Susana de Carvalho escreve sobre o futuro do modelo de negócio das networks multinacionais
A transformação que tem envolvido o negócio da publicidade coloca sérios desafios aos principais grupos de comunicação. Estará o modelo das grandes networks multinacionais em causa? O M&P recolheu os argumentos de quatro responsáveis de grupos com operação no mercado português. Hoje é a vez de Susana de Carvalho, CEO da J. Walter Thompson.
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A transformação que tem envolvido o negócio da publicidade coloca sérios desafios aos principais grupos de comunicação. Estará o modelo das grandes networks multinacionais em causa? O M&P recolheu os argumentos de quatro responsáveis de grupos com operação no mercado português. Hoje é a vez de Susana de Carvalho, CEO da J. Walter Thompson.
“Os negócios sempre tiveram que inovar e reinventar-se, só que a complexidade está a obrigar a acelerar o ritmo e a forma, pois todos estamos agora verdadeiramente a competir com todos. Grandes e pequenos, agências e freelancers, consultoras e influenciadores. Os pilares da nossa actividade estão lá e é essa combinação que ainda nos torna únicos: pensamento estratégico, criatividade, proximidade com o negócio do cliente. Mas temos que integrar e arriscar mais, testando diferentes modelos, pois não há uma única receita vencedora. Temos que combinar experiência e novo talento com as várias disciplinas para ajudar os nossos clientes a responderem aos desafios actuais: como crescer globalmente, como integrar áreas como o marketing e a sustentabilidade ou a responsabilidade social e a tecnologia, tudo ao mesmo tempo; como responder a uma sociedade que tende a caminhar para um custo marginal zero, cidadãos que prezam a ética mas também querem o mais barato, em simultâneo e no imediato, como fidelizar consumidores que são também produtores?
Os desafios estão aí e penso que uma palavra de ordem é a “coopetição”: a combinação de competição com colaboração. Porquê? Nenhuma empresa tem a pretensão de saber tudo ou de ter todas as competências dentro de casa. E, neste sentido, as multinacionais estão bem posicionadas para evoluir para diferentes constelações, mais eficazes e inteligentes. Não um movimento mas vários em simultâneo, de acordo com a geografia, a tipologia de empresa, a especificidade da necessidade e da solução. Elas congregam um imenso talento com uma diversidade e uma riqueza multiculturais numa amplitude de rede única, o domínio de sectores e capital de conhecimento das marcas e dos seus clientes. Estamos todos a aprender, a viver e a contribuir, em directo. Poderá não haver lugar para todos, mas não iremos desaparecer.”
Artigo de Susana de Carvalho, CEO da J. Walter Thompson