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Greve geral de jornalistas com “forte adesão”, diz João Rodrigues do SJ. Silenciaram-se 40 órgãos de comunicação

A greve geral de jornalistas, organizada pelo Sindicato de Jornalistas (SJ) e convocada para o dia 14 de março, condicionou mais de 40 órgãos de comunicação social. “Superou as nossas […]

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Greve geral de jornalistas com “forte adesão”, diz João Rodrigues do SJ. Silenciaram-se 40 órgãos de comunicação

A greve geral de jornalistas, organizada pelo Sindicato de Jornalistas (SJ) e convocada para o dia 14 de março, condicionou mais de 40 órgãos de comunicação social. “Superou as nossas […]

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A greve geral de jornalistas, organizada pelo Sindicato de Jornalistas (SJ) e convocada para o dia 14 de março, condicionou mais de 40 órgãos de comunicação social. “Superou as nossas expetativas em termos de adesão e compreensão por parte dos jornalistas”, afirma João Rodrigues, secretário da direção do SJ, em declarações exclusivas ao Meios & Publicidade.

Esta paragem vem no seguimento do 5º Congresso dos Jornalistas, visando protestar contra os baixos salários, a precariedade e a degradação das condições de trabalho dos profissionais da comunicação social em Portugal.

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Passaram mais de 40 anos desde a última vez que uma greve aconteceu no setor, sinalizando a urgência de reformas e mudanças estruturais. Desta forma, o secretário da direção do SJ admite que, hoje, “existe uma maior dificuldade de coordenar uma greve unida devido aos diversos meios de comunicação e ao patronato diversificado que o setor apresenta”.

“No entanto, apesar desses desafios, houve uma forte adesão por parte dos jornalistas e atrevo-me a dizer que o condicionamento total dos dos meios de comunicação pode ter sido de cerca de 90%”, acrescenta ainda o responsável.

Em Coimbra, às 9h, no Porto, na Praça Humberto Delgado, às 12h, e em Lisboa, no Largo do Camões, às 18h, centenas de profissionais da comunicação reuniram-se para defender o jornalismo e a liberdade de imprensa, destacando a importância vital desses pilares para a sociedade democrática.

As concentrações de jornalistas em diferentes cidades do país são para o SJ um reflexo da união e da determinação da classe em buscar melhores condições laborais. A paralisação não se limita apenas às redações dos jornais, incluindo também as rádios e a televisão.

Segundo o SJ, houve a suspensão da produção de notícias em mais de 40 órgãos, incluindo Agência Lusa, Antena 1 e TSF e perturbações nas redações do Público, Expresso, Observador, Renascença, O Jogo, Diário de Notícias e Jornal de Negócios. Na RTP, TVI/CNN Portugal e na SIC/SIC Notícias, mais de metade dos jornalistas escalados fizeram greve.

No futuro, de acordo com João Rodrigues, “o SJ pretende dinamizar principalmente duas estratégias, reunir-se com as administrações de todos os principais órgãos de comunicação social para falar de todas as decisões que foram propostas no último Congresso dos Jornalistas de forma a conseguir pô-las em prática”.

A segunda passa por “enforcar uma estratégia que já temos em prática desde 2019 que é, assim que haja um governo empossado, consciencializar os partidos políticos com assento parlamentar, da importância do financiamento dos media, sendo o setor que é o garante da liberdade e da democracia”, adianta ainda o secretário da direção do SJ.

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Initiative assume planeamento e compra de media da Volvo

“Esta conquista reforça o nosso compromisso com a eficácia, entregando soluções de media que geram impacto real no negócio dos nossos clientes”, sublinha Rui Freire, diretor-geral da Initiative, a propósito da Volvo (na foto)

A Initiative assume o planeamento e a compra de media da Volvo, num contrato que abrange todas as regiões do mundo, com exceção da China, tendo a conta começado a ser trabalhada em Portugal pela agência do grupo IPG Mediabrands, a 1 de abril. Até agora, era assegurada pela Mindshare.

“Estamos muito orgulhosos por sermos escolhidos pela Volvo como parceiro estratégico. Esta conquista reforça o nosso compromisso com a eficácia, entregando soluções de media que geram impacto real no negócio dos nossos clientes. A Volvo é uma marca com um forte legado de inovação e sustentabilidade, e estamos focados em potenciar a sua mensagem e posicionamento ainda com maior nível de rigor e relevância”, diz Rui Freire, diretor-geral da Initiative e diretor de crescimento do grupo IPG Mediabrands, citado em comunicado de imprensa.

A Volvo vai colaborar com a Initiative no desenvolvimento de uma abordagem estratégica cada vez mais orientada por dados, garantindo que as mensagens da marca chegam ao consumidor certo, no momento ideal e através dos canais mais relevantes. A nova parceria permite também trabalhar a inovação na utilização dos media, assegurando uma comunicação mais eficaz, personalizada e impactante.

“Vivemos, na Volvo, um momento prolífico com o lançamento de novos modelos e versões, que nos ajudarão, certamente, a enfrentar a conjuntura desafiante que a indústria automóvel atravessa. Este é o cenário ideal para iniciarmos, com motivação redobrada, uma colaboração de sucesso”, salienta Aira de Mello, diretora de marketing e experiência do consumidor da Volvo Car Portugal, citada no documento.

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Audiências mensais: TVI mantém liderança, mas SIC aproxima-se

Em março, a SIC tem um ‘share’ de 14,2% e é o canal FTA que regista o maior aumento face ao mês anterior, diminuindo a diferença face à TVI, que tem uma quota de 14,5% . A RTP1 fica na terceira posição, com 11,2%

A análise de audiências de televisão da agência de meios Initative, que integra o grupo Mediabrands, revela que em março o consumo televisivo regista um crescimento de 1,1% face ao mês de fevereiro de 2025. SIC, RTP1 e a tipologia ‘outros’ são os que mais contribuem para este crescimento.

Comparado com o mês de março no ano anterior, o consumo televisivo também regista um crescimento de 3%. Entre os canais FTA, a TVI, com um ‘share’ de 14,5% (-0.8p.p. vs. fevereiro) e apesar da diminuição, mantém a liderança. Em segundo lugar, a SIC tem um ‘share’ de 14,2% e é o canal FTA que regista o maior aumento em relação ao mês anterior (0.5p.p.), diminuindo a diferença face à TVI.

A RTP1, que transmite o programa mais visto do mês (os jogos da seleção nacional para a Liga das Nações) fica na terceira posição com um ‘share’ de 11,2% (0.2p.p. vs. fevereiro).

 

No mês de março, as tipologias ‘pay TV’ e ‘outros’ (visionamento em diferido de alguns canais não auditados e outras utilizações de televisão, como ‘streaming’ ou consolas) registam resultados distintos, com a tipologia ‘outros’ a verificar um crescimento de 1.2p.p. vs. fevereiro, enquanto a ‘pay TV’ regista uma diminuição de 1.2p.p. vs. fevereiro.

Na ‘pay TV’, os canais CMTV, TVI Reality, Star Movies e Star Crime são os que mais diminuem. No entanto, a CMTV com um ‘share’ de 6% mantém-se como o canal preferido dos portugueses no cabo. Num mês marcado novamente por uma forte instabilidade política, que leva à queda do Governo, os canais de informação (SIC Notícias, CNN Portugal e Now) são aqueles que registam um maior aumento face ao último mês.

O programa mais visto do mês são os jogos da seleção nacional frente à Dinamarca a contar para a Liga das Nações. Os jogos registam uma audiência média de dois milhões e 326 mil telespectadores, o que corresponde a um ‘share’ de 42,2%.

Dos dois jogos, o jogo da segunda mão Portugal x Dinamarca é o mais visto, com uma audiência média de dois milhões e 531 mil telespectadores, o que corresponde um ‘share’ de 44,9%. ‘Isto é gozar com quem trabalha – A entrevista’ fica na segunda posição, com uma audiência média de 968 mil telespectadores e um ‘share’ de 18,6%.

O ‘Secret Story – Desafio Final’ completa o pódio dos programas mais visto do mês, com uma audiência média de 968 mil telespectadores e um ‘share’ de 23,8%. Destaque para a presença do ‘Jornal da Noite’ da SIC na 6ª posição.

Num mês marcado pela queda do Governo, os portugueses mostraram um maior interesse em acompanhar todas as notícias sobre a crise política. Nota ainda para a presença do programa ‘Tudo em família’ no top 20 dos mais vistos do mês. O programa apresentado por César Mourão, que estreia em março. regista uma audiência média de 773 mil telespectadores e um ‘share’ de 15,7%.

Relativamente às audiências por período horário, no mês de março, a SIC lidera durante o período do almoço com a transmissão do ‘Primeiro Jornal’, com 19,9% de ‘share’ (vs. 17,1% da TVI), e durante todo o ‘prime-time’ (primeiro e segundo), sendo no segundo ‘prime-time’ onde a diferença face à TVI é menor (15,6% vs. 15,4% da TVI).

A RTP1 continua a liderar durante o pré-‘prime’, com a transmissão do programa ‘O Preço Certo’, com um ‘share’ de 15,4% (vs 13,3% da SIC). Este aliás é o único período onde a RTP1 consegue liderar em todo o dia. Nos restantes períodos (manhã, tarde e ‘late night’), a TVI lidera, com o ‘late night’ a ser o período onde lidera com menor diferença sobre a concorrência (11,8% de ‘share’ vs. 11,6% de ‘share’ da SIC).

 

Fonte: Dados GFK/CAEM reproduzidos em YUMI, Time-Bands – Mediamonitor; Alvo: Universo 4+ anos; Base: Total TV

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Bauer Media Group adquire Clear Channel por €577,8 milhões

“Esta aquisição irá impulsionar a nossa estratégia de crescimento e acelerar a nossa transformação digital”, revela Yvonne Bauer, presidente do conselho de administração do grupo de media

O Bauer Media Group, que em Portugal detém a Rádio Comercial, a M80, a Cidade FM, a Smooth FM e a Batida FM, acaba de anunciar a conclusão do processo de aquisição do operador de publicidade exterior Clear Channel Europe-North por 625 milhões de dólares (€577,8 milhões), depois de assegurar o cumprimento das condições regulamentares exigidas.

A integração da empresa permite ao grupo internacional reforçar o núcleo de negócios ligados aos media e abrir novas oportunidades digitais. Através da marca Bauer Media Outdoor, adiciona a publicidade exterior ao portefólio do grupo, complementando a oferta estratégica das divisões de áudio e ‘publishing’.

“Num ano em que celebramos o nosso 150º aniversário, é com entusiasmo que damos início a este novo capítulo e damos as boas-vindas à talentosa equipa da Clear Channel Europe. Esta aquisição irá impulsionar a nossa estratégia de crescimento e acelerar a nossa transformação digital”, esclarece Yvonne Bauer, presidente do conselho de administração do Bauer Media Group, citada em comunicado de imprensa.

Com a integração da Bauer Media Outdoor, o grupo passa permitir que os anunciantes alcancem até 350 milhões de pontos de contacto com os consumidores da Clear Channel Europe-North, que confirma publicamente o valor do negócio, em 16 mercados europeus.

“Somos ambiciosos quanto ao crescimento do negócio através da inovação sustentável e de um maior alcance e criatividade. Embora, no imediato, manteremos a normalidade operacional, estamos ansiosos por trabalhar com os nossos novos colegas e também por ouvir atentamente os nossos clientes e parceiros, para oferecer soluções publicitárias e de infraestrutura de excelência no futuro”, avança Justin Cochrane, CEO da Bauer Media Outdoor, citado no documento.

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Meta vai vender espaço publicitário a agências de meios para posterior revenda

“É provável que a aposta da Meta neste setor esteja relacionada com as perspetivas económicas nos Estados Unidos, que se agravam, com o objetivo de assegurar um fluxo de receitas constante”, argumenta Karsten Weide, diretor da W Media Research, citado no Digiday

A Meta está a entrar no setor controverso de ‘principal-based buying’, a compra de espaços publicitários por uma agência de meios para posterior revenda a clientes a preços superiores, noticia o Digiday.

A empresa liderada por Mark Zuckerberg está em negociações com as ‘holdings’ de agências de meios sobre uma solução em que as agências compram o inventário publicitário da Meta para posterior revenda aos clientes a um preço mais elevado, segundo executivos publicitários, citados no Digiday.

À primeira vista, a iniciativa parece pouco habitual, visto que a Meta há muito que não depende das ‘holdings’ para lucrar com a publicidade. Neste caso, segundo o Digiday, não se trata de dependência, é uma questão de vantagem. “Eles [Meta] estão a apresentar esta solução às maiores ‘holdings’ de agências”, revela um dos executivos, sob anonimato.

Para Brian Leder, fundador da agência norte-americana de meios Ramp97, a entrada da Meta nesta área tem um objetivo claro: “a Meta quer proteger uma parte crescente das receitas publicitárias e garantir que as grandes marcas continuam a fazer investimentos significativos em todas as plataformas, ao mesmo tempo que aproveitam as agências, que agora atuam como uma equipa de vendas alargada, para impulsionar os gastos publicitários nas plataformas da empresa”, declara, citado no Digiday.

Karsten Weide, diretor da empresa de estudos de mercado W Media Research, salienta, por seu lado, que é provável que a aposta da Meta neste setor esteja relacionada com as perspectivas económicas nos Estados Unidos, que se agravam, com o objetivo de assegurar um fluxo de receitas constante. “Temos de esperar uma recessão económica em 2026 devido à introdução das tarifas”, antecipa.

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AutoSport e AutoMais vendidos a José Caetano

Os títulos da MMG Media, de Pedro Corrêa Mendes, passam para as mãos da editora do diretor do E-Auto. O regresso do AutoSport ao formato em papel, ainda este ano, e a conquista de leitores lusófonos são alguns dos objetivos

Catarina Nunes

Os títulos AutoSport e AutoMais, detidos pela MMG Media de Pedro Corrêa Mendes, passam a partir de 1 de abril a ser controlados pela JC Edições e Publicações, propriedade de José Caetano, diretor do E-Auto, por um montante não divulgado.

A notícia é avançada por email ao M&P por José Caetano, que refere que “esta terça-feira, 1 de abril, o AutoSport, título que tem quase 50 anos de histórias, inicia uma etapa, concretizada a mudança de controlo editorial e comercial da MMG Media Unipessoal Lda, de Pedro Corrêa Mendes, para a JC Edições e Publicações Unipessoal Lda, de José Caetano, que partilha o comando do projeto novo com Nuno Mousinho Esteves”.

José Caetano e Nuno Mousinho Esteves assumem igualmente a liderança do título AutoMais, até agora também detido pela MMG Media, que acompanha a mudança de mãos do AutoSport. “Esta operação não impacta o funcionamento do E-Auto, pelo contrário, reforça-o, com o potencial de partilhas de conteúdos e sinergias agora à disposição da equipa nova, que mantém a sua atividade normal. As equipas redatoriais, no imediato, mantêm-se, mas o objetivo é reforçá-las rapidamente”, explica José Caetano.

Juntos, “José Caetano e Nuno Mousinho Esteves assumem o desafio de honrar o legado de uma marca tão prestigiada, com uma ambição clara: fazer regressar o AutoSport ao formato em papel ainda este ano, enquanto consolidam e expandem a presença do título no espaço digital, não só em Portugal, mas também junto de todos os apaixonados por motores no universo lusófono, incluindo Brasil, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Timor-Leste e comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo”, refere o novo proprietário do AutoSport e do AutoMais.

José Caetano tem 30 anos de carreira no jornalismo, que inicia no Correio da Manhã, em 1994, tendo passado pelo jornal desportivo A Bola, onde assume o cargo de chefe de redação, e pela revista Auto Foco, que dirige durante 12 anos. Mais recentemente, cria a editora JC Edições e Publicações Unipessoal Lda e inicia o projeto E-Auto, disponível em formato de revista mensal e na internet.

Nuno Mousinho Esteves, por seu lado, é especialista em marketing desportivo e encontra-se ligado aos desportos motorizados desde 1989, com um percurso como piloto em Fórmulas, Turismos e GT, além de uma carreira internacional em algumas áreas do desporto e da comunicação.

Fundado em 1977 por José Vieira, originalmente em papel e no formato de jornal, o AutoSport é um dos títulos mais emblemáticos do desporto motorizado e do setor automóvel em Portugal. Atualmente, funciona no formato online no site autosport.pt, acompanhando a atualidade dos desportos motorizados nacionais e internacionais, e do setor automóvel.

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Audiências semanais: TVI está de regresso à liderança

Na semana de 24 a 30 de março, o consumo global de televisão decresce e regista o valor mais baixo do ano, até agora, caindo cerca de trinta e um minutos por dia, para cinco horas e 14 minutos

Na semana passada, o consumo global de televisão decresce de forma significativa e regista o valor mais baixo do ano, até agora, caindo cerca de trinta e um minutos por dia, e ficando agora pelas cinco horas e 14 minutos diárias.

A TVI está de regresso à liderança da semana, sendo um dos canais que reforça o ‘share’, tal como acontece com a SIC, os canais por cabo e o ‘outros’; a RTP1 é o único canal em quebra esta semana. Assim, a RTP1 desce até aos 11,1% de quota semanal, ao contrário do que se verifica com a SIC, que reforça ligeiramente a quota e tem agora 14,5% de ‘share’ semanal, e com a TVI, que também cresce e tem agora 14,9% de quota de audiência.

A oferta no cabo e o ‘outros’ reforçam ambos, com a televisão por cabo a chegar aos 39,8% de ‘share’, e o ‘outros’ (que inclui o visionamento em ‘time shift’, ‘streaming’ e vídeo/jogos) a atingir 18,7% de quota semanal.

Na listagem dos mais vistos mais vistos no cabo, o pódio mais uma vez não tem alteração de ocupantes, continuando a ser composto pela CMTV, CNN Portugal e SIC Notícias, e nas posições que se seguem até ao sexto lugar também não há mudança de posições: Star Channel, Globo, Hollywood mantém os mesmos lugares na tabela.

Ao longo do restante top 10 da semana há algumas trocas de lugares, mas mais uma vez não há entrada de novos canais na tabela, e encontramos assim nas posições que restam os canais Star Movies, SIC Mulher, News Now e Star Life.

Esta semana, o programa de humor da SIC, de Ricardo Araújo Pereira e equipa, ‘Isto é Gozar Com Quem Trabalha’, está de volta ao primeiro lugar do ranking da programação global, onde é seguido pelo concurso da RTP1 ‘O Preço Certo (R)’ e por ‘Isto é Gozar Com Quem Trabalha – A Entrevista/Jorge Pinto’, da SIC.

Nas posições restantes estão os informativos ‘Jornal da Noite’, da SIC, e ‘Telejornal’, da RTP1. O Campeonato está de volta depois da pausa para jogos das seleções, e o programa desportivo da CMTV ‘Duelo Final/Estrela Amadora X Sporting’ está também de regresso ao topo da tabela, onde é seguido por ‘Golos: Segunda Parte/Estrela Amadora X Sporting’ e ‘Golos: Primeira Parte/Gil Vicente X Benfica’. Nas posições que se seguem encontram-se o ‘Grande Jornal – Noite’ e ainda o ‘Investigação CM/Esquecido’, tudo conteúdos da CMTV.

 

by Data Insights, Havas Media Network

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Lusa fecha 2024 com lucro de €2,05 milhões

O EBITDA foi de €3,2 milhões de euros em 2024, o que corresponde a um crescimento de €2,5 milhões face ao período homólogo. Eleição dos membros dos órgãos sociais para o triénio 2025-2027 foi adiada

A Lusa lucrou €2,05 milhões em 2024. O valor foi avançado na assembleia geral de acionistas que, a 28 de março, aprovou as contas da agência noticiosa. Segundo a Lusa, o resultado líquido positivo corresponde a “uma evolução favorável de €2,3 milhões, resultando, sobretudo, do registo do montante de €2,2 milhões (incluindo juros moratórios) referente ao processo judicial de Macau e Timor, relativo à titularidade de créditos”.

Se o valor extraordinário não tivesse sido considerado, “o resultado líquido do exercício seria, também positivo, de cerca de €190 mil euros”, uma vez que o resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) totalizou €3,2 milhões, registando um crescimento de €2,5 milhões de euros face ao período homólogo. “Seria de cerca de €949 mil sem o registo da verba referente ao processo acima mencionado”, esclarece a Lusa.

Além do relatório de gestão de 2024, também foi aprovado o plano de atividades e orçamento da agência para 2025, um dos oito pontos que constavam da ordem de trabalhos. A eleição dos membros dos órgãos sociais para o mandato do triénio 2025-2027 acabou, contudo, por ser adiada.

Enquanto acionista com 97,25%, o Estado propôs a realização de uma nova assembleia geral ou deliberação unânime por escrito para a deliberação sobre os três últimos pontos, por considerar não haverem condições para o fazer na ocasião.

A assembleia geral da Notícias de Portugal (NP), que detém 2,72%, também suspendeu o ponto sobre a apreciação da venda das ações que detém na agência de notícias portuguesa para 22 de abril, avançou à Lusa fonte ligada ao processo.

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Fundação Francisco Manuel dos Santos debate crise na comunicação social

O objetivo da conferência é “apontar erros aos modelos de negócio, à transição digital, às administrações e às direções, aos próprios jornalistas ou, tão-só, às mudanças de hábitos de consumo”

Para debater a crise da comunicação social, a Fundação Francisco Manuel dos Santos e o Âmbito Cultural do El Corte Inglés organizam a conferência ‘Jornais: Só Lhes Resta a Última Página?’ (Ciclo Praça da Fundação), marcada para 2 de abril, às 18h30, na Sala de Âmbito Cultural do El Corte Inglés de Lisboa.

Portugal, só neste século, já perdeu cerca de 2000 jornalistas. O futuro dos jornais diários impressos é incerto e o objetivo da conferência é “apontar erros aos modelos de negócio, à transição digital, às administrações e às direções, aos próprios jornalistas ou, tão-só, às mudanças de hábitos de consumo”, refere o comunicado de imprensa.

Para radiografar as transformações que se viveram nas últimas décadas nas redações dos jornais, o debate conta com a participação de Rui Frias, autor do retrato O Jornal, Filipe Alves, diretor do Diário de Notícias, e Dora Santos Silva, professora de ciências da comunicação na Universidade Nova de Lisboa, com a moderação de Filipa Melo, jornalista e escritora.

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Investimento publicitário global vai perder €18,3 mil milhões

Estudo do WARC aponta para uma redução de 0,9 pontos percentuais em 2025 e de 0,7 em 2026, face a 2024. Com a televisão linear e os media impressos em queda, cresce o investimento em motores de busca, redes sociais e ‘retail media’

O investimento publicitário global vai diminuir 20 mil milhões de dólares (€18,3 mil milhões) em 2025 e 2026, para os 1,15 triliões de dólares (€1,07 biliões). A redução equivale a uma queda de 0,9 pontos percentuais em 2025 e de 0,7 em 2026, face a 2024, avança o estudo ‘WARC Global Ad Spend Outlook 2025/26′, do World Advertising Research Center (WARC), com base no primeiro trimestre de 2025.

De acordo com o relatório, a contração é motivada pelo risco de estagflação prolongada e pela possibilidade de uma recessão alargada, que está a crescer nas principais economias mundiais, a que se somam as novas tarifas comerciais, que deverão vigorar em alguns países a partir do segundo semestre de 2025.

“O mercado publicitário global enfrenta uma incerteza crescente, uma vez que as tarifas comerciais, a estagnação económica e uma regulamentação mais rigorosa afetam setores importantes, o que nos leva a cortar as perspectivas de crescimento em 20 mil milhões de dólares nos próximos dois anos. Os fabricantes de automóveis, os retalhistas e as marcas de tecnologia estão a controlar os gastos com publicidade para fazer face ao aumento dos custos de produção e das crescentes pressões na cadeia de abastecimento”, sublinha James McDonald, diretor de dados, conhecimento e previsões do WARC, citado em comunicado de imprensa.

Além de informações económicas compiladas para o estudo, a análise recorre a indicadores da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE), que aponta para tarifas comerciais universais de 10% e para cortes de 0,5 pontos percentuais do produto interno bruto (PIB) nas principais economias globais ao longo de três anos, para além de um aumento médio de 0,4 pontos percentuais nas taxas de inflação.

“Os impactos da fragmentação comercial começarão a fazer-se sentir no mercado publicitário a partir do segundo semestre deste ano, antes de se tornarem mais pronunciados durante o primeiro semestre de 2026”, vaticina o WARC. Segundo estudo, o investimento publicitário em motores de busca cresce 8% e nas redes sociais aumenta 12,1%, face a 2024.

“Apesar da crescente volatilidade, a publicidade digital continua forte, liderada por três empresas – Alphabet, Amazon e Meta – que ameaçam controlar mais de metade do mercado já em 2029. O escrutínio regulatório e a incerteza em torno do futuro do TikTok nos Estados Unidos agravam ainda mais os riscos para o crescimento. No entanto, os anunciantes devem ser ágeis para tomar a iniciativa neste cenário em mudança”, recomenda o relatório.

Estados Unidos e China desaceleram

O WARC estima que as empresas que detêm redes sociais gerem 286,2 mil milhões de dólares (€2656,9) em receitas publicitárias este ano, o equivalente a um quarto (24,8%) do investimento global com publicidade, com a faturação do TikTok a crescer 23,6%, a do Instagram 17% e o Facebook 8,6%.

Em contraciclo com a televisão e os media impressos, com quebras médias a rondar os 5%, o ‘retail media’ cresce 15,5% em 2025, para os 178,7 mil milhões de dólares (€1658,9 mil milhões).

Segundo o relatório, o investimento publicitário dos Estados Unidos regista um aumento de 5,7% face a 2024, inferior aos 13,1% registados o ano passado, em comparação com 2023. O mercado publicitário chinês, que continua a enfrentar dificuldades devido à redução da procura interna, deverá abrandar para 5,3% este ano, crescendo apenas 3,5% em 2026. No Reino Unido, valoriza 7,1%. Na Alemanha, em contrapartida, recua 2,1%.

“O panorama é pouco animador para o Japão, onde os gastos com publicidade deverão cair 2%, para 40 mil milhões de dólares (€37,1 mil milhões) este ano, o que corresponde a uma quebra de 3,9%. O mercado deverá crescer 3,3% este ano, quando medido em moeda local, demonstrando a força atual do dólar face ao iene. A OCDE baixou as previsões de crescimento para a economia japonesa em 0,4 pontos percentuais este ano e no próximo, com probabilidade de estagnação económica em 2026”, salienta o WARC.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

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Fotógrafa portuguesa entre os vencedores do World Press Photo

Maria Abranches, que colabora com o Público, o The Guardian e a Reuters, vence com o projeto ‘Maria’, que o júri considera “comovente e profundamente complexo”. A Fotografia do Ano é anunciada em Abril

A fotógrafa portuguesa Maria Abranches está entre os 42 vencedores regionais do World Press Photo, hoje anunciados, o que a situa como finalista para A Fotografia do Ano, a anunciar no próximo dia 17 de abril.

Maria Abranches conquistou o prémio na categoria Histórias, na região Europa, com a reportagem ‘Maria’, sobre a empregada doméstica e cuidadora Ana Maria Jeremias, “traficada de Angola para Portugal aos nove anos, sob falsas promessas de educação”, como indica a apresentação do projeto no site do World Press Photo.

 A fotógrafa freelancer, formada em Arquitetura, opta mais tarde por fazer o curso da Ar.Co (Centro de Arte e Comunicação Visual), o que a leva a um estágio em fotojornalismo no jornal Público. Atualmente, colabora com a agência Reuters, o jornal britânico ‘The Guardian’ e a Fundação Calouste Gulbenkian.

O World Press Photo é o maior concurso de fotojornalismo do mundo, premiando anualmente dezenas de fotojornalistas em várias categorias. No total, foram agora distinguidos 42 trabalhos, escolhidos a partir de quase 60 mil candidaturas feitas por 3778 fotógrafos de 171 países. A entrega dos prémios acontece no dia 17 de abril, data em que será anunciada a Fotografia do Ano.

 

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