Cristina Ferreira sobre indemnização de 20 milhões: “Não tem qualquer fundamento ou base contratual”
Ljubomir Stanisic, que trocou a TVI pela SIC, também já admitiu: “Sim, vão processar-me”
Rui Oliveira Marques
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A SIC pretende ser indemnizada em 20.202.501,21 euros por considerar que Cristina Ferreira incumpriu, de forma unilateral, o contrato que estava em vigor entre a apresentadora e a estação da Impresa, e que seria válido até Dezembro de 2022. De acordo com o Correio da Manhã, a estação de Paço de Arcos dá 15 dias à apresentadora para pagar, após a recepção da carta enviada a Cristina Ferreira esta terça-feira. Caso o pagamento não seja efectuado, a SIC avançará para tribunal. A apresentadora já confirmou o pedido de indemnização.
Os 20 milhões de indemnização têm por base a quebra “unilateral” de contrato, acrescendo a perda de receitas em IVR (concursos com chamadas de valor acrescentado), publicidade, patrocínios e acções comerciais. No entanto, Cristina Ferreira reagiu, em comunicado, para dizer que a “referida quantia não tem qualquer fundamento ou base contratual, pelo que refuto em absoluto a pretensão daquela entidade, estando disposta a assegurar e defender os meus interesses até às últimas instâncias”. Numa curta declaração, Cristina Ferreira não deixa de ironizar ao destacar: “Não posso deixar de registar a minha surpresa pela posição agora assumida por uma estação que tem assente a sua comunicação numa estratégia de funcionamento em equipa e liderança de audiências, nunca assente numa só pessoa.”
Já a 17 de Julho, quando foi conhecida a saída da apresentadora para a TVI, a SIC declarava que “reservava todos os seus direitos em face desta situação”. “Cristina Ferreira decidiu cessar unilateralmente a sua ligação à SIC, colocando termo ao contrato que a vinculava até 30 de Novembro de 2022. A SIC lamenta a decisão abrupta e surpreendente, mas apesar da desilusão, quer agradecer o trabalho de Cristina Ferreira desenvolvido ao longo deste curto mas intenso período”, referia então a estação de Paço de Arcos.
TVI fala em activar “mecanismos legais” a propósito de Ljubomir
Já na semana passada, quando foi conhecido que Ljubomir Stanisic tinha rescindido com a TVI para ir para a SIC, a estação de Queluz usou argumentos semelhantes aos da SIC. “Ljubomir tinha um contrato de trabalho em vigor até ao final do ano, ao qual acrescia um valor dedicado pela produção dos seus programas. Tendo o chef rescindido de forma unilateral, reserva-se agora a TVI o direito de activar mecanismos legais que a salvaguardem, bem como aos anunciantes com quem havia compromissos assumidos no âmbitos dos projectos que envolviam Ljubomir Stanisic”, referiu a TVI. Segundo a estação da Media Capital, “decorriam negociações entre as partes para a renovação do acordo global por mais dois anos. A TVI fez uma oferta e uma contra-oferta, dentro de valores considerados ajustados”. “No início de 2020, Stanisic estabelecera já um novo contrato, em condições muito favoráveis e invulgares no mercado, para a produção de uma nova temporada de Pesadelo na Cozinha. Por razões de saúde, um problema sério num joelho, e devido à pandemia, não foi possível concretizar a produção, o que deveria suceder agora, com data marcada para 15 de Setembro, dentro do espírito de boa fé e do contratualmente definido entre as partes”, apontou a TVI.
O próprio chef admitiu ao DN: “Sim, vão processar-me”. “Nunca rompi nenhum contrato na minha vida. Acabei por o fazer agora, mas porque assim que disse que ia para a SIC, sair hoje ou no final do ano era indiferente”, reforçou.
Notícia actualizada com declarações de Cristina Ferreira