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Para José Campos, director criativo da Strat Publicidade, enquanto os diversos players não souberem o que pretendem do mercado, Portugal não vai sair da segunda linha em termos de negócio […]

João Neves
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Para José Campos, director criativo da Strat Publicidade, enquanto os diversos players não souberem o que pretendem do mercado, Portugal não vai sair da segunda linha em termos de negócio e de criatividadeA fragmentação da indústria da comunicação publicitária nacional, o exemplo argentino ao alcance das marcas e agências portuguesas e a necessidade de maior ambição e orgulho entre os profissionais são o mote para a entrevista concedida ao M&P por José Campos, director criativo da Strat Publicidade.

Meios & Publicidade (M&P): Estamos numa fase de redefinição da indústria publicitária portuguesa?
José Campos (JC): A questão é exactamente a indústria. É uma palavra que raramente discuto porque fico a pensar o que é que significa. Obviamente cada país tem a sua indústria de produção de comunicação – publicitária e das suas outras vertentes – mas o que sinto ao fim de 20 anos é que não há uma indústria, existem vários segmentos que a constituem. Para isto ser uma indústria, esses segmentos deveriam ter uma conexão, apesar dos interesses que possam ser opostos entre os intervenientes. Seria útil pelo menos discutir, de vez em quando, o que se pretende para o mercado. Posso estar a cometer uma injustiça mas sinto que estamos todos de costas voltadas. Cliente, agências, produtoras, meios e por aí fora, cada um a trabalhar para o seu lado, sem entendermos o que queremos. Aprendi um pouco essa lição estando atento ao mercado argentino que, embora um pouco diferente do nosso, tem talvez os mesmos problemas sociais, culturais e, inclusivamente, alguns tabus impostos pela religião.

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M&P: Está a dar o exemplo argentino do que poderia ser Portugal?
JC: Nos últimos anos a Argentina tornou-se num player importante no mundo da comunicação. Tentei entender o porquê e percebi que isso aconteceu porque todos os players do mercado definiram – não vou dizer que assinaram um documento – objectivos claros. O primeiro grande objectivo foi ganhar alguma dimensão e respeito criativo em termos mundiais. Quer se queira quer não, as empresas têm de ser bem geridas e o produto final, aquilo que se põe na rua, começou a ser um trabalho mais criativo, mais interessante e cativante. A segunda fase foi destronar o Brasil. O Brasil era a potência naquela região e foi completamente ultrapassado pela Argentina. O terceiro objectivo, talvez o mais importante, foi assumir-se como um player mundial. Hoje em dia já se começam a ver campanhas globais que têm como ponto de partida Buenos Aires. Inclusivamente há agências argentinas que se começam a expandir para outros mercados, como a Lola para Espanha e Brasil, ou a La Comunidad que se expandiu para o mercado americano, por causa dos hispânicos. Começa a haver o alargar dos horizontes. Voltando a nós, o nosso mercado nessa matéria é maduro, fazemos o trabalho de uma forma profissional mas sinceramente faltam-nos coisas essenciais que são a ambição e o orgulho. Custa-me ver o Edson Athayde dizer, numa entrevista como jurado do El Sol, que esteve lá e muitos argentinos, espanhóis, etc. lhe perguntaram “o que é que se passa com Portugal”. Curiosamente, dá a sensação que eles estão mais preocupados do que nós, o que não é bom.

M&P: Quem devia estar preocupado e não está? As agências de publicidade?
JC: A criatividade não é responsabilidade só dos criativos, nasce de um bom briefing e de uma série de vectores e factores que influenciam a produção de um bom trabalho. Portanto, não é um problema exclusivo dos criativos. Voltando à Argentina, começa-se a ver que aquele mercado ganha prémios e reputação criativa trabalhando clientes como a Coca-Cola, como o Axe. São grandes clientes e não pequenos trabalhos para uma papelaria ir ganhar um Leão a Cannes. Há bastante tempo que estamos a bater com a cabeça no tecto e não saímos do mesmo ponto.

M&P: Voltemos então à Argentina. Portugal sai frustrado dos festivais internacionais por não conseguir acompanhar aquele mercado ou o brasileiro?
JC: Posso falar por mim, não pelos outros. Os festivais são importantes mas é mais importante o facto de eles, mais os argentinos que os brasileiros, conseguirem fazer bom trabalho para grandes clientes. O que deveria preocupar todos nós é que há quem vá todos os anos a Cannes e não aprende nada. É a sensação que eu tenho. Não digo todos, mas há muitos que não aprendem a lição. Nós, criativos e agências de publicidade, temos de nos aproximar dos clientes. Não podemos só culpar os clientes e dizer “isto não avança porque os clientes não deixam”. Acho que temos de os envolver, não podemos pôr a responsabilidade em cima deles como não podemos pôr a responsabilidade só em cima de nós. Se somos uma indústria, se trabalhamos em conjunto para fazer um filme, uma campanha de net, uma boa campanha de marketing directo, etc., tem de haver união e respeito pelo consumidor, temos de sair do patamar em que estamos há demasiado tempo. Os outros continuam a avançar. É curioso como se diz que a publicidade é o retrato da economia de um país e isso é verdade em relação a Portugal.

M&P: Mas não deveria ser exactamente o oposto? A publicidade não serve como um instrumento de provocação à sociedade, uma forma de mudar o estado das coisas?
JC: Há um lugar comum que às vezes dá jeito usar. A palavra “crise' em chinês é composta pelos caracteres “perigo' e “oportunidade'. Dá para compreender que, num período de crise, haja clientes e agências que têm receio de arriscar. As agências também têm medo de arriscar porque estamos todos metidos no mesmo barco e ninguém tem coragem de arriscar seja o que for. Diria mesmo ousar um pouco mais na comunicação. Esta crise podia ajudar-nos. Quero dizer, nos primeiros momentos compreendi por que as pessoas estavam retraídas, agora já começo a não entender muito bem. Era bom que fizéssemos uma reflexão e rentabilizássemos o dinheiro que gastamos.

M&P: O que quer dizer com rentabilizar o dinheiro gasto?
JC: Um grande anunciante, mesmo fazendo uma campanha mediana, com o investimento que faz em media, teoricamente a sua mensagem chega sempre ao consumidor desde que profissionalmente seja bem feita. Só que se fosse com mais ousadia, esse investimento seria mais rentabilizado. Já nos aconteceu fazer uma campanha que parámos a meio. Estava a ter de tal maneira sucesso que não valia a pena continuar a gastar dinheiro.

M&P: Há aqui algum papel que deveria ser desempenhado pelas associações e outras entidades que reúnem o sector?
JC: Eu sou só director criativo. Não sou presidente nem vice-presidente de nada. Nunca quis, o que não significa que não venha a ser… Agora, a única pessoa que vi realmente preocupada e a falar sobre isto foi o Edson Athayde e ele é vice-presidente da Ogilvy Portugal. Seria interessante, como ponto de partida, que pelo menos as várias organizações se sentassem à mesma mesa para um debate. O que acho positivo na análise ao mercado argentino é que houve uma estratégia, as pessoas definiram o que queriam para aquele país. É o que nos falta, dialogamos muito pouco. Até as visões diferentes entre agências e dentro das próprias agências deviam ser debatidas para se chegar a alguma conclusão. Já falei com algumas pessoas sobre isto que acham que eu tenho uma visão demasiado naif e que isto nunca será possível no mercado português. Se for verdade, isto é grave.

M&P: Quais são, nesse sentido, os desafios postos às agências de publicidade?
JC: O negócio mudou. As relações entre as agências e clientes passaram por momentos complexos. Eu, por exemplo, assisti à saída da media e é algo de que, como criativo, sinto uma enorme falta. A media e a criatividade têm uma ligação demasiado forte para terem sido separadas durante tantos anos mas penso que no futuro vão reaproximar-se. Mas houve outras ferramentas que a publicidade perdeu. A media saiu, a produção audiovisual também (há muitos clientes a trabalhar directamente com as produtoras), e tanta coisa que as agências deixaram de controlar a cem por cento. O negócio está a colocar-nos desafios que convém avaliar.

M&P: A concentração ibérica das agências multinacionais não é um desses desafios, com a perda dos centros de decisão para Madrid ou Barcelona?
JC: Temos de ser rebeldes. Obviamente que somos o elo mais fraco mas temos capacidade de trabalho, talento e uma série de ingredientes que nos transformam em profissionais capazes de dar a volta. Se não acreditarmos nisso é que nunca vamos lá chegar, e nos acomodarmos à eventualidade de os centros de decisão passarem para Espanha. O mercado tem mais oportunidades por ser maior e ter mais oferta mas não é uma fatalidade vivermos na sombra dos espanhóis. A sombra há-de existir sempre. Concordo que as agências independentes têm um papel fulcral. Quando olho para o mercado belga, que por si só não é atractivo, é um facto que surgiu uma agência que é a Duval Guillaume, tão criativa que foi comprada pela Publicis. Têm uma assinatura tão vincada que conseguem, não só ter uma imagem exterior interessante, como levar o mercado belga atrás. Por cá o mercado está todo “flat'. Com toda a justiça, não vejo ninguém a destacar-se.

M&P: Estes últimos dois anos em que está como director criativo na Strat coincidem com esta estagnação…
JC: A Strat vai fazer dez anos em que está no mercado. Nasceu num período de vacas gordas, de prosperidade e teve um arranque fabuloso. Neste momento a Strat é uma agência que se reformulou, que se tornou num grupo cuja adaptação ocorreu nestes dois últimos anos. Falamos da Strat Publicidade, da Strat Design, da Webdote e Parceiros de Comunicação. Outra coisa que ocorreu foi o cuidado de não se perder a identidade da publicidade e do design, ainda que tenham uma equipa de contacto comum às duas empresas. Há uma frase que o Jorge Marques disse uma vez e pela qual tenho simpatia. “A Strat ainda está a começar”. Estes foram dois anos intensos de aprendizagem a trabalhar uns com os outros.

M&P: As transformações por que está a passar a Strat são entendidas pelos clientes e pela concorrência?
JC: Não posso falar pelos gestores da Strat mas penso que nos últimos dois anos procurou-se acertar o passo, trabalhar e não falar muito. A Strat Publicidade é reconhecida, nem que seja porque tem um grande anunciante que a expõe muito, a Unicer. Depois, a Strat Design é uma empresa que passou por uma profunda transformação e luta, no bom sentido, para se tornar cada vez melhor em termos criativos. Um dos grandes objectivos que temos nos próximos meses é ganhar novo negócio. A Strat Publicidade está “com fome', queremos mais contas e trazer mais negócio para dentro de casa.

M&P: Uma equipa criativa pode trabalhar bem uma conta durante muito tempo?
JC: Acho que sim… Para já, as marcas que mais sucesso têm tido são aquelas que permanecem mais tempo nas agências. Eu não falo só em Portugal. Olhe-se a Wieden+Kennedy com a Nike, é uma relação de anos e anos. Nas relações duradouras concerteza que haverá dificuldades e problemas em determinados momentos mas exactamente porque a ligação é tão profunda esses momentos serão sempre ultrapassados. Pessoalmente não tenho nenhum problema em trabalhar um cliente durante 20 anos. A Strat trabalha a Unicer há dez mas há aqui profissionais que a trabalham há bem mais e que continuam empenhados e envolvidos com a marca. Há muitos problemas da publicidade portuguesa que são da cultura. De uma maneira geral, o português quer ganhar dinheiro rapidamente. Apesar de tudo, há alguns anunciantes que se mantêm fiéis às suas agências. Há sempre um ponto de saturação mas, se isso for ultrapassado com sabedoria, essas relações prevalecem.

M&P: O que pode revelar em termos de novidades criativas na Strat?
JC: No mais imediato, a Strat está a trabalhar muito em new business. Está desejosa de ter uma conta de automóveis, está desejosa por ter um banco, por participar em todos os concursos. O objectivo para os próximos três ou quatro meses é novos negócios. Neste momento não vou revelar nada. New business é new business.

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Netflix lidera subscrições de ‘streaming’ em Portugal

O serviço de subscrição da Netflix volta a dominar no quarto trimestre de 2024, com 23% de quota de mercado. A Prime Video, que tem vindo a ameaçar a liderança, estabiliza nos 22%, permanecendo em segundo lugar

A Netflix continua a ser a plataforma de ‘streaming’ com maior quota de mercado, em termos de assinantes, em Portugal, repetindo, no quarto trimestre de 2024, o feito que já tinha conseguido no primeirosegundo e terceiro. Segundo o ranking do guia de ‘streaming’ internacional JustWatch, a que o M&P teve acesso, continua com um ‘share’ de mercado de 23%, o mesmo valor do trimestre anterior.

Em segundo lugar, surge novamente a Prime Video, com uma quota de mercado de 22%. O terceiro lugar é novamente ocupado pelo Disney+, com 17%, face aos 18% registados no trimestre anterior. Em quarto lugar, surge o Max, com uma quota de mercado de 14%. A quinta posição é partilhada pela SkyShowtime e pela Apple TV+, com 8%.

“A Apple TV+ e o Max lideraram o crescimento no quarto trimestre de 2024, registando um aumento de dois pontos percentuais face ao anterior. A Prime Video e a SkyShowtime também obtiveram um aumento de um ponto percentual. Por outro lado, o Disney+ foi o único a sofrer perdas, registando uma queda de um ponto percentual”, refere o relatório da JustWatch.

A Filmin, plataforma de ‘video-on-demand’ (VoD) dedicada ao cinema independente, com uma programação à base de cinema português, curtas-metragens, cinema clássico, documentários e animação, também vê o número de subscritores subir, passando de uma quota de mercado de 2% para uma de 3%. As restantes marcas de ‘streaming’ registam uma queda face ao trimestre anterior, de 7% para 5%.

Em termos de análise anual, a Netflix termina 2024 com uma quota de mercado, em termos de assinantes, de 23,25%, mais 1,25 pontos percentuais do que a Prime Video, em segundo lugar, com 22%, a percentagem registada ao longo dos quatro trimestres. A Disney+ surge na terceira posição, com um ‘share’ de 17,75%. No quarto lugar está o Max, com 13,25% de quota de mercado.

A segunda metade da tabela é ocupada pela SkyShowtime, com 7,5% do mercado, muito próxima da Apple TV+, com 7%. A Filmin fecha o ano com 2,75%. A evolução maior regista-se na categoria que agrupa todas as restantes plataformas de ‘streaming’, que inicia 2024 com 8% de ‘share’ e termina o ano com 5%, alcançando uma média de 6,5% de quota de mercado.

Os números que integram o relatório da JustWatch são obtidos através de um inquérito a uma amostra de utilizadores, não divulgada, que abrange cerca de 45 milhões de espectadores em 140 países, sendo a informação complementada com base em cálculos comparativos da atividade dos subscritores em períodos de 24 horas, 7 dias ou 30 dias, desenvolvidos pela JustWatch.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

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Pedro Sousa abandona direção do Canal 11

“Nos últimos três anos, o 11 consolidou-se como líder de audiências no desporto, desenvolvendo uma vocação própria e um estilo diferenciador”, salienta Pedro Sousa (na foto), que sai da Federação Portuguesa de Futebol a 28 de fevereiro

Pedro Sousa abandona a direção do Canal 11 e a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) a 28 de fevereiro. Numa comunicação a toda a equipa, a que o M&P teve acesso, o diretor do canal desportivo agradece aos colaboradores o empenho e a dedicação.

“Ao longo dos últimos três anos, o 11 consolidou-se como líder de audiências no desporto, desenvolvendo uma vocação própria e um estilo diferenciador”, sublinha Pedro Sousa. O jornalista desportivo é um dos fundadores do canal em 2019, inicialmente como coordenador de conteúdos, assumindo a direção do Canal 11 em janeiro de 2020.

“Fizemos um trabalho inédito na televisão portuguesa dedicada ao desporto, com conteúdos e programas inspiradores e com a cobertura das competições organizadas pela FPF e de todas as seleções nacionais, nomeadamente as femininas”, salienta o responsável.

A saída de Pedro Sousa acontece na reta final do terceiro mandato de Fernando Gomes na FPF, estando as próximas eleições marcadas para o dia 14 de fevereiro. Pedro Proença e Nuno Lobo são os dois candidatos na corrida à presidência.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

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Starbucks reforça proximidade com clientes em campanha da Anomaly (com vídeo)

A campanha (na foto) surge na sequência de mudanças na estratégia da Starbucks, cujas receitas de faturação caem 3,2% em 2024, para €8,7 mil milhões, e reflete a visão do novo CEO, Brian Niccol, de dar prioridade ao serviço ao cliente

O novo anúncio da Starbucks apresenta uma abordagem diferente da relação entre o barista e o cliente, salientando a personalização do serviço. Na primeira campanha da agência norte-americana criativa Anomaly para a cadeia de cafetarias são destacadas as mensagens motivacionais, como ‘You got this’, que os baristas escrevem nos copos de papel em que servem os cafés aos clientes.

O anúncio começa com um plano fechado de uma chávena de café de vidro, seguido de imagens dos copos descartáveis da marca e de um marcador, com o qual uma barista escreve frases nos copos. A música ‘That’s Not My Name’ dos Ting Tings é a banda sonora do anúncio, uma referência ao facto de os baristas muitas vezes escreverem incorretamente os nomes dos clientes, ao mesmo tempo que realça a aposta na atenção às experiências pessoais.

A campanha surge na sequência de a Starbucks adjudicar a conta criativa nos Estados Unidos à Anomaly, detida pela Stagwell, em janeiro de 2025, quando esta conta se encontrava no WPP desde outubro de 2024. A mudança, ao fim de cerca de três meses, ocorre após a contratação de Tressie Lieberman como diretora de marketing, em novembro de 2024. Segundo um porta-voz da Starbucks citado na Ad Age, o WPP continua a fazer parte da lista de agências da marca, conforme necessário. “Não estão previstos planos imediatos para o WPP”, refere a mesma fonte.

2024 é um ano que leva a várias mudanças na administração da Starbucks, na sequência dos resultados negativo que enfrenta. As receitas de faturação da empresa caem 3,2% em 2024, situando-se nos 9,07 mil milhões de dólares (€8,70 mil milhões), face aos 9,37 mil milhões de dólares (€8,98 mil milhões) reportados em 2023. A nível internacional, as vendas em loja da Starbucks diminuem, em média, 7% em 2024 face a 2023. Na América do Norte e nos Estados Unidos, as vendas caem 6%, na China 14% e nos restantes mercados internacionais 9%, em comparação com o período homólogo.

A nova campanha da Anomaly está em consonância com a visão do novo CEO da Starbucks, Brian Niccol, de “voltar à Starbucks”, dando prioridade ao serviço ao cliente e à construção da comunidade. Parte do esforço de Brian Niccol, que assume o cargo de CEO em setembro de 2024, inclui a reintrodução de chávenas de cerâmica, uma estação de condimentos para leite e açúcar, um menu simplificado, melhores recursos humanos, um marketing renovado e a eliminação de custos adicionais para alternativas de leite e derivados. A marca também inverte recentemente uma política que vigorava há sete anos e que permitia a não clientes utilizar as casas de banho e permanecer nos estabelecimentos, que passa a ser proibido a quem não fizer consumos.

“Vamos mudar o foco do marketing, que até agora era baseado em descontos, para uma comunicação sobre a história da nossa marca e liderança no setor dos cafés”, escreve Brian Niccol numa mensagem dirigida aos parceiros da empresa.

Sobre o autorDaniel Monteiro Rahman

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Silk & Spice e Sandeman fazem campanha em Times Square

As marcas de vinhos da Sogrape estão presentes, rotativamente, num ecrã digital de 15 andares localizado no n.º 1552 da Broadway (na foto). Com quatro ecrãs interligados, a campanha alterna entre as duas marcas, celebrando as respetivas histórias e vinho

As marcas de vinho Silk & Spice e Sandeman estão em Times Square, em Nova Iorque, com uma campanha que celebra a autenticidade e o pioneirismo destas marcas. Ao longo de 12 meses, uma das localizações mais impactantes do mundo em termos publicitários servirá de palco para ambas as marcas chegarem a milhões de pessoas.

A campanha, exibida num ecrã digital com 15 andares de altura e localizado no n.º 1552 da Broadway, entre as ruas 46 e 47, transforma as duas marcas da empresa de vinhos Sogrape em “estrelas de uma experiência visual arrebatadora”. Com quatro ecrãs interligados, a campanha alterna entre as duas marcas, celebrando as respetivas histórias e vinhos. A iniciativa “posiciona o vinho português num patamar de destaque internacional” e “faz uma declaração ousada sobre o seu futuro no mercado global”, refere a Sogrape em comunicado de imprensa.

“A presença de Silk & Spice e Sandeman na emblemática Times Square representa uma conquista notável que reflete o reconhecimento internacional destas duas marcas. Esta campanha simboliza o nosso compromisso em ultrapassar fronteiras, elevando a qualidade e a projeção global dos vinhos portugueses, combinando tradição com inovação numa celebração única e memorável”, enfatiza Filipe Gonçalves, diretor de marketing da Sogrape.

A Silk & Spice, marca de vinhos conhecida por homenagear o sentido de aventura, sabedoria e coragem dos navegadores portugueses, celebra a época dos Descobrimentos, inspirando-se nas rotas marítimas que os levaram a descobrir novos mundos. A Sandeman,  por seu lado, representa “séculos de tradição e excelência”, através da figura do ‘The Don’, que com a sua capa negra simboliza a “sofisticação e a inovação que tornaram a marca numa referência mundial”, pretendendo apelar tanto às gerações mais jovens como aos apreciadores de sempre.

“Com esta ação de elevado impacto, a Silk & Spice e a Sandeman reforçam o papel de embaixadoras globais do vinho português. Ao celebrarem o encontro entre herança cultural e visão contemporânea, levam a autenticidade de Portugal até ao coração de Nova Iorque, criando uma ligação inesquecível com o público global”, salienta a empresa de vinhos em comunicado.

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Glovo escolhe Adagietto para assessoria de imprensa

“A Adagietto será um parceiro estratégico fundamental para dar maior visibilidade aos nossos projetos e iniciativas, contribuindo para aproximar ainda mais a Glovo dos portugueses”, refere Vera Leitão Cardoso, responsável pelas relações institucionais da Glovo em Portugal

A Glovo está a reforçar a aposta em comunicação em Portugal ao anunciar a parceria com a Adagietto. Esta agência de comunicação fica, a partir de agora, responsável pela assessoria, posicionamento e ações de comunicação da plataforma tecnológica multicategoria, que liga utilizadores a estabelecimentos comerciais e estafetas, em 23 países.

Para Vera Leitão Cardoso, responsável pelas relações institucionais da Glovo em Portugal, a escolha da Adagietto como nova agência “vem dar resposta à necessidade crescente de comunicar de forma ágil, criativa e próxima, aliada à estratégia única da marca enquanto referência global no setor tecnológico. A Adagietto será um parceiro estratégico fundamental para dar maior visibilidade aos nossos projetos e iniciativas, contribuindo para aproximar ainda mais a Glovo dos portugueses”, em que o objetivo é amplificar a comunicação das iniciativas estratégicas, inovações tecnológicas e impacto local.

“Estamos muito entusiasmados com este novo projeto e focados em consolidar e potenciar a estratégia de comunicação da marca em Portugal”, refere Miguel Moreira Rato, CEO da Adagietto, citado em comunicado de imprensa, reforçando que “vamos olhar de forma global para a comunicação da marca, indo além das relações públicas, com uma abordagem criativa e orientada para resultados”.

A entrada da Glovo na Adagietto reforça o portefólio da agência, que já trabalha marcas como a Ikea, BMW, Hilton, Prio, Nobre, Credibom, Banco BiG e Sonae Sierra, entre outras.

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Plano de cortes na SIC está sujeito aos resultados da auditoria interna

Questionada pelo M&P, a SIC remete para a resposta dada à Lusa por fonte oficial da empresa. “A Impresa toma, regularmente, medidas que considera ajustadas e necessárias para fazer frente aos desafios e oportunidades do setor. Porém, qualquer informação adicional é, neste momento, extemporânea”

A SIC está a preparar um plano de cortes para apresentar aos trabalhadores. O documento que define os termos da reestruturação está dependente dos resultados de auditoria interna, que está a ser desenvolvido por uma empresa externa.

A informação é avançada pelo Sindicato dos Trabalhadores de Telecomunicações e Comunicação Audiovisual (STT), que após uma reunião com Eduardo Paulo Gomes, diretor de recursos humanos da Impresa, dona da estação, emitiu um comunicado, a 28 de janeiro, a alertar para a situação.

“Fomos informados que a empresa está num processo complexo de optimização e análise de custos, com a finalidade da sua redução, no seguimento dos resultados dos primeiros nove meses de 2024, que ficaram bastante abaixo do previsto. Transmitiram que estão a ser apoiados por uma empresa externa de consultoria”, refere o documento.

Fonte interna da SIC confirma ao M&P que o plano de reestruturação começou a ser delineado em 2024 para entrar em vigor em 2025, ano em que, além de serem confrontados com despedimentos, os colaborações da estação também não verão os salários aumentar.

“Fomos também informados que os dados financeiros conhecidos até ao momento, do ano transato, uma vez que as contas finais de 2024 ainda não estão fechadas, auditadas e publicadas (a Impresa é cotada em bolsa), não permitirão aumentos nos salários em 2025. Acrescentaram ainda que não haverá prémios do exercício de 2024”, relata o comunicado do STT, que representa maioritariamente os trabalhadores da área técnica da SIC.

Segundo o documento, o aumento do custo com o seguro de saúde dos trabalhadores, “que teve um agravamento muito significativo, no valor da apólice, de cerca de €500 mil” é uma das razões apontadas. A Impresa assume sozinha o aumento, garantindo que o seguro vai continuar gratuito para todos os trabalhadores do grupo.

“O diretor de recursos humanos referiu que poderão revisitar os valores pagos em deslocação e também analisar a possibilidade de atualização no subsidio de refeição para €10,20 (valor máximo de isenção quando pago em cartão refeição), mas só depois do plano de cortes implementado, pelo que não se podia comprometer com melhorias destas componentes remuneratórias, neste momento”, esclarece o documento.

Questionada pelo M&P, a SIC remete para a resposta dada à Lusa por fonte oficial da empresa. “A Impresa toma, regularmente, medidas que considera ajustadas e necessárias para fazer frente aos desafios e oportunidades do setor. Porém, qualquer informação adicional é, neste momento, extemporânea”, avança a mesma fonte.

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Marcas de bebidas alcoólicas dependem de uma minoria de consumidores

Apenas 3,6% dos consumidores europeus com menos de 34 anos ingerem álcool diariamente. Com as novas gerações a privilegiarem outro tipo de bebidas, os fabricantes de bebidas alcoólicas têm de diversificar o portefólio, aponta uma análise do WARC

A redução do consumo de álcool na Europa e nos Estados Unidos está a pressionar as marcas. De acordo com um estudo da União Europeia, só 3,6% dos consumidores europeus entre os 18 e os 34 anos é que ingerem álcool diariamente. Na faixa etária entre os 35 e os 54 anos, a percentagem sobe para 13,3%. No grupo etário entre os 55 e os 74 anos, o valor chega aos 27,4%.

Apesar de ingerirem, em média, cerca de 9,2 litros de bebidas alcoólicas por ano, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a maioria dos consumidores europeus tem mais de 35 anos. Com as novas gerações a privilegiarem outros tipos de bebidas, os fabricantes de bebidas alcoólicas vão ser forçados a diversificar o portefólio, apostando em bebidas com menor teor alcoólico, defende uma análise do World Advertising Research Center (WARC).

Um estudo da empresa de análise de dados IWSR, citada no documento do WARC, confirma que a opção por bebidas com menor teor alcoólico está a ganhar força entre as novas gerações de consumidores, sobretudo no mercado da cerveja, prevendo que a categoria terá uma taxa de crescimento anual composta de 6%, entre 2023 e 2027.

“Uma minoria de consumidores de álcool é, atualmente, responsável por uma proporção significativa das vendas de álcool, na Europa e nos Estados Unidos. Numa perspetiva estratégica, isto significa que as marcas de álcool dependem cada vez mais de grandes compradores, uma realidade que pressiona as marcas a diversificarem-se, para atraírem novos consumidores”, sublinha a análise do WARC.

A crescente consciencialização para os malefícios da ingestão excessiva de álcool para a saúde tem vindo a afastar os consumidores das novas gerações, essenciais para o crescimento das marcas. O vinho e a cerveja têm sido as bebidas mais afetadas, tal como o champanhe, que viu as vendas caírem 9,2% em 2024.

“Além de diversificarem o portefólio, as marcas têm em mãos a missão de comunicar valor e qualidade, para alargarem o mix de público, procurando chegar aos consumidores que bebem com moderação ou que ainda não consomem álcool, em vez de dirigirem as mensagens para os maiores consumidores, para não desperdiçarem recursos”, recomenda a análise do WARC.

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Dona da Marktest adquire empresa espanhola de análise e monitorização de publicidade digital

Para o CEO da Minerva Insights Group, José Manuel Oliveira, “a Adjinn representa uma adição estratégica ao nosso grupo, trazendo uma especialização única em publicidade digital”, permitindo soluções mais abrangentes e impactantes para marcas, meios de comunicação e anunciantes

Catarina Nunes

A Minerva Insights Group, constituída pelas empresas Marktest Group (Marktest, Mediamonitor, Markdata e Medialog), Conecta, Amber e Salvetti Llombart, é a nova proprietária da empresa espanhola Adjinn, que se dedica à análise e monitorização da publicidade digital, numa aquisição por um montante não revelado.

“A ambição da Minerva Insights é tornar-se a principal especialista europeia em ‘market insights’, análise de dados, estudos de mercado, análise de media e ‘ad intelligence’, oferecendo soluções que sejam sinónimo de qualidade, inovação e impacto estratégico. Para tal, integra tecnologias avançadas como inteligência artificial, ‘machine learning’ e análise preditiva, com o objetivo de fornecer soluções cada vez mais personalizadas e eficientes”, explica o grupo Marktest.

Para o CEO da Minerva Insights Group, José Manuel Oliveira, “a Adjinn representa uma adição estratégica ao nosso grupo, trazendo uma especialização única em publicidade digital. Estamos entusiasmados por combinar os nossos pontos fortes e oferecer soluções ainda mais abrangentes e impactantes para marcas, meios de comunicação e anunciantes”.

A Adjinn destaca-se na análise e monitorização de publicidade digital, fornecendo dados que ajudam as marcas e agências a otimizar as estratégias de comunicação. Com esta aquisição, “a Minerva Insights reforça a capacidade de oferecer soluções integradas, pioneiras e inovadoras. Ao mesmo tempo, a Adjinn beneficia do acesso ao ‘know-how’, às capacidades tecnológicas, à extensa rede de clientes e ao alcance internacional do grupo, abrindo a porta a uma expansão significativa para novos mercados”, explica o grupo Marktest.

Os fundadores e a equipa de gestão da Adjinn vão manter-se no negócio, tendo reinvestido na Minerva Insights. “Estamos muito entusiasmados por nos juntarmos à Minerva Insights, que partilha os nossos valores de inovação e de compromisso com a excelência. Esta aliança irá permitir-nos expandir a nossa presença e acelerar o desenvolvimento de soluções que irão beneficiar os nossos atuais e futuros clientes em toda a Europa e não só”, diz Giancarlo Giansante, fundador da Adjinn.

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Sephora promove inclusão no primeiro documentário global (com vídeo)

Realizado por Anastasia Mikova, o filme ‘Beauty & Belonging’ (na foto), com uma duração de cerca de 36 minutos, recorre ao ‘brand storytelling’ para explorar experiências e perspetivas individuais sobre beleza. Ao longo do ano, vai dar origem a ‘spots’ mais curtos

A Sephora está a promover a inclusão social no primeiro documentário global que lança. Intitulado ‘Beauty & Belonging’, é realizado por Anastasia Mikova, acaba de ser apresentado no festival norte-americano de cinema Sundance e explora experiências e perspetivas individuais sobre beleza, ao longo de cerca de 36 minutos.

Disponível no canal de YouTube da Sephora e no site corporativo Inside Sephora, o documentário recorre ao ‘brand storytelling’ para dar a conhecer histórias e vivências e vai dar origem a ‘spots’ mais curtos nas redes sociais da marca, para amplificar a mensagem ao longo do ano.

“Demos carta branca a Anastasia Mikova para falar sobre a Sephora à sua maneira. O filme demonstra como a beleza pode transformar vidas e o poder de pertencer a uma comunidade solidária”, relata Guillaume Motte, CEO da Sephora, citado em comunicado de imprensa.

Filmado nos cinco continentes, o documentário conta com a participação de 75 pessoas, apresentando testemunhos de fundadores de marcas como Christine Chang e Sarah Lee da Glow Recipe, Danessa Myricks da Danessa Myricks Beauty, Mario Dedivanovic da Makeup by Mario, Mathilde Thomas da Caudalie e Akash e Nikita Mehta da Fable & Mane.

Gravado ao longo de seis meses, em estúdios e ambientes reais em oito países (Canadá, Estados Unidos, Brasil, França, Reino Unido, Polónia, Tailândia e China), o filme é uma sucessão de conversas, que também dá voz a cerca de 75 colaboradores da marca de cosmética.

“Gosto de encontrar os fios que nos conectam enquanto humanos e o significado da beleza entre culturas é um deles. Durante as filmagens, consegui sentir o quão rica, diversa e sensível é a comunidade Sephora, mas, acima de tudo, que estas pessoas fazem parte de uma grande família”, salienta Anastasia Mikova, citada no documento.

 

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Microsoft está em negociações para comprar TikTok, diz Donald Trump

A rede social continua a não estar disponível nas lojas de aplicações da Apple e da Google, que estarão desconfortáveis com a ordem executiva da Casa Branca que permite ao TikTok retomar as operações após o encerramento temporário a 18 de janeiro

A Microsoft está em negociações para adquirir o TikTok, segundo alega Donald Trump, que ambiciona ver uma guerra de licitações pela aquisição da operação norte-americana da rede social chinesa. Questionado numa conferência de imprensa sobre se a Microsoft está em conversações para comprar a plataforma nos Estados Unidos, o presidente responde aos jornalistas que “diria que sim”, acrescentando que “há um grande interesse no TikTok”.

As alegadas negociações marcam a segunda vez que a Microsoft manifesta interesse na aquisição do TikTok. Em 2020, durante o primeiro mandato de Donald Trump, a empresa surge como um dos principais licitantes, quando ordena que a ByteDance, empresa proprietária do TikTok, separe a operação norte-americana, alegando preocupações de segurança nacional. No entanto, as negociações não se prolongam e terminam meses depois, com a saída de Donald Trump da presidência.

Donald Trump avança também que está em conversações com alguns interessados sobre a compra do TikTok e que provavelmente tomará uma decisão sobre o futuro da rede social nos Estados Unidos dentro de 30 dias. O presidente dos Estados Unidos já tinha dito anteriormente que estava aberto à compra da aplicação de redes sociais pelo multimilionário Elon Musk, caso este manifeste interesse. Elon Musk, por seu lado, não comenta publicamente a proposta de Donald Trump.

Entretanto, o TikTok continua a não estar disponível nas lojas de aplicações das empresas de tecnologia, que estarão desconfortáveis com a ordem executiva da Casa Branca, que permite ao TikTok retomar as operações após o encerramento temporário do serviço a 18 de janeiro. A Apple e a Google retiraram e não reinseriram a rede social nas respetivas lojas de aplicações, impedindo o descarregamento da aplicação nos Estados Unidos.

Sobre o autorDaniel Monteiro Rahman

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