Publicidade inclusiva é positiva para lucros, vendas e valor das marcas, diz estudo global
A expressão ‘Go woke, go broke’, criada por grupos de direita como um aviso às marcas (na foto), não coincide com a realidade. Uma análise a 392 marcas em 58 países indica que a publicidade inclusiva representa um aumento de quase 3,5% nas vendas das marcas a curto prazo e de 16% no longo prazo
Daniel Monteiro Rahman
Um terço dos portugueses está a gastar mais em compras online
José Guerreiro reforça departamento criativo da Lisbon Project
Perplexity já permite fazer compras
Cristina Ferreira trava execução de sentença de primeira instância da SIC
BA&N faz parceria com consultora SEC Newgate
António Zambujo é o embaixador dos vinhos da Vidigueira
ERA recorre ao humor para atrair gerações Y e Z (com vídeo)
“Cream é não provar” as novas Amarguinhas Creme
McDonald’s escolhe Wandson Lisboa para campanha de Natal (com vídeos)
Natal da Coca-Cola divide opiniões (com vídeos)
Uma nova investigação sobre a indústria da publicidade promovida pela Unstereotype Alliance, iniciativa empresarial convocada pela ONU Mulheres, sugere que ‘Go woke, go broke’, expressão criada por grupos de direita como um aviso às marcas, não coincide com a realidade. De facto, segundo a análise, campanhas publicitárias mais inclusivas têm um impacto positivo nos lucros, nas vendas e no valor da marca. Até mesmo tentativas pouco convincentes de adesão a valores mais tolerantes podem conferir uma vantagem a um produto.
Com base na análise de 392 marcas em 58 países, a investigação revela que a publicidade inclusiva representa um aumento de quase 3,5% nas vendas a curto prazo e um aumento de mais de 16% a longo prazo, para uma marca ou anunciante. O estudo salienta ainda que a publicidade inclusiva persuade 62% dos consumidores a escolher um produto e torna 15% dos clientes mais fiéis.
O estudo global foi conduzido por investigadores da Saïd Business School da Universidade de Oxford, com base em dados recolhidos por um grupo de empresas, entre as quais a Diageo, a Kantar e a Unilever, em colaboração com o Geena Davis Institute, criado pela atriz e ativista norte-americana para estudar a questão do género nos meios de comunicação social. O estudo abrange diferentes categorias de produtos, como produtos de confeitaria, aperitivos, cuidados pessoais, beleza, alimentação e cuidados para animais de estimação, bebidas alcoólicas, produtos de saúde e produtos para o lar.
“A ideia de que os conteúdos publicitários inclusivos podem prejudicar comercialmente uma empresa limitou o progresso durante demasiado tempo”, sustenta Sara Denby, diretora do secretariado da Unstereotype Alliance na ONU Mulheres, citada no The Guardian. “A afirmação é consistentemente infundada – mas precisávamos de fornecer provas do contrário. Estes dados irrefutáveis devem tranquilizar qualquer empresa e encorajar as marcas a renovar o seu compromisso com a inclusão sob todas as formas, não só para beneficiar as comunidades que servem, mas também para impulsionar o crescimento e prosperar financeiramente”, acrescenta.