Jornalistas que façam conteúdos patrocinados podem ficar sem carteira profissional
A Comissão da Carteira Profissional de Jornalista (CCPJ) alerta que “muitos jornalistas” com carteira profissional estão a ser alvo de “pressão” para produzir conteúdos patrocinados

Rui Oliveira Marques
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A Comissão da Carteira Profissional de Jornalista (CCPJ) alerta que “muitos jornalistas” com carteira profissional estão a ser alvo de “pressão” para produzir conteúdos patrocinados na forma de notícias, reportagens, entrevistas e outros géneros jornalísticos.
O jornalismo patrocinado, que corresponde a trabalho que é executado em troca de um patrocínio comercial ou de qualquer outra forma de pagamento, é expressamente proibido pelo Estatuto do Jornalista, relembra a CCPJ. Aliás, o jornalista que se prove ter participado na concepção ou apresentação de conteúdos patrocinados para um meio de comunicação social está sujeito a uma coima entre 200 e cinco mil euros. Por ser considerada uma infracção grave, pode levar à suspensão da carteira profissional, mesmo que o jornalista em causa não tenha recebido qualquer contrapartida directa por isso.
Daí que a CCPJ destaque que os conteúdos patrocinados nos meios de comunicação social devem ser devidamente assinalados como publicidade ou actividade comercial e não podem ser realizados por jornalistas. “Apesar de reconhecer que estes conteúdos são uma fonte de receita para as empresas, eles devem estar perfeitamente identificados como publicidade ou conteúdo patrocinado, e não disfarçados com fórmulas dúbias que confundam os leitores, ouvintes ou espectadores. E não podem ser feitos por jornalistas”, destaca a mesma entidade.