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Guiar o olhar até a ideia, sem se perder nem distrair

Apesar da dificuldade em escolher, Pedro Magalhães gostaria de ter feito a campanha A British Original e a que mais gostou de fazer foi a última que fez na FCB, uma campanha de cartazes e redes sociais para o ginásio especializado em treino de eletroestimulação, Rapid Fit & Well

Daniel Monteiro Rahman
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Guiar o olhar até a ideia, sem se perder nem distrair

Apesar da dificuldade em escolher, Pedro Magalhães gostaria de ter feito a campanha A British Original e a que mais gostou de fazer foi a última que fez na FCB, uma campanha de cartazes e redes sociais para o ginásio especializado em treino de eletroestimulação, Rapid Fit & Well

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Qual é a campanha que gostaria de ter feito?

Quem trabalha há tanto tempo como eu em comunicação publicitária, como criativo, já gostaria de ter feito algumas campanhas e de ter tido algumas daquelas ideias, para aí uns milhares delas, talvez. Em 30 anos, tenho toneladas daquela inveja boa que nos deixa de rastos e que ao mesmo tempo nos põe a transpirar para irmos atrás de uma ideia tão boa como aquela.

Tenho guardadas nessa gaveta da inveja boa, ideias como o filme Laranja, para o Sindicato dos Jornalistas, que nos dizia para não fazermos férias na Indonésia numa altura em que este país ainda ocupava Timor. Quando vi este filme pela primeira vez, estava ainda a estudar no IADE e tive a noção muito clara que era aquilo que eu queria fazer para o resto da vida.

Tenho também guardado nessa gaveta o Tô Xim da Telecel, em que tive a incrível sorte de ver o script chegar à impressora da Young & Rubicam, enviado pelo Edson Athayde.

Lembro-me de o ler e de perceber muito facilmente que aquela não era uma ideia normal e que iria ter um impacto enorme. Tenho também vários filmes da Guinness, onde se destaca acima de todos o Surfer, que acho que é uma obra de arte.

Guardo também o Lithany do jornal Independent, o Ice Skating Priests da Stella Artois, o Odyssey da Levis, o Gorilla da Cadbury’s, muitos da Nike, muitos da incrível Dove, do Burger King ou da Ikea. Tenho gavetas cheias e não saí dos filmes.

Mas, tendo de destacar apenas uma, qual é a campanha que mais o impressionou?

A ideia que me impressionou mais nos últimos tempos é brutalmente simples e abanou-me exatamente por essa simplicidade e pelo insight tão verdadeiro e tão relevante, daqueles pensamentos a que nós respondemos “Claro!” ou “Pois ééééé!”.

A campanha que gostaria mesmo de ter feito é o último Grand Prix de Cannes na categoria Outdoor, a campanha A British Original, da British Airways, um trabalho da agência Uncommon Creative Studio, de Londres.

Quais são as razões dessa escolha?

O início de tudo, o insight, é delicioso. Todos nós viajamos por variadíssimas razões e aquele momento em que nos perguntam qual a razão da nossa viagem não pode ter apenas duas opções de resposta, trabalho ou lazer, não são definitivamente as respostas verdadeiras para todos nós. A ideia é exatamente essa terceira opção de resposta.

A partir daqui, está aberto um mundo inteiro de opções verdadeiras e cada vez mais divertidas. A agência explora ainda as caraterísticas da Inglaterra e dos ingleses com as suas idiossincrasias carregadas de potencial criativo e de humor.

O que é que lhe chamou mais a atenção? O texto, a imagem, o protagonista ou outro aspeto da campanha? Porquê?

O que me chama mais a atenção é sempre a ideia. Quanto mais simples for mais falará connosco e mais universal será. É o caso desta ideia, que parte desse insight muito simples e o salto criativo é também muito simples e fácil de compreender e de nos relacionarmos com ele.

No meio das mais de 500 execuções estão de certeza várias respostas que poderiam ser nossas e que nos fazem rir, que nos fazem recordar uma viagem, que nos emocionam, que nos lembram que aquela resposta deveria ser a razão da nossa próxima viagem.

A imagem dos anúncios, a direção de arte, é de uma simplicidade desarmante e faz exatamente aquilo que acredito que a direção de arte deve fazer sempre, guiar o nosso olhar até a ideia, sem se perder nem distrair pelo meio em detalhes desnecessários.

Esta campanha vive essencialmente no formato outdoor, mas viajou por mais meios, como a imprensa, o digital e as redes sociais. O protagonista desta campanha somos nós, que estamos a ler o anúncio e a identificarmo-nos com aquela terceira opção de resposta. Essa é a maior força desta ideia.

Esta campanha inspirou-o a nível criativo?

Esta campanha inspirou, inspira e continuará a inspirar-me porque é uma prova de que precisamos acima de tudo de bons insights, de boas ideias e de execuções que valorizem esta boa ideia. Quando tudo isto acontece, a probabilidade de produzirmos uma grande peça de comunicação é enorme. O problema é que, por variadíssimas razões, é muito raro termos estes três componentes no nosso trabalho.

Qual é a campanha que fez que mais o concretizou profissionalmente? Porquê?

É difícil destacar uma campanha. Os trabalhos que fui fazendo para a Vodafone, a Super Bock, o Intermarché, as Páginas Amarelas, o Lipton Ice Tea, a Água das Pedras, a Sumol, a PT, os Jogos Santa Casa e o Exército de Salvação, enchem-me de orgulho porque foram marcas e pessoas que trabalharam em conjunto comigo e com a agência e, quando temos a coragem e o talento de trabalharmos em parceria, estamos sempre muito mais perto de produzir trabalho de grande qualidade criativa e com grande eficácia.

Mas esforçando-me para destacar um trabalho, escolho o último que fiz já na FCB, uma campanha de cartazes e redes sociais para um ginásio especializado em treino de eletroestimulação, o Rapid Fit & Well.

Como é que chegou a esta ideia e avançou para a concretização?

Parti de um insight simples que é o facto do nosso corpo ser o reflexo dos nossos comportamentos, o nosso corpo praticamente diz-nos como nos sentimos. Com este ponto de partida, cheguei à ideia de um tronco humano se poder parecer deliciosamente com uma cara e se esse tronco estiver em má forma vai parecer uma cara com uma expressão infeliz.

Acabei por construir três barrigas infelizes e a precisar claramente de sorrir. Aqui, o humor é uma peça central da ideia. As ideias nunca são fáceis de chegar. Quem diz o contrário está a mentir. Até acredito na primeira ideia, mas, para ter a certeza de que essa primeira ideia é a melhor, tenho de passar por muitas outras para voltar à inicial e perceber que é mesmo a melhor solução para aquele problema da marca.

Todas as boas ideias devem chegar através de um processo que começa num bom briefing à agência que dará origem a um bom trabalho de pesquisa e de consequente estratégia, que dará origem a um bom e curto briefing, que naturalmente dará origem a várias ideias e no meio delas estará a pepita de ouro certa para responder àquele bom briefing que foi passado lá atrás.

Tudo isto é feito com o tempo suficiente e certo para tudo acontecer de uma forma apurada, cuidada e profissional. Ou então não.

O que é que faz quando não tem ideias?

Tenho a incrível sorte de ser pago para pensar e ter ideias. As ideias não vêm exatamente quando queremos, mas, se soubermos chamá-las, elas aparecem.

Ficha técnica
–––

Campanha: A British Original
Cliente: British Airways
Agência: Uncommon Creative Studio/Londres
(*a agência não atribui créditos individuais)
CGI, animação, pós-produção: Recom Farmhouse
Fotografia: Christopher Anderson
Produção e agência fotográfica: We Folk
Elenco: Kharmel Cochrane

 

Ficha técnica
–––

Campanha: Barrigas Infelizes
Cliente: Rapid Fit & Well
Agência: FCB Lisboa
Diretor criativo executivo: Edson Athayde
Diretor criativo: Pedro Magalhães
Redator: Edson Athayde
Diretor de arte: Pedro Magalhães
Ilustração: Nébula

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Múpis da MOP dão a conhecer objetos perdidos no Metro de Lisboa

“A campanha (na foto) demonstra a capacidade de ‘targetização’ dos múpis, comprovando a sua eficácia em conectar pessoas com os objetos que perderam”, explica Vasco Perestrelo, CEO da MOP

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A MOP está a lançar a campanha ‘Lost But… Found’ no Metro de Lisboa, com os objetos perdidos por passageiros expostos nos múpis desta empresa de publicidade exterior. A iniciativa, que decorre até 10 de abril, abrange algumas das principais estações de metro da capital.

“Numa era em que se dá talvez demasiada relevância aos meios digitais nativos e ao ‘one-to-one’ quisemos fazer uma uma campanha para demonstrar que mesmo o ‘out of home’ (OOH) tradicional pode ser tão ou mais eficaz e preciso que o digital. A campanha demonstra a capacidade de ‘targetização’ dos múpis, comprovando a sua eficácia em conectar pessoas com os objetos que perderam”, explica Vasco Perestrelo, CEO da MOP, citado em comunicado de imprensa.

O objetivo dos múpis, estrategicamente posicionados nas estações do Metro de Lisboa, é garantir que qualquer pessoa possa visualizar os objetos perdidos e, caso sejam seus, reclamar a posse, através do número de telefone 213 500 115, nos dias úteis, das 8h30 às 19h.

“Sabemos que no metro são perdidos vários objetos por dia. Muitos desses objetos não são reclamados. Acreditamos que, com esta iniciativa inovadora, não só vamos ajudar na recuperação de objetos valiosos para os seus donos, num serviço prestado pelo Metro de Lisboa, mas também destacar a importância e a versatilidade dos meios tradicionais de publicidade num mundo cada vez mais digital”, refere Vasco Perestrelo.

As estações do Metro de Lisboa com a campanha ‘Lost But… Found’ são as do Saldanha (Linha Vermelha e Amarela), Marquês de Pombal (Linha Amarela, Azul e Galeria), São Sebastião (Linha Vermelha e Azul) e Alameda (Linha Vermelha e Verde).

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Distribuição de folhetos no retalho alimentar sobe 3,6%

O Continente, com 20% do total de folhetos lançados, é o retalhista que mais aposta no formato, seguido pelo E.Leclerc (17%) e Pingo Doce (15%). Apesar do aumento, cada folheto lançado tem um menor número de inserções

A distribuição de folhetos promocionais volta a subir em 2024, após uma quebra em 2023. Segundo a plataforma e-Foliotrack da Marktest, as principais cadeias da grande distribuição lançaram 1.044 folhetos no ano passado, menos 36 do que os 1.008 em 2023. Entre 2019 e 2024, o recorde continua a pertencer a 2022, com 1.111 folhetos.

“O valor de 2024 corresponde a um aumento de 3,6% face a 2023, mas ainda se encontra abaixo do máximo do período”, realça a Marktest em comunicado de imprensa.

O Continente, com 20% do total de folhetos lançados em 2024, é o retalhista que mais aposta no formato, seguido pelo E.Leclerc, que tem 17% dos folhetos publicados. Em terceiro lugar, surge o Pingo Doce, com 15%, à frente do Intermarché, com 13% dos folhetos, mais 29 do que em 2023, trocando de posição com o Lidl, que regista 11% de quota e encerra o top 5.

“Em termos relativos, o Intermarché foi a insígnia que mais aumentou a exposição em folheto, com mais 23% de folhetos do que em 2023”, refere o documento.

Intermarché e El Corte Inglés ganham no aumento de inserções

A nível do número de inserções, há um decréscimo de 4,5%, face a 2023. “Este dado indica-nos que as insígnias estão a aumentar o número de folhetos, mas que cada folheto lançado tem um menor número de inserções”, salienta a Marktest.

Para além do maior número de folhetos, o Continente também é o retalhista da grande distribuição com o maior número de inserções (26%), seguido de Pingo Doce (20%) e do E.Leclerc (17%), apurando a análise que mais de metade das inserções promocionais são da responsabilidade das três marcas.

“Face ao ano anterior, Intermarché e El Corte Inglés foram as insígnias com maior aumento do número de inserções, com uma subida de 15% e de 12%, respetivamente. No que respeita a promoções comunicadas em folheto, verifica-se que as inserções presentes em folheto sem promoções associadas correspondem a 25% do total, aumentando 19,5% face a 2023, quando representavam 20% do total de inserções”, refere a Marktest.

A análise, elaborada com recurso ao serviço de monitorização e-Foliotrack, contabiliza os folhetos distribuídos pelas marcas de grande distribuição Aldi, Auchan, Continente, El Corte Inglés, E.Leclerc, Intermarché Super, Lidl, Minipreço Family e Pingo Doce.

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Tarifas nos Estados Unidos desestabilizam investimentos em publicidade

“É provável que o setor veja menos marcas a investir na inovação até ter uma noção mais clara das tarifas que serão aplicadas e durante quanto tempo estarão em vigor”, alerta Wayne Levings, CEO da Kantar para o continente americano

80% dos consumidores norte-americanos estão preocupados com o impacto do aumento das tarifas impostas por Donald Trump nas respetivas finanças e despesas, de acordo com um novo estudo da Kantar. Martin Sorrell, fundador do grupo WPP e atual presidente executivo da ‘holding’ britânica de agências S4 Capital, adverte em entrevista ao Financial Times que a incerteza sobre os direitos aduaneiros dos Estados Unidos vai agravar os problemas do setor publicitário em 2025.

A Kantar conclui que os norte-americanos estão a “reduzir as despesas em geral, devido às pressões económicas da inflação e das tarifas”. A empresa indica que os norte-americanos estão à procura de promoções e a comprar sobretudo produtos alimentares, limitando as compras não essenciais, e optando por marcas próprias.

“Claramente, se as tarifas forem de 30%, 40% ou 50%, não é possível as marcas absorverem esses níveis de tributação, pelo que as tarifas serão transferidas para os consumidores”, declara Wayne Levings, CEO da Kantar para o continente americano e diretor global de clientes da Kantar, citado na Ad Age.

Wayne Levings refere que os clientes da Kantar estão a preparar-se para possíveis aumentos das tarifas e quedas nas vendas, mas que neste momento a maior preocupação é a incerteza à volta da situação. “As empresas, por si só, preferem a certeza, mesmo que essa certeza implique tarifas elevadas, porque lhes permite planear, fazer escolhas de investimento e lançar campanhas”, explica.

A imprevisibilidade está a levar algumas marcas a adiar a tomada de decisões de marketing. Ainda de acordo com Wayne Levings, “é provável que o setor veja menos marcas a investir em inovação, através do lançamento de novos produtos, até ter uma noção mais clara das tarifas que serão aplicadas e durante quanto tempo estarão em vigor”.

Por seu lado, Martin Sorrell, que funda a S4 Capital em 2018 após abandonar o WPP, declara ao Financial Times que a redução dos gastos com marketing dos clientes do setor tecnológico, que estão a investir em capacidades de inteligência artificial (IA), é a razão pela qual a S4 Capital regista um prejuízo acentuado de 306,9 milhões de libras (€367,4 milhões) em 2024. “O desempenho da S4 reflete o impacto das difíceis condições macroeconómicas mundiais, a manutenção de taxas de juro elevadas e um desempenho inferior ao dos nossos mercados-alvo”,

O presidente executivo e fundador da S4 Capital, antecipa que em 2025, a “incerteza na política económica global, em particular no que se refere às tarifas”, e questões como “as relações entre os Estados Unidos e a China, a Rússia e a Ucrânia, e o Irão”, vão continuar a ser “voláteis”, o que significa que os clientes “provavelmente vão permanecer cautelosos”.

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Napster muda de mãos e foca-se no marketing no metaverso

A Infinite Reality, ‘startup’ que compra a plataforma de música por cerca de €192 milhões, quer criar uma plataforma de música social, que dá prioridade ao envolvimento ativo dos fãs

O Napster, plataforma de ‘streaming’ de música associada à pirataria musical, acaba de ser vendido à ‘startup’ norte-americana Infinite Reality por 207 milhões de dólares (€191,8 milhões), na esperança de transformar o serviço de ‘streaming’ numa ferramenta de marketing para o metaverso.

A Infinite Reality pretende expandir o Napster para além de um serviço de ‘streaming’ de música, um setor onde enfrenta concorrentes de maior dimensão, como o Spotify, a Apple, o YouTube e a Amazon. A ‘startup’ revela que vai transformar o Napster numa “plataforma de música social, que dá prioridade ao envolvimento ativo dos fãs em detrimento da audição passiva” e que vai permitir aos artistas “estabelecer uma ligação com os fãs e rentabilizar essa relação”.

Entre os planos para modernizar o Napster, John Acunto, CEO da Infinite Reality, em entrevista à CNBC, destaca a criação de “espaços virtuais em 3D onde os fãs podem assistir juntos a concertos ou a sessões de audição de álbuns, e onde músicos e editoras possam vender produtos físicos e virtuais”, e acrescenta ainda que “hoje em dia, ninguém nas plataformas de streaming está a criar espaços assim e não há nome melhor do que o Napster para voltar a agitar o mercado”.

Lançado em 1999 por Shawn Fanning e Sean Parker, o Napster torna-se rapidamente na primeira grande aplicação de partilha de ficheiros ‘peer-to-peer’.

É encerrado no início da década de 2000 após ser processado pela indústria discográfica e pela banda de rock Metallica por violação de direitos de autor. Mais tarde, em 2011, a empresa Rhapsody International compra a marca e relança-a como um serviço de streaming de música.

“A Internet evoluiu do computador para o telemóvel, do telemóvel para as redes sociais e agora estamos a entrar na era imersiva. No entanto, o streaming de música manteve-se praticamente inalterado. Está na altura de reimaginar o que é possível”, declara Jon Vlassopoulos, CEO do Napster, em comunicado de imprensa.

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Arena Media, Initiative e O Escritório integram rankings do WARC

A Arena Media Portugal surge em 4º lugar no ranking de agências de media The WARC Effective 100, à frente da Initiative Portugal, em 25º. A ‘Põe Tudo Em Copos Limpos’ coloca O Escritório na 65ª posição, na tabela das campanhas mais eficazes

A Arena Media Portugal é a quarta agência de media mais eficaz do mundo, subindo oito posições, de acordo com a edição de 2025 do ranking The WARC Effective 100. Compilado pelo World Advertising Research Center (WARC), o estudo também destaca a agência de meios Initiative Portugal, na 25ª posição, além da campanha ‘Põe Tudo Em Copos Limpos’, concebida pela agência criativa O Escritório para a Super Bock, na 65ª posição.

Em relação ao desempenho da Arena Media Portugal, “a agência ganha pontos através de múltiplas campanhas publicitárias, mas nenhuma delas está listada no top 100 referente às campanhas”, revela ao M&P Amanda Benfell, porta-voz do WARC.

Filipe Neves, diretor executivo da Arena Media Portugal refere em comunicado de imprensa que “subir do 12º para o 4º lugar num ranking tão competitivo é um feito extraordinário e motivo de enorme orgulho para toda a equipa. Esta conquista reflete a nossa abordagem estratégica e inovadora, focada em gerar valor real para os nossos clientes”.

O ranking setorial das agências de meios é liderado pela Wavemaker Mumbai. A vice-liderança é ocupada pela Starcom Chicago, à frente da Mindshare New York, em 3º.

O ranking de campanhas do The WARC Effective 100, que analisa a eficácia publicitária, avaliando o desempenho das comunicações publicitárias com base nos resultados de eficácia globais, coloca a campanha ‘Põe Tudo Em Copos Limpos’, concebida pela agência criativa O Escritório para a Super Bock, na 65ª posição. A campanha mais eficaz é ‘ADLaM – An Alphabet to Preserve a Culture’, criada pela McCann New York para a Microsoft.

A edição de 2025 do The WARC Effective 100 apresenta ainda a Leo India como a agência criativa mais eficaz do mundo; a rede Ogilvy do grupo WPP como a rede com maior eficácia; o WPP como a ‘holding’ mais premiada pela eficácia da criatividade; a McDonald’s como a marca e o anunciante com campanhas mais eficazes; e os Estados Unidos como o país com campanhas com maior eficácia, à frente da Índia e do Brasil.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

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DMIX Collective sonoriza séries para a RTP, SIC e TVI

“Queremos que este espaço seja um hub de ideias e projetos audiovisuais”, diz Elvis Veiguinha (na foto), CEO da DMIX Collective, responsável pela pós-produção de som em séries para todos os canais de televisão generalista

A DMIX Collective, responsável pela pós-produção de som das séries ‘Faro’ (RTP), ‘Azul’ (OPTO/SIC) e ‘Mulheres às Armas!’ (TVI) inaugura o novo complexo de 500m2, em Marvila, com o objetivo a curto-médio prazo de atrair projetos internacionais.

O ‘hub’ criativo foi renovado e dispõe, agora, de quatro salas de produção e mistura de som para publicidade, cinema e televisão, três salas de edição de imagem, uma sala de correção de cor, uma sala de gravação de podcasts e um ‘lounge’ para eventos até 40 pessoas, entre outras valências.

“Queremos que este espaço seja um verdadeiro hub de ideias e projetos audiovisuais, que acolha as nossas equipas, mas que esteja de portas abertas para receber os nossos clientes com conforto e privacidade, possibilitando visionamentos e fóruns de discussão”, refere Elvis Veiguinha, CEO da DMIX Collective, citado em comunicado de imprensa.

A DMIX Collective resulta da união de esforços entre a Digital Mix Música e Imagem com a Walla Collective, tendo uma experiência de cerca de 20 anos no audiovisual nacional. No portefólio conta com trabalhos para todos os canais de televisão generalista, bem como para os ‘players’ mais relevantes do cabo, a par de dezenas de campanhas de publicidade e títulos de cinema.

“O nosso foco a curto-médio prazo é atrair projetos internacionais. Verificamos que há cada vez mais produções e coproduções estrangeiras a serem filmadas em território português, mas sem que a pós-produção seja assegurada por equipas nacionais. Queremos mudar isso. Queremos que vejam a DMIX Collective como o parceiro certo para finalizar os projetos”, realça Elvis Veiguinha, ‘sound mixer’ e professor universitário.

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Shiseido Italy reage a coima por “publicidade opaca”

A empresa de beleza defende-se da multa aplicada de €400 mil e assegura que “a Autoridade não pôs em causa a eficácia dos protetores solares, mas a forma como foram promovidos”

Após ter recebido uma sanção da Autoridade da Concorrência por prática comercial desleal, a Shiseido Italy assegura em comunicado de imprensa que “a Autoridade não pôs em causa a eficácia dos protetores solares da Shiseido, mas apenas a forma como foram promovidos, que foi considerada contraditória com as indicações de utilização no folheto informativo, sem, no entanto, entrar no mérito técnico da documentação fornecida”.

A Autoridade da Concorrência, na semana passada, tinha aplicado uma coima de €400 mil à Shiseido Italy por prática comercial desleal, acusando a empresa de beleza de difundir, através do site e dos canais de redes sociais, “uma campanha publicitária opaca sobre as caraterísticas da tecnologia SyncroShield, utilizada nos protetores solares da linha Expert Sun Protetor”.

A marca de beleza defende-se agora, das acusações. “A Shiseido, com o maior respeito pela avaliação da Autoridade, acredita que a sua conduta sempre foi transparente. O nosso principal compromisso sempre foi oferecer aos consumidores informação transparente e cientificamente apoiada, garantindo ao mesmo tempo elevados padrões de qualidade e segurança”, continua a nota da Shiseido Italy.

A empresa japonesa admite, no entanto, já ter tomado medidas para implementar ações “destinadas a destacar a importância da aplicação frequente de protetores solares”.

“Trabalharemos com as autoridades competentes para esclarecer todos os aspectos da questão e garantir que as nossas práticas de comunicação cumpram sempre, tanto quanto possível, a regulamentação em vigor, mantendo intacta a confiança dos nossos consumidores. conclui o comunicado da Shiseido Italy.

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Google diz que notícias não agregam valor ao negócio publicitário

Depois de ter removido as notícias dos resultados de 1% dos utilizadores do motor de busca em oito países europeus durante dois meses, numa experiência inédita, a Google conclui que investimento publicitário não se alterou

A Google diz que as notícias não agregam valor ao negócio publicitário associado às pesquisas. A empresa chega a essa conclusão depois de ter levado a cabo uma experiência inédita em Espanha, Itália, Bélgica, Croácia, Dinamarca, Grécia, Países Baixos e Polónia, durante cerca de dois meses e meio.

Entre os dias 14 de novembro de 2024 e 31 de janeiro de 2025, a Google removeu as notícias dos resultados de 1% dos utilizadores do motor de busca nos oito países europeus, naquela que foi uma experiência inédita, tendo concluído que investimento publicitário não se alterou durante esse período, embora o número de utilizadores diários tenha caído 0,8%.

“O estudo mostrou que, quando removemos este tipo de conteúdos, não houve qualquer alteração na receita de anúncios de pesquisa, apenas uma queda inferior a 1% na utilização, o que indica as perdas de utilização verificadas prendem-se com consultas que geram receitas mínimas ou até mesmo nenhumas. Além disso, o estudo descobriu que a receita combinada de anúncios em todas as propriedades do Google, incluindo a nossa rede de anúncios, também se manteve estável”, informa a empresa em comunicado de imprensa.

Para além de procurar perceber se os utilizadores continuariam a aceder ao Google caso não encontrassem notícias, a experiência procurou medir o impacto publicitário da remoção e avaliar o peso desses conteúdos nos resultados das buscas. “Durante as negociações para cumprirmos a diretiva da União Europeia sobre direitos de autor e direitos conexos no mercado único digital, assistimos a uma série de relatórios imprecisos que sobrestimam muito o valor do conteúdo noticioso para a Google”, justifica a empresa.

Google testa novas funcionalidades em Portugal

O estudo, divulgado numa altura em a Google testa novas funcionalidades de pesquisa em vários países, incluindo Portugal, apurou que as utilizações do motor de busca vão muito além da procura de notícias. “É usado para encontrar floristas, para obter a previsão do tempo ou para reservar um voo. As pessoas recorrem ao Google por motivos diferentes e para muitas outras tarefas, mesmo quando se revela menos útil em termos de notícias”, assegura a companhia tecnológica.

Aprovada em 2019, a diretiva da União Europeia sobre direitos de autor e direitos conexos no mercado único digital exige que os agregadores de notícias paguem às empresas de comunicação social e às publicações a divulgação de fragmentos de notícias que vão além de palavras individuais ou excertos breves. A exigência levou a Google a investir no programa Extended News Previews (ENP), que está na origem dos acordos assinados com 4.400 títulos em 24 países da União Europeia.

Para atrair a geração Z, menos adepta do consumo regular de notícias, a empresa está a testar duas novas funcionalidades: A AI Overview e a AI Mode, em fase de testes preliminares, segundo o Expresso, recorrem a resumos gerados por inteligência artificial (IA) que combinam informações de várias fontes e publicações digitais. A data de lançamento em Portugal ainda não foi divulgada.

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H&M recorre a gémeos digitais para promover marca

“As pessoas vão ficar divididas [em relação às réplicas digitais] (na foto), mas, enquanto ‘player’ da indústria, vemos uma oportunidade de liderar um movimento”, explica Jörgen Andersson, diretor criativo da marca

A H&M está a recorrer a gémeos digitais para promover a marca. Em colaboração com 30 modelos, e com as agências que lhes gerem as carreiras, o retalhista de moda sueco criou réplicas digitais dos manequins, com recurso a ferramentas de inteligência artificial (IA), dando origem a figuras com aspeto humano que podem ser usadas em campanhas, redes sociais, catálogos e até marketing de influência.

“As pessoas vão ficar divididas [em relação às réplicas digitais], mas, enquanto grande ‘player’ da indústria, vemos aqui uma oportunidade de liderar um movimento que tem os interesses dos modelos, das agências e da indústria da moda em conta”, justifica Jörgen Andersson, diretor criativo da H&M, citado no site The Business of Fashion.

A marca, que sabe que a medida é polémica, vê nesta medida uma forma de salvaguardar o emprego e os direitos dos modelos, numa altura em que o recurso à IA em campanhas e iniciativas de marketing de influência aumenta.

Segundo a H&M, os direitos de imagem dos gémeos digitais pertencem aos manequins que replicam, podendo ser usados em campanhas e ações promocionais de concorrentes da marca.

Divulgadas nas redes sociais ao longo das próximas semanas, as imagens vêm acompanhadas de uma marca de água que informa que foram criadas com recurso a IA. Ao contrário da Levi’s, que abandonou a intenção de recorrer a modelos gerados digitalmente após uma onda de críticas, a H&M prefere seguir o exemplo de marcas como a Skinny, que recorreu à IA para transformar uma cliente na embaixadora digital da marca.

“Esta evolução, que representa uma nova fonte de receitas, afetará potencialmente a forma como produzimos conteúdo mas, nesta fase, ainda não consigo dizer exatamente de que forma”, assume Louise Lundquist, gestora de negócios da H&M. A marca de moda escandinava tem estado a trabalhar com a empresa tecnológica Uncut no desenvolvimento dos gémeos digitais.

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Chloë Sevigny protagoniza campanha da Ecco

Intitulada “Icons That Last”, a campanha mostra a atriz calçada com os ténis Biom C-Trail (na foto), um estilo que Chloë Sevigny ajuda a popularizar. A produção e a fotografia é de Brianna Capozzi

A marca de calçado e artigos de couro Ecco elege a atriz Chloë Sevigny para protagonizar a nova campanha de primavera/verão, produzida e fotografada por Brianna Capozzi, em colaboração com a designer de moda Karolyn Pho.

Intitulada “Icons That Last”, a campanha mostra a atriz calçada com os ténis Biom C-Trail, que Chloë Sevigny ajuda a popularizar, entre outros modelos. “Estou entusiasmada com a parceria, há uma autenticidade na marca Ecco que admiro – é despretensiosa e fácil”, declara Sevigny, citada em comunicado de imprensa.

Na sessão de fotos, em Los Angeles, a estrela de cinema deu um toque pessoal às peças que fazem parte da nova coleção Ecco, como os ténis Biom C-Trail, as sandálias Ecco Sculpted Alba e a bolsa minimalista Ecco Pot.

“O verdadeiro estilo para mim significa ter a liberdade de me expressar e viver desinibida, algo que sinto sempre quando calço Ecco”, acrescenta a atriz em comunicado. Sevigny, vencedora do Globo de Ouro, entrou em ‘We Are Who We Are’ da HBO e ‘Russian Doll’, da Netflix.

Fundada em 1963 na Dinamarca, a Ecco é uma empresa familiar que emprega cerca de 22 mil pessoas em todo o mundo. A nova coleção feminina primavera/verão, lançada a 20 de março, já está disponível nas lojas e no site.

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