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“Há uma ausência de cultura visual de quem está à frente dos municípios”

Nos últimos cinco anos Eduardo Aires tem assinado os projectos de identidade gráfica do município do Porto, que são uma presença incontornável para quem vive, trabalha ou visita a cidade. Apesar do impacto deste trabalho, reconhece que até hoje mais nenhum município português o contactou para desenvolver uma identidade gráfica

Rui Oliveira Marques
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“Há uma ausência de cultura visual de quem está à frente dos municípios”

Nos últimos cinco anos Eduardo Aires tem assinado os projectos de identidade gráfica do município do Porto, que são uma presença incontornável para quem vive, trabalha ou visita a cidade. Apesar do impacto deste trabalho, reconhece que até hoje mais nenhum município português o contactou para desenvolver uma identidade gráfica

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Rui Oliveira Marques
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Nos últimos cinco anos Eduardo Aires tem assinado os projectos de identidade gráfica do município do Porto, que são uma presença incontornável para quem vive, trabalha ou visita a cidade. A imagem Porto. (“Porto ponto”) recebeu várias distinções, incluindo o Best of Show nos European Design Awards. Mais recentemente os Graphis Design Annual 2020 colocaram na lista de vencedores duas identidades gráficas da Câmara do Porto, também da sua autoria: a do Mercado Temporário do Bolhão e a do Teatro Municipal do Porto. O ponto tornou-se tão icónico que até a Polícia Municipal passou a ter como identidade gráfica o Polícia. — “Polícia ponto”. Apesar do impacto deste trabalho, o responsável pelo Studio Eduardo Aires reconhece que até hoje mais nenhum município português o contactou para desenvolver uma identidade gráfica.

Meios & Publicidade (M&P): Raramente o trabalho de um designer é tão associado a uma cidade como o desenvolvido por si para o Porto. Eduardo Aires tornou-se sinónimo de linha gráfica da cidade do Porto?
Eduardo Aires (EA): Não queria sublinhar isso. O carácter inovador da linguagem e o eco que teve junto dos pares internacionais fez com que este assunto, de nicho, que é o design, invadisse a esfera pública.

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M&P: Há dias era notícia que havia filas de turistas para se fotografarem junto ao logótipo Porto. situado junto à Câmara Municipal. Encontramos essa mesma marca em canecas à venda nas lojas dos chineses, há pessoas que já tatuaram a marca…
EA: É uma das melhores respostas à apropriação de marca. Sentem que a marca lhes pertence e uma das formas é tatuarem-na perpetuamente na sua pele. Prova que a marca interessa a todos, mesmo àqueles que a contestam. Mesmo os que a contestam apropriam-se dela para a contestar.

M&P: Aconteceu com o statement Morto., que surgiu durante uma campanha eleitoral.
EA: Mas também já houve um Porno., um Tonto…. Há um conjunto de declinações que servem para um protesto mas, sendo a marca da minha autoria, deviam fazer uma referência ao autor. Mesmo aqueles que protestam sentem nela um lugar de propriedade e usam-na como ferramenta de protesto.

M&P: Quando estava a criar a marca pensou que a multiplicação de referências fosse atingir esta escala?
EA: Por todo o mundo vemos influências do Porto. noutras marcas, sendo já algo que tomo como um elogio e não como um plágio. Quando a marca Porto. foi apresentada, em Berlim foi lançado um programa de promoção de um bairro com os mesmo códigos, os ícones azuis, o ponto, etc., mas da Grécia, Colômbia, Brasil, Nova Zelândia ou Holanda têm chegado casos em que há uma colagem e aproximação em relação ao que é o programa de identidade visual do Porto.

portoM&P: O que tem esta marca de tão especial? Pouco tempo depois de ser lançada começou a ser referida internacionalmente e ganhou vários prémios. Que aspectos ajudaram a esta projecção?
EA: É uma marca que se define em si mesma como “Porto ponto”. Este é o íman que atrai um conjunto de ícones que representam muito da essência da cidade. O ícone Porto. modela-se. Foi construída uma gramática que permite desenhar as múltiplas cidades que uma cidade contém. O sentimento de um habitante da Ribeira ou de Paranhos ou do habitante das Antas ou de Massarelos é completamente diferente. Há um viver próprio que é condicionado pela proximidade à água, pela orografia e arquitectura. Tudo condiciona o viver da própria cidade. Os ícones vão emprestar à marca esse carácter mais dinâmico e mais vivo da cidade. Fizemos um sistema aberto para o programa de identidade visual. As pessoas estão muito habituadas a centrar as marcas num elemento gráfico. Neste caso, esta multiplicidade de cenários é muito rica e as pessoas revêem-se nessas múltiplas situações. Passados cinco anos do seu lançamento, os produtos associados a ela, como por exemplo o programa de identidade visual para o Rivoli, vão beber àquilo que é a estratégia da marca Porto. É à luz dessa estratégia que a imagem para o Rivoli é resolvida e, bebendo da mesma fonte, consegue ganhar prémios. Passados cinco anos conseguimos declinar para o Rivoli e para os seus programas semestrais algo que advém da própria marca mas que tem um carácter novo e uma linguagem visual nova.

rivoliM&P: Que pontes é que existem entre a marca Porto. e a dos teatros municipais?
EA: No Teatro Municipal do Porto – Rivoli e Campo Alegre o ponto sofre um movimento de translação e cobre o Rivoli ou o Campo Alegre. Se quiser assinar Rivoli cubro Campo Alegre e se quiser assinar Rivoli cubro Campo Alegre. É o próprio ponto que faz um traço. Há esta correlação subliminar mas visual entre o Porto. e a imagem do Teatro Municipal.

campo grandeM&P: Aqui havia o desafio de criar uma imagem única para dois teatros que geograficamente estão distantes entre si.
EA: O Rivoli está junto aos Aliados, enquanto o Campo Alegre está junto à Ponte da Arrábida. O ponto saiu para a Polícia [Municipal]. Ficou “Polícia ponto”. O mesmo acontece com o Mercado Temporário do Bolhão. O Mercado do Bolhão está neste momento fechado para renovação. Enquanto as obras decorrem, todos os vendedores tiveram de ser deslocalizados para o centro comercial La Vie. Nós fomos chamados para criar uma cenografia de acolhimento, de orientação e de recepção não só a quem lá trabalha, mas a quem visita. Permite que quem trabalhe lá tenha sacos, toalhas de mesa e painéis de identificação personalizados, tudo com base naquilo que é a matriz da imagem da cidade. Daí a importância do trabalho de um designer. Os projectos que nascem dos designers têm essa capacidade de se desmultiplicar, de se renovarem ao longo do tempo.

EA 2018_Mercado Bolhao_Imagem Miguel Nogueira 02M&P: A própria obra do Mercado do Bolhão está envolta por um tapume que é uma peça gráfica.
EA: Nós propusemos e a Câmara aceitou que a intervenção do Mercado do Bolhão fosse revestida de tapumes também eles portadores de mensagens. Uma obra desta magnitude acontece em várias fases. Por exemplo, agora está a ser alvo de intervenção de grafitters que resulta também de uma proposta nossa. As acções visuais continuam a decorrer em coerência com o que é a proposta inicial da imagem da cidade.

M&P: Por que há, aparentemente, tão pouca atenção à área do city branding em Portugal?
EA: Está a começar mas, digo-o de uma forma fria e crua, há uma certa ausência de cultura visual por parte de quem está à frente [dos municípios]. Não sentem essa necessidade, mas depois também há uma certa incapacidade de perceber que estes projectos não são um custo, são investimentos, cujo retorno é inquantificável. Não estou a dizer que os nossos autarcas não percebem nada disto, pelo contrário, é que do ponto de vista do que é o seu conhecimento de matérias ligadas à cultura visual, não os motiva que as suas cidades tenham referências visuais. Criam-se soluções mais amadoras que depois não resultam e desaparecem. São projectos visuais que carecem de estruturas, são frágeis e não têm qualquer tipo de impacto, pertinência ou relação com o território. São meros exercícios de estilo que se extinguem rapidamente no tempo. É um fogacho, enquanto um projecto fundamentado, bem enraizado num conceito e num território, evidencia o que são as características idiossincráticas do próprio espaço e afirma-o. Constrói-se a partir de uma linguagem, de uma narrativa.

M&P: Nestes anos já teve a abordagem de outros autarcas ou municípios para criar marcas locais?
EA: Não, curiosamente só tive do estrangeiro. De Portugal não tive absolutamente mais nenhum.

M&P: Não teme que no Porto, mudando o executivo camarário, a marca possa acabar?
EA: Não estou preocupado com isso, sinceramente.

M&P: Este tipo de trabalhos, tão visíveis na rua, contribuem para que os cidadãos estejam mais atentos e educados para estas questões do design?
EA: Completamente. Não só educa o cidadão portuense, como educa o turista. Demonstra que há uma preocupação de quem governa em explicar que está atento ao fenómeno do design e da comunicação das diversas intervenções na cidade. Ao mesmo tempo há uma economia de meios gigantesca. Como a fonte é a mesma, é como se fosse uma impressora de onde saem os elementos que vão caracterizar os diferentes espaços, seja uma obra ou um tapume. Isto transmite uma enorme coesão e percebe-se a quantidade de intervenções que existem na cidade e a assinatura de quem está a fazer.

M&P: É também professor na Faculdade de Belas Artes do Porto. Como é que descreve o mercado dos ateliers de design da cidade? Temos a ideia de que é efervescente com novos projectos constantemente a aparecer.
EA: Sou professor há 32 anos e há 32 anos havia quatro personalidades que dominavam o panorama da produção do design no Porto. Hoje o número de designers será de umas largas centenas, jovens e não só, que trabalham a partir do Porto para o país e para fora de portas. O mercado é efervescente, não sei se é com as melhores regras ou condições mas registam-se imensos ateliers na cidade. Diria até que mais do que em Lisboa. De uma forma empírica há a ideia de que em Lisboa há as grandes agências de publicidade e de que no Porto temos os pequenos ateliers de design. Temos algumas pequenas e médias agências de publicidade, mas no Porto dominam claramente os ateliers de design.

M&P: É algo que está relacionado com as instituições de ensino?
EA: O Porto sofre do estigma de ser a segunda cidade do país. Há uma vontade enorme de afirmação. É algo que vai do futebol às áreas científicas mais ortodoxas. Na área do design nós também somos levados nesse mesmo paradigma. Defendo que a Faculdade da Arquitectura teve um peso no que é o desempenho do design no Porto. Siza Vieira, Souto Moura, Fernando Távora e depois outro conjunto muito vasto de arquitectos fizeram escola com as outras áreas. A anterior Escola Superior de Belas Artes do Porto funcionava com Arquitectura, enriquecendo com a sua cultura visual mais erudita as áreas mais artísticas.

M&P: Estes ateliers não sentem dificuldades em chegar aos grandes anunciantes ou instituições sediadas em Lisboa?
EA: A maior parte dos meus clientes são de Lisboa. Há 12 anos que somos consultores e parceiros para design do Esporão. Tudo o que vê do Esporão é feito por nós. A Fundação Calouste Gulbenkian, a Imprensa Nacional Casa da Moeda e os CTT são nossos clientes. Como somos um país pequeno temos a ideia fracturante de que 300 quilómetros são uma eternidade.

M&P: Que trabalhos tem agora em mãos?
EA: Para Esporão, acabámos um projecto relativamente grande que foi a cerveja artesanal Sovina, que vai surgir com uma nova imagem. Continuamos com os projectos de vinhos e azeites Esporão. Temos colaborado com os vinhos da família Amorim e temos trabalho contínuo para a Câmara do Porto. Somos um atelier pequeno, com cinco pessoas, por isso não podemos ter assim tanta diversidade de projectos. Temos tido contactos internacionais que resultaram em projectos para os Estados Unidos, Espanha, Alemanha e Chile. É trabalho que vai do design editorial a produto e catálogos. Tem sido diversificado, mas em termos percentuais o trabalho internacional vale 20 por cento.

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Bolo-rei da Versailles é a estrela do anúncio natalício do Pingo Doce (com vídeo)

Com criatividade da BBDO Portugal, produção da Blanche Films e planeamento de meios da Initiative, o spot (na foto) foi realizado por Pedro Varela. Além da televisão e da rádio, a campanha é divulgada em digital e nos supermercados Pingo Doce

O bolo-rei da Versailles, que este an0 está à venda no Pingo Doce, é a estrela do anúncio de Natal da cadeia de grande distribuição da Jerónimo Martins.

Com criatividade da BBDO Portugal, produção da Blanche Films e planeamento de meios da Initiative Media, o filme publicitário, realizado por Pedro Varela, mostra um avô numa aldeia a recordar o período em que vivia em Lisboa e celebrava o Natal com um bolo-rei da Versailles. O septuagenário é surpreendido pela neta, que o informa que já não precisa de ir à capital para se voltar a deliciar com o bolo-rei da Versailles.

Além da televisão e da rádio, a campanha está a ser divulgada em digital e nos supermercados do retalhista. O filme terá declinações ao longo das próximas semanas, divulgando a oferta de produtos que o Pingo Doce tem para esta época.

“Esta campanha tem como protagonista o bolo-rei, criado em parceria com a Versailles, mas possui a elasticidade para conseguir abranger outros produtos tradicionais da época, como o bacalhau, o peru ou as iguarias de Natal da nossa marca. Acima de tudo, queremos reforçar que somos o supermercado de proximidade e que as famílias podem confiar em nós para encontrarem tudo o que necessitam para esta altura do ano, com produtos de qualidade e as melhores oportunidades de poupança”, explica Luís Lobato Almeida, diretor de marca do Pingo Doce, citado em comunicado de imprensa.

A edição especial do bolo-rei da Versailles está à venda, em exclusivo, nas lojas Pingo Doce desde dia 17. “Quando surgiu esta ideia de o criarmos em conjunto, fez-nos todo o sentido porque, desta forma, conseguimos levar um pouco da nossa história e da pastelaria tradicional a todo o país, em parceria com uma marca que partilha dos mesmos valores que nós”, refere Sérgio Nunes, sócio-gerente da Versailles.

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Novo Banco patrocina revista dos 40 anos da Blitz

A revista comemorativa em papel chega às bancas a 29 de novembro. O banco patrocina ainda o disco eleito como o melhor da música portuguesa dos últimos 40 anos, o ‘Viagens’ de Pedro Abrunhosa

O Novo Banco está a patrocinar a edição especial da Blitz nos 40 anos da revista portuguesa sobre música, reforçando a aposta e o posicionamento do banco no setor da música.

No âmbito da parceria, o Novo Banco patrocina o disco que foi eleito como o melhor da música portuguesa dos últimos 40 anos, o ‘Viagens’. O disco de Pedro Abrunhosa, de 1994, é destacado na edição comemorativa, marcando também presença na grande festa da Blitz, a 12 de dezembro, no Meo Arena, em Lisboa.

Para além de recuperar grandes momentos do jornal que em 2006 assume o formato de revista mensal, e do site ao longo destas quatro décadas, a edição especial delineada por Miguel Cadete, diretor da Blitz, coloca em destaque os 40 melhores discos de música portuguesa, publicados entre 1984 e 2023.

Fundado em novembro de 1984 pelos jornalistas Manuel Falcão (primeiro diretor), Rui Monteiro, Cândida Teresa (diretora gráfica até ao final de 1999) e por João Afonso de Almeida (até 1985), o Blitz foi o primeiro jornal nacional dedicado à atualidade musical. A revista de colecionador chega às bancas a 29 de novembro, em formato de papel.

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Um terço dos portugueses está a gastar mais em compras online

Tendência deverá manter-se, sobretudo “devido à aposta das marcas nas vendas através das redes sociais, que se alinha com os hábitos e preferências de consumo da população”, diz Tiago Kullberg, diretor-geral e sócio da BCG Portugal

Um terço dos portugueses (33%) gastou mais em compras online em 2024 face a 2023, e destes, um em cada três admite ter gasto bastante mais, de acordo com o estudo ‘Consumer Sentiment Survey 2024’, da Boston Consulting Group (BCG).

A análise, que examina os hábitos dos consumidores portugueses em relação ao comércio eletrónico, revela uma diferença de 11% entre aqueles que gastaram mais e aqueles que gastaram menos (22%).

O estudo, que tem por base uma amostra de mil portugueses acima dos 18 anos, representativa da população nacional em Portugal continental, indica que 94% dos inquiridos fazem compras online e destacam a facilidade em comparar produtos e o acesso a melhores preços e descontos.

Estas são apontadas como as principais razões para optar por esta via em detrimento do comércio tradicional, por 60% e 50% dos inquiridos, respetivamente, seguidas da maior conveniência (46%) e maior variedade de produtos (38%) que esta opção acarreta.

“A maioria dos portugueses já faz compras online e esta tendência deverá manter-se, sobretudo devido à aposta das marcas nas vendas através das redes sociais, que se alinha com os hábitos e preferências de consumo da população”, enfatiza Tiago Kullberg, diretor-geral e parceiro da BCG Portugal.

De acordo com a análise da BCG, as categorias favoritas dos portugueses no comércio eletrónico são viagens, roupa e acessórios, e tecnologia. Em contrapartida, decoração e mobiliário, brinquedos e jogos e bens de luxo são as menos privilegiadas pelos inquiridos para compras através da internet.

Além de comprarem mais online, a maioria dos portugueses (54%), com destaque para os adultos entre os 18 e os 34 anos (73%), passam, em média, mais de uma hora por dia nas redes sociais, valor que não se alterou face ao ano passado. Destes, 40% planeiam diminuir o seu tempo nas redes, percentagem que se mantém em relação às expectativas manifestadas em 2023 e que não se concretizaram este ano.

Segundo dados obtidos pela DataReportal, avançados no estudo da BGC, o Youtube (73%), o Facebook (58%) e o Instagram (57%) são as redes sociais mais utilizadas pelos portugueses, sendo o Instagram e o LinkedIn (48%), aquelas que apresentam um maior crescimento em 2024, com mais 6 pontos percentuais, respetivamente, face a 2023.

O estudo reporta ainda que em 2024, a maioria (82%) dos portugueses utilizou o MB Way, sendo esta proporção a que mais cresceu entre os serviços financeiros digitais face a 2023 (+5%). A percentagem de utilização deste sistema de pagamento é de 94% nos jovens adultos entre os 18 e os 34 anos. 88% dos inquiridos revelam usar a aplicação móvel do banco (+3% face a 2023), 79% recorrem ao website do banco (-2% face a 2023) e 29% utilizam uma carteira digital.

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José Guerreiro reforça departamento criativo da Lisbon Project

O diretor de arte (na foto) coordena a supervisão criativa da parte visual dos projetos da agência de comunicação e marketing, nas áreas de ‘branding’ e digital, e da conceção de ambientes para ações de ativação de marca, em parceria com Filomena Bonecas

A Lisbon Project está a reforçar o departamento criativo com a contratação de José Guerreiro como supervisor criativo. Em parceria com Filomena Bonecas, o diretor de arte coordena a componente visual dos projetos da agência de comunicação e marketing, nas áreas de ‘branding’ e digital,  e da conceção de ambientes para ações de ativação de marca.

“É desafiante acompanhar a evolução de cada projeto e apresentar novas soluções, mais eficientes, que permitam responder melhor às necessidades de cada cliente”, declara José Guerreiro, citado em comunicado de imprensa.

José Guerreiro inicia a carreira como designer em 2016, na produtora Live Act, antes de passar por agências como Wolt e EuroM, já como diretor de arte. Na Lisbon Project coordena agora uma equipa de cinco pessoas, que trabalham marcas como Alfa Romeo, Bentley, Citroën, DS Automobiles, Kronos Homes, Lamborghini, Peugeot, Vinhos do Alentejo e Zoo de Lisboa.

“O perfil do novo supervisor criativo vem adicionar profundidade à componente estratégica da agência, devido à enorme cultura visual e capacidade que o José Guerreiro tem de transmitir e materializar conceitos diferenciadores”, salienta Filipa Oliveira, diretora executiva da Lisbon Project, citada no documento.

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Perplexity já permite fazer compras

Ao procurar um produto através do Perplexity AI, os membros Pro nos Estados Unidos têm agora a opção ‘Buy with Pro’, que permite encomendar. Os restantes utilizadores terão acesso a outras funcionalidades de compras através de IA

O Perplexity AI, motor de pesquisa com base em inteligência artificial (IA), está a lançar uma nova funcionalidade que permite aos subscritores do plano Pro comprarem um produto diretamente na plataforma, noticia o The Verge.

Ao procurar um produto através do Perplexity AI, os membros Pro nos Estados Unidos têm agora a opção ‘Buy with Pro’ que permite encomendar automaticamente o produto em causa, utilizando as informações de envio e faturação registadas.

De acordo com o Perplexity, todos os produtos adquiridos através da funcionalidade ‘Buy with Pro’ têm portes de envio gratuitos. Para os produtos que não suportam a nova funcionalidade, a Perplexity redireciona os utilizadores para a página web do comerciante para concluir a compra.

Quando questionada pelo The Verge sobre se o Perplexity recebe alguma comissão das vendas efetuadas através do ‘Buy with Pro’, Sara Platnick, porta-voz do Perplexity afirma que “de momento, não recebemos”, acrescentando ainda que “não há qualquer elemento comercial” na funcionalidade.

Os utilizadores que não assinam o plano Pro vão poder, no entanto, ter acesso a outras funcionalidades de compras através de IA, incluindo novos painéis de produtos recomendados que aparecem ao lado das pesquisas relacionadas com produtos.

Para os utilizadores nos Estados Unidos, estes painéis mostram uma imagem do produto e do preço, juntamente com descrições escritas através de IA das principais caraterísticas e avaliações de um produto.

 

Sobre o autorDaniel Monteiro Rahman

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Cristina Ferreira trava execução de sentença de primeira instância da SIC

“Já não está em causa a minha saída da SIC, uma decisão consciente sobre a minha carreira e sobre a minha vida. Está em causa o meu caráter e nunca me poderão acusar de faltar aos meus compromissos”, afirma a apresentadora da TVI (na foto) em comunicado

Cristina Ferreira prepara-se para travar a execução de sentença de primeira instância da SIC, após ter visto os bens da empresa Amor Ponto, que criou com o pai, António Ferreira, penhorados na sequência da condenação da apresentadora, diretora e acionista da TVI, que terá de pagar mais de €3,3 milhões à SIC pela quebra unilateral de contrato, a 17 de julho de 2020.

“Sobre as últimas notícias, importa apenas esclarecer que foi a SIC que executou a sentença de primeira instância, apesar de a mesma ainda estar pendente de recurso e, por isso, poder vir a ser revertida. Trata-se de uma iniciativa da SIC, apenas desta e não do Tribunal [Judicial da Comarca de Lisboa Oeste], dirigida à sociedade Amor Ponto”, esclarece Cristina Ferreira, no comunicado que publicou nas redes sociais, em reação à notícia avançada pelo Correio do Manhã.

“A Amor Ponto irá usar o mecanismo legal que lhe permite suspender esta iniciativa da SIC, enquanto se aguarda serenamente pela decisão que vier a incidir sobre o recurso interposto”, refere ainda o documento. O julgamento que opõe Cristina Ferreira à SIC iniciou-se a 8 de novembro de 2023 e terminou a 11 de junho, com a condenação da apresentadora, que tem evitado abordar publicamente o assunto, em primeira instância.

“O processo é do domínio da justiça e apenas pela justiça deverá ser julgado. Não contribuirei, de forma alguma, para precipitar ou alimentar um julgamento público que, para mim, é privado. Já não está em causa a minha saída da SIC, uma decisão consciente sobre a minha carreira e sobre a minha vida. Está em causa o meu caráter e nunca me poderão acusar de faltar aos meus compromissos”, afirma ainda Cristina Ferreira no comunicado.

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BA&N faz parceria com consultora SEC Newgate

“A colaboração permite-nos reforçar a capacidade de entregarmos aos clientes serviços de comunicação e ‘public affairs’ nas mais importantes regiões do mundo”, refere Armandino Geraldes, CEO da BA&N

A BA&N e a SEC Newgate assinaram uma parceria estratégica, com a agência de comunicação portuguesa a integrar a estrutura da consultora multinacional de comunicação e assuntos públicos, enquanto afiliada. O acordo permite à agência liderada por Armandino Geraldes aumentar a cobertura geográfica na prestação de serviços de comunicação e ‘public affairs’ e beneficiar do conhecimento, tecnologia e metodologias da SEC Newgate.

A empresa internacional, por seu lado, reforça a presença no mercado português, “com capacidade de atuar de igual forma nos mercados africanos de língua oficial portuguesa e consolidando a presença no continente europeu, a par com a presença nos restantes continentes, incluindo a América Latina e o Brasil em particular”, explica a BA&N em comunicado de imprensa.

O entendimento estratégico, sem prazo de vigência definido, apurou o M&P, favorece o intercâmbio entre as duas empresas ao nível de ‘research’ e ‘insight’, através da utilização de ferramentas de ‘data science’ avançadas.

“Este acordo contribuirá para que a BA&N e a SEC Newgate prestem um melhor serviço ao cliente local e globalmente. A BA&N está totalmente alinhada com o nosso posicionamento, entregando um serviço diferenciado e com um foco permanente na entrega do melhor resultado ao cliente. Para nós, é muito importante a presença em Lisboa, nomeadamente enquanto ‘hub’ para o mundo de língua portuguesa”, afirma Fiorenzo Tagliabue, CEO da SEC Newgate, citado no documento.

O grupo internacional integra o top 5 das maiores empresas europeias do setor, sendo a vigésima maior empresa a nível mundial, de acordo com um ranking da PRovoke, com uma faturação consolidada de 103,6 milhões de dólares, cerca de €99,1 milhões, no primeiro semestre do ano, fruto de um crescimento de 13% face ao mesmo período de 2023.

“Este acordo é muito relevante para a BA&N porque gera oportunidades para a companhia e para os seus clientes. A BA&N reforça, assim, a sua capacidade de entregar aos seus clientes serviços de comunicação e ‘public affairs’ nas mais importantes regiões do mundo”, refere Armandino Geraldes, citado no comunicado de imprensa.

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António Zambujo é o embaixador dos vinhos da Vidigueira

Além de beneficiar do impacto mediático do artista, a escolha pretende capitalizar a ligação de António Zambujo (na foto) à região, onde possui um projeto vínico e dinamiza um projeto cultural

António Zambujo é o novo embaixador dos vinhos da Vidigueira. Para além de promover a produção vitivinícola do município, o cantor e compositor é a atração principal de Vinhos da Vidigueira, evento gastronómico que o mercado municipal do concelho acolhe a 29 de novembro.

“Este convite é parte de uma iniciativa que visa promover e valorizar os vinhos do concelho, capitalizando na empatia e forte ligação afetiva do cantor ao setor vinícola”, refere a Câmara Municipal de Vidigueira, em comunicado de imprensa da Oitto, agência que representa António Zambujo.

Além de beneficiar do impacto mediático do artista, a escolha pretende capitalizar a ligação do intérprete à região, onde possui um projeto vínico e dinamiza um projeto cultural.

“Com esta parceria, a Câmara Municipal de Vidigueira procura não só valorizar e dar visibilidade à tradição e qualidade dos vinhos locais, mas também sublinhar a importância da cultura vinícola como parte integrante da identidade do concelho e da região”, refere o documento.

Nascido em Beja, António Zambujo tem sido um dos embaixadores informais do Alentejo ao longo da carreira. “É com muita alegria que me associo aos vinhos da Vidigueira, vinhos que já represento com muito orgulho e alegria. É uma região que me é muito cara e tudo farei para ajudar na sua divulgação”, garante o cantautor.

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ERA recorre ao humor para atrair gerações Y e Z (com vídeo)

“A campanha, com seis monólogos e 20 ‘sketches’, foi pensada para os nativos de canais digitais, para preencher a lacuna na comunicação do mercado imobiliário português para um público mais jovem”, explica ao M&P Mariana Coimbra, diretora de marketing da ERA Portugal

Protagonizada pelo humorista Guilherme Duarte (à esquerda na foto), ‘ERA só o que faltava’, a nova campanha multicanal da ERA, recorre ao humor e ao nonsense para atrair as gerações Y e Z. Para além de seis monólogos, apresenta 20 ‘sketches’, que, através de uma abordagem cómica, expõem situações caricatas, vividas no dia a dia por agências imobiliárias, agentes e clientes.

“Esta é uma campanha assumidamente de ‘branded content’, uma vez que foi pensada na sua génese para os nativos de canais digitais nos quais será divulgada ao longo dos próximos meses. Quisemos preencher uma lacuna na comunicação do mercado imobiliário português para um público mais jovem”, explica ao M&P Mariana Coimbra, diretora de marketing da ERA Portugal.

Com criatividade de Guilherme Duarte, da Setlist e da Pepper, que também desenvolveu o plano de meios, a campanha tem gestão de conteúdos de Marisa Martins, gestão de marketing digital de Diogo Alves e gestão de marca de Gonçalo Almeida. A Setlist, a agência especializada na gestão de artistas que gere a carreira de Guilherme Duarte, assume a produção da campanha, em parceria com o humorista.

Os monólogos são divulgados periodicamente, até fevereiro do próximo ano, no canal de YouTube da ERA Portugal. Os ‘sketches’ estão disponíveis nas redes sociais Facebook, Instagram e TikTok da consultora imobiliária, com o canal da empresa nesta plataforma a ser lançado com o arranque da campanha. Os vídeos também ficam disponíveis nos perfis de Guilherme Duarte.

“Acreditamos que serão estes vídeos mais curtos, e mais partilháveis, que nos ajudarão a obter maior alcance, mas, como conteúdo, os episódios completos serão as estrelas da campanha. Como é a nossa primeira campanha focada num público mais jovem, isto obriga-nos a uma reinvenção da comunicação a nível do conteúdo e dos canais utilizados”, esclarece Mariana Coimbra. O ‘timing’ da campanha procura acompanhar a atualidade nacional.

“Aproveitando a entrada em vigor das isenções de IMT e Imposto de Selo, e a adesão da banca à garantia pública, acreditamos que se trata de uma boa altura para a marca ERA se aproximar deste ‘target’, com uma marca jovem, leve e descontraída, que ajudará a simplificar todo o processo”, refere a responsável. Para atingir o público-alvo, a consultora imobiliária aposta numa abordagem disruptiva.

“Temos uma campanha diferente pela abordagem ousada e quase provocadora, diria, sobretudo para um setor tão conservador na publicidade como o imobiliário. Fugimos do institucional e do familiar. Tivemos a coragem de brincar com as fragilidades do setor e de rirmos de nós próprios, juntamente com os nossos clientes e concorrentes. Todos os conteúdos serão adaptados a cada canal, para que cresçam organicamente”, afirma Mariana Coimbra.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

Luis Batista Gonçalves

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McDonald’s escolhe Wandson Lisboa para campanha de Natal (com vídeos)

Wandson Lisboa (na foto) é o protagonista da campanha produzida pela Looks: Good, que está a ser veiculada em televisão, publicidade exterior, redes sociais e restaurantes McDonald’s, em Portugal, com criatividade da TBWA/BBDO

O influenciador e apresentador de televisão Wandson Lisboa faz Pai Natal na campanha publicitária de Natal da McDonald’s, concebida para Portugal com criatividade da TBWA/BBDO, produção da Looks: Good e realização de António Amaral.

Sob o conceito ‘Quem adora Mac, merece Mac no Natal’, a campanha explora a paixão dos fãs e pretende fortalecer a ligação com os consumidores, ao convidar dois ‘brand lovers’ a aparecerem nos anúncios televisivos da marca.

O primeiro filme surge da vontade de Leonardo Barros, fã e seguidor da marca nas redes sociais, querer fazer parte de um anúncio de televisão da McDonald’s. O segundo filme, por seu lado, responde ao desejo de Diogo Duarte Amorim, em conhecer a receita do molho da sanduíche McRoyal Bacon, o seu molho preferido da McDonald’s.

“O nosso objetivo com esta campanha é muito claro: construir um caminho para a McDonald’s na época de Natal, alinhado com a mensagem que procuramos transmitir aos fãs da marca ao longo do ano, de proximidade. Criámos uma campanha que reflete genuinamente quem somos enquanto marca e estamos muito orgulhosos com o resultado”, refere Sérgio Leal, diretor de marketing da McDonald’s, citado em comunicado de imprensa.

A campanha assenta numa forte aposta no digital, através da aplicação da McDonald’s, e é veiculada em televisão, publicidade exterior, redes sociais e nos suportes de comunicação nos restaurantes McDonald’s em Portugal. Marco Pacheco é o responsável pela direção criativa executiva da campanha, com a direção criativa a cargo de João Guimarães e Julliano Bertoldi.

Durante o período da campanha, que decorre entre 12 de novembro a 15 de dezembro, a marca faz um passatempo na aplicação, que inclui um calendário do advento digital e uma experiência de gamificação, que reúne diferentes jogos e dinâmicas.

Os membros MyM, programa de fidelização da McDonald’s, podem ganhar descontos em alguns produtos e ‘merchandising’ alusivo ao Natal, entre outros.

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