Greve geral de jornalistas com “forte adesão”, diz João Rodrigues do SJ. Silenciaram-se 40 órgãos de comunicação
A greve geral de jornalistas, organizada pelo Sindicato de Jornalistas (SJ) e convocada para o dia 14 de março, condicionou mais de 40 órgãos de comunicação social. “Superou as nossas […]
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A greve geral de jornalistas, organizada pelo Sindicato de Jornalistas (SJ) e convocada para o dia 14 de março, condicionou mais de 40 órgãos de comunicação social. “Superou as nossas expetativas em termos de adesão e compreensão por parte dos jornalistas”, afirma João Rodrigues, secretário da direção do SJ, em declarações exclusivas ao Meios & Publicidade.
Esta paragem vem no seguimento do 5º Congresso dos Jornalistas, visando protestar contra os baixos salários, a precariedade e a degradação das condições de trabalho dos profissionais da comunicação social em Portugal.
Passaram mais de 40 anos desde a última vez que uma greve aconteceu no setor, sinalizando a urgência de reformas e mudanças estruturais. Desta forma, o secretário da direção do SJ admite que, hoje, “existe uma maior dificuldade de coordenar uma greve unida devido aos diversos meios de comunicação e ao patronato diversificado que o setor apresenta”.
“No entanto, apesar desses desafios, houve uma forte adesão por parte dos jornalistas e atrevo-me a dizer que o condicionamento total dos dos meios de comunicação pode ter sido de cerca de 90%”, acrescenta ainda o responsável.
Em Coimbra, às 9h, no Porto, na Praça Humberto Delgado, às 12h, e em Lisboa, no Largo do Camões, às 18h, centenas de profissionais da comunicação reuniram-se para defender o jornalismo e a liberdade de imprensa, destacando a importância vital desses pilares para a sociedade democrática.
As concentrações de jornalistas em diferentes cidades do país são para o SJ um reflexo da união e da determinação da classe em buscar melhores condições laborais. A paralisação não se limita apenas às redações dos jornais, incluindo também as rádios e a televisão.
Segundo o SJ, houve a suspensão da produção de notícias em mais de 40 órgãos, incluindo Agência Lusa, Antena 1 e TSF e perturbações nas redações do Público, Expresso, Observador, Renascença, O Jogo, Diário de Notícias e Jornal de Negócios. Na RTP, TVI/CNN Portugal e na SIC/SIC Notícias, mais de metade dos jornalistas escalados fizeram greve.
No futuro, de acordo com João Rodrigues, “o SJ pretende dinamizar principalmente duas estratégias, reunir-se com as administrações de todos os principais órgãos de comunicação social para falar de todas as decisões que foram propostas no último Congresso dos Jornalistas de forma a conseguir pô-las em prática”.
A segunda passa por “enforcar uma estratégia que já temos em prática desde 2019 que é, assim que haja um governo empossado, consciencializar os partidos políticos com assento parlamentar, da importância do financiamento dos media, sendo o setor que é o garante da liberdade e da democracia”, adianta ainda o secretário da direção do SJ.