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“Temos a expectativa de o ano 2015 marcar o equilíbrio operacional”

Um ano após a entrada em funções da nova administração, José Carlos Lourenço, chief operating officer do Global Media Group, faz o balanço deste período e traça os objectivos para o futuro.

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“Temos a expectativa de o ano 2015 marcar o equilíbrio operacional”

Um ano após a entrada em funções da nova administração, José Carlos Lourenço, chief operating officer do Global Media Group, faz o balanço deste período e traça os objectivos para o futuro.

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José Carlos Lourenço, chief operating officer do Global Media Group

Em Março do ano passado, indigitada pelos novos accionistas, entrou em funções a nova administração da então Controlinveste Media, desde esse momento propriedade de António Mosquito (27,5 por cento), Luís Montez, BCP e BES (15 por cento cada), ficando Joaquim Oliveira, anterior proprietário, com os restantes 27,5 por cento. Um despedimento colectivo e um conjunto de rescisões que levaram à saída de cerca de 200 colaboradores, mudanças na direcção do Diário de Notícias (DN), Jornal de Notícias (JN), Volta ao Mundo e Evasões marcaram este período, no qual também se assistiu a alterações na direcção de marketing, diminuição do tamanho dos jornais ou encerramento da Notícias TV em papel. O grupo prepara-se agora para dar início à segunda fase do mandato da nova administração.

Meios&Publicidade (M&P): Assumiram a administração da agora Global Media em Março de 2014. A casa já está arrumada?
José Carlos Lourenço (JCL): A casa vai estando arrumada. Isto é um processo que nunca tem fim, até porque a dinâmica do nosso negócio a isso obriga, mas podemos considerar que este primeiro ano era uma etapa difícil, com objectivos muito focados na reorganização e reestruturação do negócio e da sua sustentabilidade.. Essa parte está no essencial concluída. Tivemos que tomar medidas que não são simpáticas e que nenhum gestor gosta de tomar, mas que são essenciais para a etapa que agora estamos a começar. No ano passado estivemos muito focados na reorganização das empresas do grupo, tivemos que começar a fazer com menos recursos aquilo que anteriormente se fazia com mais, mas ainda assim fomos fazendo muitas coisas no sentido de antecipar esta etapa. Arrancámos no essencial em Abril, poucas semanas depois lançámos um novo standard do ponto de vista de dimensão dos jornais, praticamente hoje todos os jornais têm essas dimensões, o que obrigou desde logo a um exercício importante no sentido dos leitores não terem a sensação de que apenas tínhamos encolhido o produto e tivemos que o adaptar do ponto de vista gráfico. Em Maio houve alterações importantes na Evasões e na Volta ao Mundo.

M&P: Que também mudaram de direcção.
JCL: Que também mudaram de direcção e o produto teve algumas alterações interessantes. Os resultados foram muito animadores, a circulação paga ou aumentou ou ficou em linha com o ano anterior, inverteu a tendência de queda. Em Agosto lançámos o novo O Jogo e os resultados também foram muito animadores no sentido em que fomos o único jornal desportivo que não caiu em circulação relativamente ao ano anterior. Em Setembro fizemos uma apresentação ao mercado de uma nova grelha da TSF, algo que não acontecia há três anos, e , sem descaracterizar o produto, conseguimos introduzir dinâmicas adicionais e o resultado imediato, no Bareme seguinte, foi conseguirmos atingir níveis de audiências que não eram atingidos há três anos. Houve alterações ao nível das pessoas, é verdade, temos uma nova direcção no Diário de Notícias desde Setembro, a nova direcção do JN arrancou em Novembro, ficou completa em Dezembro. Houve também nas áreas funcionais, nomeadamente nas áreas do marketing, novos negócios e digital, reforços que chegaram em Dezembro. Quase como corolário deste caminho de infraestruturação do negócio, em Dezembro alterámos a nossa imagem corporativa. Deixamos a designação Controlinveste Conteúdos, que era desde o arranque temporária, e passámos para a designação Global Media Group, que tem uma definição gráfica que aporta muito esta ideia multimédia e multiplataforma que queremos trazer para o negócio e a referência global porque queremos, manifestamente, ir além do espaço que actualmente ocupamos, desde logo geográfico. Acreditamos que, para um grupo de media de conteúdos em português, a língua é verdadeiramente a fronteira definitiva. Já este ano, em Fevereiro, lançámos uma plataforma de descontos que envolvem as marcas DN, JN e O Jogo, uma parceria com a Goodlife que é manifestamente um dos operadores de referência do mercado neste tipo de actividade. As parcerias vão marcar muito o nosso futuro, acreditamos muito que juntando competências e juntando vontades seremos sempre muito mais fortes do que tendo que internamente resolver todas as questões e todos os desafios que viermos a enfrentar. Agora estamos na fase de partilhar com o mercado aquilo que vamos fazer. Desde logo com o JN, será uma evolução na continuidade, mas acreditamos que há factores de melhoria muito significativos e que vão atrair a atenção das pessoas. Estamos também a reinventar a fórmula da Evasões, que é uma marca muito reputada, com 18 anos de existência, a assinatura é “especialistas em Portugal”. Vamos continuar a ser especialistas em Portugal, mas é uma reinvenção do modelo de negócio e do produtos que tem tido um feedback muito positivo. Foi um ano muito intenso, com muitas mudanças e muitas coisas a acontecer.

M&P: Antes de irmos ao pormenor nas diferentes marcas, quanto é que pouparam com a reformulação do grupo? Julgo que na altura se tinha falado em 5,5 milhões com pessoas e depois mais 5,5 milhões com outros custos.
JCL: O grupo não é cotado em bolsa, não tem contas publicadas.

M&P: Assim está mais à vontade para falar de números…
JCL: A referência que posso dar, e acho que é muito importante para o mercado, que precisamos que confie em nós e no caminho que estamos a fazer. Numa situação de desequilíbrio, os esforços que foram concentrados no ano de 2014 permitem encarar já o ano de 2015, eventualmente antecipando até em um ano aquilo que eram os nossos planos, com uma situação de contas equilibradas. Este esforço foi disseminado por diferentes áreas. A parte dos recursos humanos é aquela que tem uma visibilidade mais significativa, mas tivemos que aplicar o nosso melhor esforço e criatividade em reinventar a totalidade do negócio. Na estrutura de custos os recursos humanos representarão pouco mais de um terço e tivemos que fazer face a um desafio que era grande, mas com o envolvimento e a motivação de toda a equipa fomos bem-sucedidos.

M&P: Mas hoje a operação já é equilibrada?
JCL: O ano de 2015 ainda está no início, os primeiros sinais têm alguma preocupação associada, para nós e para os restantes operadores do mercado, mas temos a expectativa do ano 2015 marcar um ano de equilíbrio operacional. Isso para nós é absolutamente definitivo. Para um grupo como o nosso, que está na comunicação social, enquanto grupo independente, profissional, que se rege pelos objectivos específicos de um grupo de comunicação social e não por outros, a sustentabilidade económica é absolutamente definitiva. A nossa independência está muito associada a este equilíbrio, portanto é um objectivo não só para os gestores da empresa mas também para os cerca de 750 colaboradores.

M&P: Tem-se falado na venda do edifício do DN e do JN, no Porto, que permitiria um encaixe de cerca de 40 milhões. Já há decisão?
JCL: Relativamente aos activos do grupo, fazemos a gestão mais adequada a cada momento. Tendo o grupo um endividamento que é razoável, mas ainda assim tem um valor significativo, devemos fazer a gestão mais adequada dos activos que temos no nosso portfólio e a oportunidade de vir a alienar edifícios ou qualquer outro activo pode fazer sentido desde que estejam cumpridos um conjunto de requisitos que lhe dêem esse sentido. Nada aconteceu até ao momento, acontecerá no momento oportuno o que tiver que acontecer.

M&P: À partida será ainda este ano?
JCL: Criadas as condições para haver uma evolução, essa evolução concretizar-se-á.

M&P: Acabaram por não vender nem encerrar nenhum título. É uma opção definitiva? Todas as marcas fazem sentido neste momento?
JCL: Encaramos os nossos activos da mesma forma com que fazia referência ao resto do negócio. A percepção que criámos após o início das funções desta comissão executiva é que cada um dos projectos necessitava de continuar a fazer a sua evolução normal, mas continuava a fazer muito sentido no nosso portfólio. Cada um deles pode a determinada altura, do ponto de vista mais táctico ou mais estrutural, assumir diferentes tipos de configurações e ter uma utilidade diversa – como vai acontecer com a Evasões – mas não sentimos necessidade de encerrar nenhum dos projectos editoriais. Estamos muito apostados em retirar de cada um deles o seu máximo potencial, seja do ponto de vista do contributo económico para o grupo, seja para acrescentar soluções no mercado aos anunciantes e aos nossos parceiros de negócio.

M&P: E a compra do Económico? Julgo que terão pedido para ver os números e que a decisão estava do vosso lado… Há decisão?
JCL: Não. De facto, não só não há decisão como não vimos números. Existem rumores de mercado, notícias contraditórias, mas não estamos na posse de nenhuma notícia privilegiada.

M&P: Não analisaram a compra?
JCL: O grupo Global Media tem objectivos muito bem determinados no seu plano de acção. A primeira prioridade é termos a estabilidade adequada para olharmos para o futuro com outra confiança e com uma ambição reforçada. Olharemos sempre com muita atenção para todas as oportunidades de consolidação que se apresentarem no mercado e estamos sistematicamente a fazer o nosso trabalho de casa, no sentido de perspectivar movimentos que possam acontecer. Portanto, não analisámos nenhuma operação em concreto, não obstante todos os rumores que possam circular, e não fecharemos a porta à possibilidade de analisar operações em concreto ou a estar envolvidos em operações de consolidação.

M&P: Então, hipoteticamente, porque é que um título como o Económico faria sentido no Global Media?
JCL: Na área económica temos o Dinheiro Vivo. Completou o seu terceiro aniversário, este ano perspectiva-se que seja o melhor de sempre e temos planos para continuar a fortalecer esta marca. Na área económica, ou em outra área, em devido tempo poderemos fazer as análises que são adequadas. Não faria sentido estar a antecipar que tipo de prós e contras um determinado projecto podia ter, com o que isso significaria de estar a partilhar informação com os nossos concorrentes.

M&P: Vamos então aos projectos que podem ser públicos. Começando pelo Jornal de Notícias, o que podemos esperar no novo JN?
JCL: O Jornal de Notícias vai celebrar este ano 127 anos. Uma data extraordinária para um projecto que vive muito da sua tradição mas que tem que permanentemente redescobrir-se e reinventar-se para continuar sobretudo a ter futuro. O JN é um realidade ímpar em Portugal. Tem uma penetração junto de uma área geográfica que é extraordinária e nessa área de influência compete não com outros órgãos de comunicação mas com o prime time das televisões, é deste nível de influência que estamos a falar. Sentimos em todo o caso que havia uma oportunidade para melhorar o projecto, desde logo na plataforma papel na qual continuamos a acredita muito. As alterações vão no sentido de ficarmos ainda mais próximos das características de audiência muito especificas do JN, que é provavelmente o título mais transversal em todos os eixos, quer do ponto de vista etário, quer social.

M&P: Está é geograficamente muito localizado.
JCL: É um jornal que tem cobertura nacional mas como é evidente tem uma maior concentração numa zona do pais. A oportunidade que identificamos foi tornar o jornal mais próximo e mais acessível a esta riqueza de audiências que o caracterizam, desde classes A/B até C1 e mesmo D. A nova formulação é suposto dar resposta a essa necessidade de cobertura. Associado àquilo que se vai ver no papel, tem por trás algo que do ponto de vista estratégico é ainda mais relevante para o percurso que estamos a fazer. A organização do jornal fica mais simples e isso tem associada uma reorganização da redacção, que tem em vista não só o desafio do produto em papel como o desafio multimédia e multiplataforma que deve caracterizar cada um dos projectos da Global Media. As consequências expectáveis passam por termos uma maior assertividade no jornalismo que produzimos, dentro do rigor e seriedade que caracteriza a marca. Mas acreditamos que ficaremos ainda mais úteis para os leitores actuais e para aqueles que iremos ganhar aos concorrentes ou àqueles que não estão a ler neste momento jornais em papel. Em simultâneo, e cruzando o JN e o DN, vamos lançar à sexta-feira um reforço importante da nossa proposta editorial com a nova Evasões. A Evasões era uma revista mensal, de nicho, e de repente transforma-se num produto com mais de 100 mil exemplares. É pensado para o fim-de-semana dos nossos leitores, em todas as suas vertentes em todos os tempos do lazer e tempos livres.

M&P: Então a Evasões, que hoje está em banca, vai passar a ser o suplemento que substitui a Notícias TV?
JCL: Isso. A nossa ambição é que por oposição a distribuirmos um suplemento com cada jornal vamos distribuir uma revista.

M&P: E vão conseguir manter a Evasões como uma revista? O grupo já teve essa experiência com a Grande Reportagem, que acabou por morrer.
JCL: Esta reformulação não passa por agarrar a revista tal como existe e passar a disponibiliza-la com os jornais. Há uma transformação muito significativa a todos os níveis. A Evasões era especialista no turismo interno e vai passar a ter muito mais. Vai ser mais compacta, terá menos páginas e será mais portátil. A nossa proposta de valor e a nossa grande ambição é ter o melhor que a revista foi produzindo ao longo do tempo, com esta adaptação e este fortalecimento da comunicação. Penso que estaremos a fornecer ao mercado uma plataforma de comunicação em áreas muito especificas onde julgo que vamos acrescentar valor, como temos a forte convicção que vamos fortalecer os nossos jornais à sexta-feira. No JN vamos ter ao sábado uma aposta forte no desporto, com um novo suplemento que acresce ao Dinheiro Vivo, e ao domingo continuamos com a Notícias Magazine. No segundo semestre é nossa intenção que quer o Dinheiro Vivo quer a Notícias Magazine venham a ser reforçados de modo a no final no semestre termos toda a nossa proposta editorial revitalizada em linha com os objectivos.

M&P: Quais serão as alterações no Dinheiro Vivo (DV)?
JCL: O DV pretende alavancar as vendas do DN e JN ao sábado, tem um posicionamento estratégico que vamos continuar a perseguir: está onde está a inovação, as startups, as boas ideias de marketing, mas queremos que reflicta melhor o tecido empresarial a norte, que tem tanto para partilhar com o país. Há também algumas novidades do ponto de vista gráfico, mas não gostava de antecipar excessivamente o que aí virá.

M&P: Voltando ao JN. Vai continuar a ser um jornal focado no Norte e em particular no Porto?
JCL: Não, vai continuar a ser um jornal centrado no país mas produzido, de forma assumida, a partir do Porto. Por simplificação, podemos falar de uma interpretação da realidade do país de quem está a Norte.

M&P: Normalmente dividimos os jornais entre populares, de referência ou tablóides. Como é que se caracteriza o JN nesta nova fase?
JCL: É um jornal muito interclassista, e nesse sentido não é um tablóide e não concorremos nesse mercado, e também não queremos classifica-lo como um jornal de elite, porque continua a ser um jornal de grande dimensão e circulação e é nessa faixa que o queremos manter.

M&P: Durante muito tempo o JN esteve taco-a-taco com o Correio da Manhã. As vossas ambições passam por voltar a disputar a liderança?
JCL: O JN lidera inequivocamente em 55 por cento do território nacional. As nossas, referências, mais do que a nossa concorrência, são o potencial que temos por explorar. O Jornal de Notícias é um projecto diferente do Correio da Manhã e é aí que vamos continuar a fazer o nosso caminho.

M&P: Vamos então ao Diário de Notícias. Vai ter um novo site ainda no primeiro semestre e estará a ser feita, pelo Javier Errea, uma reformulação gráfica…
JCL: Ao contrário do que está a acontecer no JN, no Diário de Notícias começámos a fazer um caminho diferente, uma evolução na continuidade. Quem tem memória do que era o DN, há diferenças significativas. Está a fazer um caminho no sentido do que estrategicamente definimos como poder vir a ser um jornal da capital. Não se confunde com um jornal de Lisboa, mas queremos dizer com isto um jornal focado naquilo que de essencial acontece no plano político, no plano económico, no plano cultural. Para o melhor e para o pior, o essencial do processo de decisão do país passa muitas vezes por aquilo que acontece no governo, nas grandes empresas, nas infraestruturas culturais e tudo o mais. O DN dirige-se ao país mas está muito ficado nessa dinâmica. Acresce a nossa ambição, tanto no DN como no JN, de chegarmos mais longe do que apenas Portugal e existem planos, sobretudo para o segundo semestre, para irmos mais adiante nessas frentes. O produto em papel tem vindo a conhecer alterações importantes, achámos mais prudente que fossem feitas de forma gradual. O bom resultado dessa caminhada é que protegemos audiência e circulação que existia e agora no segundo semestre vamos preparar outro tipo de alterações, se calhar mais assertivas. Uma aposta muito importante, seja no DN como em outras marcas, é a frente digital. Temos um programa muito preenchido e ambicioso de transformação das nossas plataformas digitais e uma das mais prioritárias é do DN, onde também existe um esforço grande do ponto de vista do design, mas como disse em relação ao JN, tem existido sobretudo um esforço de preparação da redacção para os desafios que entretanto se avizinham. Estar no mundo digital implica, para além do texto e da fotografia, ter uma abordagem verdadeiramente multimédia, com cada vez mais vídeo e capacidade de resposta. Queremos fazer promessas e queremos fazê-las de forma ambiciosa. Mas queremos cumprir as promessas. A nossa convicção é que no segundo semestre o DN vai ter muitas coisas para dizer ao mercado.

M&P: O André Macedo, director do DN, dizia recentemente que havia uma aposta grande no áudio e vídeo, “uma narrativa nova que temos que financiar”. Como?
JCL: Existem caminhos de natureza vária, desde logo as extensões comerciais que beneficiam cada vez mais quem tem este tipo de conteúdos. Estamos absolutamente convencidos que as boas ideias terão sempre cabimento, porque o financiamento normalmente é atraído pelas boas ideias. Não vemos limitações por aí.

M&P: O Notícias TV foi descontinuado em papel…
JCL: Na tal gestão dinâmica de plataformas, vai deixar de existir uma revista em papel que se chama Notícias TV e vamos ter um canal digital que se chama Notícias TV. O conjunto das competências dessa equipa vão continuar a trabalhar para os nossos títulos, esta equipa para além da Notícias TV produzia conteúdos específicos nessas áreas para o DN e JN e vai continuar a fazer esse caminho.

M&P: Em outsourcing. A questão é as páginas dos jornais serem feitas em outsourcing…
JCL: Outsourcing pode ser uma forma menos positiva de olhar para esta questão. A propósito da área dos descontos referia o nosso propósito de firmarmos parcerias para sermos mais eficazes e eficientes. Do que estamos a falar é de um verdadeiro centro de competências, não é uma operação apenas de redução de headcount. Há um contrato de longo prazo estabelecido com uma empresa…

M&P: Palavras Ditas, de Nuno Azinheira, director do título.
JL: Exactamente. Nuno Azinheira que conhecemos muito hem e que queremos que continue a fazer parte do nosso universo. Do ponto de vista cooperativo há um desenho diferente, mas naquilo que é o essencial, disponibilizar conteúdos de qualidade, o propósito mantém-se.

M&P: Ainda no DN, olhando apenas para as percentagens, as assinaturas em papel cairam 79 por cento no último ano, mas deixaram de existir aquelas oscilações que aumentavam ou diminuíam mensalmente as assinaturas em alguns milhares de exemplares. Tem a ver com a alteração na politica de assinaturas, imagino.
JCL: Diria que mudamos sobretudo a abordagem e a politica. Houve acções muito especificas e pontuais, que foram úteis para deixar um lastro muito  interessante no contexto da circulação total do DN. Ultrapassada essa fase, estamos muito mais orientados para um crescimento mais sustentável. Vamos apostar muito nas assinaturas em papel, mas sobretudo nas assinaturas em formato digital.

M&P: Passando do DN para o mercado. Como é que estão a ser estes primeiros três meses em termos de publicidade?
JCL: Os dados do arranque do ano não permitem ter certezas muito fechadas. A nossa expectativa é que com as notícias que existem sobre a recuperação económica e a conclusão de processos em vários sectores de actividade, como na área das telecomunicações ou da banca, o caminho da normalização irá também traduzir-se numa normalidade no mercado publicitário. A nosso expectativa continua a ser de um ano de crescimento, eventualmente menor do que o que ocorreu em 2014, mas um ano de crescimento. No nosso caso em concreto, esperamos algum crescimento. Conservador, mas crescimento.

M&P: Como é que define hoje, versus há um ano, o grupo?
JCL: Acho que temos razões acrescidas, internamente e junto do mercado, para se acreditar no futuro de cada uma das marcas e deste grupo como um todo.

“Admito que no topo das nossas prioridades estejam mais os países africanos do que o Brasil”

M&P: Em Março de 2014, Daniel Proença de Carvalho, presidente do grupo, afirmava que o objectivo passava por “crescer nos mercados em que [a empresa]está inserida” e “conquistar novos mercados nos espaços da lusofonia”, ideia que voltou a ser sublinhada quando alteraram o nome do grupo.  Como é que este crescimento ou conquista de novos mercados pode ser concretizada?
JCL: Das mais diferentes formas. Desde logo as plataformas digitais permitem ultrapassar barreiras que o mundo offline não permitia. Essa é a forma mais fácil de chegar mais longe.

M&P: Mas é preciso também o interesse de quem está lá fora…
JCL: Claro, claro. Mas isso já conseguimos contabilizar através da proveniência dos acessos, nomeadamente aos produtos editoriais e nas redes sociais. Conseguimos captar uma atenção muito significativa, quer do Brasil, quer em particular dos PALOP, com Angola e Moçambique à cabeça.

M&P: O Público anunciou recentemente que o Brasil seria uma das suas prioridades, precisamente devido ao número de acessos.
JCL: Admito que no topo das nossas prioridades estejam mais os países africanos do que o Brasil. Acho que ai podemos acrescentar mais valor e é um caminho mais relevante para fazer no imediato do que o Brasil. O Brasil fala português mas é um português diferente, tem uma organização empresarial e corporativa que tem particularidades muito próprias e, não pondo de lado essa geografia, diria que não é a nossa primeira prioridade. Relativamente a outros países, existem as mais variáveis fórmulas para podermos concretizar esta nossa ambição. Aquela que provavelmente privilegiaremos é a forma da parceria, que poderá ter desenhos corporativos dos mais diversos. Não temos nenhuma fixação em criar empresas locais ou o que seja. O nosso objectivo é, relativamente ao nosso potencial de produção de conteúdos e activação de marca, podermos ir o mais longe possível. A forma de o concretizar será aquilo que em cada circunstância,  até em cada país, se revelar a solução mais adequada.

M&P: Estava na administração da Impresa Publishing quando lançaram em parceria, precisamente em Angola, a Rumo. Ao que se sabe o projecto estava a correr bastante bem, mas terá havido um problema que não teria a ver com o desempenho da revista no mercado e acabou por ser descontinuada. Estaremos a falar de parcerias semelhantes?
JCL: Não comentaria episódios de outras etapas da minha vida profissional, mas seja eu pessoalmente, seja o grupo, temos experiência e competências muito específicas para a abordagem a estes mercados. Acho que podemos acrescentar muito valor, de uma forma humilde, mas temos a noção de que há um campo de progressão significativa a fazer nesses mercados e que nós podemos emprestar a nossa experiência, vontade e ambição para que esse caminho possa ser feito. Como digo, o recorte final de como essas parcerias se irão concretizar não é para nós uma questão estratégica, é muito mais uma questão táctica de saber depois como é que se concretiza. Posso-lhe adiantar que existem várias conversas. Não tenho a certeza se em 2015 pode ser já visível o resultado desse  caminho, mas faz parte do nosso road map essas geografias serem cada vez mais relevantes no nosso negócio.

M&P: Já existem portanto conversas.
JCL: Existem muitas conversas, até porque, dada a singularidade e a complexidade destes mercados, a cautela não é demais. Temos essa ambição,  estamos a evoluir no sentido certo, com a velocidade que é normal e que é possível nestas circunstâncias.

“Gostaríamos que em 2015 o digital entrasse na fasquia dos dois dígitos”

M&P: A monetização de conteúdos digitais é uma prioridade do Global Media Group?
JCL: Sim. Uma parte muito significativa das nossas receitas vem exactamente da venda dos conteúdos, mais nas plataformas offline do que digitais, mas temos planos a partir do segundo semestre para fazer um caminho por ai. Não temos opções dogmáticas do género ‘tudo aberto’ ou ‘tudo fechado’, cada um dos projectos terá abordagens distintas porque se dirige a audiências distintas e tem uma natureza diferenciada, mas queremos fazer um caminho no sentido da monetização dos nossos conteúdos, seja daqueles que têm actualidade seja com recurso a conteúdos que já foram produzidos com um determinado objectivo e que depois podem ser reformatados.

M&P: Como é que vê as experiências que tem sido feitas em Portugal?
JCL: Há experiências interessantes e há caminhos que têm vindo a ser desbravados que não nos parecem ser a resposta completa para estes desafios. Não vamos copiar nenhuma dessas soluções, mas tudo aquilo que passe por criar no mercado apetência para a aquisição de conteúdos ou para as pessoas poderem pagar por algo que vão consumir, atribuindo a esse conteúdo um factor premium na sua apreciação, são passos no sentido correcto.

M&P: Três jornais norte-americanos começaram a disponibilizar a venda de artigos por 20 cêntimos. Pode fazer sentido num mercado tão pequeno como Portugal? Ou pode fazer quando o vosso mercado for o da língua portuguesa, como pretendem?
JCL: Admito, em determinadas circunstâncias, que a venda isolada de conteúdos pode fazer sentido. Noutros casos far-me-á menos sentido na perspectiva de se perder o conceito de produto editorial mais elaborado. Mas, como digo, a avaliação concreta de cada marca fará uma solução mais orientada.

M&P: Quanto é que o digital representa na facturação do grupo?
JCL: Gostaríamos que em 2015 esse valor entrasse na fasquia dos dois dígitos.

“Está na hora de as empresas assumirem a responsabilidade social no domínio do investimento em comunicação”

M&P: Com excepção da TSF e do Dinheiro Vivo, os títulos do Global Media Group são todos de imprensa, aquele sector para o qual ninguém tem perspectivas muito optimistas. Vocês têm? Como é que se dá a volta a um sector que vive uma crise estrutural?
JCL: Temos o optimismo de quem tem vindo a enfrentar desafios grandes e tem resultados que dão um ânimo reforçado. Dividiria a questão em dois planos. Por um lado, os nossos activos, independentemente das suas origens, são tratados como marcas de informação mais do que como um produto especifico e portanto há um longo caminho para fazer. Existem cada vez mais soluções de produção, empacotamento e distribuição de conteúdos e estamos nesse campeonato. Ainda estamos em menos plataformas, mas temos todo um universo à frente.

M&P: Quais são as prioridades no digital?
JCL: O digital é uma prioridade muito imediata, que passa tanto pelo reforço significativo da capacidade dos nossos sites, como por produtos mais híbridos que nos poderão permitir resultados mais imediatos. Os pontos de contactos em que as pessoas consomem conteúdos são cada vez mais diversos. Há uns anos podíamos ver aquelas imagens futuristas de pessoas na cozinha com um computador a consumir conteúdos. Hoje isso já não é futurismo, faz parte da nossa vida. Os ecrãs com que as pessoas são impactas são dos mais diversos e, com essa complexidade, existem também várias oportunidades que marcas como as nossas poderão perseguir. Acreditamos firmemente que num mundo cada vez mais complexo, em que as pessoas são bombardeadas com muita informação não editada, quem tem a credibilidade de editar informação tem um papel muito relevante na sociedade. Isso permite-nos ter a expectativa de continuar dentro do negócio. Há uma outra dimensão desta questão que nos últimos tempos temos vindo a discutir com os nossos parceiros de negócio e julgo que há um caminho aqui a fazer e que passa muito pela dificuldade em contabilizar o intangível que os órgãos de comunicação social, em particular a imprensa, acrescentam à sociedade. É uma verdade que todos aceitam com naturalidade que não há democracia sem uma imprensa livre, actuante e a cumprir o seu papel. Mas depois há a necessidade de as pessoas que aceitam esta circunstância sejam consistentes.

M&P: Monetizar também essa importância?
JCL: Poria a questão no domínio da responsabilidade social. As empresas hoje em dia sentem obrigação de terem responsabilidade social no domínio ambiental. Não muitas vezes porque poupem dinheiro mas porque é certo fazê-lo. Há muitas empresas que têm códigos de conduta no sentido de não transigir com países ou empresas que utilizam mão de obra infantil ou outras práticas condenáveis. Julgo que está na hora de as empresas assumirem a responsabilidade social no domínio do investimento em comunicação. A questão não passa por subsídios ou porque uns são ‘coitadinhos’ e outros muito grandes. Não tem nada a ver com isto. Tem a ver com assumir, de forma muito clara, que não é a mesma coisa investir um euro numa empresa que está sedeada num paraíso fiscal e a criar postos de trabalho em qualquer outro país, versus uma empresa que está sedeada em Portugal, paga os seus impostos em Portugal e cria postos de trabalho e contribui para a democracia portuguesa. Esta dimensão de responsabilidade deve estar presente em quem toma decisões de investimento.

M&P: Estamos a falar em investimento em Google vs media tradicionais. Deve estar presente mas tem estado? Pode vir a estar?
JCL: Não tem estado.

M&P: Temos abordado, em algumas das conferências que promovemos, a importância da imprensa e do investimento em imprensa. Os decisores concordam, mas depois na prática julgam que investir em outras acções tem mais retorno…
JCL: As pessoas concordarem é um ponto de partida absolutamente fundamental. Temos que conseguir canalizar esse acordo no essencial para questões muito concretas. É um caminho que no grupo temos vindo a discutir, mas não é um tema da Global Media e nem sequer só da imprensa. É um tema que se coloca ao nível de todos os órgãos de comunicação social e acho que é um tema que nos devia reunir em torno de uma ideia simples mas clara e que seja exequível. Portanto, seja porque existe negócio para as nossa marcas, seja porque acreditamos que há questões culturais que podem e devem ser discutidas e traduzidas em acções concretas que podem reequilibrar as decisões dos anunciantes, estamos optimistas.

M&P: Estão a conversar com outros grupos no sentido em que se passe das intenções aos actos?
JCL: A necessidade de fazermos algo é partilhada por todos. Existe um fórum muito especifico que é a Plataforma dos Meios de Comunicação Privados onde algum esforço tem vindo a ser feito e a nossa expectativa é que através de vários caminhos possamos no futuro dar passos significativos nesta direcção. Não pretendemos nenhum tipo de protagonismo, queremos dar o nosso contributo e estou confiante que em Portugal, pela circunstância das nossas características e do nosso mercado, possamos vir a desenhar uma solução que outros possam vir a copiar. Porque não?

M&P: Já há então algum esboço de  solução?
JCL: Não queria de todo passar a falsa ideia que pretendemos, em torno de uma questão tão sensível e tão decisiva para o futuro de todos nós, termos qualquer protagonismo desajustado. Mas é um ema que tem consumido a nossa atenção e para o qual vamos consolidando algumas ideias de natureza prática.

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A funcionalidade destina-se a utilizadores que sentem que as recomendações de conteúdos já não correspondem aos seus interesses, permitindo-lhes recomeçar do zero e treinar novamente o algoritmo da aplicação sobre os conteúdos que querem ver

O Instagram está a testar a possibilidade de os utilizadores reporem as suas recomendações, funcionalidade que permite recomeçar do zero e treinar novamente o algoritmo da aplicação, em relação aos conteúdos que querem ver na página Explore, no Feed e no Reels. A funcionalidade destina-se a utilizadores que sentem que as recomendações de conteúdos já não correspondem aos seus interesses.

Adam Mosseri, diretor do Instagram, publicou um vídeo na rede social em que refere que a nova funcionalidade não se destina a ser utilizada com frequência, sendo que foi concebida apenas para os casos em que se pretende uma renovação total. “Quero deixar claro que estamos a falar de uma mudança significativa”, enfatiza Adam Mosseri. A nova funcionalidade será lançada a nível mundial em breve, de acordo com o comunicado de imprensa do Instagram.

Caso um utilizador reponha o seu algoritmo, as recomendações de conteúdo vão começar a ser personalizadas novamente ao longo do tempo, com base nas publicações e contas com as quais o utilizador interage. É ainda dada a opção de rever a lista de contas que seguem, para deixarem de seguir contas que partilham conteúdos que já não lhes interessa.

“No início, vai tornar o Instagram muito menos interessante para o utilizador, porque vamos tratá-lo como se não soubéssemos nada sobre os seus interesses e vai demorar algum tempo a reaprendê-los. Por isso, não é algo que recomende que seja feito a toda a hora, mas caso o utilizador não se sinta bem com a sua experiência, isto fornece-lhe uma alternativa”, acrescenta o diretor do Instagram, no vídeo publicado no Instagram.

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TLC funde operações em Portugal e Espanha e cria TLC Worldwide Iberia

Miguel Lobo (na foto, à dir.) mantém-se na liderança da operação nacional da TLC Worldwide e assume o cargo de CEO da TLC Worldwide Iberia. Philippe Dewerbe (à esq.) continua a liderar a empresa em Espanha e é o diretor executivo da TLC Worldwide Iberia

A TLC Worldwide está a fundir as operações em Espanha e Portugal, para formar um novo ‘cluster’ que reforça a presença e atuação na Península Ibérica, com a criação da TLC Worldwide Iberia. A fusão marca um momento da expansão e consolidação da agência e pretende fortalecer a oferta de soluções de ‘reward’ marketing e programas de fidelização.

A estrutura operativa e estratégica mantém-se em ambos os países, com escritórios em Madrid e Lisboa, mas a fusão irá criar um modelo de trabalho mais coeso entre ambas as agências, com a incorporação dos perfis ibéricos e das equipas especializadas. “Temos identificado inúmeras sinergias entre ambos os mercados e, ao combinar os pontos fortes das nossas equipas e direção, acreditamos que iremos alcançar níveis superiores de sofisticação e eficácia. Ao combinar o nosso conhecimento e experiência dos mercados espanhol e português, otimizamos os recursos e melhoramos a capacidade de desenhar e implementar campanhas e estratégias de marketing que se adaptam perfeitamente às necessidades das marcas em ambos os países”, enfatiza Miguel Lobo, CEO da TLC Worldwide Iberia.

Agora, as marcas que trabalham com a TLC Worldwide vão poder tirar partido de uma experiência mais fluida ao lançarem iniciativas a nível ibérico, beneficiando de uma coordenação mais precisa e de um aproveitamento superior dos recursos.

A equipa diretiva que estará na liderança deste ‘cluster’ conta com Miguel Lobo, que continua a liderar a operação nacional da TLC Worldwide, assumindo o cargo de CEO da TLC Worldwide Iberia. Philippe Dewerbe, por seu lado, continua a liderar a empresa em Espanha e será o diretor executivo da TLC Worldwide Iberia, com a responsabilidade de supervisionar a estratégia geral e garantir a fluidez da operação na região.

José Cerdeira assume a função de diretor de estratégia ibérica, focando-se em desenhar estratégias competitivas que potenciem o crescimento do ‘cluster’, alinhando os objetivos de negócio com as necessidades do mercado. Miguel Fernandes de Oliveira, por sua vez, fica com a direção de desenvolvimento do negócio ibérico, liderando a expansão comercial, fortalecendo as relações com os clientes atuais e explorando novas oportunidades para consolidar a presença da agência na região.

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El Corte Inglés fica azul, em combate contra cancro da próstata

No âmbito da campanha, de 18 a 28 de novembro, na venda de qualquer artigo da marca Emidio Tucci, €1 reverte a favor da Liga Portuguesa Contra o Cancro. O valor angariado será doado a esta associação, que o aplicará em ações de prevenção e combate ao cancro

O El Corte Inglés está a promover a campanha Novembro Azul, que pretende sensibilizar para o tema do cancro da próstata e angariar fundos para a Liga Portuguesa Contra o Cancro. Para assinalar o arranque da campanha, na semana em que se assinala o Dia Mundial de Combate ao Cancro da Próstata, a 17 de Novembro, as fachadas do El Corte Inglés de Lisboa e Gaia-Porto estão iluminadas de azul.

No âmbito da campanha, de 18 a 28 de novembro, na venda de qualquer artigo da marca Emidio Tucci, nas lojas físicas e online, €1 reverte a favor da Liga Portuguesa Contra o Cancro. O valor angariado será doado a esta associação, que o aplicará em ações de prevenção e combate ao cancro.

De acordo com a Liga Portuguesa Contra o Cancro, o cancro da próstata é uma doença geralmente silenciosa e é, atualmente, o cancro mais frequente nos homens. Detetar a doença numa fase precoce é essencial, permitindo tratar com uma taxa de cura muito elevada.

Em outubro, o El Corte Inglés esteve iluminado de cor-de-rosa, no seguimento da campanha Outubro Rosa, para conscientizar as mulheres e a sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do cancro da mama.

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Milk&Black reforça portefólio com 11 novos clientes

“Estamos a consolidar-nos como uma das principais agências de comunicação a nível nacional, trabalhando diferentes setores de atividade”, refere Diana Taveira, CEO da agência de comunicação e marketing de influência

A Milk&Black está a desenvolver a comunicação e a assessoria de imprensa de 11 novos clientes. Além da Fidelidade (seguros), da NAU Hotels & Resorts (hotelaria), do Palácio do Governador (hotelaria), do Monte Santo Resort (hotelaria), do Cascade Wellness Resort (hotelaria), do Senses (restauração), do Po Tat (restauração) e do Volta do Mar (restauração), também conquistou as contas de três marcas de moda internacionais, Merrell, Buffalo e Palladium, nos últimos dois meses.

Mitsubishi Motors, Fuso Trucks Portugal, Unicâmbio, Unimoney e Royal Canin são outras das insígnias que a agência de comunicação e marketing de influência está a comunicar desde o início do ano, juntando-se a uma lista que também inclui marcas como a New Balance, a WTF e a Segafredo e eventos como o Festival F e o Blissfest.

“Estamos a consolidar-nos como uma das principais agências de comunicação a nível nacional. Acima de tudo, gostamos do desafio de trabalhar em diferentes setores e é um orgulho ver marcas nacionais e internacionais a integrar cada vez mais o nosso portefólio”, refere Diana Taveira, CEO da agência da Milk&Black, citada em comunicado de imprensa.

De acordo com o documento, a agência, fundada em 2016 por Diana Taveira e Diogo Dias, ex-apresentadores da MTV Portugal, conta atualmente com mais de 80 clientes ativos, entre contratos anuais, ações pontuais e campanhas. Além da assessoria de imprensa e do marketing de influência, a Milk&Black, que conta com uma equipa de 30 trabalhadores, gere redes sociais, produz conteúdos de fotografia e vídeo e organiza e promove eventos para marcas e empresas.

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Humor de Madalena Abecasis no Natal da Sonae Sierra (com vídeo)

Com criatividade da Born e produção da Mother, o filme publicitário está a ser divulgado nos canais digitais dos centros comerciais e nas redes sociais da influenciadora digital, integrado numa estratégia de amplificação que contempla múpis interiores e digital

A influenciadora digital Madalena Abecasis é a protagonista da campanha de Natal da Sonae Sierra. Apelando ao consumo consciente, refletido e planeado, o filme publicitário cruza a criatividade e o humor, apresentando dados reais sobre os comportamentos de consumo dos portugueses na época natalícia, obtidos através de um estudo da Sonae Sierra.

“A campanha ‘Pensa bem, oferece melhor’ demonstra a estratégia de marketing dos centros comerciais geridos pela Sonae Sierra em aliar ‘insights’ de consumo a uma abordagem criativa e emocional, potenciando o ‘engagement’ com o público-alvo e reforçando os valores da marca. Esta iniciativa integra uma comunicação omnicanal e contribui para uma mensagem de sustentabilidade e reflexão no ato de consumo”, explica Joana Moura e Castro, diretora de marketing ibérica da Sonae Sierra, citada em comunicado de imprensa.

A informação obtida no estudo permitiu identificar perfis de comportamentos típicos nos 18 centros comerciais abrangidos. Os cinco estereótipos mais comuns foram interpretados por Madalena Abecasis no filme publicitário, com criatividade da Born e produção da Mother.

Além dos consumidores que dependem de instruções de terceiros para escolher presentes, o anúncio retrata os que os escolhem com base nos seus próprios gostos, os que priorizam a estética para os ‘unboxings’ das redes sociais, os que deixam as compras para a última hora e os que compram qualquer coisa, sem refletir, porque, se o destinatário não gostar, pode sempre trocar.

“De acordo com os dados do estudo, 42% dos portugueses não utilizam os presentes que recebem e três milhões recebem presentes de que não gostam, o que confirma que as pessoas não dedicam o tempo necessário a pensar naquilo que o outro gostaria de receber. Além disso, cerca de dois milhões de portugueses só fazem as suas compras de Natal em dezembro”, refere a Sonae Sierra no documento.

A campanha é divulgada nos canais digitais dos centros comerciais da empresa em vídeo, com declinações em ‘key visuals’ e múpis interiores. Até ao Natal, é amplificada através de ativações e de conteúdos interativos, no digital, nos sites e nas redes sociais dos centros comerciais, em newsletters e através de marketing de influência, nas redes sociais de Madalena Abecasis.

A intenção é promover comportamentos de compra mais conscientes, que evitem deslocações adicionais, para trocas desnecessárias, aos centros comerciais geridos pela empresa, como o Atrium Saldanha, Albufeira Terrace, AlgarveShopping, ArrábidaShopping, CascaiShopping, Centro Colombo, Centro Vasco da Gama, CoimbraShopping, Estação Viana Shopping, Fórum Barreiro, GaiaShopping, GuimarãeShopping, MaiaShopping, MadeiraShopping, NorteShopping, Nova Arcada, Parque Atlântico e ViaCatarina Shopping.

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Nespresso e SharkNinja celebram Natal com David Beckham (com vídeos)

No filme de Natal da marca de cafés, o empresário e ex-futebolista inglês joga à bola com um boneco de neve. Para os eletrodomésticos norte-americanos (na foto) prepara a refeição da consoada para a família

David Beckham é o rosto da campanha de Natal global multimeios da Nespresso. Produzido pela Studio 99, produtora audiovisual criada pelo ex-futebolista e empresário inglês em parceria com Nicola Howson e David Gardner em 2019 para produzir documentários desportivos, o filme publicitário mostra o antigo desportista a jogar à bola com um boneco de neve num dia de inverno.

Divulgado em televisão, digital e redes sociais, o ‘spot’ promove a nova cápsula de café Peanut and Roasted Sesame, uma das edições especiais da Nespresso para o Natal de 2024, além da máquina Vertuo Creatista e da caneca Vertuo Mug, outro dos produtos que a insígnia suíça comercializa.

Enquanto saboreia a bebida, David Beckham, que é embaixador da Nespresso desde novembro de 2023, observa a paisagem pela janela e, ao aperceber-se da presença de um boneco de neve inacabado com uma expressão triste, decide inverter a situação. Depois de o finalizar, recorrendo a uma cápsula de café para lhe criar um nariz, utiliza-o como guarda-redes.

Além do anúncio da Nespresso, David Beckham também é a estrela do filme publicitário natalício da SharkNinja, que marca a estreia da marca de eletrodomésticos norte-americana nas campanhas multimeios globais. Enquanto prepara a refeição da consoada para a família, o ex-desportista vai utilizando alguns dos novos lançamentos da insígnia.

Divulgado em digital e em televisão em Espanha, França, Reino Unido, Alemanha, Itália, Escandinávia, Bélgica, Países Baixos, Luxemburgo, Médio Oriente e Estados Unidos, o anúncio é amplificado através de publicações nas redes sociais e painéis digitais em praças centrais de Nova Iorque, Los Angeles, Miami e Londres.

As receitas natalícias preferidas de David Beckham, que é o embaixador global da SharkNinja, estão disponíveis num site dedicado. Para além de aumentar a notoriedade da marca a nível internacional, a contratação do ex-futebolista e empresário inglês pretende potenciar as vendas da insígnia globalmente.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

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Digital

Amazon lança concorrente ao Temu e Shein

Os produtos comprados na Amazon Haul são entregues em uma ou duas semanas. Em Portugal, a Amazon está a disponibilizar o Rufus, assistente virtual alimentado com IA generativa, que responde a perguntas sobre produtos e apresenta recomendações

A Amazon tem uma nova experiência de compras para os consumidores dos Estados Unidos, que consiste na venda apenas de produtos que custam 20 dólares (€19) ou menos, para competir com as ofertas de retalhistas como Temu e Shein. A Amazon Haul está disponível apenas através do smartphone e apresenta-se com preços competitivos, em produtos como vestuário, eletrónica e equipamento de cozinha.

“Todos os artigos têm um preço inferior a 20 dólares (€19), sendo que a maioria tem um preço igual ou inferior a dez dólares (€9,50) e alguns artigos custam apenas um dólar (€0,95)”, segundo avança a empresa em comunicado de imprensa. Os clientes também vão poder usufruir de descontos, quando adicionam mais artigos a uma única encomenda, com 5% de desconto em encomendas de 50 dólares (€47,50) ou mais e 10% de desconto em encomendas de 75 dólares (€71,24) ou mais, à semelhança das práticas das plataformas concorrentes.

A contrapartida da nova aposta da Amazon são os prazos de entrega, diferentes dos da Amazon Prime. Em vez disso, os produtos comprados na Amazon Haul chegam a casa do consumidor, por norma, em uma ou duas semanas, à semelhança do que acontece com a Temu e outras plataformas semelhantes.

A empresa liderada por Andy Jassy salienta que os utilizadores devem gastar pelo menos 25 dólares (€23,75) para receberem o envio gratuito, mesmo que subscrevam o serviço Prime. Caso contrário, o custo de envio é de 3,99 dólares (€3,79). São, no entanto, oferecidas devoluções gratuitas em todas as compras efetuadas na Amazon Haul acima de três dólares (€2,85) dentro de 15 dias após a entrega.

Em paralelo, em Portugal, a Amazon já está a disponibilizar o Rufus, assistente virtual alimentado por inteligência artificial generativa, através da aplicação da Amazon, por enquanto apenas em versão ‘beta’ e para clientes selecionados. Este assistente de compras virtual pretende melhorar a experiência de compra online, permitindo aos utilizadores interagirem com a plataforma de maneira mais eficiente, conseguindo responder a perguntas relacionadas com produtos e apresentar recomendações.

Sobre o autorDaniel Monteiro Rahman

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Portugal conquista seis prémios nos Clio Sports Awards 2024

A campanha ‘Drawn to Equality’ (na foto), também distinguida com duas Pratas, rendeu à Dentsu Creative o único Ouro que a criatividade portuguesa trouxe da cerimónia. ‘Surfing Through the Odds’ ganhou Prata e Bronze. ‘League of All Leagues’ foi reconhecida com Bronze

A criatividade portuguesa conquistou seis prémios na edição de 2024 dos Clio Sports Awards, em Nova Iorque. A campanha ‘Drawn to Equality’, que a Dentsu Creative criou para a Visa, ganhou três galardões. Além de Ouro na subcategoria Social Good, da categoria Social Good, foi reconhecida com Prata na subcategoria Fan Engagement, da categoria Social Good, e com Prata na subcategoria Partnerships & Sponsorships, da categoria Brand x Media.

A campanha ‘Surfing Through the Odds’ da Betclic, que apresenta um documentário criado pela Coming Soon e produzido pelos Shutterstock Studios, para combater a desigualdade de género e racial através do surfe, em São Tomé e Príncipe, também recebeu dois galardões. Na subcategoria Sports Betting, da categoria Partnerships & Sponsorships, teve direito a Prata. Na subcategoria Social Good, da categoria Social Good, conquistou Bronze.

‘League of All Leagues’ rendeu à Judas o segundo Bronze que veio para Portugal. A campanha, que promove a Liga Portugal Betclic, foi distinguida na subcategoria Gameday/In-Game Experience, da categoria Use of Partner or Sponsor. ‘League of All Leagues’ também ficou em ‘shortlist’, na subcategoria Social Good, da categoria Social Good, à semelhança de ‘Bet On Her’ da FunnyHow para a Betclic, na subcategoria Public Relations, da categoria Public Relations.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

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Marcas de fabricante fazem crescer retalhistas de sortido curto

“Uma marca consistentemente inovadora e atrativa aumenta mais rapidamente o seu alcance junto dos compradores e conquista a sua preferência”, diz Pedro Pimentel, diretor-geral da Centromarca

As marcas de fabricante estão a contribuir para o crescimento do negócio dos retalhistas de sortido curto, avança um estudo da Kantar desenvolvido em parceria com a Centromarca. De acordo com a análise, a estabilização da inflação, a redução das taxas de juro e o aumento da taxa de emprego também estão a impulsionar o consumo fora de casa e os serviços de entrega ao domicílio.

“O consumo fora de casa tem vindo sempre a crescer acima do consumo para casa, nos últimos trimestres. No entanto, a percentagem do gasto que os portugueses dedicam ao consumo dentro de casa perdeu espaço, com uma diminuição de 1,2 pontos percentuais, face ao terceiro trimestre de 2023”, informa a Centromarca em comunicado de imprensa.

Além do tamanho das cestas ter diminuído, a maioria das categorias de produtos de grande consumo também regista um decréscimo em valor, nos primeiros nove meses do ano. No caso das bebidas, a redução atinge os 5%. No das limpezas caseiras, a quebra ronda os 3%. A venda de produtos de alimentação animal caiu 2%.

“No mesmo período, os números mostram também um avanço das marcas de distribuidor sobre as de fabricante, ainda que as segundas mantenham a maior quota de mercado, com 52,5% em valor. Apesar do decréscimo da quota, as marcas de fabricante contribuíram positivamente para o desempenho de alguns retalhistas de sortido curto”, refere o estudo.

Entre julho e setembro, o consumo em casa recuperou ligeiramente, com a dimensão da cesta de compras das famílias portuguesas a crescer, apesar da desaceleração da dinâmica de crescimento que as marcas próprias dos retalhistas registavam até então.

“Num contexto que se mantém desafiante, apesar dos números animadores da economia e dos mais recentes dados do mercado, as marcas continuam a ter de reforçar a relação com os consumidores, atrair novos públicos e reter compradores habituais. Uma marca consistentemente inovadora e atrativa aumenta mais rapidamente o seu alcance junto dos compradores e conquista a sua preferência”, afirma Pedro Pimentel, diretor-geral da Centromarca, citado no documento.

O estudo da Kantar mostra ainda que 66% das marcas que conquistam novos compradores registam crescimento em volume de vendas. “As marcas que não recrutaram consumidores nos últimos dois anos decresceram 14,5% em valor entre janeiro e setembro de 2024, quando comparado com o período homólogo. Já as que conquistaram novos ‘targets’ em 2023 e 2024 cresceram 14,3% no mesmo período”, refere ainda a análise.

Segundo o estudo, as marcas que angariaram mais clientes viram a fidelidade dos consumidores aumentar 57% e a taxa de repetição de compra subir 54%. “Recrutar consumidores em vários retalhistas pode ser difícil para as marcas, mas a diversificação dos locais de venda revela-se bastante vantajosa e fundamental para atingir o maior número de compradores possível”, defende Marta Santos, diretora de clientes e de análises da Kantar.

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Startup portuguesa ZeroPact quer descarbonizar ecommerce

A startup portuguesa está a lançar uma ferramenta gratuita, que permite às empresas de comércio eletrónico calcular e compensar automaticamente a pegada carbónica dos produtos, aumentando a transparência e a confiança junto dos consumidores

A ZeroPact, startup portuguesa de tecnologia focada na sustentabilidade, está a lançar uma solução alimentada por inteligência artificial que permite às marcas de comércio eletrónico integrar o cálculo e a compensação da pegada carbónica dos seus produtos, permitindo aumentar a transparência e a confiança junto dos consumidores.

A startup fundada por João Morgado, Luís Branco e João Matos ganhou o El Corte Inglés Retail Challenge, concurso de inovação no retalho que teve lugar durante a Web Summit, tendo agora a possibilidade de iniciar um teste piloto com o El Corte Inglés, reforçando a aplicabilidade da tecnologia em grandes marcas e antecipando-se às novas regulamentações do Digital Product Passport (DPP) previstas para 2027.

De acordo com o Barómetro Mastercard 2023 – Perceção da Sustentabilidade em Portugal, os consumidores portugueses estão cada vez mais atentos às práticas ambientais das marcas, sendo que 80% dos portugueses dão importância à política de sustentabilidade dos comerciantes ou fornecedores e que 52% já deixaram de comprar um produto devido à má reputação ambiental de uma marca.

“Estes números mostram a urgência das empresas em adotar práticas transparentes e alinhadas com as expectativas de um consumidor mais consciente”, sustenta João Morgado, CEO da ZeroPact, em comunicado de imprensa.

A análise da Mastercard revela ainda que 87% dos portugueses manifestam interesse em saber a pegada carbónica das suas compras, com esta percentagem a subir para 90% entre as mulheres. No entanto, apenas 15% conhecem a sua própria pegada carbónica, apesar de 74% já estarem familiarizados com o conceito.

“Este cenário evidencia uma grande oportunidade para as empresas liderarem na comunicação de sustentabilidade e oferecerem ferramentas que ajudem os consumidores a tomar decisões mais informadas e sustentáveis”, argumenta João Morgado.

De acordo com o CEO da startup, a ZeroPact tem planos de expansão para toda a Europa, focando-se em mercados europeus estratégicos devido à legislação emergente que, até 2027, obrigará as empresas a adotarem passaportes digitais de produtos e práticas de sustentabilidade mais rigorosas.

A tecnologia da ZeroPact já está disponível em vários sites portugueses, como Otherwise, Jakshoes, DCK, NAE-Vegan, 38 graus, Cool Mood Community, Arisca, Wheat&Rose, Le-mot, Mineral Fashion Store, Bordaleiras, Chulé, Pera Lima, Tribu, Cura, entre outros.

“A aplicação da tecnologia na área de sustentabilidade permite fornecer aos clientes informações claras e precisas sobre a pegada de carbono dos produtos que adquirem. Além disso, pode criar um modelo replicável para o setor como um todo, impulsionando uma transformação mais ampla em direção à sustentabilidade”, enfatiza Vasco Marques Pinto, gestor de relações externas do El Corte Inglés.

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