Foto: Ines Leote
Media

Mensagem de Lisboa dinamiza projeto jornalístico em “desertos informativos” da AML

Apoiado pelo fundo Local Media for Democracy, da União Europeia e do European Journalism Fund, o projeto “Narrativas”, que está a ser desenvolvido pelo jornal digital Mensagem de Lisboa, tem […]

Meios & Publicidade
Foto: Ines Leote
Media

Mensagem de Lisboa dinamiza projeto jornalístico em “desertos informativos” da AML

Apoiado pelo fundo Local Media for Democracy, da União Europeia e do European Journalism Fund, o projeto “Narrativas”, que está a ser desenvolvido pelo jornal digital Mensagem de Lisboa, tem […]

Sobre o autor
Meios & Publicidade
Artigos relacionados
Guilherme Coelho lidera nova área tecnológica da Havas
Marketing
Faturação da ByteDance sobe para €136,1 mil milhões
Digital
Sugestões para ler, ver e escutar da edição 977 do M&P
Media
Palhaçadas sérias
Publicidade
Havas inspira-se na força do vento para reposicionar EDP
Publicidade
L’Oréal Paris escolhe Philippine Leroy-Beaulieu
Marketing
Digidelta lança marca de filmes sustentáveis para impressões digitais
Comunicação
Marcas americanas adaptam estratégias em resposta às tarifas de Trump
Marketing
Flesh512 cria campanha digital para a Água Serra da Estrela
Publicidade
TV: Os programas que dominam as audiências, gravações e redes sociais em março
Media

Apoiado pelo fundo Local Media for Democracy, da União Europeia e do European Journalism Fund, o projeto “Narrativas”, que está a ser desenvolvido pelo jornal digital Mensagem de Lisboa, tem como missão desvendar as histórias escondidas da Área Metropolitana de Lisboa (AML), “desertos informativos” como os promotores da iniciativa os apelidam. A publicação dinamizou delegações em Algueirão-Mem Martins (Sintra), Chelas (Lisboa) e Casal da Boba (Amadora) para dar visibilidade mediática a essas zonas.

“Que histórias contaria quem vive nas zonas periféricas de Lisboa, se tivesse o poder para o fazer nos meios de comunicação social? Narrativas. Porque há muitas coisas para contar e muitas maneiras de contá-las”, explica a Mensagem de Lisboa em comunicado de imprensa.

PUB

O projeto arrancou esta segunda-feira e promete surpreender pelos relatos. As notícias disponibilizadas, redigidas em colaboração com habitantes locais, “repórteres comunitários” como a publicação lhes chama, ficam depois disponíveis numa área dedicada ao “Narrativas” no site do jornal.

Ouvir os que se sentem excluídos

No final do ano passado, a redação da Mensagem de Lisboa mudou-se temporariamente para as três zonas da AML. Além da sede do grupo cultural Unidigrazz em Mem Martins, ocuparam espaços da associação juvenil Kriativu em Chelas e da Associação Cavaleiros São Brás no Casal da Boba. Dar voz aos que não a têm é a principal ambição desta iniciativa.

“A Mensagem considera que este projeto é uma boa forma de alargar a liberdade de imprensa a quem ainda está longe dela. A apatia de muitos dos que vivem alheados da informação rigorosa e credível é cada vez maior. Mas é o caminho óbvio para quem não encontra informação que lhe diga respeito ou não se reveja no que é publicado”, esclarece o jornal em comunicado.

“Neste projeto, vamos perceber que há imensas histórias para contar. Ouvimos muitas pessoas que se sentiam ouvidas pela primeira vez e muitas delas falavam com um jornalista pela primeira vez nas suas vidas”, revela Catarina Carvalho, diretora da Mensagem de Lisboa.

Desertos informativos em discussão pública

Em Chelas, a iniciativa veio dar um novo fôlego a um projeto de jornalismo local que já existia e que entretanto se candidatou a um financiamento municipal. “Foi muito enriquecedor e motivador, dando-nos novas ideias e mostrando as diferentes abordagens que uma plataforma de divulgação pode ter. Foi, claramente, uma mais-valia e deixa ainda mais forte a ideia de que a Mensagem de Lisboa tem de ser nossa parceira na Gazetta do Bairro”, apela Nuno Varela, fundador do Kriativu.

A expressão “desertos informativos” integra um trabalho de análise prévio, da autoria do investigador António Brito Guterres e de Dora Santos Silva, coordenadora do Obi.Media, Observatório de Inovação dos Media, um organismo afeto à Universidade Nova de Lisboa, que, segundo a Mensagem de Lisboa, será divulgado nas próximas semanas.

“[Nesse estudo], é confirmado que a cobertura habitual sobre estes lugares onde a Mensagem andou é quase nula”, revela ainda a publicação em comunicado. “Em abril, a Mensagem de Lisboa vai organizar uma conferência de imprensa sobre este tema na Universidade Nova de Lisboa”, avança ainda o documento.

Sobre o autorMeios & Publicidade

Meios & Publicidade

Mais artigos
Artigos relacionados
Guilherme Coelho lidera nova área tecnológica da Havas
Marketing
Faturação da ByteDance sobe para €136,1 mil milhões
Digital
Sugestões para ler, ver e escutar da edição 977 do M&P
Media
Palhaçadas sérias
Publicidade
Havas inspira-se na força do vento para reposicionar EDP
Publicidade
L’Oréal Paris escolhe Philippine Leroy-Beaulieu
Marketing
Digidelta lança marca de filmes sustentáveis para impressões digitais
Comunicação
Marcas americanas adaptam estratégias em resposta às tarifas de Trump
Marketing
Flesh512 cria campanha digital para a Água Serra da Estrela
Publicidade
TV: Os programas que dominam as audiências, gravações e redes sociais em março
Media
Media

Sugestões para ler, ver e escutar da edição 977 do M&P

O livro ‘Storytelling — A Melhor História Ganha’, de Mark Edwards, a série ‘Vinagre de Sidra’, da Netflix, e o podcast ‘Uncensored CMO’, são alguns dos destaques

Ler

Storytelling — A Melhor História Ganha

Ao longo de várias décadas dedicadas ao jornalismo, Mark Edwards criou um método próprio para escrever histórias convincentes e cativantes. Neste livro, partilha as técnicas que desenvolveu e a abordagem seguida na criação de histórias vencedoras e na comunicação eficaz. A obra inclui vários exemplos aplicáveis a diferentes áreas, como a publicidade, o marketing e os negócios.

Partindo da premissa de que, num mundo saturado de informação, as melhores histórias são as que se destacam e conquistam audiências, Mark Edwards demonstra que a forma como uma mensagem é contada pode ter mais impacto do que a própria mensagem. Explica ainda como estruturar histórias eficazes, utilizando personagens, conflito e resolução para criar uma ligação autêntica com o público, mostrando como histórias bem construídas geram emoção, envolvimento e ação.

Autor Mark Edwards
Editora Clube do Autor
Lançamento Março de 2025
Páginas 248
Preço €18,00

Personal Branding — O Guia Para Uma Marca Pessoal de Sucesso

Neste livro, Raquel Soares, fundadora da Love People, consultora de marca pessoal, imagem e da conferência Personal Branding Summit, partilha estratégias, histórias e as lições que aprendeu ao longo de anos de experiência na transformação de carreiras e negócios.

A obra apresenta estratégias para destacar talentos, criar conexões e aumentar a credibilidade profissional. Com sugestões aplicáveis e casos reais, Raquel Soares mostra como se pode destacar num ambiente competitivo, reforçando a importância da consistência e do propósito, e como criar uma marca pessoal autêntica, influente e memorável.

Autor Raquel Soares
Editora Ideias de Ler
Lançamento Março de 2025
Páginas 272
Preço €17,75

Ver

Vinagre de Sidra


Criada por Samantha Strauss e realizada por Jeffrey Walker, Vinagre de Sidra inspira-se na história verídica de Belle Gibson, influenciadora que enganou os seguidores ao afirmar ter-se curado de um cancro através da medicina alternativa, para lucrar com esse estilo de vida.

A série destaca os perigos das falsas promessas no mundo do bem-estar, o impacto das redes sociais e o papel dos influenciadores na disseminação de informações de saúde.

Formato Minissérie
Género Drama
Realizador Jeffrey Walker
Estúdio See-Saw Films
Distribuidora Netflix
Plataformas Netflix
Lançamento Fevereiro de 2025

A Batalha das Pop-Tarts

Escrito e realizado pelo ator e humorista norte-americano Jerry Seinfeld, A Batalha das Pop-Tarts é uma comédia que retrata a guerra entre as marcas Kellogg’s e Post, que resulta na criação da icónica Pop-Tart da Kellogg’s, que revolucionou o pequeno-almoço dos norte-americanos.

Através do humor, o filme mostra os bastidores da rivalidade entre as gigantes da indústria alimentar e como o marketing transforma umas simples bolachas num fenómeno cultural.

Formato Filme
Género Comédia
Realizador Jerry Seinfield
Estúdio Columbus 81 Productions
Distribuidora Netflix
Plataformas Netflix
Lançamento Maio de 2024

Escutar

Uncensored CMO

O Uncensored CMO é um podcast de Jon Evans, diretor de marketing e clientes da plataforma de eficácia de marca System 1, criado para explorar os prós, os contras e a verdade por trás da prática do marketing.

Com entrevistas a diretores de marketing e líderes do setor, o podcast aborda estratégias de marca, casos de sucesso e desafios das marcas, entre outros temas.

Screaming Creativity

Conduzido por Rob Reilly, diretor criativo executivo global do grupo WPP, o Screaming Creativity explora o impacto da criatividade nos negócios e na cultura.

O podcast inclui conversas com personalidades influentes do marketing e da publicidade, nas quais são abordados temas como o impacto da tecnologia na criatividade, o panorama em constante evolução do setor criativo, o futuro da publicidade e os percursos criativos dos convidados.

What Next?

O What Next? explora como a globalização, a tecnologia e as mudanças demográficas estão a remodelar a forma como criamos, consumimos e comunicamos.

Rishad Tobaccowala, conselheiro sénior do Publicis Groupe, conversa com diretores executivos e diretores criativos, para discutir o impacto da tecnologia nos meios de comunicação social, o atual cenário empresarial e da publicidade, bem como os desafios da liderança no futuro do trabalho.

Sobre o autorDaniel Monteiro Rahman

Daniel Monteiro Rahman

Mais artigos
Media

TV: Os programas que dominam as audiências, gravações e redes sociais em março

O futebol lidera a lista dos programas mais vistos. Nas gravações diárias, o programa de Ricardo Araújo Pereira, ‘Isto é Gozar com Quem Trabalha’, conquista a primeira posição. A TVI ganha novamente nas menções nas redes sociais com os ‘reality shows’ do canal

Em março, o jogo a contar para a Liga das Nações que opõe a seleção nacional à Dinamarca é o programa mais visto. Transmitido na RTP1 a 23 de março, o jogo de futebol lidera o top de programas, com uma audiência média de 2,531,000 espectadores, num ranking liderado pela transmissão de eventos desportivos, segundo a análise da Marktest com base nos dados da Mediamonitor.

Na segunda posição encontra-se a primeira mão do mesmo confronto entre Portugal e a Dinamarca, exibido a 20 de março na RTP1, com uma audiência média acima dos dois milhões de espectadores. A fechar as três primeiras posições está o programa de Ricardo Araújo Pereira ‘Isto é Gozar com Quem Trabalha’, transmitido a 9 de março, na SIC.

Nos programas gravados e visionados no próprio dia, a liderança cabe novamente a um episódio do programa ‘Isto é Gozar com Quem Trabalha’, transmitido na SIC a 30 de março, que regista 228,300 espectadores em termos de audiência média. Nas gravações de sete dias, a emissão do programa ‘Taskmaster’, na RTP1 a 29 de março, ocupa o primeiro lugar.

Nas redes sociais, os ‘reality shows’ da TVI ‘Secret Story – Casa dos Segredos’ e ‘Big Brother’, encontram-se em destaque nas primeiras e segundas posições da tabela, respetivamente.

Na terceira posição surge o programa da manhã da TVI, ‘Dois às 10’, à frente do ‘reality show’ da SIC ‘Casados à Primeira Vista’, que ocupa a quarta posição. ‘Goucha’, o programa da tarde da TVI, encontra-se na quinta posição, seguido do concurso de talentos da RTP1 ‘Got Talent Portugal’ e da novela da TVI ‘A Protegida’, na sexta e sétima posição, respetivamente.

O top 10 dos programas com mais menções nas redes sociais no segundo mês do ano é completado pela novelas ‘A Fazenda’, da TVI, e ‘A Herança’, da SIC, na oitava e nona posição respetivamente, seguidas da  série juvenil da TVI ‘Morangos Com Açúcar’, em décimo.

Sobre o autorMeios & Publicidade

Meios & Publicidade

Mais artigos
Media

The Washington Post pondera micropagamentos para recuperar rentabilidade

Os micropagamentos são uma das várias estratégias que o jornal está a testar para recuperar a rentabilidade sob o controlo de Jeff Bezos

O The Washington Post está a ponderar a utilização de micropagamentos para expandir o acesso ao catálogo de notícias, segundo revela à Axios Matt Murray, editor executivo do jornal, no palco da conferência anual da Society for Advancing Business Editing and Writing.

A ideia de introduzir micropagamentos no jornalismo não é nova, mas os limites mínimos dos cartões de crédito e os sistemas financeiros mais antigos tornam os micropagamentos mais difíceis de facilitar nos Estados Unidos do que noutros mercados, como a China.

Matt Murray adianta que o jornal tem tido sucesso com as experiências iniciais de pagamentos flexíveis, que permitem aos leitores subscrever e aceder aos conteúdos a um preço reduzido. De acordo com o editor executivo do The Washington Post, o jornal tem experimentado um pagamento flexível que permite aos utilizadores aceder ao conteúdo por um período de sete dias, garantindo assim um rendimento estável em momentos noticiosos importantes, como as eleições.

À semelhança dos micropagamentos, que ainda não foram implementados, os pagamentos flexíveis são uma das várias estratégias que o jornal está a testar para recuperar a rentabilidade. O The Washington Post também introduziu um serviço de assinatura para profissionais, o WP Intelligence, e está a investir mais em eventos ao vivo.

O jornal tem passado por alguma instabilidade, com a saída de vários elementos da redação e com a reação negativa da redação às mudanças na secção de opinião, decididas pelo proprietário Jeff Bezos. Matt Murray defendeu Jeff Bezos e o CEO do jornal, Will Lewis, na conferência, afirmando que as mudanças nas redações podem ser desagradáveis, mas são necessárias.

Questionado pela Axios sobre se Jeff Bezos está empenhado em continuar a ser proprietário e a fazer crescer o The Washington Post, o editor executivo respondeu que “sim e sim, em todas as conversas que tive com o Jeff, ele reafirmou o seu compromisso com o jornalismo”.

Sobre o autorMeios & Publicidade

Meios & Publicidade

Mais artigos
Media

Futuro da Trust in News decide-se a 6 de maio

A assembleia de credores discute, nessa data, o plano de insolvência da TiN, que prevê um investimento máximo de €1,5 milhões, a venda de títulos e a criação de uma ‘task force’ para renegociar contratos e baixar custos

Os credores da Trust in News (TiN) pronunciam-se a 6 de maio sobre o plano de insolvência da empresa. O documento, apresentado por Luís Delgado, prevê um investimento faseado no montante máximo de €1,5 milhões, o encerramento da delegação no Porto, a redução de colaboradores, a criação de uma ‘task force’ para renegociar contratos e baixar custos operacionais e o pagamento faseado das dívidas à Autoridade Tributária e Segurança Social, em 150 prestações.

“Estamos a funcionar com as dificuldades normais de uma situação destas, enquanto aguardamos pela decisão dos credores. Temos conseguido resolver a maior parte dos problemas, apesar de termos questões pendentes”, explica ao M&P André Correia Pais, administrador de insolvência da empresa.

Ao contrário dos ordenados, que foram regularizados, há valores em dívida que ainda não foram liquidados. “Os salários estão em dia, falta apenas pagar aos trabalhadores o subsídio de alimentação referente ao mês de março. Estamos a falar de cerca de €15 mil, um valor que vamos conseguir pagar entre o final desta semana e o início da próxima”, revela André Correia Pais.

Por regularizar está também o pagamento de impostos. “Ainda não consegui pagar o mês de dezembro de 2024, que devia ter sido regularizado em janeiro. Essa situação já era conhecida antes da assembleia de credores de 29 de janeiro. O valor será regularizado em breve, até porque os impostos referentes a janeiro e fevereiro foram pagos e os de março podem ser liquidados até 20 de abril, que é a data limite”, esclarece o administrador de insolvência da TiN.

Fundada pelo empresário Luís Delgado em 2017, a TiN detém órgãos de comunicação social como a Visão, a Exame, a Caras, a TV Mais, a Telenovelas, a Activa, o Holofote e a Prima. Declarada insolvente pelo Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Oeste, a 4 de dezembro de 2024, na sequência da reprovação do PER [Processo Especial de Revitalização], que havia sido apresentado em maio, está dependente da assembleia de credores de 6 de maio.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

Luis Batista Gonçalves

Mais artigos
Media

Concursos de apoio financeiro ao cinema e audiovisual abriram com €30,6 milhões

Governo publica em Diário da República a portaria que autoriza o ICA a repartir o apoio financeiro para os contratos a celebrar entre 2025 e 2030

Os concursos de apoio financeiro ao cinema e audiovisual de 2025 abriram hoje com uma dotação de €30,6 milhões, uma subida de €950 mil face a 2024, segundo a Lusa.

Na página oficial, o Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA) detalha os montantes disponíveis para cada um dos programas nas áreas do cinema e audiovisual, incluindo escrita, produção, distribuição, exibição, realização de festivais, promoção internacional e os protocolos de coprodução.

Se em 2024, o montante global era de €29,6 milhões, o deste ano é de €30,6 milhões. A ligeira subida pode ser explicada pela abertura do concurso de apoio à produção de longas-metragens de animação, que é bienal.

Na distribuição de verbas entre os subprogramas de financiamento, o de novos talentos e primeiras obras em longa-metragem de ficção mantém o montante de €3,9 milhões, e o programa geral de cinema totaliza €16,2 milhões, com mais cerca de €1,3 milhões do que em 2024.

O programa de apoio ao audiovisual e multimédia também mantém os mesmos €7,6 milhões. Já o programa de apoio à internacionalização tem este ano €1,1 milhões, ou seja, menos €620 mil face a 2024, porque um dos subprogramas de divulgação e promoção internacional para associações do setor é bienal.

O calendário dos concursos é anunciado pelo ICA no mesmo dia em que o Governo publica em Diário da República a portaria que autoriza aquele instituto a repartir os €30,6 milhões para os contratos a celebrar no âmbito dos apoios entre 2025 e 2030.

Sobre o autorMeios & Publicidade

Meios & Publicidade

Mais artigos
A jornalista foi moderadora na conferência Infrastructure Investor Network America Forum, em dezembro de 2024
Media

“Há uma maior necessidade de medir as palavras e de agir de forma controlada”

Muda-se para Nova Iorque em 2019, para fazer um mestrado em jornalismo. Atualmente, Catarina Lamelas Moura (na foto) escreve sobre investimentos em infraestruturas numa publicação para investidores e profissionais do setor

Catarina Nunes

As empresas de media em Nova Iorque recompensam bem, mas também exigem mais, revela Catarina Lamelas Moura, repórter sénior da Infrastructure Investor Deals, que considera que “em Portugal há um à vontade maior no relacionamento com colegas e mesmo com chefias”.

A publicação online onde trabalha inclui uma revista em papel e integra o grupo PEI, que além de deter vários títulos especializados e bases de dados na área de investimentos em infraestruturas, organiza anualmente a conferência de referência no setor, a Infrastructure Investor Global Summit, em Berlim, entre outros eventos.

Um deles é o Infrastructure Investor Network America Forum, em Nova Iorque, que na última edição, em dezembro de 2024, conta com Catarina Lamelas Moura como moderadora de dois painéis.

Atualmente, escreve sobre investimentos e transações individuais em infraestrutura a nível global, mas começa por estagiar na secção de crime do New York Daily News, em 2020, que funciona como “uma formação sobre Nova Iorque, que me abre os olhos para a escala real desta cidade”, recorda a jornalista que inicia o percurso profissional em Lisboa, como estagiária na revista Fora de Série, suplemento que na época integra o extinto Diário Económico.
Na rubrica de Portugal Para o Mundo, dedicada a profissionais expatriados, partilha a experiência do ‘sonho americano’.

Catarina Lamelas Moura vive em Nova Iorque desde 2019 e o maior obstáculo tem sido manter o visto

Trabalhar fora de Portugal era uma ambição ou qual é a circunstância que determina a saída?

Tenho desde sempre o sonho de viver em Nova Iorque e já tinha vivido nos Estados Unidos, quando no 12º ano faço um programa de intercâmbio numa escola em Lakeland, na Flórida.

Depois de terminar a faculdade em Portugal decido que, em vez de seguir para um mestrado, iria trabalhar durante uns anos para ganhar experiência e voltar depois para os Estados Unidos, para fazer o tal mestrado, mas desta vez em Nova Iorque.

Os anos vão passando e, na verdade, estava bastante feliz e confortável com a vida em Lisboa, mas em 2019 decido finalmente lançar-me para fora.

Qual é o percurso que faz?

Mudo-me para Nova Iorque em agosto de 2019 e inicio o mestrado em jornalismo na New York University, em setembro de 2019. No verão de 2020, entre o segundo e o último semestre, faço um estágio no jornal New York Daily News e convidam-me a ficar mais uns meses até ao final de 2020, que é quando terminava curso.

No início de 2021 começo a trabalhar na Patch, uma publicação de jornalismo local. Em 2022, mudo de área jornalística e passo a escrever sobre criptomoedas para a startup The Block. Escrevo também sobre crédito privado para a Reorg, agora denominada Octus, entre 2023 e 2024.

No final do ano passado começo a trabalhar para a Infrastructure Investor, publicação dedicada a investimentos em infraestruturas.

Onde é que trabalhava e em quê, antes de mudar de país?

Trabalhava no jornal Público, na Ímpar, durante cerca de dois anos e meio, entre 2017 e 2019, e continuo a considerar o Público uma espécie de ‘casa’ no jornalismo. Antes disso passo quase um ano na revista Sábado, em 2016, depois de um estágio na Fora de Série – que na altura é um suplemento do Diário Económico – a seguir à conclusão da licenciatura em jornalismo, na Escola Superior de Comunicação Social, em 2014.

Em termos profissionais, quais são as diferenças entre trabalhar como jornalista em Lisboa e em Nova Iorque?

Em geral, a maior diferença é a competitividade. As empresas recompensam bem, mas também exigem mais. Isso obriga a estar em constante evolução. As próprias empresas têm de se manter competitivas e, se for necessário, um dia duplicam a equipa e seis meses depois fazem cortes. Isto não é visto de forma tão dramática, até porque o mercado de trabalho é muito mais forte e dinâmico.

Qual é o projeto mais recente que tem entre mãos e no que consiste?

Até ao ano passado estava na área de crédito privado, quando mudo para outra publicação de imprensa especializada, onde escrevo sobre investimentos na área de infraestrutura. A publicação é a Infrastructure Investor, que faz parte do PEI Group, grupo de media especializado em publicações para profissionais, que fornecem inteligência de negócios, através de notícias e análises para o setor financeiro. O grupo PEI tem várias publicações e organiza também eventos e conferências, como a Infrastructure Investor Network Global Summit, que é considerada a conferência do setor.

Faço parte da Infrastructure Investor, que é online e tem uma revista em papel e uma base de dados, mas mais especificamente integro a equipa da Infrastructure Investor Deals, que é uma nova publicação focada em investimentos e transações individuais em infraestruturas a nível global, lançada no final de janeiro.

A participação na cerimónia de abertura da New York Stock Exchange é um dos momentos que destaca

O valor da herança cultural portuguesa

Quais são as mais-valias e os obstáculos que o ser portuguesa tem no seu trabalho nos Estados Unidos?

Tenho um orgulho enorme (quase vaidade) em ser portuguesa e isso dá-me confiança em tudo o que faço. Levo comigo uma herança cultural que se manifesta em todas as minhas relações profissionais e pessoais. Sinto que é importante sobretudo numa cidade como Nova Iorque, onde a diversidade, não só cultural mas também na forma de pensar, tem tanto destaque.

O maior obstáculo tem sido manter o visto. Tem sido uma luta constante e qualquer pessoa que esteja nos Estados Unidos com um visto compreende este sentimento.

Até ao ano passado mantive-me com um visto de estudante com autorização de trabalho. É uma grande vitória ter conseguido passar para um visto mais permanente, que me dá mais estabilidade. É a superação de uma candidatura bastante exigente, que acabo por conseguir recorrendo à contratação de advogados.

Quais são as particularidades do jornalismo nos EUA ou em Nova Iorque, em termos de desafios e oportunidades em relação ao mercado português?

O mercado é muito maior e, mesmo dentro da área do jornalismo, existem muitas oportunidades, seja em publicações de media tradicional, startups ou títulos de imprensa especializada. Tendo trabalhado nestes três tipos de publicações desde que me mudei para Nova Iorque, sinto que há várias opções.

Em Portugal na área de jornalismo, infelizmente, as escolhas são muito mais limitadas.

Qual é o momento que o mercado norte-americano atravessa em termos de consumo de media, jornalismo e publicações para profissionais?

Na área de mercados privados, que é onde estou desde 2023, há uma procura enorme e empresas de media competitivas, porque a informação que publicam, incluindo ‘furos’ e informação privilegiada, é extremamente valiosa para investidores e outros profissionais.

Conhecer NY através do jornalismo de crime

Qual é a experiência profissional mais marcante, negativa e positiva, que teve nos EUA ou em Nova Iorque?

Durante o mestrado faço um estágio no New York Daily News, que é prolongado por mais uns meses, onde escrevo principalmente sobre crime e sou enviada todos os dias para diferentes cantos da cidade para entrevistar pessoas.
Representa não só um enorme desafio, mas também uma forma de ficar a conhecer a cidade mais profundamente, de conversar com pessoas e conhecer diferentes bairros. É quase uma formação sobre Nova Iorque, que me abre os olhos para a escala real desta cidade.

O mais negativo, ou mais difícil, tem sido a pressão de trabalhar num mercado tão competitivo, mas não me lembro de um episódio concreto.

Há algum momento profissional que destaque?

No The Block, a escrever sobre bolsa, sou convidada para a cerimónia de abertura da New York Stock Exchange, por uma empresa sobre a qual tinha escrito. Mas hoje em dia acompanho exclusivamente os mercados privados.

Em termos profissionais, do que é que tem mais saudades em relação a Portugal?

Em Portugal há um à vontade maior no relacionamento com colegas e mesmo com chefias. Aqui há uma maior necessidade de medir as minhas palavras e de agir de forma controlada em qualquer situação laboral.

Pensa regressar a Portugal e porquê?

Para já, não tenho planos para regressar. Mas também não tenho planos para ficar para sempre. Às vezes esqueço-me disso, mas na verdade antes de me mudar para Nova Iorque não imaginava que iria ficar cá a trabalhar depois de terminar o mestrado. Não sabia sequer que seria possível, sobretudo enquanto jornalista, sem ser a trabalhar para uma empresa multinacional.

Hoje tenho um sentimento de saudades de casa quando não estou em Lisboa, mas também quando não estou em Nova Iorque.

Sobre o autorCatarina Nunes

Catarina Nunes

Diretora do Meios&Publicidade
Mais artigos
Media

Como as tarifas de Trump estão a impactar gastos em media e ‘upfronts’ de TV

“Alguns planeadores de meios vão agir rapidamente nos ‘upfronts’, porque as estações televisivas vão começar a oferecer descontos logo de início”, declara Dave Morgan, CEO da plataforma de publicidade televisiva Simulmedia

Os planeadores de meios descrevem um clima de incerteza e cautela face ao plano de tarifas apresentado por Donald Trump a 2 de abril, noticia a Ad Age. “A notícia dada pelo presidente vai mudar a conversa para pior no que diz respeito ao setor da publicidade e planeamento”, assegura um planeador de meios, citado na Ad Age.

Embora o impacto imediato das tarifas ainda esteja a ser avaliado, os planeadores de meios encontram-se a preparar a temporada de ‘upfronts’, um momento crucial do ano, durante a qual os anunciantes estabelecem compromissos e contratos de longo prazo com os vendedores de espaço publicitário.

Estes eventos servem para as estações televisivas e empresas de media promoverem e apresentarem o portefólio de anúncios para o ano, incluindo os mais procurados, como por exemplo, os intervalos do Super Bowl, que a NBCUniversal já está a vender por 7 milhões de dólares (€6,3 milhões) à unidade, de acordo com a Ad Age.

Outro planeador de meios contactado pela Ad Age revela que tem recebido chamadas constantes de vendedores de inventário publicitário a perguntar sobre o estado dos orçamentos e compromissos dos clientes, mas que não tem recebido respostas dos anunciantes para poder planear os próximos passos.

“Os ‘upfronts’ são jogadas a longo prazo — qualquer incerteza obriga os profissionais de marketing a recuar nos compromissos, o que é mau para as empresas que estão a tentar vender o seu inventário”, argumenta um planeador de meios citado pela Ad Age. Isto pode fazer com que os profissionais de marketing suspendam os investimentos em canais de construção de marca, como a televisão, e se concentrem em canais de desempenho cujos acordos costumam ser de curto prazo.

“Alguns vão agir rapidamente nos ‘upfronts’ porque as estações televisivas podem estar tão preocupadas que vão oferecer descontos logo de início”, declara Dave Morgan, CEO da plataforma de publicidade televisiva Simulmedia.

Além dos descontos, Dave Morgan acredita que os preços dos anúncios televisivos vão descer em geral, sendo que os consumidores, sentindo-se pressionados a consumir menos, vão preferir ficar em casa a ver televisão em vez de sair e gastar dinheiro.

Sobre o autorDaniel Monteiro Rahman

Daniel Monteiro Rahman

Mais artigos
Media

Max lança plano com anúncios em Portugal

A Warner Bros. Discovery e a Sapo Sales House vão comercializar anúncios ‘pre-roll’ e ‘mid-roll’, formatos de publicidade personalizada e opções de segmentação para marcas

A Max vai lançar o novo plano de subscrição ‘Basic com anúncios’, em Portugal a partir de 8 de Abril com o custo de €5,99 por mês ou €59,90 por ano. Os subscritores do novo plano passam a estar sujeitos a ver publicidade antes e enquanto o conteúdo escolhido estiver a ser exibido, com a empresa a referir que se pode contar com “formatos de publicidade personalizados e uma variedade de opções de segmentação para criar um máximo impacto”.

“Temos o prazer de enriquecer o nosso serviço de streaming Max e lançar em Portugal uma nova forma de o público subscrever o serviço e aceder a centenas de títulos ​​que fazem parte do nosso grupo. Estamos conscientes de que os investidores querem divulgar as suas mensagens através de meios fiáveis, sólidos e com um posicionamento claro e diferenciado no mercado”, revela Alessandro Araimo, vice-presidente executivo e diretor-geral da Warner Bros. Discovery Iberia e Itália, em comunicado de imprensa.

A equipa de vendas local da Warner Bros. Discovery e a Sapo Sales House, empresa de media que comercializa anúncios digitais em Portugal, vão ser responsáveis ​​pela comercialização da publicidade da Max em Portugal, que vai contar com anúncios ‘pre-roll’ e ‘mid-roll’, formatos de publicidade personalizados e opções de segmentação para as marcas.

Além da Max, a Disney+ e a SkyShowtime também já dispõem de subscrições com publicidade em Portugal e oferecem propostas semelhantes. Além do plano ‘Basic com Anúncios’, que passa a estar disponível em 14 países europeus, os assinantes da Max podem escolher ainda os planos ‘Standard’, com o valor de €9,99 mensais e €99,90 anuais, e ‘Premium’, com o preço de €13,99 mensais e €139,90.

Sobre o autorMeios & Publicidade

Meios & Publicidade

Mais artigos
Media

Forbes Portugal e Forbes África Lusófona estreiam-se no Sapo

“A integração destes conteúdos no universo do Sapo reflete um compromisso conjunto com a diversidade e a qualidade da informação”, refere a Media Nove

Os artigos da Forbes Portugal e Forbes África Lusófona, revistas da Media Nove, passam a fazer parte do universo dos conteúdos do Sapo, portal nacional de agregação, produção e curadoria de conteúdos e ativos digitais, reforçando o acesso a informação nas áreas da economia, negócios e empreendedorismo, em Portugal e nos países africanos de língua oficial portuguesa.

“A integração destes conteúdos no universo do Sapo reflete um compromisso conjunto com a diversidade e a qualidade da informação, proporcionando aos leitores uma visão mais abrangente e crítica sobre os mercados e a economia lusófonos”, refere a Media Nove em comunicado de imprensa.

A partir de agora, os utilizadores do Sapo terão acesso direto a artigos, análises especializadas, entrevistas exclusivas e reportagens sobre líderes, empresas e tendências de mercado, tanto em Portugal como na comunidade lusófona da Forbes, através do portal sapo.pt e da secção de economia em https://www.sapo.pt/noticias/economia.

A Forbes Portugal, desde o seu lançamento em 2015, destaca protagonistas e inovações no tecido empresarial português, enquanto a Forbes África Lusófona, criada em 2021, faz a cobertura da atividade económica em Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Guiné Equatorial.

Sobre o autorMeios & Publicidade

Meios & Publicidade

Mais artigos
Media

Coacionista da Nova Expressão ganha conta de meios da Spectrum por €728 milhões

A Horizon Media, agência da rede internacional de agências de media independentes Local Planet, conquistou a conta do operador de telecomunicações Spectrum, por um valor de 800 milhões de dólares

A Horizon Media, coacionista da Nova Expressão, conquista a conta de meios do operador de telecomunicações norte-americano Spectrum, pelo valor de 800 milhões de dólares (€728 milhões).

A Spectrum é o operador de telecomunicações e de televisão por subscrição com maior crescimento dos Estados Unidos. A empresa opera em 41 estados, conta com cerca de 31,5 milhões de clientes e alcançou uma faturação de 55 mil milhões de dólares (€50 mil milhões) em 2024.

“A expetativa da Nova Expressão, bem como de toda a rede de agências da Local Planet com esta notícia, é enorme, tendo em conta o desafio que representa esta conquista e a consequente transferência de tecnologia de que todos irão beneficiar”, sublinha a agência de meios portuguesa em comunicado de imprensa.

A Horizon Media, que integra a rede internacional de agências de media independentes Local Planet, é proprietária da plataforma de dados Blu, capaz de gerar e de otimizar campanhas de meios altamente personalizadas com base em informações do consumidor obtidas em tempo real. A ferramenta está a ser integrada noutras agências da Local Planet, incluindo a Nova Expressão.

Sobre o autorMeios & Publicidade

Meios & Publicidade

Mais artigos
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB

Navegue

Sobre nós

Grupo Workmedia

Mantenha-se informado

©2025 Meios & Publicidade. Todos os direitos reservados.