Indústria audiovisual global cresce 3,9% ao ano até 2028
As receitas globais da indústria do entretenimento e dos media, que tinham atingido os 2,8 mil milhões de dólares em 2023, devem ultrapassar os 3,4 mil milhões de dólares dentro de quatro anos, estima o estudo ‘Entertainment & Media Outlook 2024-2028’, da PwC
Luis Batista Gonçalves
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A indústria audiovisual global vai crescer 3,9% ao ano até 2028, avança o estudo ‘Entertainment & Media Outlook 2024-2028’, da PwC. As receitas globais da indústria do entretenimento e dos media devem ultrapassar os 3,4 mil milhões de dólares (€3,2 mil milhões), dentro de quatro anos, face aos 2,8 mil milhões de dólares (€2,6 mil milhões), apurados no final de 2023.
De acordo com as projeções da consultora, o investimento publicitário será superior a um trilião de dólares (€952,2 biliões). Impulsionado pelo crescimento das plataformas de ‘streaming’ e pela transmissão de competições desportivas, cresce a uma média de 6,7% ao ano, até 2028, com a indústria do entretenimento e dos media digitais, que cresceu 10,1% em 2023, a fixar-se nos 9,5% nos próximos quatro anos.
Em 2028, o investimento publicitário nas plataformas audiovisuais de entretenimento digitais deverá absorver 77,1% do investimento global. “Os Estados Unidos continuam a ser o maior mercado mundial de gastos de consumo e publicidade, com uma taxa de crescimento anual de 4,3% até 2028, representando mais de um terço dos gastos globais em 2023”, refere o estudo.
Apesar da evolução positiva, o mercado norte-americano não é o que mais cresce. “Outros grandes mercados, incluindo a China (7,1%) e a Índia (8,3%), e mercados menos maduros, como a Indonésia (8,5%) e a Nigéria (10,1%), estão a crescer mais rapidamente”, revela a análise da PwC, que também perspetiva a evolução das subscrições dos serviços de ‘streaming’, apontando para uma taxa de crescimento anual global de 5%, até 2028.
Em 2023, o número de subscrições não ultrapassava os 1,6 mil milhões. Dentro de quatro anos, deverá chegar aos 2,1 mil milhões, em todo o mundo, mas o ritmo de progressão desacelera. “O efeito de estagnação identificado está a levar os principais ‘streamers’ a remodelar os modelos de negócio e a encontrar novas receitas para além das subscrições, incluindo a introdução de modelos de subscrição com anúncios, a limitação de partilha de palavras-passe e introdução de desportos ao vivo”, refere a análise da PwC.