China retalia tarifas de Trump e trava venda do TikTok
Ordem executiva de Donald Trump prolonga por mais 75 dias o prazo de manutenção do TikTok no país. Walmart nega estar interessada na compra da rede social

Daniel Monteiro Rahman
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O Governo chinês impediu o acordo para a venda da operação norte-americana do TikTok a investidores norte-americanos, após a imposição de tarifas por parte dos Estados Unidos, noticia a Associated Press (AP). O acordo, que teria estado em iminência de ser concluído, levou Donald Trump a assinar, a 4 de abril, uma ordem executiva para prorrogar por mais 75 dias o prazo de manutenção do TikTok no país, aplicando-se esta à chinesa ByteDance, proprietária da rede social.
A 4 de abril, a repórter da ABC News, Selina Wang, revelou numa publicação no X que o Walmart estaria a “considerar ativamente” juntar-se a um grupo de investidores para comprar a rede social, citando fontes próximas do negócio. O interesse do Walmart teria sido desencadeado pelo envolvimento da Amazon. Contudo, um porta-voz do Walmart declarou mais tarde que a notícia da ABC era falsa e negou o relato.
“O acordo exige mais trabalho para garantir que são garantidas todas as aprovações necessárias, e é por isso que estou a assinar uma ordem executiva para manter o TikTok a funcionar por mais 75 dias”, justificou o presidente dos Estados Unidos, acrescentando que “não queremos que o TikTok vá abaixo e estamos ansiosos por trabalhar com o TikTok e a China para fechar o acordo”.
No entanto, Pequim travou o acordo a 3 de abril, um dia após o presidente norte-americano ter anunciado novas tarifas, incluindo uma taxa adicional de 34% sobre as importações provenientes da China. Segundo a AP, os representantes da ByteDance terão contactado a Casa Branca para indicar que a China não aprovaria o acordo até que houvesse negociações sobre comércio e tarifas.
“Sobre a questão do TikTok, a China expressou a sua posição em várias ocasiões. A China sempre respeitou e protegeu os direitos e interesses legítimos das empresas e opôs-se a práticas que violam os princípios básicos da economia de mercado”, declarou à imprensa a embaixada da China em Washington. Por seu lado, Donald Trump adiantou que “esperamos continuar a trabalhar em boa fé com a China, que, compreendo, não está muito satisfeita com as nossas tarifas recíprocas”.
Um porta-voz da ByteDance revelou, em comunicado, que a empresa ainda está em negociações com o governo dos Estados Unidos sobre uma “potencial solução”, mas sublinhou que “ainda não se chegou a acordo” e que “há questões importantes a resolver”, acrescentando ainda que “qualquer negócio estará sujeito a aprovação ao abrigo da lei chinesa”.