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A verdade da mentira

‘The First Speech’ (na foto), da Innocean Berlin para os Repórteres Sem Fronteira, é a campanha que o brasileiro Rodrigo Cardoso, diretor criativo da McCann Lisboa, gostaria de ter feito, ao passo que ‘O Que Travou Chuck Norris’, da Artplan para a TIM Brasil, é a que mais se orgulha de ter cocriado

Luis Batista Gonçalves
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A verdade da mentira

‘The First Speech’ (na foto), da Innocean Berlin para os Repórteres Sem Fronteira, é a campanha que o brasileiro Rodrigo Cardoso, diretor criativo da McCann Lisboa, gostaria de ter feito, ao passo que ‘O Que Travou Chuck Norris’, da Artplan para a TIM Brasil, é a que mais se orgulha de ter cocriado

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As contradições entre o que os líderes Vladimir Putin (Rússia), Recep Tayyip Erdogan (Turquia) e Nicolás Maduro (Venezuela) afirmam nos discursos, e as decisões políticas que depois tomam, são exploradas nos três filmes de ‘The First Speech’, campanha que a Innocean Berlin concebeu para a filial alemã dos Repórteres Sem Fronteiras (RSF) e que Rodrigo Cardoso, diretor criativo da McCann Lisboa, gostaria de ter feito, como revela em Como É Que Não Me Lembrei Disto?, rubrica do M&P.

A campanha de que mais se orgulha tem como protagonista o ator norte-americano Chuck Norris, que cedeu o rancho onde reside, no Texas, para a gravação de um anúncio da operadora de telecomunicações italiana TIM, no Brasil, idealizado pela Artplan.

Qual é a campanha publicitária que gostaria de ter feito?

Todos os anos surgem novas ideias e aparecem campanhas que gostava de ter feito. Uma das últimas que me despertou a atenção ao ponto de a incluir nesta lista é ‘The First Speech’, uma campanha para a Reporter Ohne Grenzena, a delegação alemã dos Repórteres Sem Fronteiras (RSF).

Quais são as razões dessa escolha?

Acima de tudo, porque tem subjacente uma ideia extremamente verdadeira. Só por isso já me conquista. Especificando mais um pouco, gosto da forma como a campanha cria um confronto entre o discurso político e a realidade. A campanha expõe a mentira e a falsidade que existem por detrás de uma coisa que, à primeira vista, até parece honesta e bem-intencionada.

Os filmes publicitários de ‘The First Speech’ retratam o quotidiano de cidadãos de diferentes extratos sociais

O que lhe chama mais a atenção na campanha?

É uma daquelas campanhas que tem todos os elementos no sítio certo. Isso é o que mais me desperta a atenção. Os discursos são reais e vemos pessoas em situações do quotidiano a ouvir os políticos retratados. Como não sabem que aquelas supostas verdades que lhes estão a ser apresentadas são, no fundo, mentiras, mostram-se impreparadas para questionar o que lhes está a ser dito. Toda a relação entre as imagens e o texto é construída para reforçar a intenção da campanha.

Essa campanha inspira-o a nível criativo?

Recorrer a um conceito verdadeiro para dar um novo sentido ao que está a ser mostrado e, dessa forma, subverter as expetativas das pessoas é uma maneira inteligente de fazer publicidade. E isso inspira-me.

Rodrigo Cardoso, diretor criativo da McCann Lisboa, escolhe a campanha ‘The First Speech’

Qual é a campanha que fez que mais o concretizou profissionalmente?

Um dos trabalhos que mais me realizou foi uma campanha publicitária criada para a operadora de telecomunicações italiana TIM, no Brasil, com o ator Chuck Norris. Uma campanha integrada que foi muito bem-sucedida, num momento em que essa realidade ainda não era comum. Além de prémios, gerou resultados muito além das expetativas do cliente.

Como é que chega a essa ideia e avança para a execução?

A TIM tinha uma forte presença no Brasil e queria lançar um serviço de internet rápida com impacto em diversos meios. Há 11 anos, as campanhas de 360º já eram uma ambição dos clientes, mas viam-se pouquíssimas. Precisávamos, por isso, de uma ideia que resultasse em televisão, mas que também tivesse força no digital. Foi assim que nasceu a ideia de criar uma campanha com o Chuck Norris.

Porquê o Chuck Norris?

Na altura, os ‘Chuck Norris facts’ eram um fenómeno da internet. Faziam parte da cultura popular. Para os que não sabem ou não se recordam, os ‘Chuck Norris facts’ eram afirmações absurdas, que apresentavam o ator de forma sarcástica e exagerada, como uma pessoa invencível, como um super-herói capaz de feitos incríveis. Tínhamos, de um lado, um ator muito famoso e, do outro, um tipo de humor que funcionava muito bem no universo digital.

O ator norte-americano Chuck Norris recebeu a equipa de filmagens da Tycoon Estúdios no rancho onde reside

Como é que materializaram a ideia?

O que fizemos foi pegar na marca e compará-la diretamente com o Chuck Norris. O tom irónico da campanha foi um sucesso.

As campanhas estão mais ou menos criativas do que anteriormente?

A publicidade mudou muito, mas não acho que seja menos criativa nos tempos que correm. A verdade é que, atualmente, podemos ser ainda mais criativos. Continuamos a ter filmes, anúncios e media tradicionais, mas também temos um mundo de novas oportunidades. Há conceitos tecnológicos que são ótimos exemplos de criatividade publicitária. Existem ideias que nem sequer têm um formato específico e que são bons conceitos publicitários.

Pode dar alguns exemplos?

A app Samsung Impulse, desenvolvida para o Samsung Watch e premiada em Cannes o ano passado. Através do ritmo das vibrações, ajuda pessoas que gaguejam a falar melhor. Basta escreverem o que querem dizer e a app define o ritmo da fala.

Outro exemplo que não tem um formato específico e é um grande trabalho publicitário, chama-se ‘The Bread Exam’, da McCann Health, que também ganhou um Grande Prémio em Cannes. Essa campanha, feita para o Líbano, ensinava as mulheres a fazer o autoexame da mama para detetar sinais precoces de cancro.

As imagens mostravam os gestos a serem feitos em massa de pão, porque, num país com leis muito rígidas, onde mostrar o corpo feminino é um crime grave, essa foi a maneira que os criativos encontraram para poderem transmitir a mensagem.

Rodrigo Cardoso recorreu ao fenómeno da internet para cocriar a campanha ‘O Que Travou Chuck Norris’

É a favor de campanhas desenvolvidas integralmente com recurso a inteligência artificial (IA)?

Sou a favor de qualquer ferramenta que nos ajude a fazer um bom trabalho. E aqui é que está o ponto. A IA é uma ferramenta. A utilização que fazemos dela é muito mais relevante do que a ferramenta em si. Quem trabalha com criatividade sabe que o que faz a diferença não é a máquina, é a pessoa que está por trás dela. Sempre foi assim com os computadores, está a acontecer agora com a IA e vai ser sempre assim com qualquer nova tecnologia que apareça.

Não teme que a criatividade artificial se sobreponha à humana?

É claro que há muita coisa que ainda vai mudar com a IA e as mudanças, por norma, assustam. Mas o importante é abraçá-las e saber aproveitar o lado bom que trazem. É isso que procuro fazer. E também é fundamental regulamentar o uso das novas tecnologias, para proteger as pessoas e o mercado.

O que faz quando não tem ideias?

Não ter ideias gera tensão, e a tensão é a maior inimiga da criatividade. Pelo menos para mim. É por isso que, quando as ideias não aparecem, agarro-me ao humor, às piadas e à descontração. Nessa altura, faz bem deixar o ‘briefing’ de lado durante um breve período, para voltar a olhar para ele, depois, já com a cabeça mais leve. Para mim, criar tem de ser uma atividade lúdica. Tem de ser uma coisa divertida, acima de tudo. Escolhi esta profissão porque é divertido criar.

Ficha técnica

Campanha ‘The First Speech’
Cliente
Reporter Ohne Grenzena
Agência Innocean Berlin
Diretor criativo Gabriel Mattar
Diretor criativo executivo Ricardo Wolff
Produtores executivos Moritz Merkel, Florian Hülbig e Uta Wittchen
Redação Juan Andrés Kebork
Produtoras Stink Films, Yatta Films, Studio Metro e Studio Funk
Diretor de produção Fabian Barz
Realizador Giordano Maestrelli
Diretor de fotografia Konrad Losch
Diretor de arte Leon Celay
Edição Simon Klinkertz
Pós-produção Jan Scholz
Designers gráficos de animação Carlos Suárez e Alexander Aleksidze
Graduação de cor Joseph Bicknell
Sonoplastia Satelite e Studio Funk
País Alemanha
Ano 2024

Ficha técnica

Campanha ‘O Que Travou Chuck Norris’
Cliente TIM Brasil
Agência Artplan
Diretores criativos Alessandra Sadock e Gustavo Tirre
Diretor criativo executivo Ricardinho Weitsman
Criativos Alessandra Sadock, Ricardinho Weitsman, Rodrigo Cardoso, Sergio Carvalho, João Santos e Bruno Foscaldo
Produtora Tycoon Estúdios
Realizador Kiko Lomba
Diretor de fotografia Flavio Zangrandi
Diretor de arte Charles Infante
Edição Victor van Ralse
Computação gráfica Blend
Graduação de cor Pedro Conforti
Sonoplastia Sonido
País Brasil
Ano 2014

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Cidade FM reforça as manhãs com Catarina Silva

A locutora assume agora o comando das manhãs da rádio, ao lado de João Pedro Pereira, humorista e co-host do programa ‘Já São Horas’, no ar entre as 7h e as 11h

Catarina Silva assume o comando das manhãs da Cidade FM, ao lado de João Pedro Pereira, humorista e ‘co-host’ do programa ‘Já São Horas’, no ar de segunda a sexta-feira entre as 7h e as 11h.

Desde 2021 na Cidade FM, a locutora e criadora de conteúdos “destaca-se pela pela proximidade com os ouvintes e a capacidade de criar comunidade tanto em antena como no digital”, segundo o comunicado de imprensa.

Além da rádio, é formadora na World Academy, DJ, videógrafa e autora da rubrica ‘Pergunta do Dia’, que ganhou um novo formato em vídeo para as redes sociais da estação.

“Cresci a ouvir esta rádio e é mesmo um privilégio enorme poder voltar ao painel onde tudo começou: no ‘Já São Horas’, onde fui produtora estagiária em 2019 e agora, host”, refere Catarina Silva.

“A Catarina tem a energia certa para estas manhãs e uma cumplicidade grande com o João Pedro Pereira. Estou seguro de que esta dupla das manhãs será surpreendente e terá a dose certa de irreverência”, sublinha Manuel Cabral, diretor da Cidade FM.

Nas últimas audiências publicadas em maio (2ª vaga de 2025 do Bareme da Marktest), a Cidade FM  alcança um milhão de ouvintes semanais, com 11,7% de ‘reach’ semanal e 4,2% de ‘share’ de audiência.

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Riberalves faz viagem no tempo para recordar legado

A Verve assina a campanha que comemora o 40º aniversário da empresa. O filme publicitário, divulgado em digital e amplificado em exterior, evoca a evolução do consumo de bacalhau em Portugal

A Riberalves regressa ao passado na campanha (na foto) que assinala o 40º aniversário da empresa familiar, fundada em 1985, em Torres Vedras, pelo casal de empresários João Alves e Manuela Aves. O filme publicitário, com criatividade da Verve, mostra uma criança na cozinha com a avó, vai acompanhando o crescimento do rapaz à medida que evoca a evolução do consumo de bacalhau em Portugal.

“O legado que mais nos orgulha é, precisamente, o facto de termos contribuído de forma decisiva para que este alimento pudesse estar ainda mais presente junto das famílias portuguesas”, afirma Ricardo Alves, CEO da Riberalves, citado em comunicado de imprensa.

Numa primeira fase, a campanha é amplificada através do digital e de suportes exteriores. A segunda, prevista para o último trimestre do ano, apurou o M&P, passa pela divulgação de um anúncio televisivo.

Antes, em outubro, está planeada uma ação de marketing com os influenciadores que colaboram regularmente com a marca, que totaliza dois milhões de seguidores. Além das nutricionistas Ana Bravo, Ágata Roquette, Lilian Barros, Diana Amara Carneiro, Ana Cláudia Fernandes, Cátia Carvalho Silva e Diana Pereira, a Riberalves associa-se ao chef Fábio Bernardino e às criadoras de conteúdos digitais Sofia Rocha, Sandra Nereu, Rita Wessling e Active Flow.

“É o próprio Ricardo Alves, CEO da Riberalves e filho mais velho dos fundadores da empresa, que no ‘packshot’ final dá voz à nova assinatura da marca: ‘Da nossa família para a sua’. Trata-se disso mesmo, de um produto feito por uma família, para todas as famílias em Portugal e no mundo”, refere a empresa, que passa a exibir um selo alusivo aos 40 anos no ‘packaging’ e na comunicação da marca.

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Trendy nas redes: yoga com animais, de cães a lamas

Nos últimos anos, uma nova tendência tem conquistado o coração dos internautas e entusiastas do bem-estar em todo o mundo: o yoga com animais.

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Misturando práticas deste desporto ancestral com o carinho dos nossos queridos amigos de quatro patas (e não só), esta modalidade tem vindo a ganhar cada vez mais popularidade nas redes sociais – em vídeos virais, aulas ao ar livre e estúdios temáticos. Mas esta moda levanta uma questão curiosa: qual a razão que leva tantas pessoas a optar por fazer yoga na companhia de cabras, cães, gatos e até lamas? É isso que iremos descobrir com base no estudo da Holidu, que aprofunda o tema do Yoga para os mais interessados.

Já ouviu falar em yoga com animais?

É exatamente o que promete ser – o yoga com animais consiste na prática tradicional do yoga com a presença de animais dóceis e sociáveis. O objectivo é promover o relaxamento, aliviar o stress e criar uma ligação emocional através do toque e da presença dos animais. As variantes mais populares incluem:

  • Yoga com cães: Ideal para quem tem cães em casa, esta prática envolve posturas que incluem o animal, massagens, alongamentos e momentos de relaxamento conjunto.
  • Yoga com cabras: Muito popular nos Estados Unidos e no Canadá, é praticado ao ar livre, com pequenos grupos de cabras que interagem livremente com os participantes.
  • Yoga com gatos: Bastante comum em abrigos e associações de protecção animal, esta versão promove o bem-estar humano e, frequentemente, a adopção dos felinos.
  • Yoga com lamas ou alpacas: Com um toque exótico e rural, esta modalidade está a tornar-se tendência em zonas campestres e turísticas, oferecendo uma experiência sensorial e memorável.

Como surgiu a tendência?

Embora pareça recente, a inclusão de animais em práticas de bem-estar não é nova. A terapia assistida por animais é reconhecida há décadas pelos seus benefícios emocionais e psicológicos. O yoga com animais é uma extensão natural dessa abordagem.

O ponto de viragem aconteceu em 2016, nos Estados Unidos, quando a norte-americana Lainey Morse começou a oferecer aulas de yoga com cabras na sua quinta, no estado do Oregon. As imagens das aulas ao ar livre, com cabras curiosas a subir pelas costas dos praticantes, tornaram-se virais e, rapidamente, o conceito espalhou-se pelo mundo todo, chegando agora a Portugal.

E o que significa no contexto de marketing? A ascensão do yoga com animais insere-se numa narrativa mais ampla de marketing experiencial e consumo emocional, onde os consumidores procuram vivências únicas, autênticas e altamente partilháveis nas redes sociais. Esta tendência reflecte o desejo contemporâneo por bem-estar com propósito, ao mesmo tempo que alimenta o apelo visual e afectivo necessário para gerar conteúdo viral. Marcas e espaços que integram este tipo de experiência captam atenção e envolvimento emocional, posicionando-se estrategicamente num mercado onde a diferenciação passa cada vez mais pela ligação sensorial e afetiva com o público.

Benefícios físicos e emocionais

Os benefícios do yoga são bem conhecidos: melhoria da flexibilidade, do equilíbrio, da força muscular, da respiração e redução dos níveis de stress. Ao juntar animais à equação, esses benefícios podem ser amplificados. Em primeiro lugar, o contacto com animais estimula a libertação de ocitocina, a chamada “hormona do amor”, que promove bem-estar e tranquilidade. Para além disso, e quem convive com animais diariamente sabe disso, as situações inesperadas durante as sessões, como um cão deitado sobre o tapete ou uma cabra a espreitar durante uma postura, trazem diversão e naturalidade à prática.

Mas ainda há mais! Os animais incentivam os praticantes a manterem-se presentes e conscientes do momento, melhorando a ligação entre corpo e mente. E, na realidade, estas aulas, que costumam ser em grupo, promovem o contacto social, criando uma atmosfera acolhedora e descontraída.

A explosão nas redes sociais

No Instagram, TikTok e YouTube, hashtags como #GoatYoga, #CatYoga, #Doga e #AnimalYoga somam milhões de visualizações. Os vídeos de pessoas a tentarem manter posturas de equilíbrio enquanto são acariciadas por um cão ou “invadidas” por uma cabra conquistam facilmente a simpatia do público.

Para além do lado visual cativante, estas publicações transmitem uma mensagem positiva: o autocuidado pode ser lúdico, afectivo e ligado à natureza. Influenciadores e estúdios especializados têm aproveitado este nicho para partilhar conteúdos que combinam bem-estar, proteção animal e diversão. No caso do yoga com cães e gatos, por exemplos, existem já diversas iniciativas em Portugal que promovem a aula para a adoção responsável destes animais, que procuram uma casa onde ficar – parece uma vitória para todos os lados, certo?

Alguns cuidados e atenções

Apesar da popularidade crescente, o yoga com animais levanta questões importantes, nomeadamente no bem-estar dos animais. É essencial garantir que os animais envolvidos são bem tratados, sociáveis e livres de stress. Eles devem ter a liberdade de participar ou não. Embora a maioria das interacções seja pacífica, é importante orientar os praticantes sobre como lidar com os animais, especialmente em práticas com cabras ou lamas. E, claro, o yoga com animais deve complementar, e não substituir, uma prática consciente e orientada por professores certificados.

Portanto, o yoga com animais é muito mais do que uma moda passageira. Reflete uma nova forma de encarar o bem-estar: mais descontraída, afectiva e ligada à natureza. Embora tenha ganho destaque através das redes sociais, os seus efeitos vão além dos cliques – têm sido importantes para a partilha de emoções, criando ligações e promovendo uma visão mais sensível do cuidado com o corpo, a mente e os outros seres vivos. Afinal, talvez o segredo para um dia mais leve seja mesmo ter um animal alegre a equilibrar-se nas tuas costas.

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O que pode ler na edição 982 do M&P

O idadismo nas agências criativas, a expansão internacional da +351, o aumento da publicidade nos videojogos e ‘esports’ em Portugal e as opiniões de Marco Pacheco, Joana Meireles, Miguel Moreira Rato e Pedro-Filipe Santos são parte da edição

Na edição 982, o M&P aproveita um dos temas das Conferências Alta Voz, no âmbito do Festival CCP, com o título provocatório ‘Serei Demasiado Velho Para Ser Criativo?’, para abordar os desafios do mercado de trabalho que os profissionais com mais de 50 anos enfrentam. O idadismo, uma das formas mais normalizadas e negligenciadas de discriminação, é um problema real nas agências portuguesas, como revela o estudo da Scopen: 76% dos criativos têm menos de 45 anos. A redução dos orçamentos publicitários, e a consequente procura por profissionais mais novos e inexperientes, agravaram o problema.

Com os videojogos integrados na cultura popular, as marcas recorrem ao ‘gaming’ para se aproximarem de um público-alvo cada vez mais difícil de alcançar através de outras formas de entretenimento. Do Fortnite ao Roblox, o potencial de da indústria dos videojogos e dos ‘esports’ enquanto plataforma publicitária é cada vez mais evidente. Até no mercado nacional, onde há alguma resistência a novos investimentos.

A marca de moda +351, criada por Ana Penha e Costa, abriu uma loja pop-up no Marais, em Paris, fatura €2 milhões por ano e quer crescer 60% em 2025. Exporta 70% da produção, que inclui propostas femininas e coleções infantis. Em setembro, prepara-se para lançar a primeira coleção de ‘knitwear’.

A rubrica De Portugal Para O Mundo, dedicada a profissionais expatriados, é protagonizada por David Seromenho, sócio da HOM – House of Moments e representante da CV&A no Brasil, que chegou a São Paulo em 2010 para liderar a consultora de comunicação Cunha Vaz Brasil. Regressar a Portugal, para já, não faz parte dos planos.

O dossier especial é dedicado aos festivais de verão. A grande afluência de público, aliada a uma atmosfera única, é uma oportunidade valiosa para as marcas captarem a atenção dos festivaleiros. Ao M&P, Meo, Nos e Revolut explicam a importância de estarem presentes nos grandes eventos de forma autêntica, criativa e com um propósito.

Na opinião, Pedro Filipe-Santos, codiretor executivo e sócio da Snack Content Portugal, analisa a mudança de perfil da rede social LinkedIn, que passou discretamente de espaço corporativo a palco alternativo. Uma subtil revolução a que as marcas portuguesas ainda não prestaram muita atenção.

Com base no estudo Best Agency To Work For, da consultora Scopen, Miguel Moreira e Rato, diretor-geral da Adagietto, sublinha que as agências em 2025 dão cada vez mais prioridade à cultura organizacional. E vê com bons olhos a profissionalização do setor.

Joana Meireles, cofundadora e CEO da JMR Digital Marketing, antevê uma nova revolução digital: a chegada da European Accessibility Act (EAA), uma diretiva que remove obstáculos e torna mais acessíveis determinados produtos e serviços, e que será obrigatória a partir de 28 de junho. Uma oportunidade para as empresas se posicionarem de forma diferenciada.

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Dakota Johnson é a nova embaixadora da Roberto Coin

A atriz norte-americana protagoniza ‘The Art Of Dreaming’, campanha da marca de joalharia italiana, que é comercializada em Portugal nas lojas David Rosas e Arneiro 1969. Veneza serve de cenário aos anúncios

A atriz norte-americana Dakota Johnson (na foto), que tem 6,9 milhões de seguidores no Instagram, é a nova embaixadora global da marca de joalharia italiana Roberto Coin. Veneza foi o local escolhido para a produção fotográfica e para a gravação do filme publicitário de ‘The Art Of Dreaming’.

Divulgada em televisão, digital, imprensa e redes sociais, a campanha da marca de joalharia italiana, que é comercializada nas lojas David Rosas e Arneiro 1969 em Portugal, mostra Dakota Johnson num dos postais fotográficos mais emblemáticos da cidade.

O fotógrafo britânico Craig McDean, que já colaborou com marcas como Chloé, Elie Saab, Gucci, Giorgio Armani, Yves Saint Laurent, Calvin Klein, Estée Lauder, Dior, Coach, Tommy Hilfiger, Louis Vuitton, Zara, Mugler e Jimmy Choo, é o fotógrafo da campanha.

A colaboração da atriz com a Roberto Coin inicia-se oficialmente em junho de 2025, prolongando-se até maio de 2027. Além de protagonizar as campanhas previstas, Dakota Johnson vai promover a marca em eventos e colaborar com a empresa no desenvolvimento de novas peças.

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Campanha para Corações Com Coroa tem criatividade de Edson Athayde

A campanha, desenvolvida pela FCB Lisboa, com criatividade de Edson Athayde e Fernando Schlickmann e locução de Catarina Furtado, está agregada a uma exposição que terá início no dia 4 de junho no metro do Cais do Sodré

Lançada na conferência da Corações Com Coroa, com o tema “Pronta para o 2º turno?”, a campanha ‘Invisíveis’ tem agregada uma exposição itinerante, que terá início no dia 4 de junho no metro do Cais do Sodré.

O ‘storytelling’ desta campanha, desenvolvida pela FCB Lisboa, com criatividade de Edson Athayde e Fernando Schlickmann e locução de Catarina Furtado, fundadora da ONGD portuguesa, parte de um trabalho académico e salta os muros da academia.

A 13ª Conferência da Corações Com Coroa, na Fundação Calouste Gulbenkian, debate a realidade das estatísticas com especialistas e concluiu que apesar de estarem integradas no mercado de trabalho, as mulheres continuam a assumir a larga maioria das tarefas domésticas e dos cuidados a filhos e dependentes.

Gastam, em média, mais 1h45m por dia do que os homens nestas atividades, segundo o comunicado da Corações Com Coroa.

Um esforço diário não contabilizado que representa €78 mil milhões na economia portuguesa – mais do triplo do setor do turismo. “Esta sobrecarga impede uma participação igualitária na sociedade e no mercado de trabalho, afetando a saúde, o bem-estar e as oportunidades das mulheres”.

O “2º turno” é uma das principais formas de desigualdade de género, ainda que profundamente normalizada, como revelam os dados divulgados pela ONGD portuguesa:

– 74% das tarefas domésticas e 73% dos cuidados infantis são assegurados por mulheres
– Só 33% dos casais partilham tarefas de forma equilibrada
– O trabalho de cuidado e doméstico não pago representa 35% do PIB mundial. Se fosse pago, em Portugal valeria mais 26% do PIB nacional

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M&P 982: Só 24% dos criativos têm mais de 45 anos + Marca +351 aposta na expansão internacional + Opinião de Pedro Filipe-Santos

O idadismo nas agências criativas, a expansão internacional da +351, o aumento da publicidade nos videojogos e ‘esports’ em Portugal e as opiniões de Marco Pacheco, Joana Meireles, Miguel Moreira Rato e Pedro-Filipe Santos são parte da edição

Na edição 982, o M&P aproveita um dos temas das Conferências Alta Voz, no âmbito do Festival CCP, com o título provocatório ‘Serei Demasiado Velho Para Ser Criativo?’, para abordar os desafios do mercado de trabalho que os profissionais com mais de 50 anos enfrentam. O idadismo, uma das formas mais normalizadas e negligenciadas de discriminação, é um problema real nas agências portuguesas, como revela o estudo da Scopen: 76% dos criativos têm menos de 45 anos. A redução dos orçamentos publicitários, e a consequente procura por profissionais mais novos e inexperientes, agravaram o problema.

Com os videojogos integrados na cultura popular, as marcas recorrem ao ‘gaming’ para se aproximarem de um público-alvo cada vez mais difícil de alcançar através de outras formas de entretenimento. Do Fortnite ao Roblox, o potencial de da indústria dos videojogos e dos ‘esports’ enquanto plataforma publicitária é cada vez mais evidente. Até no mercado nacional, onde há alguma resistência a novos investimentos.

A marca de moda +351, criada por Ana Penha e Costa, abriu uma loja pop-up no Marais, em Paris, fatura €2 milhões por ano e quer crescer 60% em 2025. Exporta 70% da produção, que inclui propostas femininas e coleções infantis. Em setembro, prepara-se para lançar a primeira coleção de ‘knitwear’.

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O dossier especial é dedicado aos festivais de verão. A grande afluência de público, aliada a uma atmosfera única, é uma oportunidade valiosa para as marcas captarem a atenção dos festivaleiros. Ao M&P, Meo, Nos e Revolut explicam a importância de estarem presentes nos grandes eventos de forma autêntica, criativa e com um propósito.

Na opinião, Pedro Filipe-Santos, codiretor executivo e sócio da Snack Content Portugal, analisa a mudança de perfil da rede social LinkedIn, que passou discretamente de espaço corporativo a palco alternativo. Uma subtil revolução a que as marcas portuguesas ainda não prestaram muita atenção.

Com base no estudo Best Agency To Work For, da consultora Scopen, Miguel Moreira e Rato, diretor-geral da Adagietto, sublinha que as agências em 2025 dão cada vez mais prioridade à cultura organizacional. E vê com bons olhos a profissionalização do setor.

Joana Meireles, cofundadora e CEO da JMR Digital Marketing, antevê uma nova revolução digital: a chegada da European Accessibility Act (EAA), uma diretiva que remove obstáculos e torna mais acessíveis determinados produtos e serviços, e que será obrigatória a partir de 28 de junho. Uma oportunidade para as empresas se posicionarem de forma diferenciada.

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Estúdio português cria identidade visual dos Enhanced Games

O Orpheu, que já desenvolveu trabalhos para a Adidas e a NBA, foi escolhido pela organização desportiva para desenvolver o conceito estético da competição, que se realiza em Las Vegas, em 2026

A identidade visual dos Enhanced Games (na foto) tem a assinatura do Orpheu. O estúdio lisboeta, que tem filiais em Lugano, Paris e Portland e já desenvolveu trabalhos para a Adidas, a Moose Knuckles e a NBA, foi escolhido pela organização desportiva internacional fundada pelo empresário australiano Aron D’Souza, para desenvolver o conceito estético da competição desportiva, que se realiza em 2026, em Las Vegas.

“O conceito é inspirado nos estágios da evolução humana, explorando o paralelismo entre estátuas clássicas e atletas contemporâneos. Essa dualidade também se reflete na tipografia, com o contraste entre uma fonte serifada clássica e uma fonte personalizada que criámos, inspirada em linguagens visuais mais contemporâneas. O gradiente representa a energia do ‘boost’ que a Enhanced Games oferece, permitindo que atletas de elite superem os seus próprios limites e estabeleçam novos recordes mundiais”, explica ao M&P João Mestre, diretor criativo executivo do Orpheu.

A biomecânica, o futurismo digital e a performance extrema marcam a estética da prova. O Orpheu é também responsável pela criação, direção e encenação de apresentação do evento, em Las Vegas, afirmando-se como parceiro criativo integral na construção do universo dos Enhanced Games.

A Nike, a Red Bull, o Comité Olímpico dos Estados Unidos e o Real Madrid CF também estão envolvidos na organização da prova, que se apresenta como uma alternativa radical aos modelos desportivos tradicionais, celebrando a ciência, o desempenho humano melhorado e a transparência.

Pedro Vilas-Boas, cofundador do Orpheu reconhece que o maior desafio foi a desproporção entre a ambição do projeto e o tempo disponível para o executar. “Entregar uma identidade gráfica completa, múltiplos filmes e animações, e, ainda para mais, estar em Las Vegas para garantir suporte no terreno, tudo num prazo de apenas um mês, foi muito exigente, mas também incrivelmente recompensador”, sublinha.

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FPC combate sedentarismo com campanha da Dentsu

Os ‘gamers’, os ‘streamers’ e os viciados em séries são o alvo dos anúncios. Produzidos pela Garage Films, estão a ser divulgados em televisão, digital, redes sociais e nos canais de comunicação oficiais da fundação

A Fundação Portuguesa de Cardiologia (FPC) alerta para o impacto do sedentarismo na saúde cardiovascular na campanha ‘Faz-te À Vida’ (na foto), desenvolvida pela Dentsu Creative Portugal. Divulgada em televisão, digital, redes sociais e nos canais de comunicação oficiais da instituição, é composta por seis vídeos, que têm como alvo prioritário os ‘gamers’, os ‘streamers’ e os viciados em séries, filmes e documentários.

“Três dos anúncios têm Luis Trigo, Leonor Felgar e Manuel Bessa como protagonistas, com o radialista Pedro Fernandes a assumir a locução. A produção é da Garage Films e a sonoplastia dos Salva Studios. Os outros três são spots gráficos, que ganham vida no ecrã”, explica ao M&P fonte da FPC.

Além de alertar para os perigos do sedentarismo, a campanha anual de consciencialização para a prevenção das doenças cardiovasculares pretende sensibilizar os portugueses para a utilização excessiva de dispositivos eletrónicos, apelando à adoção de estilos de vida mais saudáveis.

“A saúde do coração depende das escolhas que fazemos todos os dias. A mensagem da campanha apela ao regresso ao movimento e à prática de atividade física, a uma alimentação equilibrada e ao convívio presencial, atitudes essenciais para proteger o coração. É preciso lembrar as pessoas de que a prevenção das doenças cardiovasculares depende, essencialmente, do estilo de vida, mais do que dos cuidados médicos”, sublinha Manuel Carrageta, presidente da FPC, citado em comunicado de imprensa.

A campanha tem por base os resultados do estudo ‘Os Portugueses e Os Fatores de Risco’, apresentado em abril. O inquérito realizado pela instituição revelou que quase metade dos portugueses não altera a prática de atividade física após o diagnóstico de hipertensão arterial ou colesterol elevado, apesar de 48% dos inquiridos assumirem sofrer de hipertensão arterial.

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Wikipédia lança coleção de roupa para apoiar liberdade de imprensa

Desenvolvida em colaboração com a Armedangels, a linha, que está a ser promovida nas redes sociais, integra códigos QR que dão acesso a artigos sobre temas como o aquecimento global e a moda sustentável

A Fundação Wikimedia associa-se à Armedangels para lançar uma coleção cápsula (na foto) que, além de financiar a Wikipédia, pretende promover a liberdade de imprensa. A linha, que inclui t-shirts, bonés, meias e ‘hoodies’, fabricados em algodão reciclado, está disponível no site da marca de moda alemã e pretende ser o ponto de partida para as comemorações dos 25 anos da Wikipédia, que se assinalam a 15 de janeiro de 2026.

“Esta iniciativa pretende apoiar o futuro da informação aberta”, explica a Fundação Wikimedia em comunicado de imprensa. As 14 peças da coleção, disponíveis em várias cores e tamanhos, custam entre €16,90 e €119,90, com 12% das vendas a reverterem a favor da Wikipédia.

A fundação colaborou com Christiane Bördner, diretor criativo da Armedangels, no desenvolvimento da linha, tendo também Martin Höfeler, fundador da marca, colaborado na elaboração da coleção.

Para além de elementos gráficos da enciclopédia digital, a linha unissexo, que está a ser promovida nas redes sociais com a campanha ‘For Facts’ Sake’ e através de parcerias com influenciadores digitais, como a atriz austríaca Luisa-Céline Gaffron, integra códigos QR que dão acesso a artigos sobre temas como o aquecimento global e a moda sustentável.

“Decidimos associar-nos à Wikipédia para proteger uma das ferramentas mais poderosas do nosso tempo, o conhecimento gratuito e independente para todos, para que sejam as decisões informadas determinem o rumo do nosso futuro”, explica a Armedangels na publicação que fez nas redes sociais a anunciar o lançamento da coleção.

 

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

Luis Batista Gonçalves

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