Está na hora de largar os receios e de aproveitar o que de bom a tecnologia tem para oferecer. Em 2025, o marketing e a inteligência artificial (IA) irão cada vez mais andar de mãos dadas e transformar a forma como as empresas de tecnologia interagem com os clientes, mas também como criam fidelidade à marca e impulsionam o crescimento do negócio.

Acredito que à medida que as ferramentas impulsionadas pela IA se tornam mais sofisticadas, o marketing irá além da automatização, proporcionando experiências preditivas, hiperpersonalizadas e imersivas.
E como não há melhor estratégia do que antecipar-se, partilho cinco tendências-chave que, a meu ver, irão moldar o futuro do marketing e às quais os líderes tecnológicos devem estar atentos.

A personalização tradicional – como usar o nome de um cliente num email – já não é suficiente. A IA permite agora que as marcas ofereçam experiências hiperpersonalizadas baseadas em comportamento em tempo real, análises preditivas e modelos de ‘deep learning’.
O marketing impulsionado por IA permitirá que as empresas de tecnologia antecipem as necessidades dos clientes, criando conteúdos, recomendações de produtos e experiências personalizadas.

Por isso, se quer apostar na hiperpersonalização, invista em motores de recomendação com recurso a IA que disponibilizem conteúdos dinâmicos com base no comportamento do utilizador, utilize análises preditivas para antecipar as suas necessidades e recorra a mensagens baseadas em comportamento em tempo real.

Outra tendência que prevejo: com a fusão entre a IA e as tecnologias de realidade estendida (RE) – como a realidade aumentada (RA) e a realidade virtual (RV) –, o futuro do marketing será imersivo.
As empresas de tecnologia utilizarão ‘showrooms’ virtuais gerados por IA, gémeos digitais e demonstrações de IA de produtos, para envolver os clientes de forma imersiva. Este cenário é particularmente relevante para os fornecedores de tecnologia B2B que, por exemplo, ao usarem a RA com IA para visualizações de produtos, permitem que os clientes interajam com os mesmos antes de os adquirirem.

Mas há mais. Na verdade, em 2025, as ferramentas de IA personalizadas para geração de ‘leads’ revolucionarão a forma como as empresas de tecnologia identificam, envolvem e convertem potenciais clientes.
Os métodos tradicionais, como os formulários estáticos, os contactos manuais e os modelos básicos de pontuação, serão substituídos por soluções personalizadas baseadas em IA, que preveem a intenção de compra, personalizam abordagens e automatizam o envolvimento em larga escala.

Também a era dos anúncios estáticos e genéricos está a desaparecer. Os clientes esperam agora experiências dinâmicas e personalizadas, adaptadas aos seus interesses, preferências e até estados de humor.
E é aqui que a IA generativa pode dar o seu contributo. Enquanto a criação tradicional de anúncios exige equipamentos dispendiosos, recursos e pós-produção, a IA automatiza grande parte do processo, gerando visuais realistas, narrativas e até elementos de ‘storytelling’ personalizados. Ou seja, menos custos.

As vantagens não ficam por aqui: melhora a hiperpersonalização, permitindo que as marcas criem múltiplas variações de anúncios adaptados a diferentes demografias, idiomas e preferências dos consumidores. Além disso, ao funcionar com as tecnologias emergentes como RA e RV, cria experiências imersivas.

Por último, mas não menos importante, durante o processo, as marcas que estabelecerem diretrizes claras para o uso ético da IA, garantirem a conformidade com a privacidade de dados e criarem experiências confiáveis baseadas na tecnologia terão uma vantagem competitiva. Os profissionais de marketing devem, portanto, comunicar proativamente como a IA é usada nas interações com os clientes e dar aos utilizadores controlo sobre os seus dados.

Em bom resumo, acredito que a IA não só irá otimizar as estratégias de marketing, como também irá redefinir a área. As empresas que aproveitarem o seu potencial irão liderar a próxima era do ‘engagement’ digital. As cartas estão lançadas!