Zon e PT trocam acusações no ICAP
A Zon pediu na passada sexta-feira que o Instituto Civil para a Autodisciplina da Comunicação Comercial (ICAP) considere “ilegal e ilícita” a campanha Meo Fibra da Portugal, solicitando a “proibição de divulgação” da campanha.
Ana Marcela
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A Zon pediu na passada sexta-feira que o Instituto Civil para a Autodisciplina da Comunicação Comercial (ICAP) considere “ilegal e ilícita” a campanha Meo Fibra da Portugal, solicitando a “proibição de divulgação” da campanha.
Na queixa apresentada ao organismo regulador, e aos fundamentos da qual o M&P teve acesso, a operadora de Rodrigo Costa compara as características do serviço descrito pela Portugal Telecom no site com o anunciado na campanha publicitária do Meo Fibra, concluindo da “flagrante falsidade de várias declarações” susceptíveis de induzir o consumidor em erro e que “essa indução se apresenta como intencional”. O número de canais (“mais de 120 canais”) e a velocidade da internet (100 megas “garantidos”), bem como o valor do serviço (49,90 euros) foram alguns dos itens presentes na campanha realçados pela Zon como estando em contradição com a informação prestada pela PT. Segundo afirma a Zon na queixa apresentada, a própria PT admite que não é possível assegurar aos clientes que adiram ao Meo Fibra “velocidade garantida”, que nenhum dos pacotes Meo Fibra inclui 120 canais (há um pacote com 70 e outro com 100 canais). Mais, continua a Zon, o pacote que mais se aproxima das características anunciadas nas campanhas custa 82,40 euros mensais, mais 65% do que o publicitado. O pacote que custa 49,90 euros só tem 70 canais disponíveis em todos os televisores, não inclui canais em alta-definição e oferece acesso à internet a apenas 20 megas, valor que, refere a Zon, fica aquém da velocidade mínima fixada pelo Governo (40 megas) para que uma rede seja considerada de nova geração.
A Zon classifica ainda de “publicidade comparativa enganosa” a referência da PT à “melhor imagem de sempre” de televisão, já que, diz, a comparação com outras experiências de televisão “não é demonstrável (…) não correspondendo sequer à verdade”, o que fere o código de conduta do ICAP na medida em que as características de um produto devem ser passíveis de prova a todo o momento.
A queixa da Zon Multimédia surge depois de uma queixa apresentada pela PT ao ICAP relativamente à campanha Zon Fibra, acusando a operadora de Rodrigo Costa de desenvolver uma “campanha publicitária enganosa, desleal e desonesta”.
Fonte oficial da Zon classificou de “ridícula” a queixa da PT ao ICAP, confirmando ao M&P que a empresa já foi notificada pelo organismo regulador encontrando-se a Zon a preparar a resposta à queixa. Contactado pelo M&P, fonte da Portugal Telecom escusou-se a comentar o processo que está a colocar as duas operadores em diferendo.