António Salvador (GfK)
Audiências TV levam PJ a fazer buscas na GfK
Em junho do ano passado a Procuradoria-Geral da República confirmou que tinha recebido uma denúncia sobre a alegada adulteração de audiências televisivas, que foi remetida ao DIAP
Rui Oliveira Marques
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A Polícia Judiciária efetuou buscas por suspeita de adulteração dos resultados das audiências de televisão com consequência no mercado publicitário.
Em junho do ano passado a Procuradoria-Geral da República (PGR) confirmou à Lusa que tinha recebido uma denúncia sobre a alegada adulteração de audiências televisivas, que foi remetida ao Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP), “onde deu origem a um inquérito”.
Nessa altura, garantia o jornal Tal & Qual, o DIAP estaria a investigar uma alegada “adulteração de audiências televisivas a favor da SIC”. A Impresa negou a acusação. “É absolutamente falsa, de má-fé e lesiva a acusação que o Tal & Qual e a TVI tentam fazer passar de concertação entre SIC e a empresa que mede as audiências para a CAEM, a GfK”, reagiu, em comunicado, a estação de Paço de Arcos.
A estação de Queluz tinha, entretanto, manifestado publicamente as suas reservas relativamente ao sistema de medição de audiências, referindo ter identificado “discrepâncias” quando se comparam os resultados divulgados pela GfK/CAEM com os dados de que dispõem os operadores de televisão a partir das suas boxes e com a repercussão dos programas nas plataformas digitais.
PJ pediu audiências à Meo, NOS e Vodafone
Semanas depois, em julho 2022, o semanário Nascer do Sol garantia que a PJ tinha pedido às três operadoras de telecomunicações Meo, NOS e Vodafone dados sobre as audiências dos canais, obtidas através das suas boxs, para comparar com os dados medidos pela GfK.
A GfK assegura os serviços de audimetria desde 2012, tendo saído vencedora no final de 2020 do processo de consulta internacional lançado pela CAEM (Comissão de Análise de Estudos de Meios) para a medição de audiências de televisão em Portugal. O concurso foi disputado, além da incumbente, pela Marktest, Nielsen e Kantar Media. Desta forma, o contrato foi renovado a 1 de Janeiro de 2021, por cinco anos. Na CAEM têm assento os anunciantes, meios e agências de publicidade e de meios.
Também em junho do ano passado a CAEM reagiu às notícias sobre alegadas adulterações de audiências, assegurando que “repudia, em absoluto, a presente tentativa de descredibilizar de forma infundada o sistema de medição de audiências televisivas”. “A CAEM sempre envolveu e prestou os devidos esclarecimentos aos seus associados, incluindo todos os operadores de televisão, acerca de todas as questões relacionadas com este tema”, assegura a entidade, reiterando “a sua confiança na idoneidade e credibilidade do sistema de medição de audiências em vigor e na importância de reforçar a sua estabilidade”, referiu a entidade em comunicado.