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Jornalistas exigem medidas. “Paixão pela profissão não pode servir de pretexto à exploração desenfreada”

São 15 os pontos que integram a resolução final aprovada e aclamada por unanimidade no final do 5º Congresso dos Jornalistas, o primeiro em sete anos. Além de uma greve […]

Luis Batista Gonçalves
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Jornalistas exigem medidas. “Paixão pela profissão não pode servir de pretexto à exploração desenfreada”

São 15 os pontos que integram a resolução final aprovada e aclamada por unanimidade no final do 5º Congresso dos Jornalistas, o primeiro em sete anos. Além de uma greve […]

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São 15 os pontos que integram a resolução final aprovada e aclamada por unanimidade no final do 5º Congresso dos Jornalistas, o primeiro em sete anos. Além de uma greve geral em data a definir pelo Sindicato dos Jornalistas, que deverá acontecer após as eleições legislativas de 10 de março, os profissionais do setor exigem medidas.

“A precariedade laboral, que adquire as mais diversas formas e tem vindo a acentuar-se, compromete seriamente a independência de jornalistas e a sua liberdade de informar. O clima de insegurança e ausência de estabilidade expõe os profissionais à cedência a práticas que violam a ética. A paixão dos jornalistas pela profissão não pode servir de pretexto à exploração desenfreada do seu trabalho por parte das empresas”, afirma o texto ratificado.

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“A sustentabilidade financeira do jornalismo exige medidas imediatas e soluções estruturais, sob pena de ser destruído um instrumento fundamental para a saúde da democracia, tão ameaçada em todo o mundo. É imperioso levar a cabo uma reflexão séria sobre o financiamento do jornalismo, não excluindo o apoio estatal, desde que salvaguardada a autonomia e a independência dos jornalistas, como sucede em países que concebem o jornalismo como um bem público”, apela o documento.

“O quadro legal que regula a profissão, em especial as leis de imprensa, de televisão e de rádio, o estatuto do jornalista e o regulamento da carteira profissional, deve ser objeto de reflexão aprofundada, com vista a incorporar novas realidades e a garantir o pluralismo e a diversidade. Os jornalistas devem reforçar a autorregulação em defesa de um jornalismo de qualidade e eticamente responsável e fortalecer os conselhos de redação”, considera o coletivo.

“Deve ser feita uma reflexão séria sobre o quadro de intervenção da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), em especial no domínio da transparência da propriedade dos órgãos de comunicação”, defende o documento aprovado.

“A desertificação noticiosa do país é uma realidade gritante que precisa de ser alterada, o que passa pelo reforço dos apoios públicos, pela capacitação dos jornalistas que trabalham fora de Lisboa e do Porto pelo combate à promiscuidade crescente entre órgãos de comunicação social e autarquias”, refere ainda a resolução.

Mais de duas moções aprovadas no encontro

O 5.º Congresso dos Jornalistas, que decorreu entre quinta-feira e domingo no Cinema São Jorge, em Lisboa, contou com a presença de mais de 700 congressistas. Entre os temas discutidos, a crise do Global Media Group dominou as conversas. Desde o registo de idoneidade obrigatório para investidores nos media à usurpação pelas grandes plataformas digitais do trabalho dos jornalistas, passando pela segurança dos profissionais de informação, pelo reforço do fotojornalismo e por uma maior diversidade nas redações e nas notícias, foram mais de duas dezenas as moções aprovadas no encontro.

A que defendeu a realização de uma greve geral foi todavia a mais aplaudida. “O momento é aqui e agora. Temos de parar. Simplesmente parar. Exigir que finalmente nos ouçam. Deixar de dar notícias, de fazer diretos, abandonar as redações e as conferências de imprensa. Não metermos jornais nas bancas, não darmos notícias nas rádios, não transmitirmos o telejornal, não publicarmos nas redes sociais. Mostremos o quão necessário é o nosso trabalho”, apelam os organizadores do congresso.

“Caminhemos juntos sem deixar ninguém para trás. Empurram-nos para o escuro, mostremos o que é o escuro por um dia. Para que se perceba o que é viver sem notícias, o impossível da democracia: não haver informação. Parar também para refletir sobre o jornalismo que andamos, ou não, a fazer”, afirmam os promotores do encontro no site do evento, promovido pela Casa da Imprensa, pelo Clube de Jornalistas e pelo Sindicato dos Jornalistas. A última greve geral de jornalistas teve lugar em 1982. Mais de quatro décadas depois, os protestos repetem-se.

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Futuro da Trust in News decide-se a 6 de maio

A assembleia de credores discute, nessa data, o plano de insolvência da TiN, que prevê um investimento máximo de €1,5 milhões, a venda de títulos e a criação de uma ‘task force’ para renegociar contratos e baixar custos

Os credores da Trust in News (TiN) pronunciam-se a 6 de maio sobre o plano de insolvência da empresa. O documento, apresentado por Luís Delgado, prevê um investimento faseado no montante máximo de €1,5 milhões, o encerramento da delegação no Porto, a redução de colaboradores, a criação de uma ‘task force’ para renegociar contratos e baixar custos operacionais e o pagamento faseado das dívidas à Autoridade Tributária e Segurança Social, em 150 prestações.

“Estamos a funcionar com as dificuldades normais de uma situação destas, enquanto aguardamos pela decisão dos credores. Temos conseguido resolver a maior parte dos problemas, apesar de termos questões pendentes”, explica ao M&P André Correia Pais, administrador de insolvência da empresa.

Ao contrário dos ordenados, que foram regularizados, há valores em dívida que ainda não foram liquidados. “Os salários estão em dia, falta apenas pagar aos trabalhadores o subsídio de alimentação referente ao mês de março. Estamos a falar de cerca de €15 mil, um valor que vamos conseguir pagar entre o final desta semana e o início da próxima”, revela André Correia Pais.

Por regularizar está também o pagamento de impostos. “Ainda não consegui pagar o mês de dezembro de 2024, que devia ter sido regularizado em janeiro. Essa situação já era conhecida antes da assembleia de credores de 29 de janeiro. O valor será regularizado em breve, até porque os impostos referentes a janeiro e fevereiro foram pagos e os de março podem ser liquidados até 20 de abril, que é a data limite”, esclarece o administrador de insolvência da TiN.

Fundada pelo empresário Luís Delgado em 2017, a TiN detém órgãos de comunicação social como a Visão, a Exame, a Caras, a TV Mais, a Telenovelas, a Activa, o Holofote e a Prima. Declarada insolvente pelo Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Oeste, a 4 de dezembro de 2024, na sequência da reprovação do PER [Processo Especial de Revitalização], que havia sido apresentado em maio, está dependente da assembleia de credores de 6 de maio.

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Concursos de apoio financeiro ao cinema e audiovisual abriram com €30,6 milhões

Governo publica em Diário da República a portaria que autoriza o ICA a repartir o apoio financeiro para os contratos a celebrar entre 2025 e 2030

Os concursos de apoio financeiro ao cinema e audiovisual de 2025 abriram hoje com uma dotação de €30,6 milhões, uma subida de €950 mil face a 2024, segundo a Lusa.

Na página oficial, o Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA) detalha os montantes disponíveis para cada um dos programas nas áreas do cinema e audiovisual, incluindo escrita, produção, distribuição, exibição, realização de festivais, promoção internacional e os protocolos de coprodução.

Se em 2024, o montante global era de €29,6 milhões, o deste ano é de €30,6 milhões. A ligeira subida pode ser explicada pela abertura do concurso de apoio à produção de longas-metragens de animação, que é bienal.

Na distribuição de verbas entre os subprogramas de financiamento, o de novos talentos e primeiras obras em longa-metragem de ficção mantém o montante de €3,9 milhões, e o programa geral de cinema totaliza €16,2 milhões, com mais cerca de €1,3 milhões do que em 2024.

O programa de apoio ao audiovisual e multimédia também mantém os mesmos €7,6 milhões. Já o programa de apoio à internacionalização tem este ano €1,1 milhões, ou seja, menos €620 mil face a 2024, porque um dos subprogramas de divulgação e promoção internacional para associações do setor é bienal.

O calendário dos concursos é anunciado pelo ICA no mesmo dia em que o Governo publica em Diário da República a portaria que autoriza aquele instituto a repartir os €30,6 milhões para os contratos a celebrar no âmbito dos apoios entre 2025 e 2030.

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A jornalista foi moderadora na conferência Infrastructure Investor Network America Forum, em dezembro de 2024
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“Há uma maior necessidade de medir as palavras e de agir de forma controlada”

Muda-se para Nova Iorque em 2019, para fazer um mestrado em jornalismo. Atualmente, Catarina Lamelas Moura (na foto) escreve sobre investimentos em infraestruturas numa publicação para investidores e profissionais do setor

Catarina Nunes

As empresas de media em Nova Iorque recompensam bem, mas também exigem mais, revela Catarina Lamelas Moura, repórter sénior da Infrastructure Investor Deals, que considera que “em Portugal há um à vontade maior no relacionamento com colegas e mesmo com chefias”.

A publicação online onde trabalha inclui uma revista em papel e integra o grupo PEI, que além de deter vários títulos especializados e bases de dados na área de investimentos em infraestruturas, organiza anualmente a conferência de referência no setor, a Infrastructure Investor Global Summit, em Berlim, entre outros eventos.

Um deles é o Infrastructure Investor Network America Forum, em Nova Iorque, que na última edição, em dezembro de 2024, conta com Catarina Lamelas Moura como moderadora de dois painéis.

Atualmente, escreve sobre investimentos e transações individuais em infraestrutura a nível global, mas começa por estagiar na secção de crime do New York Daily News, em 2020, que funciona como “uma formação sobre Nova Iorque, que me abre os olhos para a escala real desta cidade”, recorda a jornalista que inicia o percurso profissional em Lisboa, como estagiária na revista Fora de Série, suplemento que na época integra o extinto Diário Económico.
Na rubrica de Portugal Para o Mundo, dedicada a profissionais expatriados, partilha a experiência do ‘sonho americano’.

Catarina Lamelas Moura vive em Nova Iorque desde 2019 e o maior obstáculo tem sido manter o visto

Trabalhar fora de Portugal era uma ambição ou qual é a circunstância que determina a saída?

Tenho desde sempre o sonho de viver em Nova Iorque e já tinha vivido nos Estados Unidos, quando no 12º ano faço um programa de intercâmbio numa escola em Lakeland, na Flórida.

Depois de terminar a faculdade em Portugal decido que, em vez de seguir para um mestrado, iria trabalhar durante uns anos para ganhar experiência e voltar depois para os Estados Unidos, para fazer o tal mestrado, mas desta vez em Nova Iorque.

Os anos vão passando e, na verdade, estava bastante feliz e confortável com a vida em Lisboa, mas em 2019 decido finalmente lançar-me para fora.

Qual é o percurso que faz?

Mudo-me para Nova Iorque em agosto de 2019 e inicio o mestrado em jornalismo na New York University, em setembro de 2019. No verão de 2020, entre o segundo e o último semestre, faço um estágio no jornal New York Daily News e convidam-me a ficar mais uns meses até ao final de 2020, que é quando terminava curso.

No início de 2021 começo a trabalhar na Patch, uma publicação de jornalismo local. Em 2022, mudo de área jornalística e passo a escrever sobre criptomoedas para a startup The Block. Escrevo também sobre crédito privado para a Reorg, agora denominada Octus, entre 2023 e 2024.

No final do ano passado começo a trabalhar para a Infrastructure Investor, publicação dedicada a investimentos em infraestruturas.

Onde é que trabalhava e em quê, antes de mudar de país?

Trabalhava no jornal Público, na Ímpar, durante cerca de dois anos e meio, entre 2017 e 2019, e continuo a considerar o Público uma espécie de ‘casa’ no jornalismo. Antes disso passo quase um ano na revista Sábado, em 2016, depois de um estágio na Fora de Série – que na altura é um suplemento do Diário Económico – a seguir à conclusão da licenciatura em jornalismo, na Escola Superior de Comunicação Social, em 2014.

Em termos profissionais, quais são as diferenças entre trabalhar como jornalista em Lisboa e em Nova Iorque?

Em geral, a maior diferença é a competitividade. As empresas recompensam bem, mas também exigem mais. Isso obriga a estar em constante evolução. As próprias empresas têm de se manter competitivas e, se for necessário, um dia duplicam a equipa e seis meses depois fazem cortes. Isto não é visto de forma tão dramática, até porque o mercado de trabalho é muito mais forte e dinâmico.

Qual é o projeto mais recente que tem entre mãos e no que consiste?

Até ao ano passado estava na área de crédito privado, quando mudo para outra publicação de imprensa especializada, onde escrevo sobre investimentos na área de infraestrutura. A publicação é a Infrastructure Investor, que faz parte do PEI Group, grupo de media especializado em publicações para profissionais, que fornecem inteligência de negócios, através de notícias e análises para o setor financeiro. O grupo PEI tem várias publicações e organiza também eventos e conferências, como a Infrastructure Investor Network Global Summit, que é considerada a conferência do setor.

Faço parte da Infrastructure Investor, que é online e tem uma revista em papel e uma base de dados, mas mais especificamente integro a equipa da Infrastructure Investor Deals, que é uma nova publicação focada em investimentos e transações individuais em infraestruturas a nível global, lançada no final de janeiro.

A participação na cerimónia de abertura da New York Stock Exchange é um dos momentos que destaca

O valor da herança cultural portuguesa

Quais são as mais-valias e os obstáculos que o ser portuguesa tem no seu trabalho nos Estados Unidos?

Tenho um orgulho enorme (quase vaidade) em ser portuguesa e isso dá-me confiança em tudo o que faço. Levo comigo uma herança cultural que se manifesta em todas as minhas relações profissionais e pessoais. Sinto que é importante sobretudo numa cidade como Nova Iorque, onde a diversidade, não só cultural mas também na forma de pensar, tem tanto destaque.

O maior obstáculo tem sido manter o visto. Tem sido uma luta constante e qualquer pessoa que esteja nos Estados Unidos com um visto compreende este sentimento.

Até ao ano passado mantive-me com um visto de estudante com autorização de trabalho. É uma grande vitória ter conseguido passar para um visto mais permanente, que me dá mais estabilidade. É a superação de uma candidatura bastante exigente, que acabo por conseguir recorrendo à contratação de advogados.

Quais são as particularidades do jornalismo nos EUA ou em Nova Iorque, em termos de desafios e oportunidades em relação ao mercado português?

O mercado é muito maior e, mesmo dentro da área do jornalismo, existem muitas oportunidades, seja em publicações de media tradicional, startups ou títulos de imprensa especializada. Tendo trabalhado nestes três tipos de publicações desde que me mudei para Nova Iorque, sinto que há várias opções.

Em Portugal na área de jornalismo, infelizmente, as escolhas são muito mais limitadas.

Qual é o momento que o mercado norte-americano atravessa em termos de consumo de media, jornalismo e publicações para profissionais?

Na área de mercados privados, que é onde estou desde 2023, há uma procura enorme e empresas de media competitivas, porque a informação que publicam, incluindo ‘furos’ e informação privilegiada, é extremamente valiosa para investidores e outros profissionais.

Conhecer NY através do jornalismo de crime

Qual é a experiência profissional mais marcante, negativa e positiva, que teve nos EUA ou em Nova Iorque?

Durante o mestrado faço um estágio no New York Daily News, que é prolongado por mais uns meses, onde escrevo principalmente sobre crime e sou enviada todos os dias para diferentes cantos da cidade para entrevistar pessoas.
Representa não só um enorme desafio, mas também uma forma de ficar a conhecer a cidade mais profundamente, de conversar com pessoas e conhecer diferentes bairros. É quase uma formação sobre Nova Iorque, que me abre os olhos para a escala real desta cidade.

O mais negativo, ou mais difícil, tem sido a pressão de trabalhar num mercado tão competitivo, mas não me lembro de um episódio concreto.

Há algum momento profissional que destaque?

No The Block, a escrever sobre bolsa, sou convidada para a cerimónia de abertura da New York Stock Exchange, por uma empresa sobre a qual tinha escrito. Mas hoje em dia acompanho exclusivamente os mercados privados.

Em termos profissionais, do que é que tem mais saudades em relação a Portugal?

Em Portugal há um à vontade maior no relacionamento com colegas e mesmo com chefias. Aqui há uma maior necessidade de medir as minhas palavras e de agir de forma controlada em qualquer situação laboral.

Pensa regressar a Portugal e porquê?

Para já, não tenho planos para regressar. Mas também não tenho planos para ficar para sempre. Às vezes esqueço-me disso, mas na verdade antes de me mudar para Nova Iorque não imaginava que iria ficar cá a trabalhar depois de terminar o mestrado. Não sabia sequer que seria possível, sobretudo enquanto jornalista, sem ser a trabalhar para uma empresa multinacional.

Hoje tenho um sentimento de saudades de casa quando não estou em Lisboa, mas também quando não estou em Nova Iorque.

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Como as tarifas de Trump estão a impactar gastos em media e ‘upfronts’ de TV

“Alguns planeadores de meios vão agir rapidamente nos ‘upfronts’, porque as estações televisivas vão começar a oferecer descontos logo de início”, declara Dave Morgan, CEO da plataforma de publicidade televisiva Simulmedia

Os planeadores de meios descrevem um clima de incerteza e cautela face ao plano de tarifas apresentado por Donald Trump a 2 de abril, noticia a Ad Age. “A notícia dada pelo presidente vai mudar a conversa para pior no que diz respeito ao setor da publicidade e planeamento”, assegura um planeador de meios, citado na Ad Age.

Embora o impacto imediato das tarifas ainda esteja a ser avaliado, os planeadores de meios encontram-se a preparar a temporada de ‘upfronts’, um momento crucial do ano, durante a qual os anunciantes estabelecem compromissos e contratos de longo prazo com os vendedores de espaço publicitário.

Estes eventos servem para as estações televisivas e empresas de media promoverem e apresentarem o portefólio de anúncios para o ano, incluindo os mais procurados, como por exemplo, os intervalos do Super Bowl, que a NBCUniversal já está a vender por 7 milhões de dólares (€6,3 milhões) à unidade, de acordo com a Ad Age.

Outro planeador de meios contactado pela Ad Age revela que tem recebido chamadas constantes de vendedores de inventário publicitário a perguntar sobre o estado dos orçamentos e compromissos dos clientes, mas que não tem recebido respostas dos anunciantes para poder planear os próximos passos.

“Os ‘upfronts’ são jogadas a longo prazo — qualquer incerteza obriga os profissionais de marketing a recuar nos compromissos, o que é mau para as empresas que estão a tentar vender o seu inventário”, argumenta um planeador de meios citado pela Ad Age. Isto pode fazer com que os profissionais de marketing suspendam os investimentos em canais de construção de marca, como a televisão, e se concentrem em canais de desempenho cujos acordos costumam ser de curto prazo.

“Alguns vão agir rapidamente nos ‘upfronts’ porque as estações televisivas podem estar tão preocupadas que vão oferecer descontos logo de início”, declara Dave Morgan, CEO da plataforma de publicidade televisiva Simulmedia.

Além dos descontos, Dave Morgan acredita que os preços dos anúncios televisivos vão descer em geral, sendo que os consumidores, sentindo-se pressionados a consumir menos, vão preferir ficar em casa a ver televisão em vez de sair e gastar dinheiro.

Sobre o autorDaniel Monteiro Rahman

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Max lança plano com anúncios em Portugal

A Warner Bros. Discovery e a Sapo Sales House vão comercializar anúncios ‘pre-roll’ e ‘mid-roll’, formatos de publicidade personalizada e opções de segmentação para marcas

A Max vai lançar o novo plano de subscrição ‘Basic com anúncios’, em Portugal a partir de 8 de Abril com o custo de €5,99 por mês ou €59,90 por ano. Os subscritores do novo plano passam a estar sujeitos a ver publicidade antes e enquanto o conteúdo escolhido estiver a ser exibido, com a empresa a referir que se pode contar com “formatos de publicidade personalizados e uma variedade de opções de segmentação para criar um máximo impacto”.

“Temos o prazer de enriquecer o nosso serviço de streaming Max e lançar em Portugal uma nova forma de o público subscrever o serviço e aceder a centenas de títulos ​​que fazem parte do nosso grupo. Estamos conscientes de que os investidores querem divulgar as suas mensagens através de meios fiáveis, sólidos e com um posicionamento claro e diferenciado no mercado”, revela Alessandro Araimo, vice-presidente executivo e diretor-geral da Warner Bros. Discovery Iberia e Itália, em comunicado de imprensa.

A equipa de vendas local da Warner Bros. Discovery e a Sapo Sales House, empresa de media que comercializa anúncios digitais em Portugal, vão ser responsáveis ​​pela comercialização da publicidade da Max em Portugal, que vai contar com anúncios ‘pre-roll’ e ‘mid-roll’, formatos de publicidade personalizados e opções de segmentação para as marcas.

Além da Max, a Disney+ e a SkyShowtime também já dispõem de subscrições com publicidade em Portugal e oferecem propostas semelhantes. Além do plano ‘Basic com Anúncios’, que passa a estar disponível em 14 países europeus, os assinantes da Max podem escolher ainda os planos ‘Standard’, com o valor de €9,99 mensais e €99,90 anuais, e ‘Premium’, com o preço de €13,99 mensais e €139,90.

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Forbes Portugal e Forbes África Lusófona estreiam-se no Sapo

“A integração destes conteúdos no universo do Sapo reflete um compromisso conjunto com a diversidade e a qualidade da informação”, refere a Media Nove

Os artigos da Forbes Portugal e Forbes África Lusófona, revistas da Media Nove, passam a fazer parte do universo dos conteúdos do Sapo, portal nacional de agregação, produção e curadoria de conteúdos e ativos digitais, reforçando o acesso a informação nas áreas da economia, negócios e empreendedorismo, em Portugal e nos países africanos de língua oficial portuguesa.

“A integração destes conteúdos no universo do Sapo reflete um compromisso conjunto com a diversidade e a qualidade da informação, proporcionando aos leitores uma visão mais abrangente e crítica sobre os mercados e a economia lusófonos”, refere a Media Nove em comunicado de imprensa.

A partir de agora, os utilizadores do Sapo terão acesso direto a artigos, análises especializadas, entrevistas exclusivas e reportagens sobre líderes, empresas e tendências de mercado, tanto em Portugal como na comunidade lusófona da Forbes, através do portal sapo.pt e da secção de economia em https://www.sapo.pt/noticias/economia.

A Forbes Portugal, desde o seu lançamento em 2015, destaca protagonistas e inovações no tecido empresarial português, enquanto a Forbes África Lusófona, criada em 2021, faz a cobertura da atividade económica em Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Guiné Equatorial.

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Coacionista da Nova Expressão ganha conta de meios da Spectrum por €728 milhões

A Horizon Media, agência da rede internacional de agências de media independentes Local Planet, conquistou a conta do operador de telecomunicações Spectrum, por um valor de 800 milhões de dólares

A Horizon Media, coacionista da Nova Expressão, conquista a conta de meios do operador de telecomunicações norte-americano Spectrum, pelo valor de 800 milhões de dólares (€728 milhões).

A Spectrum é o operador de telecomunicações e de televisão por subscrição com maior crescimento dos Estados Unidos. A empresa opera em 41 estados, conta com cerca de 31,5 milhões de clientes e alcançou uma faturação de 55 mil milhões de dólares (€50 mil milhões) em 2024.

“A expetativa da Nova Expressão, bem como de toda a rede de agências da Local Planet com esta notícia, é enorme, tendo em conta o desafio que representa esta conquista e a consequente transferência de tecnologia de que todos irão beneficiar”, sublinha a agência de meios portuguesa em comunicado de imprensa.

A Horizon Media, que integra a rede internacional de agências de media independentes Local Planet, é proprietária da plataforma de dados Blu, capaz de gerar e de otimizar campanhas de meios altamente personalizadas com base em informações do consumidor obtidas em tempo real. A ferramenta está a ser integrada noutras agências da Local Planet, incluindo a Nova Expressão.

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Nuno Tiago Pinto é o novo diretor do Sol e do i

“A nomeação de Nuno Tiago Pinto (na foto) tem como objetivo reforçar a produção de conteúdos de qualidade e multiplataforma, contribuindo para enfrentar os desafios do jornalismo atual”, esclarece o grupo Newsplex

Nuno Tiago Pinto é o novo diretor do Sol e do i, substituindo Vítor Rainho, que ocupou o cargo de diretor interino das duas publicações nos últimos meses e que se mantém no sol como jornalista. Nuno Tiago Pinto, que foi diretor da revista Sábado entre setembro de 2022 e janeiro de 2025, inicia funções a 2 de abril.

“A nomeação de Nuno Tiago Pinto tem como objetivo reforçar a produção de conteúdos de qualidade e multiplataforma, contribuindo para enfrentar os desafios do jornalismo atual. Com uma trajetória notável na revista Sábado, onde foi responsável pela estratégia editorial, o novo diretor assume o compromisso de levar o Sol e o i a uma nova fase de crescimento, respeitando sempre os princípios da independência, rigor e imparcialidade”, informa o grupo Newsplex, dono dos dois títulos em comunicado de imprensa.

Com formação em jornalismo e em relações internacionais, Nuno Tiago Pinto iniciou a carreira como jornalista na SIC Notícias, em 2002, transitando depois para O Independente, chegando a editor em 2005. Na Sábado, onde entra em dezembro de 2005, foi jornalista, editor, editor executivo e chefe de redação, antes de ser promovido a diretor.

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Dani Pérez é o novo vice-presidente de programação da AMCNISE

“O meu objetivo é incorporar novos conteúdos e criar uma estratégia sólida de programação que fortaleça a audiência e a relevância das marcas da companhia em Portugal e Espanha”, explica Dani Pérez (na foto)

Dani Pérez é o novo vice-presidente de programação da AMC Networks International Southern Europe (AMCNISE), assumindo a definição da estratégia de conteúdos das marcas de ficção, factual e documentários de Portugal e Espanha. A nova contratação reporta a Antonio Ruiz, diretor-geral da empresa, integrando também o comité de direção da AMCNISE.

Para além de coordenar a programação do portefólio de canais, Dani Pérez também vai colaborar no desenvolvimento de estratégias para os serviços de ‘streaming’ da empresa. “O meu objetivo é incorporar novos conteúdos e criar uma estratégia sólida de programação, que fortaleça a audiência e a relevância das marcas da companhia em Portugal e Espanha”, esclarece o vice-presidente de programação da AMCNISE, citado em comunicado de imprensa.

Licenciado em comunicação audiovisual pela Universidade Autónoma de Barcelona, Dani Pérez liderou equipas de conteúdos, programação e aquisições ao longo dos últimos 20 anos, em empresas como a Vodafone Espanha, a NBC Universal e o Fox Networks Group, onde foi diretor-geral.

“Estamos muito satisfeitos por receber o Dani Pérez e estamos certos de que a sua experiência, visão e liderança serão a chave para continuar a impulsionar os nossos projetos e alcançar novas metas”, refere Antonio Ruiz, diretor-geral da AMCNISE, citado no documento. O portefólio da empresa inclui, em Portugal, canais como AMC, Canal Hollywood, História, Odisseia, AMC Crime, Canal Panda, Panda Kids e Biggs.

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Initiative assume planeamento e compra de media da Volvo

“Esta conquista reforça o nosso compromisso com a eficácia, entregando soluções de media que geram impacto real no negócio dos nossos clientes”, sublinha Rui Freire, diretor-geral da Initiative, a propósito da Volvo (na foto)

A Initiative assume o planeamento e a compra de media da Volvo, num contrato que abrange todas as regiões do mundo, com exceção da China, tendo a conta começado a ser trabalhada em Portugal pela agência do grupo IPG Mediabrands, a 1 de abril. Até agora, era assegurada pela Mindshare.

“Estamos muito orgulhosos por sermos escolhidos pela Volvo como parceiro estratégico. Esta conquista reforça o nosso compromisso com a eficácia, entregando soluções de media que geram impacto real no negócio dos nossos clientes. A Volvo é uma marca com um forte legado de inovação e sustentabilidade, e estamos focados em potenciar a sua mensagem e posicionamento ainda com maior nível de rigor e relevância”, diz Rui Freire, diretor-geral da Initiative e diretor de crescimento do grupo IPG Mediabrands, citado em comunicado de imprensa.

A Volvo vai colaborar com a Initiative no desenvolvimento de uma abordagem estratégica cada vez mais orientada por dados, garantindo que as mensagens da marca chegam ao consumidor certo, no momento ideal e através dos canais mais relevantes. A nova parceria permite também trabalhar a inovação na utilização dos media, assegurando uma comunicação mais eficaz, personalizada e impactante.

“Vivemos, na Volvo, um momento prolífico com o lançamento de novos modelos e versões, que nos ajudarão, certamente, a enfrentar a conjuntura desafiante que a indústria automóvel atravessa. Este é o cenário ideal para iniciarmos, com motivação redobrada, uma colaboração de sucesso”, salienta Aira de Mello, diretora de marketing e experiência do consumidor da Volvo Car Portugal, citada no documento.

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