Plano de cortes na SIC está sujeito aos resultados da auditoria interna
Questionada pelo M&P, a SIC remete para a resposta dada à Lusa por fonte oficial da empresa. “A Impresa toma, regularmente, medidas que considera ajustadas e necessárias para fazer frente aos desafios e oportunidades do setor. Porém, qualquer informação adicional é, neste momento, extemporânea”
Luis Batista Gonçalves
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A SIC está a preparar um plano de cortes para apresentar aos trabalhadores. O documento que define os termos da reestruturação está dependente dos resultados de auditoria interna, que está a ser desenvolvido por uma empresa externa.
A informação é avançada pelo Sindicato dos Trabalhadores de Telecomunicações e Comunicação Audiovisual (STT), que após uma reunião com Eduardo Paulo Gomes, diretor de recursos humanos da Impresa, dona da estação, emitiu um comunicado, a 28 de janeiro, a alertar para a situação.
“Fomos informados que a empresa está num processo complexo de optimização e análise de custos, com a finalidade da sua redução, no seguimento dos resultados dos primeiros nove meses de 2024, que ficaram bastante abaixo do previsto. Transmitiram que estão a ser apoiados por uma empresa externa de consultoria”, refere o documento.
Fonte interna da SIC confirma ao M&P que o plano de reestruturação começou a ser delineado em 2024 para entrar em vigor em 2025, ano em que, além de serem confrontados com despedimentos, os colaborações da estação também não verão os salários aumentar.
“Fomos também informados que os dados financeiros conhecidos até ao momento, do ano transato, uma vez que as contas finais de 2024 ainda não estão fechadas, auditadas e publicadas (a Impresa é cotada em bolsa), não permitirão aumentos nos salários em 2025. Acrescentaram ainda que não haverá prémios do exercício de 2024”, relata o comunicado do STT, que representa maioritariamente os trabalhadores da área técnica da SIC.
Segundo o documento, o aumento do custo com o seguro de saúde dos trabalhadores, “que teve um agravamento muito significativo, no valor da apólice, de cerca de €500 mil” é uma das razões apontadas. A Impresa assume sozinha o aumento, garantindo que o seguro vai continuar gratuito para todos os trabalhadores do grupo.
“O diretor de recursos humanos referiu que poderão revisitar os valores pagos em deslocação e também analisar a possibilidade de atualização no subsidio de refeição para €10,20 (valor máximo de isenção quando pago em cartão refeição), mas só depois do plano de cortes implementado, pelo que não se podia comprometer com melhorias destas componentes remuneratórias, neste momento”, esclarece o documento.
Questionada pelo M&P, a SIC remete para a resposta dada à Lusa por fonte oficial da empresa. “A Impresa toma, regularmente, medidas que considera ajustadas e necessárias para fazer frente aos desafios e oportunidades do setor. Porém, qualquer informação adicional é, neste momento, extemporânea”, avança a mesma fonte.