“A inovação tem sido o mote de vários projetos de ativação da Samsung”
Dois anos consecutivos em que a Samsung vê um projeto ser eleito o melhor do Clube de Criativos de Portugal. Depois de O Ídolo, em 2021, seguiu-se agora Tens-me na […]
Rui Oliveira Marques
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Dois anos consecutivos em que a Samsung vê um projeto ser eleito o melhor do Clube de Criativos de Portugal. Depois de O Ídolo, em 2021, seguiu-se agora Tens-me na Mão, com David Bruno. Ana Oliveira explica a linha condutora de uma estratégia que teve agora um novo passo: um concerto com um holograma de António Variações
A edição de 2022 do festival do Clube de Criativos consagrou o projeto Tens-me na Mão, da Uzina para a Samsung, como o melhor a concurso este ano, conquistando o Grande Prémio CCP e o Grande Prémio Jornalistas. Tens-me na Mão é o nome do álbum de David Bruno que dá a conhecer as principais funcionalidades dos telemóveis Samsung Galaxy. Os videoclipes das músicas foram lançados nas plataformas sociais da marca e na página da campanha. Com produção da Playground, os vídeos têm realização de Filipe Penajóia. O álbum completo do artista que se popularizou com o tema Inatel ficou disponível no Spotify. Em entrevista, Ana Oliveira, head of marketing & retail da área de mobile da Samsung Portugal, analisa o percurso criativo mais recente da marca.
Meios & Publicidade (M&P): Na mesma semana em que a Samsung apresentava um concerto com um holograma de António Variações, a marca vencia o grande prémio no festival do Clube de Criativos com Tens-me na Mão, sendo o melhor trabalho a concurso. Comecemos pelo concerto. De que forma um concerto dedicado a António Variações está alinhado com a estratégia comercial da marca? Que tecnologia é que queriam dar a conhecer?
Ana Oliveira (AO): A estratégia da Samsung tem sido, e continuará a ser, criar conteúdos inovadores e proporcionar experiências diferenciadoras aos consumidores. Com base nessa premissa, temos vindo a criar campanhas de comunicação “fora da caixa” que, apesar de terem um valor aspiracional, também contribuem para posicionar a Samsung e os vários produtos que introduzimos no mercado. Foi precisamente isto que aconteceu com o concerto Há Uma Noite P’ra Passar. Lançámos em fevereiro o Galaxy S22 e quisemos criar uma campanha que colocasse à prova uma das suas principais características – o sistema Nightography. O Nightography alia poderosos sensores de imagem à grande capacidade de processamento de inteligência artificial, permitindo captar vídeos e fotos mais nítidos e vívidos, quer com a câmara frontal quer com as câmaras traseiras – seja qual for o ambiente e luminosidade. Isto permite a qualquer pessoa, dos profissionais aos meros curiosos, a captação de imagem e vídeo de ótima qualidade. Como o sistema Nightography permite ver elementos no escuro que nunca tínhamos visto antes, chegámos ao conceito de voltar a ver o icónico artista português, António Variações. A única forma de o trazer novamente ao palco foi através de um holograma. Este é o primeiro holograma de um cantor português e o ambiente perfeito para ser captado em baixa luminosidade com recurso aos nossos smartphones Samsung Galaxy S22. O grande teste à tecnologia Nightography foi feito pelo próprio público que filmou o concerto com o Galaxy S22. As imagens recolhidas resultarão num filme-concerto, que estará disponível brevemente.
M&P: Como é que foi ou será dado a conhecer a um público mais vasto?
AO: O concerto no Capitólio foi a primeira parte do projeto porque, na realidade, o verdadeiro teste às capacidades do sistema Nightography será feito agora com o filme-concerto que vai imortalizar o espetáculo do Capitólio, que, por sinal, foi fantástico. Desafiámos dez pessoas do público a filmarem o concerto com o nosso Galaxy S22. Estas imagens serão recolhidas e editadas, resultando naquele que será o filme-concerto de Há Uma Noite P’ra Passar. Este poderá depois ser visto na íntegra nas redes sociais da Samsung e na página da campanha.
M&P: Que elementos é que considera que Tens-me na Mão, protagonizado pelo músico David Bruno, tem de diferenciador para ter sido considerado o mais criativo no festival do CCP?
AO: A campanha com o David Bruno surge de uma necessidade que a Samsung tinha de dar a conhecer ao consumidor, de uma forma original e criativa, todo o ecossistema Galaxy e algumas das suas principais funcionalidades. Lançámos, nesse sentido, o desafio ao David Bruno de criar o primeiro álbum de música com tutoriais. E assim nasceu o Tens-me na Mão, o álbum de tutoriais que contou com cinco músicas e cinco videoclipes. Cada música é inspirada numa funcionalidade Samsung: seja na perspetiva do homem que quer tudo à sua maneira e usa a aplicação Samsung SmartThings na música Regula-me o Termostato, na balada romântica Contigo na Retina para o Samsung DeX ou nos ritmos latinos de Trocar Sem Encostar, que contam a funcionalidade Samsung Quick Share. As letras, as músicas e os videoclipes transportaram-nos para uma campanha assente num conceito ímpar no panorama nacional. Explicar todo o potencial do ecossistema Galaxy pela voz e sonoridade de um músico português tão original como as nossas inovações foi, sem dúvida, uma campanha digna de prémio.
M&P: Também em 2021 o Grande Prémio CCP e o Grande Prémio dos Jornalistas tinha sido conquistado pela Samsung e pela Uzina, dessa vez com o projeto O Ídolo, um filme com argumento de Fernando Pessoa. Tratam-se de projetos estruturantes na comunicação da Samsung junto dos consumidores portugueses?
AO: Sem dúvida que estamos a falar de projetos estruturantes na nossa comunicação com os portugueses. Na Samsung, gostamos de desafiar as barreiras da criatividade, trazendo às pessoas experiências cada vez mais personalizadas e que enriquecem as suas vidas. Ano após ano temos vindo a mostrar a nossa capacidade de responder ao que os utilizadores procuram, apresentando um vasto portfólio de produtos que se adequam a diferentes perfis de consumo e utilização. Temos vindo a cultivar uma relação de confiança e proximidade junto dos nossos utilizadores. A confiança é um atributo que todas as marcas se esforçam para alcançar. No caso da Samsung, celebramos em 2022 os 40 anos em Portugal, sendo uma marca já muito querida pelos portugueses e isso acaba por se refletir nas escolhas que os consumidores fazem no momento da compra.
M&P: Como é que conseguiram criar uma relação com a Uzina que permite criar projetos inovadores?
AO: A inovação tem sido o mote de vários projetos de ativação Samsung, e a ligação à portugalidade uma preocupação neste caminho. Com a Uzina temos trabalhado em projetos como O Ídolo, em 2021, e o projeto Tens-me na Mão, em parceria com o David Bruno, que têm dado o mote à construção de projetos diferenciadores e que nos ligam ao consumidor português.
M&P: Projetos como os desenvolvidos em torno de António Variações, David Bruno ou Fernando Pessoa foram caros de implementar?
AO: Pelo nível de criatividade e pela complexidade de implementação e envolvimento de cada um dos projetos, certamente que há um investimento significativo por parte da Samsung. Mas estas campanhas refletem uma comunicação essencialmente focada nas pessoas, nos nossos utilizadores e naquilo que eles procuram nos nossos equipamentos. Campanhas locais que motivem as pessoas para que também elas desafiem os seus limites, um sentimento de empowerment.
M&P: Sendo a Samsung uma multinacional, que autonomia tem para desenvolver projetos de âmbito local? Que “regras” é que tem de cumprir de forma a garantir o alinhamento da comunicação da marca?
AO: Há obviamente orientações internacionais que temos de seguir, e que variam de acordo com a área de negócio e o produto em questão, mas temos alguma liberdade para comunicar localmente, tal como todas as subsidiárias. No nosso país, temos apostado precisamente no eixo da portugalidade, procurando promover experiências através dos nossos dispositivos, um sentido aspiracional de posicionamento dos produtos que introduzimos no mercado. A ativação de mensagens com as quais os nossos públicos se identifiquem é para nós um elemento chave. Também é um desafio para nós, enquanto marca, trazer ano após ano campanhas únicas e diferenciadoras para Portugal. Algo que só uma marca com um longo histórico de presença em Portugal é capaz de proporcionar.
M&P: Se é certo que os festivais têm reconhecido o trabalho da Uzina para a Samsung, como é que têm corrido as vendas da Samsung em Portugal? Que posição ocupam no mercado nacional?
AO: No que respeita ao segmento mobile, a nossa prioridade é manter a liderança de mercado ao reforçar o nosso posicionamento, no sentido de ganhar quota de mercado. Para isso, estamos a reforçar o segmento premium também através de ativações de produto que nos ajudam a comunicar as mais valias e elementos diferenciadores da nossa tecnologia. Além disso, estamos a explorar novas formas de comunicar os nossos produtos no ponto de venda, procurando mostrar aos utilizadores a experiência do nosso ecossistema que transcende o mero smartphone. No bolso, os nossos utilizadores querem ter um hub para toda a sua vida, tendo muitos deles os nossos smartphones como principal dispositivo de ligação ao mundo digital. Com este conceito promovemos a interligação entre smartphones, wearables, ou até televisões e eletrodomésticos Samsung de uma forma simples e intuitiva. Algo que é já uma imagem de marca das nossas soluções integradas com uma abrangência que é, ela própria, uma oportunidade de crescimento.