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SXSW 2024: O mundo aterra no Texas

Ainda não cheguei e sinto que, nos últimos dias, trabalhei ‘dois turnos’.

Miguel Moreira Rato, CEO da Adagietto
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SXSW 2024: O mundo aterra no Texas

Ainda não cheguei e sinto que, nos últimos dias, trabalhei ‘dois turnos’.

Sobre o autor
Miguel Moreira Rato

Estou a chegar à South by Southwest (SXSW de agora em diante) e já estou cansado de tanto ler, e de tantas dúvidas ter na escolha das sessões a que quero assistir. Em alguns dias, tenho quatro sessões sobrepostas e não tenho capacidade de escolher.  São todas excelentes e, por isso, é de antecipar uma dose imensa de FOMO (Fear Of Missing Out) nesta viagem a Austin.

Durante a SXSW, Austin, no Texas, transforma-se provavelmente numa das mais densamente povoadas cidades dos Estados Unidos. Todos os anos desde 1987, chega gente dos quatro cantos do planeta para saber mais sobre cinema, música, tecnologia, inovação, cultura organizacional, experiência de marca e, este ano, terapias alternativas ‘psicadélicas’. Aqui são lançados filmes que vão encher bilheteiras, mas também se conhecem as tendências do marketing de influência. Espero ficar a saber mais sobre a relevância da Inteligência Artificial na cultura organizacional de uma empresa, ao mesmo tempo que vou conseguir avaliar a ‘bravura’ de uma marca ou perceber qual o papel da criatividade numa época em que a inteligência ‘artesanal’ parece estar em (aparente) decadência.

Escolher as sessões na SXSW é, por isso, uma tarefa desafiadora. De Hércules. Chegar a Austin sem agenda é o mesmo que chegar ao topo de um Kilimanjaro em boxers. Não dá. E por isso as últimas semanas foram passadas a definir os meus objetivos – o que é que eu quero trazer de Austin tanto para mim, como para a agência, como para os nossos clientes? Quero perceber de que forma o mercado está preparado para agências que fundem conhecimento e não olham para o tradicional. Como olhar para as marcas com uma visão triangular que junta, com igual importância, a criatividade, a estratégia e a capacidade de gerar conversa. Onde inovar quando vamos por esse caminho? Como é que ferramentas aparentemente tradicionais se vão adaptar a um mundo cada vez mais digital? De que forma as empresas estão a conseguir reter talento em gerações onde a forma de trabalhar mudou radicalmente? Será que a organização “teal” de Frédéric Laloux, lançada em 2014, já “era”?

Igualmente importante foi explorar o programa (vejam aqui se não é tarefa de Hércules). Passei muito tempo a ler as descrições das sessões e a ler notas biográficas dos oradores. Alguns, como o guru Scott Galloway, estão na minha shortlist desde o dia 1, ainda que já saiba que vou ter que dar várias cotoveladas e aplicar outras tantas rasteiras para conseguir um lugar. Outros, que até são cabeças de cartaz, como a celebérrima Meghan Markle, não me geram interesse quase nenhum.

A SXSW ainda não arrancou, vou a caminho, em “pré-FOMO”. Mas, como dizia Leonardo da Vinci, “aprender é a única coisa de que a mente nunca se cansa, nunca tem medo e nunca se arrepende”. Vamos a isso.

Crónica de Miguel Moreira Rato, CEO da Adagietto, em Austin 

Sobre o autorMiguel Moreira Rato

Miguel Moreira Rato

CEO da Adagietto
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