Plataformas de pesquisa com IA estão a mudar a forma como as marcas são retratadas online
Perplexity, ChatGPT, Gemini e Claude, entre outros, estão a levar os profissionais de marketing a repensar a presença online das marcas. A Perplexity é o destino de pesquisa mais favorável para as marcas, ao contrário do Claude que é o pior nesta matéria

Daniel Monteiro Rahman
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A Perplexity é a plataforma de pesquisa baseada em inteligência artificial (IA) com maior probabilidade de apresentar uma marca de forma positiva nos seus resultados, enquanto o Claude da Anthropic é a que tem maior probabilidade de apresentar resultados que criticam uma marca, de acordo com um estudo da BrandRank.AI, empresa de pesquisa e desenvolvimento científico, que analisa sistemas de IA generativa.
O panorama das pesquisas feitas através da IA tem acelerado desde o início de 2024, exigindo que os ‘marketers’ monitorizem a forma como as plataformas, desde o ChatGPT da OpenAI ao Gemini da Google, fornecem informações sobre as marcas e como o novo paradigma difere da pesquisa tradicional. “As mudanças que estas plataformas estão a introduzir na visibilidade da marca vão causar dores de cabeça às marcas”, declara Pete Blackshaw, fundador e CEO da BrandRank.AI, à Ad Age.
O grau em que um modelo de linguagem de larga escala apresenta uma marca de forma favorável é um dos principais fatores que os profissionais de marketing ponderam ao analisar as diferentes plataformas. Segundo a análise da BrandRank.AI, a Perplexity é o destino de pesquisa mais favorável, dado que a plataforma utiliza as descrições das próprias marcas, das páginas web e de outros materiais de imprensa, atribuindo-lhes valor e disponibilizando-as aos utilizadores que as solicitem.
O Claude da Anthropic, pelo contrário, é a plataforma menos favorável, ao dar prioridade à informação e às recomendações de produtos, mesmo que esses dados sejam depreciativos para uma marca. Em resposta à pergunta “fale-me sobre a Coca-Cola”, por exemplo, o Claude inclui detalhes como: “enfrenta críticas constantes sobre a poluição do plástico e a utilização da água” e “o consumo substancial de água na produção da bebida tem levado a conflitos em algumas regiões”.
Por outro lado, em resposta a uma pergunta semelhante, a Perplexity dedica uma secção inteira aos esforços de sustentabilidade da Coca-Cola, incluindo dados sobre a diminuição das emissões, compromissos de reciclagem e referências a outras prioridades de sustentabilidade. Os resultados da Perplexity também não incluem menções a críticas à marca. De acordo com a análise da BrandRank.AI, a Coca-Cola é caracterizada de forma relativamente favorável em várias plataformas.
O Grok, que pertence a Elon Musk e está incorporado no X, adota uma postura semelhante à do Claude relativamente às marcas. Este modelo também recolhe informações da internet a partir de publicações no X e de ‘tweets’ antigos. Para as marcas, este facto pode ser vantajoso se realçar iniciativas positivas atuais, mas prejudicial se revelar controvérsias recentes. “A utilização de ‘tweets’ como fonte de informação também faz com que os resultados do Grok não sejam fiáveis, devido à falta de verificação das fontes”, explica Pete Blackshaw.
O ChatGPT tem o maior potencial como plataforma de pesquisa por ter um público mais vasto, em comparação com outras, e beneficia de um forte reconhecimento da marca por ter sido pioneiro, revela Pete Blackshaw. O ChatGPT tem também um comportamento relativamente favorável em relação às marcas, representando-as de forma positiva quando descreve tópicos como a confiança do consumidor, a sustentabilidade e o serviço de apoio ao cliente.
O Llama da Meta tem, por sua vez, um desempenho semelhante ao do ChatGPT na forma como retrata as marcas. De acordo com o estudo da BrandRank.AI, o Gemini, sistema de IA da Google, é menos favorável ao retratar as marcas do que o Llama e o ChatGPT. O Gemini raramente apresenta uma marca de forma mais positiva em qualquer um dos critérios medidos pela BrandRank.AI, apesar de não ser tão crítico como o Claude da Anthropic.