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“Não dependemos de ninguém, nem em Londres nem em Nova Iorque”

A Nossa cresce 25% em 2024 face ao ano anterior, tendo atingido uma faturação de €6,2 milhões, e está a preparar a abertura de uma estrutura comercial em Espanha, em 2025, revela Duarte Durão, cofundador e sócio-gerente da agência, em entrevista ao M&P

Daniel Monteiro Rahman
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“Não dependemos de ninguém, nem em Londres nem em Nova Iorque”

A Nossa cresce 25% em 2024 face ao ano anterior, tendo atingido uma faturação de €6,2 milhões, e está a preparar a abertura de uma estrutura comercial em Espanha, em 2025, revela Duarte Durão, cofundador e sócio-gerente da agência, em entrevista ao M&P

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Daniel Monteiro Rahman
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No rescaldo de a Nossa ter sido considerada a agência mais reputada entre as marcas de serviços profissionais de comunicação em Portugal e da conquista de dois lotes da conta de criatividade da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Duarte Durão, cofundador e sócio-gerente da Nossa, fala sobre as razões que dão à agência a liderança no estudo da OnStrategy e as implicações que as novas contas trazem.

Em entrevista exclusiva ao M&P, o líder da agência independente nacional revela ainda que o volume de negócios da Nossa cresce 25% em 2024 face ao ano anterior, tendo atingido €6,2 milhões, um reflexo do foco na exigência criativa e na valorização das equipas.

Aborda a expansão para Espanha, que “tudo indica que se concretizará este ano”, e os desafios de gestão de uma agência independente face às multinacionais, “que operam com o conforto do alinhamento internacional”.

A Nossa é considerada a agência mais reputada em Portugal no estudo da OnStrategy. Em quais dos pilares é que a Nossa mais se destaca?

Diria que está muito relacionada com a consistência, o bom trabalho, os nossos clientes estarem satisfeitos e as pessoas que aqui trabalharam e trabalham sentirem que estão numa boa empresa, que tem ambição e um projeto sólido.

Mas em qual desses critérios têm melhores resultados?

A reputação é algo muito abrangente, é difícil isolar critérios uns dos outros. É o acumular de 16 anos de consistência nestes vários serviços, seja na forma como tratamos as pessoas, seja no resultado do nosso trabalho, que é aquilo que normalmente mais fala por nós, porque é isso que ajuda os negócios, as marcas e os nossos clientes a crescerem.

Qual é a estratégia seguida para liderar nesses aspetos?

É uma estratégia assente em dois eixos: a qualidade do trabalho e as relações com as pessoas. Somos obcecados, no bom sentido. Achamos sempre que é possível melhorar e estamos nesta constante procura para poder criar melhor.

Por outro lado, sabemos criar boas relações de confiança, que permitem ir mais além, o que está relacionado com a forma como lidamos com os colaboradores. Sempre procurámos criar e valorizar a equipa, com o foco na exigência criativa e garantindo bons resultados para os clientes.

Em 2023 participaram neste ‘ranking’, mas não lideraram nenhuma tabela. Em que aspetos trabalharam e que vos deram esta posição em 2024?

Não mudámos nada e o estudo apanha-nos de surpresa, não estávamos à espera deste reconhecimento e desta posição. Mantivemos a nossa coerência e consistência, melhorando alguns aspetos. O desafio da transformação digital que enfrentámos ditou, em parte, o nosso percurso.

De que forma?

Temos a noção, desde 2008, que queremos ser uma agência integrada, em que o digital faça parte do resultado do ‘output’ criativo, sem que exista o conceito de agência offline e online. Foram surgindo as redes sociais e os influenciadores, com o protagonismo que têm hoje e com outros meios a caírem.

O resultado é que temos estado em constante adaptação, tanto a nível de reformulação da equipa como de afinações do ‘output’. Não aconteceu nada de especial de um ano para o outro.

Ganhámos clientes de maior dimensão, como a EDP, que é o afirmar de uma grande marca que tem confiança num grande parceiro. O mesmo se passou com a Santa Casa, onde reafirmámos a nossa posição, e mais recentemente com a conquista da Allianz.

Jogar sem lugar garantido na equipa titular

Como é que uma agência independente e nacional vence às multinacionais neste estudo?

Querendo mais do que eles. Somos aquele jogador que nunca tem lugar garantido na equipa titular, por isso, somos mais comprometidos com os clientes e dependemos muito mais do nosso esforço e do sucesso. Esta analogia com o futebol é muito simples, porque o jogador que está muito à vontade na equipa titular tipicamente vai baixar o rendimento.

As multinacionais vivem um conforto que é terem o alinhamento internacional e as contas que chegam, sem que façam um grande esforço. No nosso caso, todos os clientes que conquistámos foi com o nosso esforço e trabalho e isso muda um pouco a mentalidade de quem aqui trabalha e também sente isso.

Como é que a vontade de querer mais impacta nos critérios do estudo?

Na confiança dos clientes, porque sabem que estamos sempre disponíveis. Na flexibilidade, que não é um critério, damos uma capacidade de resposta que os clientes reconhecem. Se for necessário, criamos uma nova área ou colocamos um designer do outro lado. Somos muito flexíveis e capazes de nos adaptar, não temos um processo único válido para todos os clientes. Com a Sommersby trabalhamos de uma forma, com a Abanca trabalhamos de outra.

A Nossa tem muito a ver com colaboração e com este ‘ir ao encontro do outro’, de modo a conseguir criar o melhor processo de trabalho possível, que seja vantajoso para o cliente. O nome da agência também é importante e acaba por estar dentro do critério de notoriedade.

Em que sentido?

Ao contrário de muitos outros, não temos o nosso nome na porta. Temos um conceito coletivo que tem a ver com cocriação, com o que criamos juntos, e a maioria das pessoas identifica-se com isso: o marketing é um esforço coletivo. A maioria do mercado sabe quem está por trás da Nossa e continuamos os mesmos desde o início, somos fundadores e continuamos à frente.

Como é que isso vos permite saírem à frente?

As multinacionais têm estado num grande processo de mudança, que é público, nomeadamente no que se refere a fusões e aquisições, e ao desaparecimento de algumas marcas emblemáticas e históricas. Faz-me confusão que a J. Walter Thompson, de um dia para o outro, seja substituída por uma VML, que nenhum de nós, pelo menos quem trabalha nisto há tantos anos quanto eu, reconhece credenciais.

No entanto, é o mundo a mudar e essas mudanças também nos ajudam. A Euro RSCG passa a Havas, no grupo Omnicom, a BBDO é a marca-chave, mas a TBWA\Chiat\Day, que era uma marca incrível, desaparece, bem como a DDB que também desaparece e fica dentro de uma bolha.

Isso contribuiu para que algumas marcas perdessem notoriedade e nós, pela nossa consciência e pela nossa portugalidade, pudéssemos crescer.

O desafio da Santa Casa

A Nossa ganha o concurso de criatividade da Santa Casa e fica agora com dois lotes. Quais eram as marcas da Santa Casa que trabalhavam anteriormente?

Temos um lote que é o chamado lote institucional ou lote 3, no valor de €5,25 milhões, que voltámos a ganhar e vamos manter, relacionado com tudo o que é a obra social e a instituição Santa Casa no seu todo, ligado ao pilar da reabilitação, ou seja, à saúde num conceito mais abrangente, ao acolhimento, que é uma questão fundamental da obra social, à cultura, aos museus e à zoologia.

São aspetos menos visíveis, mas para os quais a Santa Casa existe. A Santa Casa é uma obra social e, na sua essência, tudo o que faz e tudo o que vai buscar ao jogo tem como objetivo continuar essa obra social e devolver à sociedade. A nível da marca Jogos Santa Casa – a parte institucional, ativação, patrocínios e apoio ao desporto – também já trabalhávamos e vamos continuar o trabalho que fazemos há quatro anos.

Quais são as marcas Santa Casa que vão trabalhar agora?

O lote novo é o lote 2, que conquistámos no concurso público, com um valor de €8,1 milhões, e abrange as marcas Placard, Totobola, Lotaria Clássica, Lotaria Popular e EuroDreams.

Apesar de a Nossa ter ficado classificada em primeiro lugar para trabalhar os três lotes, incluindo o lote 1, com as marcas Euromilhões, M1lhão, Totoloto, Raspadinha e Novo Jogo, no valor de €7,5 milhões, o concurso estipula que os dois lotes dos jogos não podem ficar atribuídos à mesma agência. Razão pela qual a Nossa fica a trabalhar os lotes 2 e 3, respetivamente. O lote 1 fica para a segunda classificada, a VML.

Esses valores que refere dos lotes são referentes a quê, faturação?

Estes valores são os tetos máximos de adjudicação para três anos, não são valores diretos de faturação.

Que implicações tem para a agência, a nível de recursos humanos e ferramentas de trabalho, acumularem os dois lotes da Santa Casa?

Vamos reforçar a equipa criativa, não precisamos de muito mais, mas o volume de campanhas aumenta. As equipas de estratégia e de serviço ao cliente estão muito bem adaptadas ao serviço, mas serão equipas diferentes nos dois lotes, o que nos dará também uma complementaridade.

Como é que lida com a situação de vir a perder a Santa Casa, depois de já ter investido em recursos?

Como fizemos até aqui. Nada cresce nem decresce eternamente e estamos preparados para os solavancos da vida. A covid foi um grande solavanco e dele também tirámos imensos benefícios. Aproximámo-nos coletivamente e de forma mais consciente daquilo que realmente nos move e motiva.

Nessa situação terá de haver um ajuste de pessoas, mas o nosso objetivo será sempre conseguir garantir outro cliente que possa sustentar a equipa, porque é isso que temos feito. O período da pandemia é um ótimo exemplo. Não desesperámos, pois achámos sempre que, apesar de termos perdido muito negócio, estávamos a fazer tudo o que estava ao nosso alcance.

Na pandemia houve despedimentos na Nossa?

Mantivemos a equipa toda, acreditando que iríamos ganhar alguma coisa e que tínhamos recursos para garantir os salários de todos, pelo menos até ao fim de 2020. Nessa altura, também esperávamos que o mundo mudasse e que a pandemia terminasse. Não estávamos à espera da segunda fase, mas ajustámo-nos e o que é facto é que ganhámos o primeiro concurso da Santa Casa durante a pandemia.

Quais são os desafios de trabalhar uma das maiores contas nacionais?

Reforçar a visibilidade do nosso trabalho. Porque quando criamos para o digital no contexto atual de meios, em que é tudo muito fragmentado, é mais difícil para uma agência mostrar o seu trabalho na rua. O trabalho está a acontecer em múltiplas plataformas e não é tão fácil como antigamente, em que toda a gente comentava uma campanha que viu na televisão.

Já não vivemos nem queremos voltar a essa realidade. No entanto, o facto de trabalharmos este lote do jogo, que tem marcas mais emblemáticas e que terá campanhas com mais impacto, dá também uma melhor mediatização e visibilidade ao nosso trabalho, o que motiva toda a gente.

Quem trabalha nesta área gosta de ver o trabalho na rua. Motiva-se a ir para o trabalho e ver uma rede de múpis com aquilo que criou, ouvir na rádio e ver as campanhas nas redes sociais.

Promover jogo consciente e impacto social

Que outros desafios vêm com esta conta?

Fortalecer as marcas e levar mais pessoas a jogar de forma consciente, fazendo crescer os jogos, aumentar a popularidade da lotaria e valorizar todo o legado de um jogo com 250 anos. O Placard enfrenta um grande desafio, pois tem uma concorrência de plataformas digitais muito forte.

É preciso conhecer a história, saber comunicar de forma diferente e explicar o que está por trás do jogo e os benefícios de jogar nos jogos da Santa Casa. É igualmente importante transmitir o impacto social que isso tem, pois há toda uma geração que se preocupa com isso e que poderão vir a ser futuros apostadores.

A estratégia, linha de comunicação e ‘branding’ das marcas da Santa Casa vão alterar-se?

O mais interessante é poder trabalhar os dois lotes e estabelecer ligações. Com isto, um ponto muito importante é demonstrar que quando as pessoas apostam nos jogos da Santa Casa estão a contribuir para boas causas. Esta mensagem não é clara.

Durante o processo do concurso realizámos um pequeno estudo do qual concluímos que a maioria das pessoas continua sem saber isso, apesar de a Santa Casa já ter feito várias vezes esta comunicação. Um dos exercícios da campanha era sobre como transmitir bem esta mensagem.

Acho que temos a solução e espero que a campanha seja lançada em breve. Em termos gerais, temos ideias, mas é cedo para adiantar mais pormenores, porque ainda não começámos a interagir diretamente com o cliente, para saber se vamos alterar o rumo ou não.

No entanto, vamos trabalhar com aquilo que nos é mais útil, a criatividade. Temos de compreender as motivações e os ‘insights’ dos jogadores, bem como o que os pode levar a apostar no Placard, por exemplo, em vez de todas as outras plataformas disponíveis.

Vão utilizar as propostas com que ganharam o concurso?

Temos um histórico engraçado de ganhar concursos com campanhas que depois são, de facto, veiculadas, como aconteceu com a EDP no ano passado, mas que já aconteceu também com a Sommersby.

A assinatura da Sommersby, ‘É fruto da tua imaginação’, que data de 2013, foi ganha em concurso e foi a assinatura que apresentámos no primeiro dia, quando o Bruno Albuquerque, diretor de marketing do Superbock Group, nos desafiou para aquele concurso. Trabalhamos a marca desde então e é uma marca pela qual nutrimos carinho, porque crescemos com eles.

É o cliente que mais nos desafiou a sair da zona de conforto, porque queria uma gestão integrada e, na altura, não tínhamos experiência em redes sociais, por exemplo. Trabalhávamos conteúdos para as redes sociais, mas não queríamos assumir a gestão e a equipa do Superbock Group insistiu.

Também não tínhamos eventos, subcontratávamos, mas aceitámos o desafio, porque eles insistiam que os eventos e a ativação de marca eram muito importantes. Hoje, esta área de negócio que desenvolvemos chama-se Mossa e é uma empresa própria que não depende dos clientes da Nossa.

Quanto à Santa Casa, ainda não sei o que vai acontecer, mas sei que temos um histórico considerável de campanhas ganhas em concurso e que são implementadas. Com a EDP aconteceu com a campanha de energia solar. No concurso da Santa Casa, apresentámos muitas ideias boas e espero que muitas vejam a luz do dia, mas não depende só de nós. Não posso adiantar nada porque o contrato ainda não entrou em vigor.

A crescer 25% em 2024

Quanto cresceu e faturou a Nossa em 2024?

Em 2024, faturámos cerca de €6,2 milhões e crescemos na ordem dos 25% face a 2023.

Quais foram os clientes que mais contribuíram para esse crescimento e faturação?

A EDP, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e a Hey Doc.

De que formas contribuíram?

A Hey Doc [clínica dentária do Lusíadas Saúde], que foi um dos nossos maiores contribuintes, teve um impacto muito interessante, na medida em que nos permitiu fazer o que mais queremos fazer: gerir marcas 360º.

O nosso propósito é ser o parceiro preferencial de comunicação dos clientes. Isso exige que toquemos uma série de instrumentos, para depois podermos estar à frente da orquestra e tocar a melhor música possível em conjunto.

Em outubro de 2023, o Grupo Lusíadas comprou a Dr. Wells e lançou um concurso para o ‘rebranding’, que resultaria da fusão da Dr. Wells com a Lusíadas Dental, que era a marca existente. Ganhámos o concurso e o grupo lançou-nos o desafio. Eram 20 clínicas Dr. Wells e cerca de dez da Lusíadas Dental. Era necessário criar uma nova marca, que se pretendia que fosse independente do Grupo Lusíadas, por razões estratégicas, e nós tratámos de tudo.

O que é que trabalharam exatamente?

Criámos a marca, o próprio nome, refizemos as clínicas em termos de ‘branding’, fizemos a campanha de lançamento, o plano de meios, em parceria com a Nova Expressão e a Chlick [performance digital], que é outra agência dentro da Nossa, e organizámos o evento interno.

Atualmente, gerimos este conjunto de plataformas com toda a comunicação e ativações associadas. O cliente sabe que pode contar connosco em todas estas frentes e que estamos sempre a observar os resultados, o número de conversões e de pessoas que reagem a uma campanha de implantes, bem como o número de contactos no centro de atendimento, etc.

Quais foram os acontecimentos mais marcantes para a Nossa em 2024?

O lançamento da Hey Doc porque foi um processo difícil, não é fácil fazer um ‘rebranding’, juntar duas culturas empresariais muito diferentes. Eles também enfrentaram muitos desafios internos e estivemos sempre com eles, nos bons e nos maus momentos.

E outros clientes?

O trabalho para a EDP, em que ganhámos o cliente em 2023, mas o trabalho só começa a ser lançado em 2024. A campanha ‘Eu Escolho Painéis Solares’ foi importante porque encerra também toda uma narrativa de alinhamento com uma marca que escolhe a sustentabilidade e que publicamente diz ‘Escolhemos a Terra’.

No entanto, era importante ligar isso à narrativa comercial. Criámos uma forma muito simples, mas que tem estado a funcionar: ‘Se a EDP escolhe a Terra, eu escolho a EDP’. É uma coisa relativamente simples, mas que tem funcionado porque é bastante claro. É uma escolha que me beneficia [consumidor] e que está a ajudar o planeta.

A campanha da Sommersby também é um momento importante, porque quanto mais tempo uma agência trabalha com um cliente, maior é o desafio, pois já muitas coisas foram feitas e, por vezes, é difícil reinventarmo-nos e sermos capazes de olhar para aquilo outra vez. A campanha que fizemos este ano consiste em quebrar um pouco a sazonalidade da Sommersby, que é o verão, e em fazer um grito de verão com as pessoas nas esplanadas.

Foi um ano bom em prémios?

Não foi um ano muito famoso em termos de prémios, portanto, não é um ano que iremos recordar por isso.

O caminho da rentabilidade

Como é que conseguem ter rentabilidade, quando o caminho é cada vez mais as fusões e as estruturas maiores?

Com muito cuidado. Nunca damos um passo maior que a perna. Primeiro, crescemos, ganhamos o cliente e só depois é que mexemos na estrutura. Fomos dando pequenos passos que nos têm permitido não ter dívidas e sentir-nos completamente à vontade.

Face ao que o mercado está a pedir em termos de integração, temos de ser muito claros com os clientes: para podermos entregar, é preciso ter bons recursos. Para isso, precisamos de bons ‘fees’. Somos muito transparentes quanto ao que lhes pedimos e à forma como o nosso modelo de preços está desenhado.

É impossível ter boas ideias sem boas pessoas, talento e equipas. Por esse motivo, não discutimos preços e não somos uma agência de preço baixo, porque é muito importante garantir a viabilidade da Nossa e a qualidade de vida das pessoas que aqui trabalham.

Quais são as vantagens de serem uma agência nacional face às multinacionais?

Flexibilidade. A nossa capacidade de adaptação e de reação é muito maior, não dependemos de ninguém, nem em Londres nem em Nova Iorque. As decisões são tomadas com muito mais agilidade. Outra vantagem é a independência ou autonomia. Somos agnósticos em relação aos media, não temos nem preferência nem nenhum acordo.

Temos uma competitividade natural, que tanto o Nuno [Cardoso] como o Vasco [Teixeira-Pinto] – os sócios que estão comigo e que são fundamentais – partilham. Somos muito competitivos por natureza e transmitimos isso à equipa.

Temos vontade de fazer melhor e sabemos que queremos ir mais longe e fazer mais, mas essa vontade também nos motiva a mudar processos e a compreender o que podemos fazer de diferente. Somos inquietos por natureza.

Maior desafio? A integração da narrativa multimeios

Quais são os principais desafios do mercado publicitário nacional? A inteligência artificial (IA) entra na conversa?

A IA entra, mas não é o principal desafio. O principal desafio é de integração, porque os meios estão muito fragmentados e é muito fácil uma marca perder-se neste labirinto de opções e de meios e de dispersar a narrativa, sem conseguir contar uma história com princípio, meio e fim, com coerência.

A integração, neste sentido de poder ter alguém que está a controlar a narrativa e que está a comandar a história e que sabe ativar nos diferentes pontos, é fundamental e é o desafio que temos sentido e vivido, e onde queremos melhorar.

Em relação à IA, quais são os desafios?

Estamos todos a aprender à medida que avançamos. Temos vivido transformações constantes que aceleram todo o processo publicitário. Atualmente, só tenho de pensar numa imagem, desafio a IA a criá-la, melhoro-a ao infinito, escolho a temperatura da fotografia e a lente.

Posso definir tudo ao pormenor, as feições, se são asiáticas, europeias ou africanas, entre outros aspetos, e isso é mais um acelerador, mais uma ferramenta. O desafio passa por sabermos como tirar partido disso, como o incorporar e como formar as pessoas para saberem utilizá-la.

E além desse desafio?

A televisão, porque tem um papel muito importante em Portugal e representa uma parte significativa do orçamento publicitário das marcas de grande consumo. A própria televisão tem de se reinventar na forma como veicula a publicidade. O formato de intervalos de 15 minutos não é bom para quase ninguém.

Porquê?

Porque mistura muito, são muitos anúncios seguidos e também um pouco direcionados. A publicidade na televisão contínua a ser viável, mas tem de ser reinventada. O Playce, por exemplo, é uma boa resposta portuguesa, que já faz parte da nova forma de estar na televisão e no digital, que também tem a ver com a atenção.

A atenção também é um desafio?

Num mundo fragmentado de plataformas, em que as pessoas vivem com a sensação de falta de tempo e fazem ‘scroll’ cada vez mais, a capacidade de captar a atenção é um bem essencial do nosso trabalho e do meio publicitário em geral.

Por um lado, precisamos de chamar a atenção e de que as pessoas estejam num contexto ‘vulnerável’ para nos poderem dar essa atenção. Por outro lado, temos de ser entusiasmantes e saber contar a nossa história, o que é, por si só, um desafio.

Quais são as oportunidades?

Tirar partido de todas estas tecnologias e perceber o que nos vão permitir fazer. Temos muito mais informação e sabemos muito mais sobre as pessoas. Temos de aproveitar para criar conteúdos mais direcionados a comunidades e grupos de interesse, embora não tão abrangentes. Essa é uma grande oportunidade que estamos a viver.

Mossa e Chlick: as ‘irmãs’ da Nossa

Quais são as perspetivas de crescimento e próximos projetos da Nossa para 2025?

Projetamos continuar o nosso crescimento, não tanto em termos de novos negócios, mas de crescimento com os clientes atuais. Temos também a ambição de incorporar e integrar mais nos nossos projetos as outras empresas que criámos.

Quais são essas empresas?

São a Mossa e a Chlick. A Mossa nasce em 2018 focada em eventos e na ativação de marcas, e atualmente é uma empresa autónoma, com dimensão razoável. No Rock in Rio, por exemplo, ativou quatro marcas diferentes. Já trabalhamos com a Mossa e a Nossa em conjunto com algumas marcas, como a Sommersby e a Santa Casa, e é algo que queremos continuar a fazer.

A Chlick é liderada pelo Sérgio Lobo e está focada em performance e marketing digital. Tem muito a ver com a conversão. Vem complementar aquilo que já fazíamos.

Gerimos redes sociais para cerca de dez clientes, mas não fazíamos a gestão de meios, de ‘paid media’ e a gestão do funil de vendas e da conversão. A ideia nasceu em 2023, mas 2024 foi o primeiro ano de exercício. A empresa tem uma equipa de quatro pessoas e está a crescer e a melhorar.

A gestão da Mossa e da Chlick passa pelos sócios da Nossa?

As duas empresas trabalham sob o mesmo teto que a Nossa, mas com gestão autónoma e números de contribuinte distintos. No entanto, a gestão passa também pelos sócios da Nossa. No caso da Mossa, quem está a liderar é o Vasco Teixeira-Pinto [sócio e ‘digital partner’ da Nossa].

No caso da Chlick, existe um quarto sócio, o Sérgio Lobo, que lidera a empresa. Mas estamos cá para apoiar e temos serviços partilhados e integrados, tanto a nível financeiro como administrativo.

De que maneira integram a Mossa e a Chlick no trabalho para os clientes da Nossa?

Ambas as empresas têm particularidades e subespecializações diferentes e o que pretendemos é integrá-las, cada vez mais, com os clientes que já temos na Nossa. No entanto, no caso da Sommersby, eles têm a agência de meios e a Chlick não participa no processo, o que não constitui qualquer problema.

O que fazemos é integrar a maioria dos clientes com os quais trabalhamos, porque entendemos que há uma mais-valia, falamos todos a mesma língua, estamos motivados e orientados pelos mesmos princípios, o que facilita o trabalho.

Quais são os próximos passos da Nossa?

Este é um ano-chave, porque temos o Abanca, que está em plena fusão com o EuroBic, e que vai ter uma maior necessidade de comunicação e temos de trabalhar a forma como vamos comunicar a marca. Em 2025, a marca EuroBic Abanca é a que existe e só em 2026 é que a marca única Abanca será implementada.

É um ano muito importante para a Audi, que está a viver o desafio da transição total para a eletrificação e vai apresentar carros muito interessantes em 2025. Temos também algumas dúvidas no que se refere à grande distribuição.

Quais clientes?

Tínhamos a conta do Minipreço, que foi recentemente comprado pelo Auchan e, portanto, existe aí uma situação, que ainda não posso adiantar mais pormenores.

Internacionalização para Espanha em 2025

Estão a pensar expandir para fora de Portugal?

Sim, mas primeiro quero esclarecer que já exportamos. Já fazemos coisas para fora em muitos mercados, como Dinamarca, Suíça e Dubai, entre outros.

O que é que fizeram?

Desenvolvemos recentemente a página web e a plataforma digital de uma marca norte-americana, a Bloomwell. Não é muito conhecida, mas é importante para nós. A exportação não é um tema, porém, a ideia de entrar num mercado estrangeiro e estabelecer uma presença física já nos acompanha há três anos e está prestes a dar os primeiros passos, com um parceiro identificado. Curiosamente, o mercado que estamos a considerar é Espanha.

Quando é que vão avançar?

Tudo indica que será este ano, ainda não temos a certeza, mas esperamos que sim.

Quem é o parceiro?

Não posso dizer quem é, porque ainda não está escrito na pedra, mas é um parceiro que já tem operações em Espanha.

Atua no mercado criativo?

Não, é de outra área. O sócio entra essencialmente como um facilitador e um investidor.

Em que é que consiste a parceria?

A intenção é ter uma estrutura comercial e uma marca registada em Espanha, com um número de contribuinte. O nome também ainda não está definido. Será a Nossa em parceria com o sócio e a ideia é que o ‘hub’ criativo seja em Lisboa e, a partir daqui, fornecer serviços para lá.

Consideramos esta visão exequível, porque Lisboa é hoje vista de forma muito positiva, como um centro de excelência em muitas áreas. É uma cidade criativa e temos a ambição de ter aqui a estrutura principal e ter em Espanha uma função mais comercial.

Temos de contratar criativos espanhóis, mas também precisamos de ter aqui uma estrutura que possa dar uma resposta mais eficaz a partir de Portugal.

Vão funcionar como agência criativa e trabalhar marcas e campanhas em Espanha?

Sim, a ideia é conquistar clientes e anunciantes locais em Espanha, bem como aqueles que já trabalham connosco aqui e que manifestem interesse em trabalhar connosco também lá. Isso é do nosso interesse, mas ainda é muito cedo para dizer se vai acontecer ou não. A ideia é ter uma agência a concorrer no mercado espanhol, mas não posso entrar em mais detalhes por agora, porque ainda não está nada definido.

Entrevista com coordenação e edição de Catarina Nunes

Sobre o autorDaniel Monteiro Rahman

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A campanha ‘Dedo Tributo’, da Dentsu Creative para a Betclic, é a escolha na edição de estreia do Lado B, a nova última página do jornal, que tem como ponto central o desafio Fatal, Banal, Genial, para estimular a reflexão sobre criatividade

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A manchete da edição 975 do M&P revela os resultados do estudo da Mediaprobe, que indicam que os intervalos curtos na SIC têm um impacto emocional 23% acima do conteúdo informativo.

“Há o efeito novidade e o facto de a Clara de Sousa ter feito referência ao novo formato de ‘break’ durante a emissão, o que faz aumentar o nível de atenção do telespectador”, diz em declarações ao M&P João Paulo Luz, diretor comercial de TV e digital da Impresa, referindo-se aos três intervalos com até dois minutos de duração, que a SIC estreia no Jornal da Noite a 16 de fevereiro.

Quanto à subida do custo dos anúncios, o diretor comercial de TV e digital da Impresa refere que “o preço ajustar-se-á em consequência do entusiasmo criado, como sempre acontece”.

Em entrevista, Filipa Herédia, diretora de comunicações, assuntos públicos e responsabilidade social corporativa da Makro, explica a modernização da imagem da cadeia grossista, o patrocínio a eventos gastronómicos, como a Gala Michelin 2025 a 25 de fevereiro, e a aposta na marca própria.

Cristiano Ronaldo e canais para crianças são os que têm maiores crescimentos no YouTube em Portugal, em 2024, de acordo com o ranking da Snack Content, elaborado em exclusivo para o M&P.

Conheça as multinacionais de publicidade que aumentam lucros em 2024 e as que estão em queda.

Na rubrica Como É Que Não Me Lembrei Disto?, dedicada à criatividade, Tiago Mesquita, supervisor criativo da i-Brothers, explica as razões por que a ‘Dumb Ways To Die’, da McCann Erickson Melbourne para a Metro Trains, é a campanha que gostaria de ter feito.

A trabalhar em Chicago, Duarte Elvas, diretor criativo do estúdio de design e pós-produção Sarofsky, revela que está a desenvolver trabalhos para a Amazon. Na rubrica De Portugal Para o Mundo, dedicada a profissionais expatriados, Duarte Elvas diz que nos Estados Unidos tem mais tempo para pensar e calma para criar.

Na crónica Costela de Adão? Não, Paula Cosme Pinto destaca três anúncios do Super Bowl, que espera que ajudem à reflexão, numa altura em que todos os momentos são bons para combater o ódio e a intolerância.

José Bomtempo, sócio e diretor criativo executivo da Bar Ogilvy, sugere a criação de uma marca unificada, presente em todos os hospitais públicos, que ofereça refeições nutritivas.

Pedro Simões Dias escreve sobre o direito à imagem que se sobrepõe ao RGPD e as chatices que as televisões e os produtores teriam se quisessem aplicar a regra do RGPD, quando estão a filmar na rua.

Lado B é o novo conceito da última página do jornal Meios&Publicidade, que tem como ponto central o desafio Fatal, Banal, Genial, que quer estimular a reflexão sobre a ideia e a execução de uma campanha, marca ou projeto, destacados em cada edição.

A campanha ‘Dedo Tributo’, da Dentsu Creative para a Betclic, é a escolha na edição de estreia do Lado B.

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Como Usar Ferramentas de Automação do LinkedIn Para Crescer e Impulsionar o Sucesso dos Negócios

O LinkedIn é uma ótima plataforma para fazer networking e gerar leads. No entanto, saber como automatizar esse processo é crucial para crescer e impulsionar o sucesso dos negócios, pois gerenciar conexões e interações manualmente pode ser desgastante e não muito eficiente.

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Podemos utilizar as ferramentas de automação do LinkedIn para facilitar esse processo, poupando tempo e aumentando nosso networking e geração de leads de forma eficiente e automatizada.  Essas ferramentas ajudam as empresas a aumentarem conexões, engajar com conteúdos e gerar leads qualificados.

Porém, é essencial saber como utilizá-las da melhor forma, e é exatamente isso que iremos explorar neste artigo. Vamos falar sobre suas funcionalidades, benefícios, riscos e as melhores opções do mercado.

O Que São Ferramentas de Automação do LinkedIn?

As ferramentas de automação do LinkedIn são softwares que tem como objetivo automatizar atividades na plataforma, otimizando processos repetitivos e economizando tempo. Alguns exemplos dos tipos de atividades que podem ser automatizadas com o uso dessas ferramentas são:

Solicitações de Conexão

  • Permitem o envio de pedidos de conexão para perfis relevantes.
  • Possibilitam a personalização de mensagens.
  • Aumentam a taxa de aceitação e a rede de contatos.

Automação de Mensagens

  • Permitem envio de mensagens personalizadas para contatos.
  • Melhoram a interação e o engajamento com potenciais clientes.
  • Automatizam segmentos para melhorar taxas de resposta.

Visitas a Perfis

  • Simulam visitas a perfis para chamar atenção dos usuários.
  • Geram interesse e incentivam visitas de volta ao seu perfil.
  • Criam oportunidades para novas conexões.

Engajamento com Conteúdo

  • Automatizam curtidas e comentários em postagens.
  • Aumentam a visibilidade e relevância na plataforma.
  • Melhoram a percepção de autoridade na área.

Extração de Dados (Data Scraping)

  • Coletam informações de perfis para segmentação de leads.
  • Ajudam a criar listas de leads qualificados.
  • Permitem interação com CRMs e ferramentas de e-mail marketing.

Um estudo feito pela Magileads mostra que o uso de ferramentas de scraping do LinkedIn aumentaram a eficiência em prospecções em até 30% para várias empresas.

Os Benefícios da Automação no LinkedIn

Automatizar atividades repetitivas e desgastantes no LinkedIn possuem diversas vantagens, tais como:

  • Economia de tempo: Já que essas ferramentas automatizam tarefas repetitivas, elas te possibilitam focar em estratégias mais importantes.
  • Maior alcance: É possível se conectar com muito mais pessoas em menos tempo, já que você não terá que fazer tudo manualmente.
  • Melhor segmentação: É possível encontrar leads mais qualificados ao utilizar essas ferramentas.
  • Aumento de engajamento: Melhora interações com contatos e postagens.
  • Otimização de resultados: Gera mais leads e oportunidades de negócio.

Melhores Ferramentas de Automação do LinkedIn Para o Sucesso Profissional

Abaixo, listamos as melhores ferramentas de automação do LinkedIn para que você obtenha as melhores chances de ter sucesso profissional, tais como:

  1. Snov.io
  • Permite encontrar e verificar e-mails de leads no LinkedIn, para que você mantenha sua lista de e-mails sempre atualizada e sem endereços de e-mail inválidos.
  • Possui funções de automação para obter leads qualificados.
  • Possui um sistema de integração com CRMs e plataformas de e-mail marketing.
  • Você pode encontrar todas essas funções e muitas outras acessando o site do Snov.io Brasil.
  1. Dux-Soup
  • Automatiza visitas a perfis e envio de mensagens.
  • Gera relatórios automaticamente sobre interações e desempenhos com outras contas do LinkedIn.
  • Permite a criação de fluxos de trabalho personalizados.
  1. Dripify
  • Especializado em automação de vendas no LinkedIn.
  • Cria sequências automatizadas de mensagens.
  • Possui análises avançadas para otimização de campanhas.
  1. Zopto
  • Focado em gerar leads de alta qualidade.
  • Oferece segmentação avançada e personalização de campanhas.
  • Melhora o alcance de mensagens e conexões.
  1. Lempod
  • Aumenta o engajamento em postagens.
  • Conecta profissionais a grupos de engajamento.
  • Melhora o alcance orgânico de conteúdo.

Como você pode ver, muitas dessas ferramentas vão além da automação de atividades repetitivas do LinkedIn, elas também oferecem dados, gráficos, sistemas de integração e formas de verificar listas de e-mails, sendo essencial para qualquer empresa que deseja ter sucesso em seus negócios.

É interessante destacar que segundo um relatório da Microsoft e do LinkedIn, mais de 75% dos trabalhadores do conhecimento já utilizam algum tipo de inteligência artificial em suas atividades profissionais, ou seja, aqueles que não fazem o uso de tais ferramentas, tais como as descritas neste artigo, vão ficar para trás em relação aos seus competidores.

Os Problemas com o Uso da Automação do LinkedIn

Apesar das ferramentas de automação do LinkedIn proporcionarem diversos benefícios e vantagens às empresas, é importante saber quais são os possíveis riscos que o uso excessivo da automação pode trazer, tais como:

  • Violação das diretrizes do LinkedIn: Utilizar essas ferramentas de forma inadequada pode fazer com que o LinkedIn detecte sua conta como suspeita e a bloqueie.
  • Falta de personalização: Embora algumas ferramentas tentem personalizar as mensagens, elas ainda assim podem parecer frias e impessoais.
  • Risco de spam: É possível que seus destinatários pensem que suas mensagens são spams e reportem para o LinkedIn.
  • Dependência excessiva: O uso exagerado dessas ferramentas pode fazer com que você perca a autenticidade e interação genuína com seus contatos, fazendo com que você perca credibilidade.

É fundamental utilizar essas ferramentas com moderação e consciência, para que você não risque a sua credibilidade e a sua conta. Portanto, equilibre a automação com abordagens personalizadas e autênticas, para maximizar os benefícios que é possível obter com o uso dessas ferramentas ao mesmo tempo em que você mantém a credibilidade da sua empresa e não corre o risco de ter sua conta banida.

Conclusão

É inegável que utilizar ferramentas de automação do LinkedIn podem melhorar sua estratégia de networking e vendas. No entanto, é essencial usá-las de forma estratégica e equilibrada para não correr o risco de perder sua conta ou ferir a credibilidade da sua empresa.

Ferramentas ajudam a deixar esse processo mais ágil e gerar melhores resultados, porém tenha em mente: é crucial personalizar e humanizar sua abordagem para obter sucesso, as pessoas não gostam de mensagens frias e impessoais, ou que soam como spam.

Encontrar o balanço perfeito é fundamental para aproveitar as vantagens da automação sem comprometer a qualidade das interações.

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Moeve exibe anúncio 3D no exterior do El Corte Inglés (com vídeo)

“Pretendemos surpreender e impactar o público de uma forma inovadora, com uma ação diferenciadora que nos posiciona na vanguarda da transição energética”, justifica Cláudia Soares-Mendes, diretora de comunicação e de marketing da Moeve

A Moeve está a exibir um anúncio publicitário 3D no exterior do El Corte Inglés, em Lisboa (na foto). A iniciativa faz parte da estratégia de comunicação do ‘rebranding’ da marca, que troca a designação Cepsa por Moeve para se posicionar como uma empresa sustentável.

O ‘spot’, uma animação anamórfica 3D, alia a tecnologia de ponta a uma narrativa emotiva, terminando com um dinossauro a despedir-se de um humano com um abraço, simbolizando, segundo a Moeve, a despedida dos combustíveis fósseis e a transição para energias mais sustentáveis. A narrativa extrapola os limites do ecrã de 198 metros quadrados, com 18,7 metros de largura por 10,6 metros de altura, proporcionando um espetáculo visual imersivo.

“Através da nova marca, queremos refletir o nosso desejo de levar os nossos clientes e a sociedade à descarbonização. Para tal, através desta campanha publicitária, que recorre à tecnologia 3D, pretendemos surpreender e impactar o público de uma forma inovadora, com uma ação diferenciadora que nos posiciona na vanguarda da transição energética”, justifica Cláudia Soares-Mendes, diretora de comunicação e de marketing da Moeve, citada em comunicado de imprensa.

A campanha publicitária, com criatividade do Publicis Groupe e planeamento de meios da Dentsu Media, está a ser divulgada em televisão, rádio, digital, imprensa exterior e formatos especiais, “com o objetivo de atingir 100% da população, consolidando rapidamente a notoriedade da Moeve e transformando-a numa marca reconhecida e memorável”, esclarece a responsável.

A campanha está a ser acompanhada pela implementação progressiva da nova marca em todos os postos de abastecimento da empresa. O processo, iniciado em novembro, envolve um investimento total de €130 milhões, em Portugal e Espanha. A renovação dos espaços está a torná-los mais digitais e orientados para o cliente, oferecendo serviços de recarga elétrica ultrarrápida e biocombustíveis de segunda geração.

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Amazon assume controlo criativo total de James Bond

Através de um acordo, a Amazon anuncia que, em parceria com os estúdios MGM, que adquire em 2022, é formada uma nova empresa que integra Michael G. Wilson e Barbara Broccoli, membros da família que detém os direitos de propriedade intelectual de 007 (na foto)

A Amazon vai assumir o controlo criativo de James Bond, na sequência de um acordo com Michael G. Wilson e Barbara Broccoli, membros da família que detém os direitos de propriedade intelectual de 007. A Amazon passa, a partir de agora, a decidir quem interpreta o papel de James Bond, quem escreve os guiões e quando é que os filmes entram em produção.

No âmbito do acordo, a Amazon anuncia, em comunicado de imprensa, que através dos estúdios MGM, comprados pela empresa em 2022, é formada uma nova empresa comum, que integra Michael G. Wilson e Barbara Broccoli enquanto coproprietários dos direitos de propriedade intelectual de James Bond, cabendo à Amazon MGM o controlo criativo das futuras produções. A empresa não revela os valores envolvidos na parceria.

“A minha vida tem sido dedicada a manter e a desenvolver o extraordinário legado que nos foi entregue pelo nosso pai, o produtor Cubby Broccoli”, diz Barbara Broccoli, em comunicado de imprensa, acrescentando que “tive a honra de trabalhar de perto com quatro atores tremendamente talentosos que interpretaram o 007 e com milhares de artistas maravilhosos da indústria”.

“Com a minha carreira de 007 a abranger quase 60 incríveis anos, retiro-me da produção dos filmes de James Bond para me focar em arte e projetos de caridade. Consequentemente, a Barbara e eu concordámos que é tempo de o nosso parceiro de confiança, a Amazon MGM Studios, conduzir James Bond para o futuro”, declara Michael G. Wilson, citado no documento.

“Pela primeira vez em mais de 50 anos, não será um membro da família Broccoli a aprovar um filme de James Bond, sendo ainda esperada a expansão do universo da personagem para além do cinema”, salienta a Associated Press. Com este desfecho, aguardam-se novidades oficiais acerca do novo filme de James Bond e do nome do sucessor de Daniel Craig, o último ator a interpretar a personagem de 007, em ‘Sem Tempo para Morrer’, filme lançado em 2021.

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Público associa-se à Ogury para explorar publicidade digital

Além da criação de novas oportunidades de monetização das campanhas digitais, a parceria pretende oferecer uma experiência publicitária mais eficaz, segmentada e relevante aos leitores do jornal, garantindo um alcance mais preciso aos anunciantes

O jornal Público e a Ogury, empresa tecnológica que desenvolve soluções publicitárias alimentadas por dados exclusivos que garantem a privacidade dos destinatários das campanhas, acabam de firmar um acordo para explorar a personalização da publicidade digital no mercado português.

“Esta parceria é mais um passo no desenvolvimento da nossa estratégia digital e na busca por produtos de alta qualidade para as marcas. A Ogury, com presença global em 19 países, traz uma vasta experiência em soluções publicitárias digitais em grande escala”, explica João Pereira, diretor comercial do Público, citado em comunicado de imprensa.

Além de aumentar a oferta publicitária digital da publicação, a parceria permite às marcas nacionais realizarem campanhas internacionais. “O Público é a ‘sales house’ exclusiva da Ogury em Portugal, permitindo que os anunciantes portugueses realizem campanhas digitais impactantes em grande escala, com total respeito pela privacidade do consumidor”, sublinha o responsável.

A colaboração estratégica também permite ao Público explorar novas oportunidades de monetização digital, através de uma experiência publicitária mais eficaz, segmentada e relevante para os leitores. A Ogury fornece ao jornal as tecnologias avançadas que permitem a segmentação, a medição e a
otimização de campanhas digitais.

“Esta parceria com o Público, um dos principais editores de Portugal marca um passo significativo na expansão da nossa presença no sul da Europa. Esta colaboração permite-nos levar as nossas soluções publicitárias digitais inovadoras ao mercado português, ao mesmo tempo em que desbloqueamos novas oportunidades comerciais para marcas, agências e editores além-fronteiras”, relata Daniel Gozlan, diretor da Ogury em Espanha, citado no documento.

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Cruz Vermelha sensibiliza para a crise habitacional em campanha da FCB Lisboa (com vídeo)

“O processo criativo desta campanha foi muito especial para a equipa, permitiu-nos pôr a nossa criatividade ao serviço de uma missão maior, esperamos que o nosso contributo faça a diferença na maneira como a sociedade encara a problemática das pessoas em situação de sem-abrigo”, sublinha Edson Athayde

Sob a assinatura ‘Banco de Memórias’, a Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) lança uma campanha de sensibilização para a crise social e habitacional no país. Desenvolvida pela FCB Lisboa, com Edson Athayde, CEO e diretor criativo, e Pedro Magalhães, diretor criativo, como principais responsáveis, a campanha é um apelo à sociedade civil para que esta faça donativos, permitindo à CVP expandir a capacidade de resposta ao aumento exponencial de pedidos de ajuda.

Em comunicado de imprensa, a CVP revela que o número de beneficiários apoiados pelas equipas de rua da CVP regista um aumento expressivo de 76% em 2024, refletindo a crescente crise social e habitacional no país. Paralelamente, o número médio de refeições diárias servidas aumenta 34%, um dado que evidencia o agravamento das condições de vida de muitas pessoas e famílias em situação de vulnerabilidade.

‘Banco de Memórias’ surge como forma de mitigar este flagelo social, para sensibilizar a sociedade para a problemática, que tem vindo a disparar, e contribuir para a solução do problema. Em parceria com a Medialivre, a campanha está a ser divulgada no Correio da Manhã, na CMTV, na CM Rádio e em todas as plataformas digitais do grupo.

“O processo criativo desta campanha foi muito especial para a equipa, permitiu-nos pôr a nossa criatividade ao serviço de uma missão maior, associados à CVP esperamos que o nosso contributo faça a diferença na maneira como a sociedade encara a problemática das pessoas em situação de sem-abrigo”, sublinha Edson Athayde, em comunicado de imprensa.

A campanha é divulgada na imprensa, no digital, na televisão e na rádio, contando com a voz de Pedro Górgia. O filme da campanha é produzido pela Lobby Productions e realizado por Telmo Martins. Nas redes sociais, o ‘Banco de Memórias’ é divulgado por Afonso Vilela, Jorge Gabriel, Júlia Pinheiro, Nelson Évora, Marcoantonio del Carlo e Miguel Costa, que se associam à campanha em parceria com a agência Glam.

“É um privilégio promover a dignidade humana ao lado da Cruz Vermelha Portuguesa, que diariamente faz a diferença na vida de muitas pessoas. Sendo o Correio da Manhã uma marca de causas, com esta parceria, podemos também impactar positivamente a vida das pessoas em situação de sem-abrigo e fazer parte da mudança neste flagelo social”, declara João Aleixo, diretor de marketing e receitas de leitores da Medialivre.

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Lusa será 100% do Estado em março

“Esse processo é concretizado relativamente à Global Media e encontra-se numa fase final relativamente às outras participações. Acredito que em março a situação esteja concretizada e encerrada”, declara Joaquim Carreira, citado na Lusa.

Joaquim Carreira, presidente do Conselho de Administração da Lusa, antecipa que a compra total da agência pelo Estado deverá concretizar-se em março, apontando como passo seguinte a revisão do contrato de prestação de serviço público, noticia a RTP com base numa notícia da Lusa.

“Esse processo [a compra pelo Estado] é concretizado relativamente à Global Media e encontra-se numa fase final relativamente às outras participações [Público, NP – Notícias de Portugal, RTP e a Empresa do Diário do Minho]. Acredito que em março a situação esteja concretizada e encerrada. A agência poderá ser 100% Estado”, declara Joaquim Carreira, citado na Lusa.

Entretanto, o ministro dos Assuntos Parlamentares Pedro Duarte, declara no seguimento de uma visita à delegação da agência Lusa no Porto, a 20 de fevereiro, que o Governo está em “fase de negociação” com a NP – Notícias de Portugal para a aquisição da sua participação na agência Lusa, processo que prevê estar concluído “nas próximas semanas”.

Após a aquisição de 45,71% da participação da Global Media e da Páginas Civilizadas na Lusa por €2,49 milhões, o Estado passa a deter 95,86% do capital da agência de notícias, que tem as participações minoritárias da NP – Notícias de Portugal (2,72%), Público (1,38%), RTP (0,03%) e Empresa do Diário do Minho (0,01%).

No início deste mês, Pedro Duarte revela que o Estado já tinha adquirido as participações “do Público, da RTP e do Diário do Minho”. O ministro, assegura que o Governo tem “algum sentido de urgência” no plano que traça para a agência e destaca ainda o “alinhamento interessante” que tem existido com o conselho de administração da Lusa.

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‘Streaming’ representa 20% do valor gasto em direitos de transmissão desportiva em 2025

O patrocínio desportivo tem vindo a gerar um crescimento mais acentuado do que a publicidade tradicional, com um aumento médio de 58% na resposta emocional que conduz à eficácia

As plataformas de ‘streaming’ representam 20% do valor total gasto em direitos de transmissão de eventos desportivos em 2025, de acordo com uma análise do World Advertising Research Center (WARC), em que empresas como a Amazon e a Netflix investem em eventos ao vivo para atrair novos subscritores e anunciantes, através de acordos de patrocínio e publicidade.

Espera-se que um total de 64 mil milhões de dólares (€61,3 mil milhões) seja gasto em direitos de transmissão desportiva em 2025. Os 20% do valor total gasto em direitos de transmissão de eventos desportivos pelos serviços de ‘streaming’ correspondem a um aumento de 2%, desde 2024, e de 12% em relação a 2021, quando este valor é de apenas 8%, de acordo com a empresa de estudos de mercado Ampere Analysis.

À medida que o ‘streaming’ cresce e atinge um ponto de saturação, a inclusão de eventos desportivos em direto torna-se uma nova via para atrair e manter assinantes. De acordo com relatórios da Netflix, a plataforma ganha cerca de 1,5 milhões de subscritores nos Estados Unidos com o combate de boxe entre Mike Tyson e Jake Paul e cerca de 700 mil assinantes com o acordo para a transmissão dos jogos da NFL no dia de Natal.

A afluência do público ao desporto em direto nas plataformas de ‘streaming’ tem criado oportunidades lucrativas para os anunciantes. De acordo com o estudo do WARC, os patrocínios desportivos proporcionam uma maior notoriedade (73%) do que outros tipos de entretenimento (3%). O patrocínio desportivo tem vindo a gerar um crescimento mais acentuado do que a publicidade tradicional, com um aumento médio de 58% na resposta emocional que conduz à eficácia.

A DAZN, plataforma de origem britânica de ‘streaming’ desportivo, é a maior investidora, seguida da Amazon em segundo lugar, do YouTube em terceiro e da Netflix em quarto, segundo a Ampere Analysis. A mesma análise revela ainda que as plataformas de ‘streaming’ já se comprometem a gastar 12,5 mil milhões de dólares (€11,9 mil milhões) em direitos de transmissão desportiva em 2025.

Entretanto, a Amazon vai aproveitar os 11 anos de direitos de transmissão da NBA, a partir do outono, para apresentar o primeiro programa de análise e debate desportivo na Prime Video. Danielle Carney, diretora de desporto em direto e vendas de vídeo da Amazon Ads, classifica-o como um “valor central” para a empresa, segundo o Hollywood Reporter.

O programa está a ser criado com os patrocínios da marca em mente e inclui medições próprias. Estes “triliões de sinais e resultados medidos”, que podem ser fornecidos aos anunciantes, constituem um “elemento de diferenciação” para a Amazon, acrescenta Danielle Carney.

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Luís Marvão é o novo apresentador do Curto Circuito

Anteriormente, Luís Marvão (na foto) passa pela MTV Portugal, como VJ, tendo ainda participado em outros projetos televisivos. Além da televisão, tem um EP musical e reforça agora a ligação à SIC Radical

Luís Marvão apresenta a partir de 21 de fevereiro o programa Curto Circuito com o objetivo de trazer uma energia renovada ao icónico formato da SIC Radical, revela a Impresa, detentora do canal de televisão, em comunicado de imprensa.

Luís Marvão não é um rosto desconhecido dos espectadores. “Durante o verão de 2024, acompanha a equipa do Curto Circuito em diversas coberturas dos festivais de música e demonstra ser uma mais-valia para o programa. Agora, assume um papel fixo ao lado dos apresentadores Maria Seixas Correia, Inês Abrantes e Manuel Rosa”, refere o comunicado.

Anteriormente, Luís Marvão passa pela MTV Portugal, como VJ, tendo ainda participado em outros projetos televisivos. Além da televisão, tem um EP musical e reforça agora a ligação à SIC Radical.

O Curto Circuito é um dos programas de referência da SIC Radical, conhecido por dar palco a novos talentos e acompanhar as tendências do universo jovem. “Ao longo dos anos, consolida-se como uma escola de apresentadores e é um dos formatos mais acarinhados pelo público do canal”, acrescenta o comunicado da Impresa. O programa pode ser acompanhado todas as sextas-feiras, às 16h30, e aos domingos, às 10h45, na SIC Radical.

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