voluntários da campanha “eram os nossos olhos e ouvidos”. A campanha partiu também do princípio de que os jovens, que foram decisivos para os resultados, possuem um modelo para construir a sua opinião diferente das gerações mais velhas. “Já não estão atentos aos noticiários nacionais da noite ou aos jornais. Procuram por sua conta informação online para partilhar com as pessoas”.

4. Informar os apoiantes. A campanha chegou a ser constituída por uma rede de 30 milhões de e-mails de apoiantes, que eram alimentados com conteúdos renovados, ao mesmo tempo que contornavam as interpretações de jornalistas e comentadores. Cada voluntário de campanha dedicou em média 20 horas semanais à candidatura e era informado por e-mail sobre o estado em que se encontrava a disputa eleitoral e qual o seu papel para contribuírem para a vitória do candidato. A agenda era programada para que quando Obama estivesse com determinado tema na ordem do dia, os seus apoiantes tivessem já informação básica que os ajudasse a consolidá-lo junto de outros cidadãos.

Recorde-se que entre as acções de campanha a cargo dos voluntários, à boa maneira dos EUA, estavam o contacto porta-a-porta e chamadas telefónicas. “Não teríamos vencido sem o apoio destas pessoas”, declarou Plouffe.

5. Preparar momentos memoráveis. O discurso na convenção democrática em Denver ou o de Berlim foram momentos que permitiram criar imagens fortes junto do eleitorado. No caso do de Berlim e perante o risco que representava, “nove em cada dez pessoas diziam que não o devíamos fazer”, recordou Plouffe. “Não era fácil, um movimento em falso e podia ser um grande problema”. Por ser um candidato às presidenciais não contou com apoio logístico das autoridades dos EUA para a realização do comício na capital alemã.

6. O candidato outsider. Obama “era um outsider. Há candidatos que passam anos e décadas a planear a sua campanha. Obama não tinha apoio fora do Illionis”, conta o estratega. “Nós só podíamos conquistar a presidência com um movimento popular. Era David contra Golias”. Por ser desconhecido, a candidatura teve de antecipar ataques de desinformação de várias frentes. A titulo de exemplo, a candidatura preparou um site onde respondia a apenas uma questão: Obama é muçulmano? “Gastámos muito dinheiro a educar as pessoas, até para explicar como e onde podiam votar”, sublinha o estratega.

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Nike homenageia Rafael Nadal em filme publicitário (com vídeo)

A campanha (na foto), que é uma homenagem aos 23 anos de carreira do ex-tenista e é narrada pelo cofundador da Nike, Phil Knight, foi criada em colaboração com a Wieden & Kennedy London. O filme publicitário é realizado pelo dinamarquês Martin de Thurah

A Nike acaba de lançar uma campanha que homenageia a carreira de Rafael Nadal, que disputou o último jogo da carreira profissional na Taça Davis. A campanha, intitulada ‘Greatness’, é uma colaboração entre a equipa criativa da Nike e a agência criativa Wieden & Kennedy London. O filme publicitário é realizado pelo dinamarquês Martin de Thurah.

A campanha, que é uma homenagem cinematográfica aos 23 anos de carreira do ex-tenista, é narrada pelo cofundador da Nike, Phil Knight. O filme revisita o percurso profissional de Rafael Nadal, que conquistou 22 títulos do Grand Slam, 92 títulos de carreira, duas medalhas de ouro olímpicas e mais de mil vitórias em partidas individuais.

O anúncio também apresenta o lado filantrópico do desportista espanhol, que criou a Fundação Rafa Nadal, uma instituição que apoia jovens através do desporto, em parceria com a Rafa Nadal Academy. O ex-tenista, que é atleta da Nike desde os 13 anos, tem trabalhado em colaboração com as equipas de produto da marca ao longo da carreira para criar modelos de calçado e vestuário que refletem a evolução do seu jogo e estilo.

A Nike não é, no entanto, a única marca a homenagear a carreira de Rafael Nadal. A Telefónica, um dos principais patrocinadores do tenista espanhol, lança, através da Movistar, a campanha ‘Qué Suerte Hemos Tenido’. O guião, de autoria da agência interna da Telefónica, gira em torno do conceito de sorte, elogiando o desportista pelas alegrias desportivas que deu aos espanhóis.

O filme publicitário está a ser divulgado no serviço de ‘streaming’ da operadora, a Movistar Plus, em formato de reportagem especial, fazendo uma retrospetiva da carreira do desportista, nascido em Manacor, em 1986, ao longo dos anos.

Entre as empresas que apoiam Rafael Nadal está também a Kia. A fabricante automóvel sul-coreana nomeou o ex-tenista embaixador mundial da marca em 2006. O contrato, entretanto prolongado, estende-se até 2025. Antes de anunciar o fim da carreira, o atleta também renovou os compromissos com várias empresas espanholas, como é o caso da Telefónica e do Banco Santander.

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Marktest lança serviço de medição de áudio digital

“Com o Pod_Scope Rank, teremos uma medição independente e auditada para o universo dos podcasts, o que trará mais informação e conhecimento para todos os players da indústria”, afirma José Manuel Oliveira, CEO da Marktest, citado em comunicado de imprensa

Pod_Scope é o novo serviço de medição de áudio digital que a Marktest está a lançar. A Bauer Media Audio Portugal, a Impresa, o Observador e o Grupo Renascença Multimédia integram o projeto, que dá origem um ranking mensal de podcasts.

A listagem é elaborada a partir da análise do número de ‘downloads’ acumulados do mês, de ‘downloads’ médios por semana e de ‘elisteners’ médios por semana. O Pod_Scope Rank inclui também dados de caracterização dos títulos, incluindo o género temático, o nome do ‘publisher’ e o número de novos episódios lançados desde o ranking anterior.

“Este lançamento é um marco importante para o mercado de áudio em Portugal. Com o Pod_Scope Rank, teremos uma medição independente e auditada para o universo dos podcasts, o que trará mais informação e conhecimento sobre estas plataformas para todos os ‘players’ da indústria dos media”, afirma José Manuel Oliveira, CEO da Marktest, citado em comunicado de imprensa.

Segundo o documento, o serviço pode ser subscrito por todos os operadores de ‘podcasting’ a operar no mercado nacional “que utilizem plataformas de distribuição com os requisitos técnicos necessários e adiram aos critérios de contabilização de podcasts do IAB [Interactive Advertising Bureau]”.

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Solução inovadora portuguesa promete revolucionar o futuro da comunicação empresarial

Registered Message é o nome do serviço disponibilizado pela E-goi que entrega a mesma eficiência das cartas registadas e que promete uma economia de 95% ao desmaterializar o correio tradicional.

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Num escritório no coração de Matosinhos, a equipa da E-goi, empresa portuguesa líder em automação de marketing omnichannel, está a redefinir o futuro da comunicação corporativa. Um dos seus produtos, o Registered Message, promete transformar processos que há décadas permaneciam inalterados.

“Imaginem um mundo onde as cartas registadas são coisa do passado”, explica Miguel Azevedo, Product Manager da E-goi. “É exatamente isso que propomos com este serviço inovador”.

O Registered Message é uma solução digital que permite às empresas enviar comunicações importantes por email e sms, de forma segura e rastreável, em alternativa ao correio registado tradicional. Também chamadas “mensagens registadas”, estas comunicações transacionais enquadram-se no envio de notificações de pagamento, alertas de informações processuais e outros documentos oficiais, via email ou sms, com carácter legal. Mas o que significa isto, na prática?

Desmaterialização: O Fim das Cartas Registadas

Para muitas empresas, o envio de cartas registadas tem sido um processo demorado e custoso. A Credibom, uma instituição financeira líder em Portugal, era uma dessas empresas até recentemente, quando passou a utilizar o serviço Registered Message da E-goi para o envio das suas comunicações.

A instituição financeira trocou o envio das suas tradicionais cartas registadas físicas pelo Registered Message, ferramenta que possibilita a redução de, aproximadamente,  93,4% dos custos com este. Uma mais-valia que trouxe mais eficiência e menos gastos.

Além de simplificar o envio de mensagens, este tipo de comunicação também tem um impacto ambiental positivo ao reduzir significativamente o uso de papel.

Prova de Comunicação: Um Selo Digital de Confiança

Mas e quanto à segurança e validade legal destas comunicações digitais? É aqui que o Registered Message realmente se destaca.

“Cada mensagem enviada através do E-goi Registered Message recebe um selo de certificação da Multicert. Isto fornece uma prova irrefutável de que a comunicação foi enviada, recebida e, em muitos casos, lida pelo destinatário”, destaca Miguel Azevedo.

Este recurso tem-se mostrado particularmente valioso para empresas que lidam com comunicações sensíveis, como notificações de dívidas ou avisos de corte de serviços.

Gestão de Alterações Contratuais: Mais Eficiência para Empresas

Para grandes corporações, a gestão de alterações contratuais sempre foi um desafio logístico, mas com a nova solução da E-goi, isso já não será um problema.

“Com o Registered Message, é possível enviar atualizações contratuais para milhares de clientes de uma só vez, com a certeza de que cada interação será registada e armazenada”, conta Miguel Azevedo.

Olhando para o Futuro

Enquanto o sol se põe sobre Matosinhos, a equipa da E-goi continua a trabalhar, impulsionada pela visão de um futuro digital mais eficiente e seguro.

“O Registered Message é apenas uma das muitas soluções da E-goi”, conclui Miguel Azevedo. “Estamos constantemente a inovar, procurando novas formas de tornar a comunicação empresarial mais eficaz, segura e sustentável.”

À medida que mais empresas adotam soluções como o Registered Message, fica claro que o futuro da comunicação corporativa já chegou. E, pelo que parece, esse futuro é digital, eficiente e, acima de tudo, português.

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68% dos marketers não estão a atingir agregados familiares unipessoais

De acordo com o estudo Marketer’s Toolkit 2025 do WARC, os marketers estão a viver na ‘era da atomização’, em que as novas tecnologias estão a criar um período de isolamento em massa, que incluem o excesso de personalização e de estilização, bem como de dependência da tecnologia

O número de agregados familiares unipessoais está a aumentar, mas mais de metade (68%) dos profissionais de marketing parece estar a perder a oportunidade de mercado que advém deste grupo demográfico, de acordo com o estudo Marketer’s Toolkit 2025 do WARC (World Advertising Research Center).

Segundo o estudo, que tem por base inquéritos a cerca de mil profissionais de marketing de todo o mundo, entrevistas com especialistas e análises da própria equipa do WARC, os marketers estão a viver na ‘era da atomização’, em que as novas tecnologias estão a criar um período de isolamento em massa. As peculiaridades desta situação incluem o excesso de personalização e de estilização, bem como de dependência da tecnologia.

A análise do WARC revela que em 2023, os agregados familiares com uma só pessoa representavam aproximadamente 20% do total de agregados familiares em todo o mundo. Prevê-se que esta percentagem aumente para 48%, até 2040, ultrapassando a taxa de crescimento de todos os outros tipos de agregados familiares.

O WARC argumenta que este facto está a criar uma oportunidade para as marcas adaptarem os produtos e as mensagens aos consumidores individuais, de modo a responderem às suas necessidades e a estabelecerem uma ligação através de mensagens que se enquadrem no seu estilo de vida.

O estudo revela também que 65% dos profissionais de marketing preveem uma melhoria das condições do mercado em 2025, com uma maior confiança nos gastos dos consumidores, o que conduzirá a uma mudança de abordagem, para um posicionamento orientado para o valor, em vez dos descontos.

“Embora seja improvável um crescimento rápido a nível mundial em 2025, há razões para esperar uma maior estabilidade do que a registada nos últimos anos, à medida que os bancos centrais recuperam o controlo da inflação e as taxas de juro diminuem. O WARC prevê que o investimento publicitário mundial aumente para 1,15 biliões de dólares no próximo ano”, adianta Aditya Kishore, diretor de ‘insight’ do WARC.

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Beatriz Mesquita lidera gestão de talentos e desenvolvimento de negócio da Global

“Temos o objetivo de continuar a criar campanhas autênticas e inovadoras, com a criatividade sempre em mente, para as marcas e para os influenciadores com os quais trabalhamos”, afirma ao M&P Beatriz Mesquita (na foto)

Beatriz Mesquita acaba de assumir a gestão de talentos e desenvolvimento de negócio da Global, reforçando a equipa da agência de comunicação, relações públicas e estratégia digital. A nova responsável substitui Gonçalo Castilho Pernas, novo diretor de produção da Showbees.

A experiência em marketing de influência em Portugal e no estrangeiro revelou-se decisiva para a contratação, numa altura em que a agência liderada por Isabel Jorge de Carvalho procura expandir uma área de negócio que, há um ano, representava 10% do volume de negócios da agência.

“Temos o objetivo de continuar a criar campanhas autênticas e inovadoras, com a criatividade sempre em mente, para as marcas e para os influenciadores com os quais trabalhamos”, afirma Beatriz Mesquita, em declarações ao M&P.

Licenciada em comunicação e multimédia pela Universidade Lusíada, Beatriz Mesquita trabalha em comunicação e assessoria de imprensa desde 2011. Em 2018, enquanto comunicava a Dockers, marca do grupo Levi Strauss & Co, dá os primeiros passos no marketing de influência.

Em 2021, muda-se para o YoungNetwork Group, assumindo a coordenação da comunicação e do marketing de influência do grupo. Depois de uma passagem pela Media.Monks, em Amesterdão, onde desempenha o cargo de gestora de marketing de influência, regressa a Portugal.

Na IF Comunicação, acumula a liderança do departamento de marketing de influência da agência com a assessoria de imprensa a marcas e empresas, entre maio de 2022 e novembro de 2024.

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Há dois finalistas nacionais nos Eurobest Awards 2024

Das 20 candidaturas apresentadas ao festival europeu de criatividade e comunicação publicitária, apenas duas podem conquistar prémios. A Dentsu está na ‘shortlist’ com a campanha para a Visa e a Bar Ogilvy pela que concebeu para a Meo

A Bar Ogilvy e a Dentsu Creative são finalistas nos Eurobest Awards 2024. Das 20 candidaturas apresentadas por agências nacionais, as duas agências são as únicas na corrida ao Grande Prémio e aos prémios de Ouro, Bronze ou Prata, nas categorias em que estão nomeadas.

A Bar Ogilvy é finalista na categoria Direct Shortlist, na subcategoria Use Of Humor, com a campanha ‘Filhos do Euro’, da Meo, que divulga uma oferta comercial da operadora. A continuação da campanha ‘Faz Amor Pelo Amor à Seleção’, que incentivava o aumento da natalidade, é a única finalista da categoria.

A Dentsu Creative é um dos finalistas da categoria Entertainment, na subcategoria Diversity & Inclusion In Sport, com a campanha ‘Drawn To Equality’, criada para a Visa e que acaba de ser reconhecida com duas Pratas nos Clio Sports Awards 2024. Divulgada no jornal A Bola, é marcada pela inclusão de uma personagem feminina na tira de banda desenhada que a publicação desportiva apresenta diariamente.

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Audiências semanais: cabo é o único em queda

Na semana de 18 a 24 de novembro, dois jogos de futebol e o ‘Telejornal’ da RTP1, são os programas mais vistos. O consumo global de televisão aumenta ligeiramente, registando um aumento de quatro minutos por dia face à semana anterior

O consumo global de televisão aumenta de forma ligeira esta semana cerca de quatro minutos por dia face à semana anterior, sendo agora de cinco horas e trinta e quatro minutos diárias, face à semana anterior.

Nas contas do ‘share’ de audiência, a RTP1 e o ‘outros’ (visionamento em ‘time shift’, ‘streaming’ e vídeo/jogos) reforçam o valor do seu ‘share’, a SIC e a TVI mantêm o valor da semana anterior, e o cabo é o único canal que regista uma queda da quota de audiência esta semana.

Com o reforço do ‘share’, a RTP1 tem agora 12,4%. A SIC, que mantém o valor que já tinha, continua com 14,0% de ‘share’ e o mesmo acontece com a TVI, que mantém os mesmos 15,5% de quota que já detinha. O cabo desce esta semana até aos 39,1% de quota de audiência, ao contrário do que se verifica com o ‘outros’, que reforça e tem agora 17,9% de quota semanal.

No top 10 dos canais mais vistos do cabo, a SIC Notícias está de regresso ao pódio, que continua a ter nos primeiros lugares a CMTV e a CNN Portugal. Nas posições que se seguem estão os canais Star Channel, Hollywood, Globo, SIC Mulher e Star Movies. Na posição seguinte, destaque para o regresso do Canal 11 à tabela dos mais vistos da semana. A fechar este top 10 encontra-se o V+, antigo TVI Reality.

Esta semana há dose dupla de futebol no topo da tabela da programação global, com a liderança a ser ocupada pela transmissão de ‘Futebol – Liga das Nações/Croácia X Portugal’, feita pela RTP1, e a posição seguinte a pertencer a ‘Futebol – Taça de Portugal Generali Tranquilidade/Benfica X Estrela da Amadora’, também transmitido na RTP1. Seguem-se o ‘Telejornal’, da RTP1, o ‘Jornal da Noite’ da SIC e ainda o reality show da TVI ‘Secret Story’.

O programa informativo ‘Grande Jornal – Noite’, da CMTV, lidera o top dos conteúdos mais vistos da oferta do cabo, sendo seguido por ‘Grande Jornal – Tarde’ e pelo ‘Jornal 7’. Nas restantes posições encontram-se o desportivo ‘Golos: Segunda Parte/Moreirense X FC Porto/Ipswich Town X Manchester Utd’ e o ‘Jornal de Portugal’, ambos conteúdos da CMTV.

 

Data Insights, Havas Media Network

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Trabalhadores da TIN ainda não receberam salário de outubro

“Esta situação, que se prolonga há demasiado tempo, é lamentável. As dificuldades têm sido ainda maiores no que toca aos subsídios”, assume a administração da Trust in News em comunicado

Os trabalhadores da Trust in News (TIN) ainda não receberam os salários de outubro. A administração da empresa comprometeu-se a iniciar o pagamento a 19 de novembro mas, até ao momento, nenhum dos colaboradores contactados pelo M&P tinha a situação regularizada, existindo também subsídios de alimentação e férias por liquidar.

Luís Delgado, proprietário da editora responsável pela publicação de títulos como Visão, Exame, Caras, TV Mais e Prima, contactado pelo M&P, remete as explicações para o comunicado público que a administração da TIN divulgou a 18 de novembro, sem adiantar mais pormenores.

“A administração tem feito todos os esforços para manter em dia os salários e subsídios de todos os trabalhadores, algo que, infelizmente, ainda não conseguiu cumprir integralmente. Esta situação, que se prolonga há demasiado tempo, é lamentável. As dificuldades têm sido ainda maiores no que toca aos subsídios”, refere o documento.

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Publicidade exterior falsa promove nova coleção da Lions of Porches

A campanha digital (na foto), que está a ser divulgada nas redes sociais da marca, aposta no elemento surpresa e no impacto visual da publicidade exterior falsa

A Lion of Porches está a lançar a sua primeira campanha com publicidade exterior falsa (‘Fake Out Of Home’), em que elementos digitais são representados no mundo real, através de realidade aumentada, para promover a coleção cápsula Lion of Porches x FDI – Portugal.

A campanha, que está a ser divulgada nas redes sociais da marca, aposta no elemento surpresa e no impacto visual da publicidade exterior falsa para captar a atenção do público.

No filme publicitário, turistas que se encontram num passeio de barco pelo rio Tejo são surpreendidos pela aparição de um modelo gigante do casaco técnico, uma das peças de destaque da coleção. A peça surge na água e transforma o cenário ao congelar o rio, enquanto os turistas gravam o acontecimento. De acordo com a marca, citada em comunicado, “o anúncio pretende representar o espírito dos desportos de inverno e refletir a capacidade de inovação da Lion of Porches e o seu espírito vanguardista”.


A nova coleção, desenvolvida em Portugal e em parceria com a Federação de Desportos de Inverno de Portugal (FDI), é concebida para os atletas das seleções nacionais de desportos de inverno e para aqueles que irão participar nas qualificações para os Jogos Olímpicos de Inverno de 2026. A linha de edição limitada está disponível em lojas selecionadas – NorteShopping, loja de rua de Braga, Centro Comercial Amoreiras e Vasco da Gama em Lisboa, e na loja da Covilhã, além da plataforma online da Lion of Porches.

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Jaguar faz anúncio sem carro (com vídeo)

Alegada “wokeness” da campanha (na foto) e reposicionamento para um público mais jovem e diverso é alvo de críticas. Em declarações ao Financial Times, Rawdon Glover, diretor-geral da Jaguar, defende o distanciamento da empresa dos “estereótipos tradicionais da indústria automóvel”

A Jaguar está a ser alvo de críticas, após lançar a campanha que dá a conhecer a nova imagem da marca, que a empresa de automóveis considera “destemida, exuberante e atraente”. Tendo em conta as reações nas redes sociais, no entanto, a melhor palavra para a descrever é “polarizadora”.

A marca britânica de automóveis lançou o ‘rebranding’ a par da nova campanha ‘Copy Nothing’, que está a dividir opiniões nas redes sociais, com a Jaguar a ser criticada por ser “woke” e “desequilibrada” devido ao anúncio, que mostra pessoas de etnias diversas e de todas as idades, num ambiente de ficção científica com cores vibrantes .

O filme publicitário apresenta um elenco de pessoas vestidas com roupas futuristas, mas não aparece um único carro da marca. O objetivo da Jaguar com a campanha e a nova imagem, é afastar-se do tradicional e antiquado, que tem como herança, para abraçar valores mais inclusivos, disruptivos e modernos.

Uma das cenas do anúncio mostra um homem a apagar com com um pincel de tinta branca as palavras ‘delete ordinary’. Outra cena mostra uma mulher com um martelo, acompanhada pela frase ‘break moulds’.

A reação levanta questões sobre se a nova marca, destinada a apelar a um público mais jovem e mais diversificado, corre o risco de alienar os clientes fiéis da marca.

Entre as pessoas que ridicularizam o anúncio nas redes sociais, encontra-se o CEO da Tesla e proprietário do X, Elon Musk, que questiona: “vendem carros?”, uma referência ao facto de o vídeo não incluir quaisquer veículos.


Nas redes sociais, a Jaguar não se inibiu de responder às críticas. A marca respondeu a Elon Musk convidando-o para a Semana de Arte de Miami, no início de dezembro, que é patrocinada pela Jaguar e onde a marca planeia apresentar um novo carro concetual.

Em declarações ao Financial Times, Rawdon Glover, diretor-geral da Jaguar, defende o distanciamento da empresa dos “estereótipos tradicionais da indústria automóvel”, acrescentando que, apesar de a reação à campanha, que teve mais de 160 milhões de visualizações nas redes sociais, ter sido “muito positiva”, está desiludido com o “ódio e a intolerância” nos comentários dirigidos às pessoas que aparecem no vídeo.

Quanto ao novo logótipo da Jaguar, que utiliza um tipografia personalizada que combina letras maiúsculas e minúsculas, e que a marca descreve como uma “celebração do modernismo” com a sua “forma geométrica, simetria e simplicidade”, as vozes críticas sugerem que não estava à altura das aspirações ‘premium’ da Jaguar. A paleta de cores da Jaguar também está a mudar, passando a incluir tons de amarelo, vermelho e azul.

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