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Especial Imprensa regional – Um país, várias imprensas regionais

Os números falam por si. Oitenta por cento da imprensa regional portuguesa é composta por micro-empresas, tem menos de 10 trabalhadores e apresenta volumes de facturação que, numa parte significativa (40 por cento), não excedem os 100 mil euros.

Ana Marcela
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Especial Imprensa regional – Um país, várias imprensas regionais

Os números falam por si. Oitenta por cento da imprensa regional portuguesa é composta por micro-empresas, tem menos de 10 trabalhadores e apresenta volumes de facturação que, numa parte significativa (40 por cento), não excedem os 100 mil euros.

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Os números falam por si. Oitenta por cento da imprensa regional portuguesa é composta por micro-empresas, tem menos de 10 trabalhadores e apresenta volumes de facturação que, numa parte significativa (40 por cento), não excedem os 100 mil euros. Os resultados financeiros também não revelam motivos de grande animação: de 2006 a 2008, o sector, de acordo com o estudo A Imprensa Local e Regional em Portugal, realizado pela Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), tendo por base um amostra de 155 empresas, apresenta um EBIT em quebra: De 64,7 mil euros em 2006, o segmento apresenta no ano seguinte 1.042.160 euros negativos e em 2008 fixa-se nos 1.340.007 euros negativos (ver caixa). A evolução do lado das receitas de 2009 para este ano também não parece dar mostras de inversão desta tendência. No primeiro semestre o volume de investimento canalizado pela agência de meios Meio Regional, para as mais de 170 publicações com quem colabora, “caiu na ordem dos 40 por cento”, revela Rui Paulo, director-geral da agência de meios especializada neste segmento de imprensa, uma quebra resultante de uma “redução da actividade económica” das marcas, tendo sido o “sector das telecomunicações aquele que mais contribuiu” para essa descida. A diminuição, descreve Rui Paulo, “afectou mais o interior do que o litoral”, sendo os títulos do interior “sempre mais massacrados” em termos de investimento, já que as opções neste campo são “sempre mais centradas nos grandes centros de comunicação” e de consumo.

Filomena Moreira, directora-geral da Publimpor, agência de meios especializada neste segmento de imprensa, diz não sentir “uma redução significativa no volume de investimento que valha a pena assinalar”, nem uma “grande oscilação em termos de tipologia de anunciante”. “O actual momento da imprensa regional é um reflexo das condições do país… Alguns meios têm interrompido as suas edições, manifestamente por falta de receitas e muitos outros se vão mantendo. Os que se mantêm são fruto de uma gestão muito rigorosa”, comenta a responsável.

“O nosso mercado permite-nos estar a facturar este ano mais seis por cento do que o ano passado”, afirma por seu lado Joaquim Emídio. “Temos muito que trabalhar para ganharmos a confiança das empresas que ainda não perceberam que nós somos melhores a vender que os jornais de Lisboa e do Porto. O mercado está quase todo por explorar. A comunicação social não pode viver do anúncio de agência. O resto está escrito nos livros”, comenta o director-geral de O Mirante.

“O Diário do Sul tem tido a mesma percentagem de redução de publicidade que os nacionais, e a nível regional vive dos seus melhores anunciantes que acreditam – e agora o estudo da ERC confirma – que o Diário do Sul é o veículo privilegiado para publicitar em todo o Alentejo e que os ajuda na promoção das suas empresas realçando o seu valor no desenvolvimento e no crescimento do emprego na região”, comenta José Piçarra. Contudo, o administrador do título regional concretiza as razões da quebra de investimento. “Toda a quebra de publicidade sentida no nosso jornal provém do não cumprimento da distribuição da publicidade do Estado pela imprensa regional, pela má aplicação das verbas dos organismos e instituições do Estado que desperdiçam fundos em folhetos, cartazes, sacos de plástico em árvores, e outras formas de comunicação que em nada servem o propósito da informação ao público e prejudicam a imprensa no seu papel fundamental de informação independente do poder político e económico”, acusa, apontando ainda o dedo às políticas agressivas de descontos a preços de tabela que não têm contribuído para uma melhor saúde financeira do sector de imprensa. “Temos a noção, pelo que os nosso colegas falam, e pela publicidade que vemos na imprensa, que houve uma redução muito grande do investimento publicitário, mas temos a certeza que na publicidade existente o desconto comercial é ainda pior, rondando os 60 por cento”, afirma. Já Rui Paulo dá uma visão mais optimista no que toca à ‘sangria’ provocada pelos descontos, afirmando que o sector “conseguiu conter essa descida do preço”. “A partir de determinada altura os editores não desceram mais”, diz.

A diferença de ser local e regional

Com mais de 700 publicações de índole local e regional registadas na ERC, o administrador do Diário do Sul faz uma clara distinção entre comunicação social local (constituída por “pequenas publicações, de periodicidade mensal ou quinzenal, tiragens reduzidas e circunscritas às cidades onde estão sediadas”) e regional (que “cobrem o concelho ou a região, têm dezenas de trabalhadores, são de periodicidade diária ou semanal e as tiragens superam os cinco mil exemplares”). “Podem identificar-se em Portugal cerca de 20 publicações – nas palavras de Afonso Camões (Lusa) – que têm potencial de crescimento e que podem dinamizar todo o sector, com mais emprego para jornalistas, melhor qualidade dos jornais, produzir mais conteúdos e reafirmar a liberdade e independência política e económica do poder”, considera José Piçarra. E não está só nesta apreciação. Também para Rui Paulo, da Meio Regional, não se pode olhar para a imprensa regional como um bloco único, considerando que da panóplia de títulos existentes há “10 a 15 projectos de imprensa sólidos”, considerando que “a grande maioria das empresas de pequena dimensão por si só não representa a totalidade da imprensa regional” e que “grande parte do investimento está a ser canalizado para 10 a 15 projectos”. Para o responsável da agência de meios, o facto do sector ter poucos títulos com periodicidade diária não é necessariamente negativo, numa referência ao recente estudo do organismo regulador para a comunicação social que considerava que esse facto podia ser indiciador de falta de pluralismo, frisando que também em termos nacionais o número de diários não é abundante, e o mesmo se aplica aos semanários. “Agora é tempo de olhar a sério para os projectos, controlar os custos, melhorar a eficácia, de encontrar novas fontes de financiamento, de desenvolver novos modelos de distribuição. Não é altura de estarmos quietos. As empresas têm de olhar de dentro para fora”, considera o responsável da agência de meios.

“O momento actual é crucial para a imprensa regional e nomeadamente para os projectos que querem e têm potencial de crescimento, pois se podemos afirmar que para a imprensa local o panorama não se vai alterar – pois quem é pequeno assim continuará, porque não é afectado pela quebra publicitária ou de leitores e assinantes – e quem pertence a grupos de imprensa regional não vai sentir a crise pela absorção dos custos no conjunto da empresa”, diz, por seu turno, José Piçarra. “É a imprensa regional que quer expandir-se nos concelhos ou nas regiões, os jornais que querem mais jornalistas e que procuram mais produção de conteúdos de produção própria e aqueles que procuram maior isenção e pluralismo que estão a ser afectados, nos últimos anos com a redução do incentivo à leitura/porte pago, redução de publicidade do Estado, aumento de custos, taxas, e impostos”, argumenta o administrador do Diário do Sul. Para este responsável, a imprensa regional “só poderá crescer se o Estado decidir apoiá-la cumprindo a lei da publicidade institucional, desviando o restante investimento público dos suportes apenas publicitários para a imprensa, encerrando publicações públicas e autárquicas, tais como boletins e outros, se restringir os conteúdos informativos das autarquias em todas as plataformas, apoiar a distribuição de jornais aos assinantes em função da periodicidade e oferecer um incentivo de subsídio ao leitor à assinatura de jornais regionais, em resumo, deixar para a imprensa regional o papel da comunicação, promoção do Estado e autarquias nas regiões onde estão sedeadas”.

O que o futuro reserva a este sector?

Joaquim Emídio acredita na imprensa regional, sector que considera ter “todas as condições para se afirmar em tempo de crise”, afinal, “as histórias de sociedade aumentam quanto mais aumenta a fome, a miséria social e a discriminação”, temáticas que poderiam ser melhor trabalhadas pela imprensa regional.“Leio regularmente jornais espanhóis e franceses e quase metade da informação é sobre problemas com imigrantes ou sobre cultura e economia relacionado com o espaço europeu onde estamos integrados. Acho que se investe pouco e mal na imprensa regional nomeadamente neste capitulo”, afirma o director-geral de O Mirante. “E há por aí muita gente instalada que fala de boca cheia de liberdades e garantias mas que se portam como senadores do jornalismo quando não passam de assalariados. A maior parte deles não escreve uma boa história há anos. Custa-lhes puxar pelos neurónios. Vivem à sombra da falta de visão dos empresários e eles próprios sustentam-se e sustentam o sistema à espera da idade da reforma”, acrescenta o responsável. Talvez por isso o director-geral de O Mirante não se mostre muito preocupado com eventuais futuros encerramentos de títulos regionais, onde vê uma oportunidade de renovação do sector. “Quanto mais morrerem de velhos melhores jornais renascerão. A necessidade aguça o engenho. Há jornais cheios de vícios sem profissionais que jamais se renovarão. Têm que morrer para dar lugar aos novos, ou seja, à necessidade de criação de novos projectos. A revolução também se pode fazer sem sangue”, diz.

“Obviamente que acreditamos que mais alguns títulos venham a fechar”, afirma Filomena Morais, directora-geral da Publimpor, apontando esse potencial desfecho à situação da economia e das finanças de alguns dos títulos. “A imprensa regional é uma imprensa de sobrevivência. Enquanto certas estruturas estiverem à frente dos projectos vão levá-los os projectos até onde for possível”, diz Rui Paulo, da Meio Regional.

José Piçarra não ficaria surpreendido com notícias dando conta do encerramento de títulos regionais, já que alguns, diz, estão já “com a situação no limite com dívidas ao Estado e a terceiros”, o que é de lamentar pois, com o seu fim desaparece “parte da história do país verdadeiro”. Mas, ressalva, “encerram também projectos de imprensa regional que não eram mais do que formas encapotadas de publicações de publicidade com notícias misturadas que desfalcaram o mercado publicitário quer por ilusões gráficas ou de promessas de projectos impossíveis ou de tiragens fictícias”.

Multiplataforma, parcerias e a publicidade do Estado

Mas o que poderá ser feito para contornar os problemas que afectam este sector de imprensa? Rui Paulo acredita que determinados projectos já estão a preparar-se para dar o passo em frente e a “posicionar-se de forma a não estarem dependentes de um único produto: um jornal em papel”, sendo que “alguns estão preocupados em diversificar” para novas áreas, à semelhança da imprensa nacional, entrando em sectores como eventos, conferências e debates, “agilizando esse tipo de ofertas nas suas regiões”. “Este ano é muito importante para o próprio sector que terá de ter capacidade de se reinventar. Dentro do que é a sua realidade terá de fazer alguma coisa”, acredita. No caso da Meio Regional, empresa que desde Outubro passado deixou de fazer parte do universo da Lena Comunicação – através de um processo de Management Buy Out (MBO), concretizado por Rui Paulo, que comprou os restantes 75 por cento da empresa por um valor que se escusou a revelar -, a aposta passou por, em Junho, expandir a sua panóplia de serviços. A empresa de meios regional passou a representar, embora em regime de não exclusividade, a publicidade exterior da Publifunchal (Madeira) e a Açormedia (Açores), iniciativa que visou “aprofundar a relação com os meios, passando também a ser interlocutor dos restantes suportes que têm”, explicava na época ao M&P Rui Paulo. Isto porque a Meio Regional representa a venda de espaço para o Diário de Notícias da Madeira (da Empresa Diário de Notícias, detida a 60 por cento pelo grupo Blandy, proprietário da Publifunchal) e do Açoriano Oriental (da Açormedia) e, com esta iniciativa, adicionar ao seu portfólio 234 faces (quatro circuitos) no Funchal (inclui mupis, Look Vespas, Look Walkers e Look Cards) e 34 faces em Ponta Delgada.

“Não há soluções milagrosas para fazer funcionar o mercado. Tudo se fará no seu tempo”, comenta por seu turno Joaquim Emídio, que considera que o futuro do sector de imprensa regional poderá estar na adição de produtos multiplataforma. “Acho que com a televisão regional haverá mais descentralização e o mercado de trabalho será mais rico. Ninguém quer trabalhar fora dos grandes centros. Sem bons profissionais e sem uma boa escola de jornalismo de proximidade nunca haverá grandes projectos fora dos grandes centros de Lisboa e Porto”, acredita o responsável de O Mirante, que defende ainda parcerias com grupos de media. “Os grandes grupos serão os nossos melhores parceiros. Se não quiserem pior para eles. Já ninguém cresce fora de Lisboa e Porto. Com as parcerias os grupos só teriam a ganhar. Há condições para imprimir edições diferenciadas em papel. E este é só um exemplo”, diz. “O Mirante tem uma redacção de 13 jornalistas com variadas áreas de residência que vão de Vila Franca a Tomar. Fazemos o jornalismo mais caro do mundo e não temos parceiros para o rentabilizar. Mas que raio de país é este?”, questiona. Na calha, revela, depois da edição Lezíria do Tejo, Médio Tejo e Vale do Tejo “temos prevista uma edição para o norte de Lisboa. E queremos a televisão regional. Por cabo ou seja lá como for uma televisão regional faz-nos falta”.

Planos de expansão também não faltam ao Diário do Sul. A “curto prazo e em parceria com a Vasp”, o título – um dos braços do grupo regional que detém uma rádio local e uma web TV – quer estar à venda em banca “em todo o distrito de Beja com especial destaque para o litoral Alentejano, colmatando a falta de imprensa regional na região, e passar a estar disponível diariamente em todo o Alentejo”, anuncia José Piçarra. O administrador do Diário do Sul enumera uma lista de obstáculos com que o sector se debate actualmente, como “a redução no apoio à distribuição que leva à redução de circulação paga de jornais regionais e à alteração da periodicidade dos mesmos de forma a reduzirem despesas, promovendo a imprensa gratuita sem controlo de tiragens dependente exclusivamente do poder económico e político”. E aponta soluções: A “classificação dos títulos regionais por circulação paga auditada pela APCT, por índice de leitura pela Marktest e apoio à distribuição consoante a periodicidade”. E o papel do Estado e da administração pública também não está isento de críticas, do seu ponto de vista. Piçarra fala em “critério duvidoso da publicidade do Estado, das instituições, das empresas públicas em plataformas de publicidade – a saber, pendentes de sacos de plástico, publicidade exterior, cinema, e muitas outras – que absorvem a maior parte do investimento publicitário retirando as verbas, inclusive as legalmente impostas à imprensa regional (12,5 por cento) – impedindo os meios de comunicação social de usarem todo esse investimento para a produção de informação, que depois é exigida em nome do interesse público, pelas mesmas entidades”. E, mais recente, a “tentativa de produção de informação que o Estado, as instituições, as empresas públicas e as autarquias têm vindo a produzir quer através de jornais, boletins, sites ou portais na internet, webTV, newsletter ou outros de forma a iludir o leitor de que está a ver, ler ou ouvir informação jornalística, quando não passa de propaganda política ou institucional”, alerta. “Pensamos não haver dúvida de que a medida correcta aqui a aplicar seria a proibição legal das entidades produzirem informação jornalística para todas as plataformas e de contratarem jornalistas profissionais e empresas de comunicação para esse fim”, propõe.

O M&P tentou obter um comentário da Lena Comunicação, um dos grupos mais relevantes em termos de imprensa regional, mas não foi possível.

– Retrato de um sector

Até 7 de Dezembro do ano passado estavam registadas na ERC 728 publicações periódicas de âmbito local e regional em Portugal Continental e Regiões Autónomas. Desse lote de títulos, apenas 2,5 por cento têm uma periodicidade diária, sendo que a maioria apresenta uma periodicidade mensal (37,5 por cento), seguida de semanal (29,4 por cento), quinzenal/bimensal (23,9 por cento) e, por fim, bissemanal, trissemanal e trimensal (2,5 por cento) e, “um total de 4,3 por cento das publicações são editadas exclusivamente online”, descreve o estudo A Imprensa Local e Regional em Portugal, realizado pela ERC e apresentado em finais de Junho. O facto de apenas uma ínfima parte dos títulos ser diário levanta algumas questões, como realça o estudo. No entender do organismo regulador, existirem apenas 18 diários regionais “dificulta o cabal cumprimento do papel que cabe à imprensa regional”, o que se torna “mais importante pelo facto de a imprensa nacional não favorecer a cobertura da actualidade local e regional e de ser escassa a existência de edições regionais dos diários nacionais”. Além de que, para o organismo regulador, “a cobertura jornalística da actualidade regional é um elemento essencial a uma democracia pluralista”.

O estudo também faz uma análise económico-financeira do sector, tomando por base as contas de uma amostra de 155 empresas relativas aos anos de 2006 a 2008. O cenário descrito não é animador. A maioria das empresas que constituem a amostra (40 por cento) apresenta um volume de negócios que não excede os 100 mil euros, “sendo muito reduzido o número de empresas cujo volume atinge o milhão de euros”. Uma percentagem elevada da amostra revela um tecido empresarial composto maioritariamente por micro-empresas (80 por cento) “cujo o volume de negócio não excede os dois milhões e o número de trabalhadores é inferior a 10”. Apenas 19 por cento são pequenas empresas e o restante (1 por cento) corresponde a empresas de média dimensão.

Trata-se de um “sector deficitário, o que é revelado por resultados líquidos negativos nos três anos analisados, além de um baixo desempenho pela maioria das empresas em termos de volume de negócios, facturação média, receitas e número de trabalhadores”. Efectivamente, entre 2006 e 2008 verifica-se uma diminuição do activo líquido e do capital próprio de 84 e 79 por cento, respectivamente, sendo essa descida mais acentuada a partir de 2007, realça o estudo. No período detecta-se igualmente um decréscimo das dívidas a curto-prazo (-20 por cento). Contudo, paralelamente as dívidas a terceiros de médio e longo prazo aumentam 92,5 por cento. Em 2006 a amostra obteve receitas de 121,3 milhões de euros, 126 milhões no ano seguinte, registando uma quebra em 2008 para os 124,4 milhões de euros. Os custos variaram entre 107,6 milhões de euros e 112,2 milhões de euros, tendo em 2007 atingido o valor mais elevado: 114,4 milhões de euros. Os custos com pessoal representam apenas 30 por cento, o que apesar de ser o segundo item mais elevado na estrutura de custos, são valores “relativamente baixos, o que significa que se trata de empresas com escasso número de trabalhadores, elemento indiciador de um menor grau de profissionalismo”. O EBITDA revela uma tendência de queda: em 2006 este situava-se nos 12,7 milhões de euros, fechando o triénio com 10,7 milhões de euros, o que representa uma queda de 15,5 por cento. E o mesmo sucede com o EBIT: de 64,7 mil euros em 2006, cai no ano seguinte para os 1.042.160 euros negativos e em 2008 fixa-se nos 1.340.007 euros negativos. Resultados que empurram o sector para resultados líquidos negativos de 5 milhões para 6,6 milhões de euros.

Sobre o autorAna Marcela

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Instagram testa reposição de algoritmo de recomendações

A funcionalidade destina-se a utilizadores que sentem que as recomendações de conteúdos já não correspondem aos seus interesses, permitindo-lhes recomeçar do zero e treinar novamente o algoritmo da aplicação sobre os conteúdos que querem ver

O Instagram está a testar a possibilidade de os utilizadores reporem as suas recomendações, funcionalidade que permite recomeçar do zero e treinar novamente o algoritmo da aplicação, em relação aos conteúdos que querem ver na página Explore, no Feed e no Reels. A funcionalidade destina-se a utilizadores que sentem que as recomendações de conteúdos já não correspondem aos seus interesses.

Adam Mosseri, diretor do Instagram, publicou um vídeo na rede social em que refere que a nova funcionalidade não se destina a ser utilizada com frequência, sendo que foi concebida apenas para os casos em que se pretende uma renovação total. “Quero deixar claro que estamos a falar de uma mudança significativa”, enfatiza Adam Mosseri. A nova funcionalidade será lançada a nível mundial em breve, de acordo com o comunicado de imprensa do Instagram.

Caso um utilizador reponha o seu algoritmo, as recomendações de conteúdo vão começar a ser personalizadas novamente ao longo do tempo, com base nas publicações e contas com as quais o utilizador interage. É ainda dada a opção de rever a lista de contas que seguem, para deixarem de seguir contas que partilham conteúdos que já não lhes interessa.

“No início, vai tornar o Instagram muito menos interessante para o utilizador, porque vamos tratá-lo como se não soubéssemos nada sobre os seus interesses e vai demorar algum tempo a reaprendê-los. Por isso, não é algo que recomende que seja feito a toda a hora, mas caso o utilizador não se sinta bem com a sua experiência, isto fornece-lhe uma alternativa”, acrescenta o diretor do Instagram, no vídeo publicado no Instagram.

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TLC funde operações em Portugal e Espanha e cria TLC Worldwide Iberia

Miguel Lobo (na foto, à dir.) mantém-se na liderança da operação nacional da TLC Worldwide e assume o cargo de CEO da TLC Worldwide Iberia. Philippe Dewerbe (à esq.) continua a liderar a empresa em Espanha e é o diretor executivo da TLC Worldwide Iberia

A TLC Worldwide está a fundir as operações em Espanha e Portugal, para formar um novo ‘cluster’ que reforça a presença e atuação na Península Ibérica, com a criação da TLC Worldwide Iberia. A fusão marca um momento da expansão e consolidação da agência e pretende fortalecer a oferta de soluções de ‘reward’ marketing e programas de fidelização.

A estrutura operativa e estratégica mantém-se em ambos os países, com escritórios em Madrid e Lisboa, mas a fusão irá criar um modelo de trabalho mais coeso entre ambas as agências, com a incorporação dos perfis ibéricos e das equipas especializadas. “Temos identificado inúmeras sinergias entre ambos os mercados e, ao combinar os pontos fortes das nossas equipas e direção, acreditamos que iremos alcançar níveis superiores de sofisticação e eficácia. Ao combinar o nosso conhecimento e experiência dos mercados espanhol e português, otimizamos os recursos e melhoramos a capacidade de desenhar e implementar campanhas e estratégias de marketing que se adaptam perfeitamente às necessidades das marcas em ambos os países”, enfatiza Miguel Lobo, CEO da TLC Worldwide Iberia.

Agora, as marcas que trabalham com a TLC Worldwide vão poder tirar partido de uma experiência mais fluida ao lançarem iniciativas a nível ibérico, beneficiando de uma coordenação mais precisa e de um aproveitamento superior dos recursos.

A equipa diretiva que estará na liderança deste ‘cluster’ conta com Miguel Lobo, que continua a liderar a operação nacional da TLC Worldwide, assumindo o cargo de CEO da TLC Worldwide Iberia. Philippe Dewerbe, por seu lado, continua a liderar a empresa em Espanha e será o diretor executivo da TLC Worldwide Iberia, com a responsabilidade de supervisionar a estratégia geral e garantir a fluidez da operação na região.

José Cerdeira assume a função de diretor de estratégia ibérica, focando-se em desenhar estratégias competitivas que potenciem o crescimento do ‘cluster’, alinhando os objetivos de negócio com as necessidades do mercado. Miguel Fernandes de Oliveira, por sua vez, fica com a direção de desenvolvimento do negócio ibérico, liderando a expansão comercial, fortalecendo as relações com os clientes atuais e explorando novas oportunidades para consolidar a presença da agência na região.

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El Corte Inglés fica azul, em combate contra cancro da próstata

No âmbito da campanha, de 18 a 28 de novembro, na venda de qualquer artigo da marca Emidio Tucci, €1 reverte a favor da Liga Portuguesa Contra o Cancro. O valor angariado será doado a esta associação, que o aplicará em ações de prevenção e combate ao cancro

O El Corte Inglés está a promover a campanha Novembro Azul, que pretende sensibilizar para o tema do cancro da próstata e angariar fundos para a Liga Portuguesa Contra o Cancro. Para assinalar o arranque da campanha, na semana em que se assinala o Dia Mundial de Combate ao Cancro da Próstata, a 17 de Novembro, as fachadas do El Corte Inglés de Lisboa e Gaia-Porto estão iluminadas de azul.

No âmbito da campanha, de 18 a 28 de novembro, na venda de qualquer artigo da marca Emidio Tucci, nas lojas físicas e online, €1 reverte a favor da Liga Portuguesa Contra o Cancro. O valor angariado será doado a esta associação, que o aplicará em ações de prevenção e combate ao cancro.

De acordo com a Liga Portuguesa Contra o Cancro, o cancro da próstata é uma doença geralmente silenciosa e é, atualmente, o cancro mais frequente nos homens. Detetar a doença numa fase precoce é essencial, permitindo tratar com uma taxa de cura muito elevada.

Em outubro, o El Corte Inglés esteve iluminado de cor-de-rosa, no seguimento da campanha Outubro Rosa, para conscientizar as mulheres e a sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do cancro da mama.

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Milk&Black reforça portefólio com 11 novos clientes

“Estamos a consolidar-nos como uma das principais agências de comunicação a nível nacional, trabalhando diferentes setores de atividade”, refere Diana Taveira, CEO da agência de comunicação e marketing de influência

A Milk&Black está a desenvolver a comunicação e a assessoria de imprensa de 11 novos clientes. Além da Fidelidade (seguros), da NAU Hotels & Resorts (hotelaria), do Palácio do Governador (hotelaria), do Monte Santo Resort (hotelaria), do Cascade Wellness Resort (hotelaria), do Senses (restauração), do Po Tat (restauração) e do Volta do Mar (restauração), também conquistou as contas de três marcas de moda internacionais, Merrell, Buffalo e Palladium, nos últimos dois meses.

Mitsubishi Motors, Fuso Trucks Portugal, Unicâmbio, Unimoney e Royal Canin são outras das insígnias que a agência de comunicação e marketing de influência está a comunicar desde o início do ano, juntando-se a uma lista que também inclui marcas como a New Balance, a WTF e a Segafredo e eventos como o Festival F e o Blissfest.

“Estamos a consolidar-nos como uma das principais agências de comunicação a nível nacional. Acima de tudo, gostamos do desafio de trabalhar em diferentes setores e é um orgulho ver marcas nacionais e internacionais a integrar cada vez mais o nosso portefólio”, refere Diana Taveira, CEO da agência da Milk&Black, citada em comunicado de imprensa.

De acordo com o documento, a agência, fundada em 2016 por Diana Taveira e Diogo Dias, ex-apresentadores da MTV Portugal, conta atualmente com mais de 80 clientes ativos, entre contratos anuais, ações pontuais e campanhas. Além da assessoria de imprensa e do marketing de influência, a Milk&Black, que conta com uma equipa de 30 trabalhadores, gere redes sociais, produz conteúdos de fotografia e vídeo e organiza e promove eventos para marcas e empresas.

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Humor de Madalena Abecasis no Natal da Sonae Sierra (com vídeo)

Com criatividade da Born e produção da Mother, o filme publicitário está a ser divulgado nos canais digitais dos centros comerciais e nas redes sociais da influenciadora digital, integrado numa estratégia de amplificação que contempla múpis interiores e digital

A influenciadora digital Madalena Abecasis é a protagonista da campanha de Natal da Sonae Sierra. Apelando ao consumo consciente, refletido e planeado, o filme publicitário cruza a criatividade e o humor, apresentando dados reais sobre os comportamentos de consumo dos portugueses na época natalícia, obtidos através de um estudo da Sonae Sierra.

“A campanha ‘Pensa bem, oferece melhor’ demonstra a estratégia de marketing dos centros comerciais geridos pela Sonae Sierra em aliar ‘insights’ de consumo a uma abordagem criativa e emocional, potenciando o ‘engagement’ com o público-alvo e reforçando os valores da marca. Esta iniciativa integra uma comunicação omnicanal e contribui para uma mensagem de sustentabilidade e reflexão no ato de consumo”, explica Joana Moura e Castro, diretora de marketing ibérica da Sonae Sierra, citada em comunicado de imprensa.

A informação obtida no estudo permitiu identificar perfis de comportamentos típicos nos 18 centros comerciais abrangidos. Os cinco estereótipos mais comuns foram interpretados por Madalena Abecasis no filme publicitário, com criatividade da Born e produção da Mother.

Além dos consumidores que dependem de instruções de terceiros para escolher presentes, o anúncio retrata os que os escolhem com base nos seus próprios gostos, os que priorizam a estética para os ‘unboxings’ das redes sociais, os que deixam as compras para a última hora e os que compram qualquer coisa, sem refletir, porque, se o destinatário não gostar, pode sempre trocar.

“De acordo com os dados do estudo, 42% dos portugueses não utilizam os presentes que recebem e três milhões recebem presentes de que não gostam, o que confirma que as pessoas não dedicam o tempo necessário a pensar naquilo que o outro gostaria de receber. Além disso, cerca de dois milhões de portugueses só fazem as suas compras de Natal em dezembro”, refere a Sonae Sierra no documento.

A campanha é divulgada nos canais digitais dos centros comerciais da empresa em vídeo, com declinações em ‘key visuals’ e múpis interiores. Até ao Natal, é amplificada através de ativações e de conteúdos interativos, no digital, nos sites e nas redes sociais dos centros comerciais, em newsletters e através de marketing de influência, nas redes sociais de Madalena Abecasis.

A intenção é promover comportamentos de compra mais conscientes, que evitem deslocações adicionais, para trocas desnecessárias, aos centros comerciais geridos pela empresa, como o Atrium Saldanha, Albufeira Terrace, AlgarveShopping, ArrábidaShopping, CascaiShopping, Centro Colombo, Centro Vasco da Gama, CoimbraShopping, Estação Viana Shopping, Fórum Barreiro, GaiaShopping, GuimarãeShopping, MaiaShopping, MadeiraShopping, NorteShopping, Nova Arcada, Parque Atlântico e ViaCatarina Shopping.

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Nespresso e SharkNinja celebram Natal com David Beckham (com vídeos)

No filme de Natal da marca de cafés, o empresário e ex-futebolista inglês joga à bola com um boneco de neve. Para os eletrodomésticos norte-americanos (na foto) prepara a refeição da consoada para a família

David Beckham é o rosto da campanha de Natal global multimeios da Nespresso. Produzido pela Studio 99, produtora audiovisual criada pelo ex-futebolista e empresário inglês em parceria com Nicola Howson e David Gardner em 2019 para produzir documentários desportivos, o filme publicitário mostra o antigo desportista a jogar à bola com um boneco de neve num dia de inverno.

Divulgado em televisão, digital e redes sociais, o ‘spot’ promove a nova cápsula de café Peanut and Roasted Sesame, uma das edições especiais da Nespresso para o Natal de 2024, além da máquina Vertuo Creatista e da caneca Vertuo Mug, outro dos produtos que a insígnia suíça comercializa.

Enquanto saboreia a bebida, David Beckham, que é embaixador da Nespresso desde novembro de 2023, observa a paisagem pela janela e, ao aperceber-se da presença de um boneco de neve inacabado com uma expressão triste, decide inverter a situação. Depois de o finalizar, recorrendo a uma cápsula de café para lhe criar um nariz, utiliza-o como guarda-redes.

Além do anúncio da Nespresso, David Beckham também é a estrela do filme publicitário natalício da SharkNinja, que marca a estreia da marca de eletrodomésticos norte-americana nas campanhas multimeios globais. Enquanto prepara a refeição da consoada para a família, o ex-desportista vai utilizando alguns dos novos lançamentos da insígnia.

Divulgado em digital e em televisão em Espanha, França, Reino Unido, Alemanha, Itália, Escandinávia, Bélgica, Países Baixos, Luxemburgo, Médio Oriente e Estados Unidos, o anúncio é amplificado através de publicações nas redes sociais e painéis digitais em praças centrais de Nova Iorque, Los Angeles, Miami e Londres.

As receitas natalícias preferidas de David Beckham, que é o embaixador global da SharkNinja, estão disponíveis num site dedicado. Para além de aumentar a notoriedade da marca a nível internacional, a contratação do ex-futebolista e empresário inglês pretende potenciar as vendas da insígnia globalmente.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

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Amazon lança concorrente ao Temu e Shein

Os produtos comprados na Amazon Haul são entregues em uma ou duas semanas. Em Portugal, a Amazon está a disponibilizar o Rufus, assistente virtual alimentado com IA generativa, que responde a perguntas sobre produtos e apresenta recomendações

A Amazon tem uma nova experiência de compras para os consumidores dos Estados Unidos, que consiste na venda apenas de produtos que custam 20 dólares (€19) ou menos, para competir com as ofertas de retalhistas como Temu e Shein. A Amazon Haul está disponível apenas através do smartphone e apresenta-se com preços competitivos, em produtos como vestuário, eletrónica e equipamento de cozinha.

“Todos os artigos têm um preço inferior a 20 dólares (€19), sendo que a maioria tem um preço igual ou inferior a dez dólares (€9,50) e alguns artigos custam apenas um dólar (€0,95)”, segundo avança a empresa em comunicado de imprensa. Os clientes também vão poder usufruir de descontos, quando adicionam mais artigos a uma única encomenda, com 5% de desconto em encomendas de 50 dólares (€47,50) ou mais e 10% de desconto em encomendas de 75 dólares (€71,24) ou mais, à semelhança das práticas das plataformas concorrentes.

A contrapartida da nova aposta da Amazon são os prazos de entrega, diferentes dos da Amazon Prime. Em vez disso, os produtos comprados na Amazon Haul chegam a casa do consumidor, por norma, em uma ou duas semanas, à semelhança do que acontece com a Temu e outras plataformas semelhantes.

A empresa liderada por Andy Jassy salienta que os utilizadores devem gastar pelo menos 25 dólares (€23,75) para receberem o envio gratuito, mesmo que subscrevam o serviço Prime. Caso contrário, o custo de envio é de 3,99 dólares (€3,79). São, no entanto, oferecidas devoluções gratuitas em todas as compras efetuadas na Amazon Haul acima de três dólares (€2,85) dentro de 15 dias após a entrega.

Em paralelo, em Portugal, a Amazon já está a disponibilizar o Rufus, assistente virtual alimentado por inteligência artificial generativa, através da aplicação da Amazon, por enquanto apenas em versão ‘beta’ e para clientes selecionados. Este assistente de compras virtual pretende melhorar a experiência de compra online, permitindo aos utilizadores interagirem com a plataforma de maneira mais eficiente, conseguindo responder a perguntas relacionadas com produtos e apresentar recomendações.

Sobre o autorDaniel Monteiro Rahman

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Portugal conquista seis prémios nos Clio Sports Awards 2024

A campanha ‘Drawn to Equality’ (na foto), também distinguida com duas Pratas, rendeu à Dentsu Creative o único Ouro que a criatividade portuguesa trouxe da cerimónia. ‘Surfing Through the Odds’ ganhou Prata e Bronze. ‘League of All Leagues’ foi reconhecida com Bronze

A criatividade portuguesa conquistou seis prémios na edição de 2024 dos Clio Sports Awards, em Nova Iorque. A campanha ‘Drawn to Equality’, que a Dentsu Creative criou para a Visa, ganhou três galardões. Além de Ouro na subcategoria Social Good, da categoria Social Good, foi reconhecida com Prata na subcategoria Fan Engagement, da categoria Social Good, e com Prata na subcategoria Partnerships & Sponsorships, da categoria Brand x Media.

A campanha ‘Surfing Through the Odds’ da Betclic, que apresenta um documentário criado pela Coming Soon e produzido pelos Shutterstock Studios, para combater a desigualdade de género e racial através do surfe, em São Tomé e Príncipe, também recebeu dois galardões. Na subcategoria Sports Betting, da categoria Partnerships & Sponsorships, teve direito a Prata. Na subcategoria Social Good, da categoria Social Good, conquistou Bronze.

‘League of All Leagues’ rendeu à Judas o segundo Bronze que veio para Portugal. A campanha, que promove a Liga Portugal Betclic, foi distinguida na subcategoria Gameday/In-Game Experience, da categoria Use of Partner or Sponsor. ‘League of All Leagues’ também ficou em ‘shortlist’, na subcategoria Social Good, da categoria Social Good, à semelhança de ‘Bet On Her’ da FunnyHow para a Betclic, na subcategoria Public Relations, da categoria Public Relations.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

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Marcas de fabricante fazem crescer retalhistas de sortido curto

“Uma marca consistentemente inovadora e atrativa aumenta mais rapidamente o seu alcance junto dos compradores e conquista a sua preferência”, diz Pedro Pimentel, diretor-geral da Centromarca

As marcas de fabricante estão a contribuir para o crescimento do negócio dos retalhistas de sortido curto, avança um estudo da Kantar desenvolvido em parceria com a Centromarca. De acordo com a análise, a estabilização da inflação, a redução das taxas de juro e o aumento da taxa de emprego também estão a impulsionar o consumo fora de casa e os serviços de entrega ao domicílio.

“O consumo fora de casa tem vindo sempre a crescer acima do consumo para casa, nos últimos trimestres. No entanto, a percentagem do gasto que os portugueses dedicam ao consumo dentro de casa perdeu espaço, com uma diminuição de 1,2 pontos percentuais, face ao terceiro trimestre de 2023”, informa a Centromarca em comunicado de imprensa.

Além do tamanho das cestas ter diminuído, a maioria das categorias de produtos de grande consumo também regista um decréscimo em valor, nos primeiros nove meses do ano. No caso das bebidas, a redução atinge os 5%. No das limpezas caseiras, a quebra ronda os 3%. A venda de produtos de alimentação animal caiu 2%.

“No mesmo período, os números mostram também um avanço das marcas de distribuidor sobre as de fabricante, ainda que as segundas mantenham a maior quota de mercado, com 52,5% em valor. Apesar do decréscimo da quota, as marcas de fabricante contribuíram positivamente para o desempenho de alguns retalhistas de sortido curto”, refere o estudo.

Entre julho e setembro, o consumo em casa recuperou ligeiramente, com a dimensão da cesta de compras das famílias portuguesas a crescer, apesar da desaceleração da dinâmica de crescimento que as marcas próprias dos retalhistas registavam até então.

“Num contexto que se mantém desafiante, apesar dos números animadores da economia e dos mais recentes dados do mercado, as marcas continuam a ter de reforçar a relação com os consumidores, atrair novos públicos e reter compradores habituais. Uma marca consistentemente inovadora e atrativa aumenta mais rapidamente o seu alcance junto dos compradores e conquista a sua preferência”, afirma Pedro Pimentel, diretor-geral da Centromarca, citado no documento.

O estudo da Kantar mostra ainda que 66% das marcas que conquistam novos compradores registam crescimento em volume de vendas. “As marcas que não recrutaram consumidores nos últimos dois anos decresceram 14,5% em valor entre janeiro e setembro de 2024, quando comparado com o período homólogo. Já as que conquistaram novos ‘targets’ em 2023 e 2024 cresceram 14,3% no mesmo período”, refere ainda a análise.

Segundo o estudo, as marcas que angariaram mais clientes viram a fidelidade dos consumidores aumentar 57% e a taxa de repetição de compra subir 54%. “Recrutar consumidores em vários retalhistas pode ser difícil para as marcas, mas a diversificação dos locais de venda revela-se bastante vantajosa e fundamental para atingir o maior número de compradores possível”, defende Marta Santos, diretora de clientes e de análises da Kantar.

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Startup portuguesa ZeroPact quer descarbonizar ecommerce

A startup portuguesa está a lançar uma ferramenta gratuita, que permite às empresas de comércio eletrónico calcular e compensar automaticamente a pegada carbónica dos produtos, aumentando a transparência e a confiança junto dos consumidores

A ZeroPact, startup portuguesa de tecnologia focada na sustentabilidade, está a lançar uma solução alimentada por inteligência artificial que permite às marcas de comércio eletrónico integrar o cálculo e a compensação da pegada carbónica dos seus produtos, permitindo aumentar a transparência e a confiança junto dos consumidores.

A startup fundada por João Morgado, Luís Branco e João Matos ganhou o El Corte Inglés Retail Challenge, concurso de inovação no retalho que teve lugar durante a Web Summit, tendo agora a possibilidade de iniciar um teste piloto com o El Corte Inglés, reforçando a aplicabilidade da tecnologia em grandes marcas e antecipando-se às novas regulamentações do Digital Product Passport (DPP) previstas para 2027.

De acordo com o Barómetro Mastercard 2023 – Perceção da Sustentabilidade em Portugal, os consumidores portugueses estão cada vez mais atentos às práticas ambientais das marcas, sendo que 80% dos portugueses dão importância à política de sustentabilidade dos comerciantes ou fornecedores e que 52% já deixaram de comprar um produto devido à má reputação ambiental de uma marca.

“Estes números mostram a urgência das empresas em adotar práticas transparentes e alinhadas com as expectativas de um consumidor mais consciente”, sustenta João Morgado, CEO da ZeroPact, em comunicado de imprensa.

A análise da Mastercard revela ainda que 87% dos portugueses manifestam interesse em saber a pegada carbónica das suas compras, com esta percentagem a subir para 90% entre as mulheres. No entanto, apenas 15% conhecem a sua própria pegada carbónica, apesar de 74% já estarem familiarizados com o conceito.

“Este cenário evidencia uma grande oportunidade para as empresas liderarem na comunicação de sustentabilidade e oferecerem ferramentas que ajudem os consumidores a tomar decisões mais informadas e sustentáveis”, argumenta João Morgado.

De acordo com o CEO da startup, a ZeroPact tem planos de expansão para toda a Europa, focando-se em mercados europeus estratégicos devido à legislação emergente que, até 2027, obrigará as empresas a adotarem passaportes digitais de produtos e práticas de sustentabilidade mais rigorosas.

A tecnologia da ZeroPact já está disponível em vários sites portugueses, como Otherwise, Jakshoes, DCK, NAE-Vegan, 38 graus, Cool Mood Community, Arisca, Wheat&Rose, Le-mot, Mineral Fashion Store, Bordaleiras, Chulé, Pera Lima, Tribu, Cura, entre outros.

“A aplicação da tecnologia na área de sustentabilidade permite fornecer aos clientes informações claras e precisas sobre a pegada de carbono dos produtos que adquirem. Além disso, pode criar um modelo replicável para o setor como um todo, impulsionando uma transformação mais ampla em direção à sustentabilidade”, enfatiza Vasco Marques Pinto, gestor de relações externas do El Corte Inglés.

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