Mercado publicitário em Portugal deve crescer acima dos valores pré pandémicos pela primeira vez este ano
Os investimentos publicitários em Portugal devem ficar nos 6,7% este ano, pela primeira vez, acima dos valores pré pandémicos, que foram de 5,1%. Os dados são do GroupM, que cita […]
Sandra Xavier
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Os investimentos publicitários em Portugal devem ficar nos 6,7% este ano, pela primeira vez, acima dos valores pré pandémicos, que foram de 5,1%. Os dados são do GroupM, que cita o relatório This Year Next Year (TYNY).
Em termos globais, a previsão de crescimento dos investimentos publicitários é de 5,9% este ano – cerca de 874,5 mil milhões de dólares, – e de 6% em 2024, ligeiramente abaixo da inflação do FMI, que deve fixar-se em 7%.
O relatório TYNY, que faz uma previsão do meio do ano, explora a forma como os fatores externos, que abrangem a tecnologia, a cultura, o governo e a economia, terão impacto na publicidade nos próximos meses e anos.
O Top 10 dos principais mercados apresenta este ano um crescimento de 5,1% nos: Estados Unidos, de 7,9% na China,de 4,8% no Japão e também no Reino Unido, de 6% na Alemanha, de 4,2% em França, de 5% no Canadá, de 6,6% no Brasil, de 12% na Índia e de 0,2% na Austrália.
Para França, e tendo em conta a realização dos Jogos Olímpicos, estima-se um crescimento de 9,7% em 2024.
O estudo revela que as receitas digitais de publicidade -s earch, non-search e retail- continuam a crescer (8,4%), representando 68,8% do total do investimento publicitário, com especial destaque para Google, Facebook, TikTok, Amazon e Alibaba.
O relatório estima ainda que, em 2028, o digital possa representar 74,4% dos investimentos totais, o que revela que há uma desaceleração do crescimento devido à maturidade que o setor está a atingir.
A pesquisa indica também que, apesar de a Inteligência Artificial (IA) estar em todo o lado e de ainda ser difícil medir o seu impacto, irá influenciar positivamente o crescimento dos investimentos publicitários, com a produção de mais conteúdos.
Os meios de comunicação de retalho são o terceiro canal de publicidade com maior crescimento em 2023 – atrás do Out Of Home – OOH – digital e da Connected TV – CTV -, prevendo-se que seja de 9,9%, atingindo 125,7 mil milhões de dólares. Antecipa-se que ultrapassem as receitas da televisão (incluindo CTV) em 2028.
Relativamente à televisão, espera-se que as receitas globais da televisão tradicional registem um declínio de 1,2%, excluindo a publicidade política nos EUA.
O relatório TYNY revela ainda que a adoção da TV inteligente, entre consumidores e anunciantes, está a crescer rapidamente, acrescentando 10,4% em receitas publicitárias entre 2023 e 2028, numa base anual composta, e com uma receita estimada de 42,5 mil milhões de dólares em 2028. Os gastos dos consumidores com vídeo on demand (SVOD) representam entre um quinto e um terço dos gastos totais com vídeo nos principais mercados, deixando muito espaço para os provedores de streaming aumentarem as assinaturas.
No caso do áudio global, prevê-se que diminua 0,3% em 2023 e que continue estável nos próximos cinco anos. O relatório não antecipa que o áudio recupere os níveis de receitas anteriores à pandemia, apesar do crescimento contínuo do áudio digital, que se estima que aumente as receitas em 10,9% em 2023, atingindo 9,9 mil milhões de dólares em 2028 – uma taxa de crescimento anual de 6,9% em cinco anos. As extensões digitais de áudio, incluindo formatos digitais em estações de rádio tradicionais e plataformas digitais como o Spotify, continuam a aumentar a sua quota de receitas. E a estimativa é de que o digital represente 36,5% do total do áudio até 2028.
Já o investimento em publicidade em jornais e revistas continua a diminuir, apesar do crescimento das extensões digitais, que representarão metade das receitas totais da impressão em 2028. Em 2022, o setor da impressão diminuiu 2,9% face a 2021 – ano em que se registou um crescimento atípico- e prevê-se que em 2023 diminua mais 4,8%.
O estudo conclui ainda que as revistas estão a sofrer declínios mais acentuados e representam pouco mais de um terço das receitas totais da impressão.
No que se refere ao Out Of Home, o relatório refere que conseguiu superar os níveis de receita de 2019 um ano mais cedo do que era estimado na previsão de dezembro de 2022, mas apenas por 11,8 milhões de dólares. O crescimento em 2023, incluindo OOH tradicional e digital, prevê-se que seja na ordem de 12,7%, impulsionado por uma recuperação na China, que adicionará 39,7% em 2023 após uma queda de 40,4% em 2022.