“Tempo de trabalho e serenidade” diz Vítor Coutinho, novo CEO da Global Media
A Global Media anunciou ontem a abertura de um processo de despedimento coletivo que envolve 17 trabalhadores do grupo, dos quais 7 jornalistas. A direção também foi dispensada, mas, como […]
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A Global Media anunciou ontem a abertura de um processo de despedimento coletivo que envolve 17 trabalhadores do grupo, dos quais 7 jornalistas. A direção também foi dispensada, mas, como ainda está no período experimental, não entra neste processo. Contactado pelo Meios & Publicidade, Vítor Coutinho, o novo CEO do grupo afirma que “esta é uma decisão que tinha que ser tomada tendo em consideração as dificuldades económicas em que o grupo se encontra”. E adianta “a gestão anterior optou por um projeto demasiado ambicioso que implicou um aumento da estrutura de custos na ordem dos 2,3 milhões de euros anuais para grupo. Aliás, foi este aumento enorme da estrutura de custos que originou a rutura de tesouraria com consequente falta de pagamento de ordenados a partir do final do mês de novembro”.
Ainda segundo Vítor Coutinho, “independentemente do mérito das pessoas contratadas, para além da empresa não ter sustentabilidade económica, os ordenados dos novos jornalistas e colaboradores são em média muito superiores aos ordenados dos jornalistas que estavam na redação, gerando uma situação de injustiça e mau estar impossível de resolver”. Por outro lado, sublinha que a escolha das pessoas envolvidas no processo de despedimento coletivo só esteve relacionada com os seus custos para a empresa e com “o facto de terem sido as contratações mais recentes, como ditam as regras de boa gestão”.
Quanto ao futuro e sobre o que fazer com uma redação tão curta – agora com 35 jornalistas – Vítor Coutinho explica: “vamos, em conjunto com a atual equipa, pensar no que vamos conseguir fazer para ter um projeto financeiramente sustentável, como avaliar a aposta num segmento mais específico ou numa área mais especifica onde possamos fazer a diferença”. E assegura, “mas qualquer que seja o projeto, será debatido entre a administração e a redação de forma a inaugurarmos um tempo de seriedade e trabalho sem estas constantes tempestades a que todos estiveram sujeitos nos últimos tempos”.
O gestor acrescenta que os jornalistas envolvidos no processo de despedimento coletivo ficam por mais 45 dias e que já foi iniciado o processo de procura de um novo diretor para jornal, que está a ser dirigido interinamente por Bruno Contreiras Mateus.
Vítor Coutinho põe totalmente de parte as sinergias entre as redações dos restantes órgãos de comunicação social do ainda grupo Global Media, nomeadamente o Jornal de Notícias e a TSF, mas não descarta a continuidade e implementação de serviços partilhados nas áreas de apoio ao editorial, como comercial, recursos humanos, e outras áreas mais técnicas.
O CEO do Grupo adianta que a prioridade é também olhar para a área comercial e eventos da qual é responsável o administrador Rui Rodrigues, um gestor com experiência na área comercial dos media e sócio da Spectacolor, a empresa que gera a publicidade das caixas multibanco. E, como não poderia deixar de ser, a aposta no digital. Recorde-se que a pelouro da área editorial, está a cargo de Diogo Queiroz de Andrade, gestor que fez a sua carreira no jornal digital ‘Observador’.
Quanto à divida da empresa, que não é pública, mas que o Expresso afirma ser de 7,3 milhões, Vítor Coutinho, afirma que esta está controlada, com um plano de pagamentos previsto, acrescentando que estão em curso negociações para resolver os vários aspetos pendentes nomeadamente dívidas a fornecedores.