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João Vieira Pereira, diretor do Expresso

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Media

“O Expresso é um negócio sustentável financeiramente e essa sustentabilidade é o garante da sua liberdade”

No rescaldo das comemorações do 50º aniversário do Expresso, estivemos à conversa com João Vieira Pereira sobre os desafios que o jornalismo enfrenta e como o jornal consegue fazer face […]

Sónia Ramalho
João Vieira Pereira, diretor do Expresso

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“O Expresso é um negócio sustentável financeiramente e essa sustentabilidade é o garante da sua liberdade”

No rescaldo das comemorações do 50º aniversário do Expresso, estivemos à conversa com João Vieira Pereira sobre os desafios que o jornalismo enfrenta e como o jornal consegue fazer face […]

Sónia Ramalho
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No rescaldo das comemorações do 50º aniversário do Expresso, estivemos à conversa com João Vieira Pereira sobre os desafios que o jornalismo enfrenta e como o jornal consegue fazer face a esses desafios, com uma estratégia centrada em conteúdos exclusivos para assinantes. Em 2024, a aposta passa pelo digital first, em que todos os conteúdos são publicados online e, só depois, em papel.

Qual o balanço das comemorações dos 50 anos do Expresso, que decorreram ao longo de 2023 e que terminaram, em janeiro, com um festival de podcasts?
É extremamente positivo. Tínhamos de marcar os 50 anos do Expresso e tivemos muitas ideias, mas entre o que gostávamos e o que conseguimos fazer vai uma grande diferença. Sempre tivemos a ideia de andar pelo país. O Expresso é um jornal nacional, mas muitas vezes acabamos por ficar presos à agenda de Lisboa e do Porto. Sentimos a necessidade de sair desse magnetismo e fazer um périplo pelas capitais de distrito.

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O que encontraram?
Um país muito diferente, com histórias incríveis, mas também situações que nos alertam para as grandes desigualdades que existem e, infelizmente, não só entre o litoral e o interior. Encontrámos uma grande necessidade destas populações sentirem que são ouvidas. Foi muito gratificante. Conseguimos ir às 18 capitais de distrito, só falhei Beja. Foi um ano cheio, do qual guardamos ótimas memórias.

Nos resultados do primeiro semestre da Impresa, uma das causas para o aumento dos custos da Impresa Publishing foram as comemorações do 50º aniversário, mas, por outro lado, foi das ações que mais contribuiu para aumento de receitas. Colocando na balança custos e benefícios, o que pesou mais?
O Expresso é um negócio lucrativo, é um bom negócio de media, mas quando fizemos a comemoração dos 50 anos não foi com o intuito de ganhar dinheiro. Obviamente que rentabilizámos e tivemos parceiros que nos ajudaram a montar este projeto, que teve custos elevados, mas o objetivo não foi financeiro, foi para comemorar os 50 anos e estar junto da população.

Foi uma aposta ganha?
Sem dúvida, e já estou a sentir falta porque andava sempre a viajar pelo país. Deixámos o nosso marco, inaugurámos os bancos de jardim onde as pessoas têm Wi-Fi gratuito e podem entrar no site do Expresso para ler a edição sem pagar. É um marco que deixámos às pessoas, podem consultar os exclusivos diários, como se fossem assinantes.

Além da comemoração dos 50 anos, que outras áreas contribuíram para o aumento das receitas?
A diversificação das receitas do Expresso é fundamental para conseguirmos combater a deterioração das vendas em banca, que também nos afeta. Mas já sabíamos disso há muitos anos. O Expresso começou uma estratégia digital relativamente cedo, contra as estratégias de outros órgãos de comunicação social em Portugal, nomeadamente de imprensa escrita, que optaram por estratégias diferentes. Desde cedo que optámos por conteúdos pagos porque o jornalismo tem um custo. Sempre pensámos em apostar nas assinaturas digitais para garantir a manutenção de determinadas receitas que o Expresso precisa para ser um negócio rentável.

Quando começaram esse trajeto?
Começou no passado, mas outros não o fizeram e são esses outros, que não apostaram no jornalismo de qualidade, pago, que estão a sentir maiores dificuldades. Assistimos inclusive ao lançamento de projetos novos, puramente digitais, que continuam a oferecer os conteúdos, esperando que o número de pageviews e reach gere publicidade suficiente para pagar os custos. Conseguimos perceber que isso não ia acontecer e enveredámos por um caminho que passa por manter uma base de assinantes e a publicidade digital. Nem sempre é fácil fazer este caminho, mas conseguimos ter sucesso. Quem só apostou na publicidade está com grandes dificuldades. Apesar do investimento em marketing digital e de o mercado da publicidade digital estar a crescer, esse crescimento é absorvido pelos grandes players mundiais, como a Google e a Meta, que levam uma fatia enorme desse investimento publicitário, muitas vezes vivendo dos nossos conteúdos e usando-os para vender publicidade, não partilhando essas receitas com quem produz os conteúdos. Sabendo que isso estava a acontecer, e enquanto não houver uma estratégia nacional e europeia forte contra estes abusos, tínhamos de enveredar pelo fecho de conteúdos e pela oferta de serviços a assinantes, para garantir receitas suficientes para manter uma redação independente, que consiga manter a qualidade do jornalismo que fazemos.

Quando tomaram essa decisão, e face aos resultados que nunca são imediatos, é preciso coragem de manter os conteúdos fechados?
Sim, é difícil. Acreditávamos na estratégia, sabíamos que podia demorar mais ou menos tempo a atingir, mas é preciso acreditar nas decisões e trabalhar muito para o conseguir. É verdade que temos uma marca forte, mas as pessoas ligam ao jornalismo de qualidade. Infelizmente, existiam no mercado marcas fortíssimas, que as pessoas associavam a qualidade, e que desapareceram por erros cometidos quer pela gestão empresarial, quer pela gestão editorial. Tentamos não cometer esses erros, manter-nos fiéis à estratégia e apostar no que consideramos ser uma estratégia ganhadora.

João Vieira Pereira, diretor do ExpressoAtualmente, o que pesa mais, a publicidade no papel ou digital?
A publicidade no papel continua a ser muito importante e não queremos desinvestir do papel, mas temos de olhar para a realidade e não ter sonhos impossíveis. Nesses sonhos possíveis, vamos continuar a depender do papel. Acreditamos no papel como meio de chegar aos leitores e continua a ter um peso importante, mas diversificamos as fontes de receitas. É importante ter a capacidade de ter receitas que venham do papel, do digital, das subscrições, dos eventos, de tudo o que possamos fazer para aumentar a diversificação dessas receitas, dentro do que é a qualidade e o ADN do Expresso.

Quanto a novidades, o que destaca no arranque de 2024?

2024 é o ano de solidificação daquela que é uma estratégia de digital first. Hoje, o Expresso é uma marca de informação presente sete dias por semana, disponível 24h por dia, temos uma redação que trabalha 18h por dia e estamos em contacto com os leitores 24h por dia, 7 dias por semana, todos os dias do ano. Não podemos esperar que os leitores tenham acesso às novidades uma vez por semana. A realidade é que hoje, o principal meio de contacto com os leitores é o telemóvel ou o desktop. Temos uma estratégia digital há muito tempo, arrancou de forma tímida porque era difícil face a outros órgãos que tinham um estatuto diário. As pessoas não iam ao Expresso saber o que estava a acontecer no dia porque nos viam como um semanário. Somos hoje uma marca que também é diária e estamos a dar o próximo passo: mudámos a redação e estamos num processo que vai demorar até seis meses para ser digital first, ou seja, todo o conteúdo é publicado primeiro online e fechado para assinantes. Se tenho uma entrevista, uma notícia, uma análise ou uma opinião, não vou esperar pelo papel para oferecer isso aos assinantes. 

O artigo publicado no semanário já foi publicado online ou tem algo mais?
O artigo que sai no semanário entra sempre no online, a questão é saber quando entra. Mas o artigo que está no papel acaba sempre por estar no online, fechado para assinantes.

Mas isso não faz com que, quem compre o jornal à sexta-feira e seja assinante, já tenha lido o artigo?

Sim, pode acontecer, mas os dados que temos é que há uma diferença clara entre quem é assinante e quem compra em papel. Quem gosta de comprar em papel continua a comprar o jornal impresso, quem gosta de ser assinante, pode ler todos os dias em formato digital. O que não posso é manter uma redação com qualidade que funciona a dois ritmos, de vez em quando está a trabalhar para o online e outras vezes para o papel. Quero colocar no online uma qualidade, no mínimo, igual à que exijo para o papel. E, sendo o mesmo artigo, é apresentado de forma diferente. O enquadramento, o título, a entrada e o texto podem ser diferentes, pode ter mais informação, uma foto ou um ângulo diferente, mas é um reaproveitamento do melhor que fazemos. Se há riscos para o papel? Sim, mas o risco já existe. As vendas em banca já estão a diminuir, não podemos esperar para tomar atitudes quando as vendas já estiverem num nível que já não é suportável. 

Essa aposta no digital first, com artigos fechados, quer dizer que vão ser poucos os artigos de acesso livre?
Sim e não. Atualmente, entre 30 e 40% de tudo o que publicamos no site são exclusivos. Queremos aumentar esta percentagem, mas há notícias que inteligentemente vamos deixar abertas, para que as pessoas se habituem a ler o Expresso. Temos de ter uma gestão inteligente do que fechamos porque sabemos que nem todos têm capacidade para pagar. Mas a informação tem um custo e as pessoas não podem exigir informação de qualidade e querer que seja gratuita. A era dos jornais do metro, que eram oferecidos, já passou.

Mas as pessoas habituaram-se a ler notícias de forma gratuita, nas redes sociais, onde não precisam pagar. Como lidar com esta tendência?
Usamos as redes sociais para divulgar os nossos conteúdos e tivemos uma estratégia, que implementámos há três anos, com uma nova equipa de gestão de redes sociais e que tem tido um excelente desempenho. Estamos a liderar em algumas redes sociais.

Em quais?
Somos das marcas de imprensa mais fortes no LinkedIn. No Facebook e Instagram há meses em que lideramos nas interações, já no engagement lideramos em alguns meses, mas vimos de uma base muito baixa, em que tínhamos uma estratégia de redes sociais que não foi a melhor na altura e corrigimos a tempo. Fizemos as redes sociais para entrar em contacto com quem não lia o Expresso, para divulgar os nossos conteúdos. Queremos que as pessoas percebam que é ali que encontram bons conteúdos e que, no futuro, venham a ser leitores e subscritores.

Têm campanhas para atrair os mais jovens?
O ano passado lançámos um programa de conteúdos para sub 35, com o Financial Times, que nos trouxe resultados a nível de penetração nas camadas mais jovens, e que queremos replicar este ano. É por isso que temos apostas no jornalismo escrito, multimédia e podcasts. Sabemos que são formas mais atraentes para as camadas mais jovens. E os podcasts são uma aposta clara, com um sucesso inacreditável.

Estavam à espera desse sucesso?
Sim, porque acredito na nossa estratégia. Sou um consumidor compulsivo de podcasts (ver caixa) e há cerca de três anos decidimos que era uma estratégia da Impresa, pelo que criámos uma equipa dedicada a esta área, liderada pela Joana Beleza, que tem feito um trabalho excelente. Começámos a desenvolver não só os podcasts do Expresso, mas também da SIC. Atualmente, essa unidade funciona para todas as marcas do grupo e tivemos um crescimento enorme. Temos uma equipa dedicada, sonoplastas, estúdios de gravação e valores de downloads inacreditáveis.

De que valores estamos a falar?
Se juntarmos o Expresso e a SIC mensalmente, já são mais de 3 milhões de downloads e mais de 1 milhão e 250 mil ouvintes únicos. Só o Expresso tem mais de 1 milhão de downloads por mês. A oferta é grande e queremos continuar a ter essa oferta, mas temos de pensar nos assinantes. Os podcasts podem ser ouvidos na nossa app e no site do Expresso, bem como nas plataformas de distribuição, às quais estamos a oferecer estes conteúdos. 

Qual é a solução?

Vamos começar a fechar o acesso aos podcasts, para privilegiar os assinantes, que podem ouvir o podcast primeiro, num período que pode ser de horas ou semanas, no site do Expresso. Quem não for assinante pode esperar o tempo que acharmos necessário e ouvir livremente. Testámos o modelo no podcast narrativo sobre André Ventura, Entre Deus e o Diabo. Saía à sexta-feira para assinantes e, ao domingo, para o público. Estamos a implementar os passos necessários para fazê-lo com praticamente todos os podcasts.

Os podcasts já representam uma fatia importante do vosso negócio?
Ainda não, porque é um negócio em crescimento, mas estamos confiantes que, no futuro, possa significar um bom retorno.

E o branded content, é uma área em que querem apostar?
Temos muito pouco branded content.

Não têm uma equipa no grupo dedicada a esta área?
Existe uma área dentro do grupo, até porque o branded content em televisão é muito importante, mas no Expresso fazemos muito pouco ou quase nenhum. Não estou a dizer que não o queremos fazer. O que exploramos é a área de novos negócios, as parcerias, os projetos Expresso, que são diferentes do branded content. Temos parceiros comerciais, mas são projetos idealizados por nós, com interesse editorial e cujo parceiro não tem definição de qualquer tipo de conteúdo publicado pelo Expresso. Temos liberdade total de publicar em papel, digital, vídeo ou som o que quisermos, como quisermos e quando quisermos. O que temos são parceiros que nos ajudam a fazer determinados projetos porque querem estar associados a eles.

O branded content não tem espaço na estratégia do Expresso?
Temos suplementos comerciais e são identificados como publicidade. Não tenho nada a ver com uma publireportagem. O que tenho de garantir é que a mensagem que está na publireportagem, que é da autoria de quem a pagou, não é ofensiva. Sei que para muitas pessoas é difícil achar que isto é possível, mas funciona assim. Existem chinese walls permanentes entre o departamento comercial e a redação. E o diretor do Expresso é o primeiro na linha de defesa dessa chinese wall.

O início de 2024 está a ser marcado por uma crise no jornalismo. Como vê este momento que estamos a viver?
O que estamos é a assistir a uma crise em alguns órgãos de comunicação social. Acho que se devia começar a falar dos bons exemplos e perceber que há negócios no jornalismo que dão dinheiro e são sustentáveis. O Expresso é um negócio sustentável financeiramente e essa sustentabilidade é o garante da sua liberdade. Mas a conquista dessa liberdade pelo sucesso financeiro existe porque há muito trabalho envolvido. Dá muito trabalho manter a qualidade, superar as dificuldades do mercado, ter uma base de 50 mil assinantes, ser o jornal mais lido do país, continuar a crescer em reach. Não baixamos os braços e essa é uma das razões do sucesso. Estamos sempre a tentar inovar.
Mas os jornais vendem cada vez menos, o que se reflete não só nos resultados dos grupos, mas no fecho de publicações.
O se passa é uma falácia. O negócio da comunicação social já foi muito melhor? Já! Mas não quer dizer que seja um mau negócio. O mundo muda e é preciso saber adaptarmo-nos. Sabendo que havia uma deterioração natural mundial, que não conseguíamos atuar nas vendas em banca porque o mundo está a tornar-se digital, delineámos uma estratégia para acompanhar o digital, que nos permite ser o jornal mais lido em Portugal, entre vendas em banca e assinaturas digitais, líder em redes sociais, ainda não é líder em reach multiplataforma, mas vai ser e isso tem a ver com uma estratégia ganhadora. Há outros exemplos de estratégias que funcionam e de estratégias completamente erradas, onde se apostou num caminho que levou à perda permanente de valor, à entrada de acionistas ou empresários numa área em que não olhavam para os resultados como o fim em si, mas entravam nos órgãos de comunicação social com outros objetivos. Quando se compra um órgão de comunicação social e o objetivo não é que esse negócio seja rentável, mas que sirva um propósito, não vai correr bem. Deixamos de pensar nos leitores, no produto que oferecemos, nas redações para pensar em servir o acionista para um determinado propósito, seja ele qual for. Isso desvirtua tudo. Os leitores percebem que deixa de se apostar nos produtos e deixam de consumir a informação porque deixam de acreditar.

Quando se deixa de acreditar é o princípio do fim?
Sim, é. Como se pode destruir marcas tão emblemáticas em Portugal, que se deixaram morrer porque se vergaram a interesses que não eram o de informar, ser independente, ter o melhor jornalismo, servir o leitor? E perderam isso com estratégias mirabolantes em que ninguém acreditava. Olhamos para o que se está a passar e nem sequer percebemos. Qual é o objetivo? Se não é um financeiro, qual é? Ter um jornal? Só pode ter objetivos de influência política, económica, social, o que seja. Quando se fala na crise do jornalismo, o que há é uma crise em alguns órgãos de comunicação social. Gostava de ter uma concorrência saudável a nível financeiro, que pagasse os custos, os salários, que desse emprego a muitos jornalistas, mas o que tenho é uma concorrência que não tem de cumprir os mesmos objetivos financeiros que o Expresso, que quer continuar a cumprir esses objetivos para garantir a sua independência. O que esses órgãos de comunicação social estão a fazer é concorrência desleal porque podem ter outra estrutura de custos que eu não posso, a bem do próprio Expresso, porque não precisam de ter lucro e essa ideia mirabolante de que os jornais não são para fazer lucro é perigosa porque vai contra o que são os princípios básicos do jornalismo. No dia em que os jornais deixam de ser negócio, são vistos como outra coisa, sejam eles nas mãos de quem for. 

O que acha da ideia de nacionalizar os jornais?

Mas nacionalizar o quê? Para quê? Já há pouca confiança sobre o trabalho dos jornais, muito por força das más estratégias e más decisões do passado em vários grupos de comunicação social e agora, de repente, vai nacionalizar-se para os políticos tentarem controlar os jornais? Os políticos e as empresas vão sempre tentá-lo e achar que não o fazem é acreditar na história da carochinha. O que acontece é que os jornais e os jornalistas têm de ter a capacidade de travar essas tentativas de influência, de separar a verdade da mentira, fazer o seu trabalho de investigação e publicar o que é verdade. E só o conseguem se tiverem estruturas, apoiados em negócios que funcionam, saudáveis financeiramente, e em negócios com estratégias ganhadoras. Dizem que o Expresso pode ter este discurso. Pode e vai ter este discurso muito tempo porque é um projeto ganhador. Não posso é admitir que se lancem projetos para destruição de valor. A quantidade de projetos que existem, a nível editorial, baseados apenas no online, que nos roubam conteúdos quando copiam o que fazemos e publicam gratuitamente, tem uma consequência clara: a destruição do valor do Expresso. Temos conseguido resistir, mas é difícil. 

Quando vê a capa do Tal & Qual, com um destaque sobre o grupo Impresa, o que pensa?
Não vejo a capa do Tal & Qual. Jornais que são feitos apenas para fazer uma primeira página com notícias falsas, para serem partilhadas em redes sociais ou num ecrã de televisão não são jornalismo. Jornalismo é o que fazem os órgãos de comunicação social que respeitam as regras do jornalismo. O projeto do Tal & Qual é baseado em quem? Quem são os acionistas, sobrevive de quê, quem financia, quem paga os salários, quem são os jornalistas, têm carteira profissional, aqueles nomes existem? Quem escreveu aquelas peças, falaram com quem, onde estão as provas, os factos? As pessoas têm de saber distinguir as marcas em que confiam.

2024 vai ser o ano da entrada da inteligência artificial (IA) em todas as áreas. Como pode ser uma ajuda, se é que pode ser, numa redação?
O World Economic Forum publicou os riscos para 2024 e, entre os maiores, estão a desinformação, a má informação e as fake news potenciadas pela IA, num ano em que temos 3 mil milhões de pessoas a ir às urnas em vários países e onde a IA vai ser usada como ferramenta para esta desinformação. Quando olho para este risco, vejo uma oportunidade de ouro para o jornalismo, de se afirmar como o garante da verdade. Mas daí a dizer que olho para a IA e renego o seu uso na redação vai um longo caminho. Temos é de analisar muito bem como a vamos usar e garantir que nada é publicado sem intervenção humana. Se a IA puder ser usada como apoio aos jornalistas, temos de aceitar, mas a IA ainda não oferece isso. Neste momento, são modelos de linguagem. Não é uma IA que vai escolher que notícias publicamos ou que destaque vai ter um artigo.

50 anos já passaram. Onde vai estar o Expresso daqui a 50 anos?
Possivelmente a fazer o melhor jornalismo do país, não tenho dúvidas.

E daqui a 50 anos, ainda vamos ter jornais?
Não sei, mas vamos ter jornalismo de certeza e os valores que o Expresso defende vão continuar a existir. O Expresso vai continuar a fazer notícias, reportagens, investigação, a ganhar prémios, a investir nos seus jornalistas, fotojornalistas, infográficos, vai continuar a dar as melhores notícias, a participar nos consórcios internacionais de jornalistas de investigação e a denunciar o que tem de ser denunciado. E, no dia em que isso não seja possível, como surgiu, também morre. Os nossos estatutos têm 10 pontos e, no último, pode ler-se: “se e quando um dia se tornar impossível manter essa coerência [o ponto 9 refere que “o Expresso atribui prioridade absoluta à coerência que historicamente lhe tem permitido ser um projeto ganhador e de referência, independentemente de quem sobe e de quem desce do poder”], o Expresso acabará porque – como sempre afirmou o seu fundador – prefere, nessas circunstâncias, morrer de pé”. Isto diz tudo sobre o que é o Expresso.  

Sobre o autorSónia Ramalho

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Novobanco patrocina revista dos 40 anos da Blitz

A revista comemorativa em papel chega às bancas a 29 de novembro. O banco patrocina ainda o disco eleito como o melhor da música portuguesa dos últimos 40 anos, o ‘Viagens’ de Pedro Abrunhosa

O Novo Banco está a patrocinar a edição especial da Blitz nos 40 anos da revista portuguesa sobre música, reforçando a aposta e o posicionamento do banco no setor da música.

No âmbito da parceria, o Novo Banco patrocina o disco que foi eleito como o melhor da música portuguesa dos últimos 40 anos, o ‘Viagens’. O disco de Pedro Abrunhosa, de 1994, é destacado na edição comemorativa, marcando também presença na grande festa da Blitz, a 12 de dezembro, no Meo Arena, em Lisboa.

Para além de recuperar grandes momentos do jornal que em 2006 assume o formato de revista mensal, e do site ao longo destas quatro décadas, a edição especial delineada por Miguel Cadete, diretor da Blitz, coloca em destaque os 40 melhores discos de música portuguesa, publicados entre 1984 e 2023.

Fundado em novembro de 1984 pelos jornalistas Manuel Falcão (primeiro diretor), Rui Monteiro, Cândida Teresa (diretora gráfica até ao final de 1999) e por João Afonso de Almeida (até 1985), o Blitz foi o primeiro jornal nacional dedicado à atualidade musical. A revista de colecionador chega às bancas a 29 de novembro, em formato de papel.

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Cristina Ferreira trava execução de sentença de primeira instância da SIC

“Já não está em causa a minha saída da SIC, uma decisão consciente sobre a minha carreira e sobre a minha vida. Está em causa o meu caráter e nunca me poderão acusar de faltar aos meus compromissos”, afirma a apresentadora da TVI (na foto) em comunicado

Cristina Ferreira prepara-se para travar a execução de sentença de primeira instância da SIC, após ter visto os bens da empresa Amor Ponto, que criou com o pai, António Ferreira, penhorados na sequência da condenação da apresentadora, diretora e acionista da TVI, que terá de pagar mais de €3,3 milhões à SIC pela quebra unilateral de contrato, a 17 de julho de 2020.

“Sobre as últimas notícias, importa apenas esclarecer que foi a SIC que executou a sentença de primeira instância, apesar de a mesma ainda estar pendente de recurso e, por isso, poder vir a ser revertida. Trata-se de uma iniciativa da SIC, apenas desta e não do Tribunal [Judicial da Comarca de Lisboa Oeste], dirigida à sociedade Amor Ponto”, esclarece Cristina Ferreira, no comunicado que publicou nas redes sociais, em reação à notícia avançada pelo Correio do Manhã.

“A Amor Ponto irá usar o mecanismo legal que lhe permite suspender esta iniciativa da SIC, enquanto se aguarda serenamente pela decisão que vier a incidir sobre o recurso interposto”, refere ainda o documento. O julgamento que opõe Cristina Ferreira à SIC iniciou-se a 8 de novembro de 2023 e terminou a 11 de junho, com a condenação da apresentadora, que tem evitado abordar publicamente o assunto, em primeira instância.

“O processo é do domínio da justiça e apenas pela justiça deverá ser julgado. Não contribuirei, de forma alguma, para precipitar ou alimentar um julgamento público que, para mim, é privado. Já não está em causa a minha saída da SIC, uma decisão consciente sobre a minha carreira e sobre a minha vida. Está em causa o meu caráter e nunca me poderão acusar de faltar aos meus compromissos”, afirma ainda Cristina Ferreira no comunicado.

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A Disney+ espera ter uma receita publicitária de cerca de €835 mil milhões, em 2024, segundo os dados da Statista

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Faturação da Disney sobe 6% para €21,36 mil milhões

A publicidade é cada vez mais vital para o objetivo da TWDC de tornar os serviços de ‘streaming’ rentáveis. A Disney+ tem agora 120 milhões de assinantes pagos, mais 4,4 milhões do que no trimestre anterior

As receitas de faturação da The Walt Disney Company (TWDC) aumentam 6% no quarto trimestre fiscal de 2024 da empresa, para 22,57 milhões de dólares (€21,36 mil milhões), face ao período homólogo, em que as receitas ascendem a 21,24 milhões de dólares (€20,09 mil milhões). Os lucros, no entanto, decrescem cerca de 18,7%, para 564 milhões de dólares (€533,5 milhões), face a 2023 (694 milhões de dólares/€656,4 milhões).

A publicidade é cada vez mais vital para o objetivo da TWDC de tornar os serviços de ‘streaming’ rentáveis. A Disney+ tem agora 120 milhões de assinantes pagos, mais 4,4 milhões do que no trimestre anterior e gera um lucro trimestral de 253 milhões de dólares (€239 milhões), face a uma perda de 420 milhões de dólares (€396,8 milhões) reportada no mesmo período em 2023, de acordo com os dados apresentados pela empresa.

“No quarto trimestre do ano, assistimos a um dos melhores trimestres da história do nosso estúdio de cinema, uma melhoria da rentabilidade dos nossos serviços de ‘streaming’, um recorde de 60 prémios Emmy para a empresa, o poder continuado dos desportos em direto e a revelação de uma impressionante coleção de novos projetos no segmento de experiências”, salienta Bob Iger, CEO da TWDC, em comunicado de imprensa.

A subscrição com anúncios da Disney+ está a acelerar, com a empresa a garantir que 37% dos subscritores do serviço de ‘streaming’ nos Estados Unidos e 30% dos subscritores a nível mundial optam pela subscrição com anúncios.

O segmento de Entretenimento – que inclui as plataformas de ‘streaming’ Disney+ e Hulu, os canais lineares e as vendas de conteúdos, licenciamento e outros – fatura 10,82 mil milhões de dólares (€10,23 mil milhões), comparativamente com os 9,52 mil milhões de dólares (€8,99 mil milhões) registados no período homólogo, subindo 14%.

A faturação do segmento de Desporto – que inclui o serviço de ‘streaming’ ESPN+, os canais lineares da ESPN e Star India – mantém-se nos 3,91 mil milhões de dólares (€3,69 mil milhões) reportados no período homólogo.

As Experiências da TWDC – que incluem os parques temáticos, os cruzeiros e o Disney Vacation Club, entre outros, faturam, por seu lado, 8,24 mil milhões de dólares (€7,78 mil milhões), face aos 8,16 mil milhões de dólares (€7,70 mil milhões) indicados no período homólogo, aumentando 1%.

 

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NewsMuseum lança academia de formação em comunicação, media e marketing

“O mundo deste nosso tempo impede-nos de ficar atrasados de uma ferramenta, de uma noção, de uma técnica, de uma visão. A oferta formativa do NewsMuseum responde às nossas novas angústias profissionais”, diz Luís Paixão Martins, promotor do NewsMuseum

O NewsMuseum está a lançar a Academia NewsMuseum, com uma oferta formativa nas áreas de comunicação, media, informação e marketing, estruturada em duas linhas pedagógicas, comunicar e compreender.

O objetivo é “fazer crescer a oferta formativa tendo como imperativo de partida um corpo de docentes e convidados de excelência que muito nos orgulha”, revela José Bartolomé Duarte, fundador e diretor da Academia NewsMuseum, citado em nota de imprensa.

‘Comunicar a marca a pessoal – engagement on leadership‘, ‘Comunicar inteligência artificial: futuro da comunicação com IA’, ‘Compreender os média no ecossistema digital’ e ‘Literacia mediática: pensamento crítico e desinformação digital’ são as formações abrangidas no lançamento da Academia NewsMuseum.

“O mundo deste nosso tempo impede-nos de ficar atrasados de uma ferramenta, de uma noção, de uma técnica, de uma visão. A oferta formativa do NewsMuseum responde às nossas novas angústias profissionais. É a formação a par e passo com o tempo”, enfatiza Luís Paixão Martins, presidente da associação Acta Diurna, promotora do NewsMuseum.

A Academia NewsMuseum aposta num modelo de formação adaptável às necessidades dos formandos, recorrendo a modalidades mistas de formação, entre sessões presenciais, módulos lecionados à distância e conteúdos pré-gravados.

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Bens de empresa de Cristina Ferreira vão ser penhorados

A decisão surge na sequência da condenação da apresentadora da TVI (na foto) a pagar mais de €3,3 milhões à SIC, pela quebra de contrato com a televisão do grupo Impresa, numa decisão do tribunal de Sintra a 11 de junho

Os bens da empresa Amor Ponto, detida por Cristina Ferreira, vão ser executados num montante até €4,7 milhões, por decisão do Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Oeste, noticia a TSF, citando notificações a que a Lusa teve acesso.

A penhora surge na sequência da condenação da apresentadora da TVI, que a 11 de junho viu a Amor Ponto ser condenada pelo tribunal de Sintra a pagar mais de €3,3 milhões à SIC pela quebra de contrato com a televisão do grupo Impresa, absolvendo Cristina Ferreira. A apresentadora recorreu da decisão, mas não pediu efeitos suspensivos, nem apresentou caução com garantias bancárias, de acordo com a TSF, que cita fontes contactadas pela Lusa.

A Amor Ponto foi constituída em 2008, como Cristina Ferreira Sociedade Unipessoal, e adotou a atual denominação em 2019, tendo tido ainda a denominação de Cristina Ferreira, Lda. De acordo com dados de junho, a Amor Ponto conta com três acionistas: Cristina Ferreira, António Jorge Ferreira, o pai, e a Docasal Investimentos, empresa que conta com estes dois acionistas.

À Amor Ponto foi reconhecido um crédito de €220.668, já com juros, devido a “valores titulados por faturas emitidas e vencidas, respeitante a pagamentos de comissões de publicidade e de passatempos”. Segundo o tribunal, o contrato entre SIC e a Amor Próprio não era livremente revogável.

Recorde-se que em setembro de 2020, a SIC deu entrada com um processo contra Cristina Ferreira, no Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa. Em causa esteve a saída da SIC da apresentadora para regressar à TVI, de onde tinha saído cerca de dois anos antes.

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Tyson X Paul na Netflix visto em 60 milhões de lares, apesar das falhas técnicas

Alguns assinantes estão indignados e desiludidos devido às repetidas falhas de ligação durante o combate, havendo até quem não tenha conseguido sequer assistir ao direto, que para a Netflix é a prova para os anunciantes da sua capacidade de reunir uma audiência global em simultâneo

A Netflix garante que 60 milhões de lares em todo o mundo assistiram em direto ao combate entre Mike Tyson e Jake Paul (na foto), naquela que é a estreia da Netflix no boxe em direto. A plataforma de ‘streaming’ considera a transmissão do evento, gratuito para os assinantes, como uma “noite recorde”.

Alguns assinantes, no entanto, estão indignados e desiludidos devido às repetidas falhas de ligação durante o combate, havendo até quem não tenha conseguido sequer assistir ao direto, que para a Netflix é a prova para os anunciantes da sua capacidade de reunir uma audiência global em simultâneo. De acordo com utilizadores das redes sociais, o combate teve uma experiência de visualização menos do que ideal, sobretudo com perdas consistentes do ‘feed’ da transmissão.

A Downdetector, plataforma que monitoriza interrupções de serviço na Internet, recebeu na noite do evento milhares de relatos de pessoas que estavam a ter problemas com a transmissão da Netflix. Depois da luta, a Netflix foi até alvo de uma piada por parte da Peacock, plataforma de ‘streaming’ da Comcast, que numa publicação no X, questiona: “Então, como foi a noite de toda a gente? :)”.


Jake Paul afirma que 120 milhões de espectadores assistiram ao combate em direto a nível mundial na Netflix, mas a empresa declarou mais tarde, em comunicado de imprensa, que “60 milhões de lares” em todo o mundo assistiram ao evento. A empresa avança que revelará mais dados sobre as audiências, no início da próxima semana.

No combate, que teve lugar no AT&T Stadium, no Texas, o ex-campeão mundial de pesos pesados Mike Tyson, com 58 anos, foi derrotado por decisão unânime pelo YouTuber tornado pugilista Jake Paul, de 27 anos.

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Ex-trabalhadores da TIN indignados com possibilidade de encerramento da editora

“A situação de falência a que chegou aquele grupo representa um significativo perigo de empobrecimento da imprensa portuguesa, sendo esta condição essencial para uma sociedade democrática e progressiva”, refere a declaração pública assinada por 45 ex-colaboradores da editora

Um grupo de 45 ex-trabalhadores da Trust in News (TIN), que inclui nomes como Adelino Gomes, Cesário Borga, Fernanda Mestrinho, Maria João Pavão Serra e Viriato Teles, manifesta indignação pela possibilidade de enceramento da editora. Numa declaração pública divulgada pelo Clube de Jornalistas, criticam a administração da empresa por ter arrastado a TIN para uma situação de insolvência.

“Herdeira de um importante capítulo do jornalismo em Portugal, iniciado com o semanário O Jornal, a situação de falência a que chegou aquele grupo representa um significativo perigo de empobrecimento da imprensa portuguesa, sendo esta condição essencial para uma sociedade democrática e progressiva”, refere o documento, divulgado a 17 de novembro.

A declaração pública é apresentada cinco dias após a administração da TIN ter anunciado a convocação de uma assembleia de credores para apresentar um plano de insolvência, com vista à recuperação da empresa, na sequência da reprovação do PER [Processo Especial de Revitalização].

Com uma dívida de €32,9 milhões e ordenados em atraso, a empresa, proprietária dos títulos Visão, Caras, TV Mais, Caras Decoração, Exame, Exame Informática, Activa, Prima e Telenovelas, fatura menos de €8 milhões por ano, prevendo fechar 2024 com um prejuízo de €1,4 milhões. A concretizar-se, o encerramento da editora deixa no desemprego cerca de 150 colaboradores.

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ERC debate regulação mediática e políticas públicas

“A conferência [‘Informação como Bem Público: Regulação Mediática e Políticas Públicas’] visa refletir de forma plural e aberta sobre a regulação e as políticas públicas para a comunicação social”, refere o regulador dos media

A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) promove a conferência ‘Informação como Bem Público: Regulação Mediática e Políticas Públicas’, a 3 de dezembro, às 10h, na Sala do Senado da Assembleia da República, em Lisboa, recebe a 3 de dezembro.

A iniciativa da ERC é constituída pelos painéis ‘Navigating Digital Transformation: Policy Approaches for a Resilient and Democratic Media Sector’, ‘A Sustentabilidade dos Media em Portugal’ e ‘Políticas de Apoio à Comunicação e ao Jornalismo’.

Com interpretação em língua gestual, a conferência integra ainda uma mesa redonda para discutir políticas públicas para os media. Moderado por Pedro Correia Gonçalves, vice-presidente da ERC, o debate conta com a participação de representantes dos nove partidos com representação parlamentar, PSD, PS, PCP, Livre, BE, CDS-PP, IL, PAN e Chega.

“A conferência visa refletir de forma plural e aberta sobre a regulação e as políticas públicas para a comunicação social”, refere o regulador dos media em comunicado de imprensa. As inscrições podem ser feitas online.

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O que pode ler na edição 969

Uma entrevista com Rudolf Gruner (Observador) e o ranking Snack Content de interações no Reels são os destaques. João Paulo Luz, Paula Cosme Pinto e Pedro Simões Dias escrevem na opinião, numa edição que inclui o ‘Book’ dos prémios M&P

Na edição 969 destaca-se uma entrevista com Rudolf Gruner, diretor-geral do Observador, que revela a estratégia para o projeto editorial dar lucro em 2025 e o impacto do aumento de capital. Critica ainda a legislação que limita o crescimento na radiodifusão em FM.

No top 10 do ranking da Snack Content das interações no Reels do Instagram, as marcas nacionais de beleza e cosmética são todas profissionais e apenas uma não está focada em design de unhas.

Na opinião, Pedro Simões Dias, argumenta que uma das grandes dificuldades é encontrar factos indesmentíveis sobre os nossos negócios. “Aquilo que chamamos de factos, não o são: são ideias ou conclusões de pressupostos”, argumenta o fundador da Comporta Perfumes e advogado de proteção de direitos de marcas.

Paula Cosme Pinto aborda uma campanha da União Europeia, para refletir sobre a importância de viver num Estado de Direito.

João Paulo Luz argumenta que com os ‘chatbots’, a pesquisa nos motores de busca dá lugar a um diálogo, que influencia o curso da conversa

No De Portugal Para o Mundo, rubrica dedicada a profissionais expatriados, João Santos conta as razões para ter trocado Lisboa por Helsingborg, na Suécia onde é consultor de comunicação corporativa do Ingka Group (Ikea), desde 2021, e responsável pelas relações com os media em 31 países.

O Especial Agências de Meios aponta que o digital já representa 61,8% do bolo publicitário total, apontando para onde sopram os ventos da inovação e do investimento.

Conheça ainda o ‘Book’ com os vencedores e os melhores momentos dos Prémios M&P Criatividade e Autopromoções & Media.

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NetAudience: SIC recupera liderança

O ranking NetAudience de Entidades da Marktest é liderado pela SIC, em outubro, com uma vantagem de 0,3% da TVI, que liderava a tabela no mês anterior, com mais 6,7%. O ranking de redes é dominado pela Nónio, com um alcance de 63,5%, mais 0,9%

A SIC recupera a liderança do ranking netAudience de Entidades da Marktest em outubro, com um alcance de 36%, mais 4,1% do que no mês anterior. Em segundo lugar, está a TVI, que recua 2,9%, terminando o período de análise com um alcance de 35,7%. Os dois canais estão agora separados por 0,3%.

A SIC chega ao fim de outubro com 3.089.773 utilizadores, a uma distância de 19.902 da TVI, com 3.069.871.

A terceira posição da tabela volta a ser ocupada pelo Correio da Manhã, com um ‘share’ de 32,4%, mais 1% do que em comparação com o mês anterior. A análise de audiências na internet auditadas revela um alcance de cerca de 2.783.791 pessoas.

Na disputa pelo quarto lugar, que costuma ocorrer entre o JN e a NiT, o jornal da Notícias Ilimitadas volta a ocupar a quarta posição, à semelhança de setembro. Termina outubro com um ‘share’ de 32% e 2.752.135 utilizadores. O site de ‘lifestyle’, em quinto lugar, regista 30,7% de ‘share’ e um alcance de 2.635.483 leitores.

O sexto lugar cabe novamente ao Expresso, com 28,8%, mais 1% face ao mês anterior, à frente da Flash, que sobe uma posição, com um ‘share’ de 26,4%. Segue-se o Observador, na oitava posição, com 26,4%, menos 0,9% face a outubro. Apesar de subir 0,3%, a plataforma de comércio eletrónico OLX mantém-se no nono lugar, com 21,8%.

A fechar o top dez do ranking que a Marktest apresenta mensalmente, desde maio de 2019, com os números relativos ao alcance agregado dos títulos das entidades subscritoras com tráfego auditado, volta a estar a RTP, que mantém a posição. Apesar de recuar 0,7%, termina o mês com um ‘share’ de 20,8%, fruto do alcance de 1.783.061 utilizadores.

 

 

O ranking netAudience de Redes da Marktest volta, em outubro, a ser dominado pela Nónio, com um alcance multiplataforma de 63,5%, correspondente a 5.452.268 indivíduos. O resultado obtido corresponde a um aumento de 0,9% do ‘share’. A Nónio continua à frente da Media Capital, que ocupa o segundo lugar, com 49,1% e 4.218.379 pessoas alcançadas, mais 0,6% em comparação com o mês anterior.

A Impresa sobe uma posição e ascende ao terceiro lugar, com 45,2%, mais 0,8% do que a Medialivre, que desce para o quarto lugar, com 44,4%. As duas estão separadas por 72.052 indivíduos, uma vez que a Impresa termina o mês com 3.885.717 utilizadores, enquanto a Medialivre totaliza 3.813.665 utilizadores. À semelhança de agosto e setembro, o Global Media Group fecha o top cinco, com um alcance de 41,5%, mais 0,6% face ao mês anterior.

 

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