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Reviravolta geracional: Baby boomers estão a moldar o consumo em Portugal

Às portas de uma das maiores transformações sociais, tecnológicas, económicas e políticas do nosso tempo, é cada vez mais comum revermo-nos no futuro e falarmos das gerações mais jovens e […]

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Reviravolta geracional: Baby boomers estão a moldar o consumo em Portugal

Às portas de uma das maiores transformações sociais, tecnológicas, económicas e políticas do nosso tempo, é cada vez mais comum revermo-nos no futuro e falarmos das gerações mais jovens e […]

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Às portas de uma das maiores transformações sociais, tecnológicas, económicas e políticas do nosso tempo, é cada vez mais comum revermo-nos no futuro e falarmos das gerações mais jovens e da sua importância. No entanto, é necessário não perder de vista o valor e relevância do presente.

É  essencial reconhecer o papel vital desempenhado pela geração dos baby boomers e dos indivíduos com mais de 60 anos, por ser uma faixa etária que se está a tornar numa parte cada vez mais significativa da população, atraindo, por sua vez, implicações profundas no mercado do consumidor e nas estratégias de negócio.

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Os números falam por si. Estima-se que, nos próximos anos, Portugal vai ter um aumento significativo na proporção de pessoas com 65 anos ou mais. Este segmento demográfico está a crescer a uma taxa acelerada, passando de uma minoria para uma maioria, e não se trata apenas de quantidade, mas também de qualidade.

Os séniores são hoje diferentes dos das gerações anteriores, com maior acesso à educação, tecnologia e um estilo de vida mais ativo e saudável. Isso resulta em novas dinâmicas sociais, culturais e de consumo. Quando olhamos para o poder de compra, os consumidores mais maduros destacam-se.

A Brandkey, agência de comunicação e marketing, tem como estratégia uma forte valorização e defesa deste segmento demográfico, com a criação de um projeto de consultoria focado nas pessoas com mais de 60 anos, denominado Idade Maior, para demonstrar a importância desta faixa etária e geração, em termos de consumo. Neste contexto, a agência Brandkey organizou uma conferência que serviu para partilhar o projeto e discutir a importância deste segmento.

“Se olharmos para o grupo etário mais velho enquanto consumidor, sabemos também que a população com mais de 50 anos em Portugal foi responsável por 59% de todos os gastos de consumo domésticos em 2020 e este número vai crescer para 69% em 2050. Os consumidores maduros controlam uma parte substancial dos gastos globais de consumo”, explica a Brandkey ao Meios & Publicidade.

Estes números, para os quais se prevê um aumento nos próximos anos, destacam a influência económica deste segmento da população. No entanto, muitas empresas ainda não tiram partido deste segmento, apesar do seu crescente poder de compra e de influência.

O marketing e a comunicação têm mais tendência para se focarem em segmentos mais jovens do que nos baby boomers. Essa desconexão entre as estratégias de marketing e as realidades do mercado do consumidor podem ter consequências significativas para as empresas que falham em reconhecer a importância dos consumidores seniores.

Segundo a Brandkey, uma das razões pelas quais isto acontece é que “a publicidade sempre foi obcecada pela juventude. Uma obsessão refletida na demografia dos trabalhadores das agências de comunicação e marketing, nas quais as pessoas mais velhas representam uma minoria, o que tem, naturalmente, reflexos nas campanhas e estratégias de marca”.

A lealdade de marca é também um aspeto que merece destaque, visto que, os séniores “para além de serem mais, têm maior poder de compra e são muito mais fiéis às marcas. Estudos apontam que esta geração é 30% mais fiel às marcas do que a população mais jovem. Uma vez conquistados, permanecem por muito tempo e com elevado potencial de negócio”, refere ainda a agência.

É essencial que as empresas percebam que, adotar uma abordagem mais inclusiva e diversificada nas suas estratégias de marketing e publicidade, reconhecendo a importância dos consumidores mais velhos e adaptando as suas mensagens de acordo, é uma mais-valia e que ignorar este segmento pode resultar na perda de um dos targets mais importantes no mercado.

Jane Fonda e Paulina Porizkova retomaram as carreiras de modelos após os 60 anos. O mercado para os babyboomers nos Estados Unidos já está maduro. É inevitável que chegue a Portugal.

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António Zambujo é o embaixador dos vinhos da Vidigueira

Além de beneficiar do impacto mediático do artista, a escolha pretende capitalizar a ligação de António Zambujo (na foto) à região, onde possui um projeto vínico e dinamiza um projeto cultural

António Zambujo é o novo embaixador dos vinhos da Vidigueira. Para além de promover a produção vitivinícola do município, o cantor e compositor é a atração principal de Vinhos da Vidigueira, evento gastronómico que o mercado municipal do concelho acolhe a 29 de novembro.

“Este convite é parte de uma iniciativa que visa promover e valorizar os vinhos do concelho, capitalizando na empatia e forte ligação afetiva do cantor ao setor vinícola”, refere a Câmara Municipal de Vidigueira, em comunicado de imprensa da Oitto, agência que representa António Zambujo.

Além de beneficiar do impacto mediático do artista, a escolha pretende capitalizar a ligação do intérprete à região, onde possui um projeto vínico e dinamiza um projeto cultural.

“Com esta parceria, a Câmara Municipal de Vidigueira procura não só valorizar e dar visibilidade à tradição e qualidade dos vinhos locais, mas também sublinhar a importância da cultura vinícola como parte integrante da identidade do concelho e da região”, refere o documento.

Nascido em Beja, António Zambujo tem sido um dos embaixadores informais do Alentejo ao longo da carreira. “É com muita alegria que me associo aos vinhos da Vidigueira, vinhos que já represento com muito orgulho e alegria. É uma região que me é muito cara e tudo farei para ajudar na sua divulgação”, garante o cantautor.

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ERA recorre ao humor para atrair gerações Y e Z (com vídeo)

“A campanha, com seis monólogos e 20 ‘sketches’, foi pensada para os nativos de canais digitais, para preencher a lacuna na comunicação do mercado imobiliário português para um público mais jovem”, explica ao M&P Mariana Coimbra, diretora de marketing da ERA Portugal

Protagonizada pelo humorista Guilherme Duarte (à esquerda na foto), ‘ERA só o que faltava’, a nova campanha multicanal da ERA, recorre ao humor e ao nonsense para atrair as gerações Y e Z. Para além de seis monólogos, apresenta 20 ‘sketches’, que, através de uma abordagem cómica, expõem situações caricatas, vividas no dia a dia por agências imobiliárias, agentes e clientes.

“Esta é uma campanha assumidamente de ‘branded content’, uma vez que foi pensada na sua génese para os nativos de canais digitais nos quais será divulgada ao longo dos próximos meses. Quisemos preencher uma lacuna na comunicação do mercado imobiliário português para um público mais jovem”, explica ao M&P Mariana Coimbra, diretora de marketing da ERA Portugal.

Com criatividade de Guilherme Duarte, da Setlist e da Pepper, que também desenvolveu o plano de meios, a campanha tem gestão de conteúdos de Marisa Martins, gestão de marketing digital de Diogo Alves e gestão de marca de Gonçalo Almeida. A Setlist, a agência especializada na gestão de artistas que gere a carreira de Guilherme Duarte, assume a produção da campanha, em parceria com o humorista.

Os monólogos são divulgados periodicamente, até fevereiro do próximo ano, no canal de YouTube da ERA Portugal. Os ‘sketches’ estão disponíveis nas redes sociais Facebook, Instagram e TikTok da consultora imobiliária, com o canal da empresa nesta plataforma a ser lançado com o arranque da campanha. Os vídeos também ficam disponíveis nos perfis de Guilherme Duarte.

“Acreditamos que serão estes vídeos mais curtos, e mais partilháveis, que nos ajudarão a obter maior alcance, mas, como conteúdo, os episódios completos serão as estrelas da campanha. Como é a nossa primeira campanha focada num público mais jovem, isto obriga-nos a uma reinvenção da comunicação a nível do conteúdo e dos canais utilizados”, esclarece Mariana Coimbra. O ‘timing’ da campanha procura acompanhar a atualidade nacional.

“Aproveitando a entrada em vigor das isenções de IMT e Imposto de Selo, e a adesão da banca à garantia pública, acreditamos que se trata de uma boa altura para a marca ERA se aproximar deste ‘target’, com uma marca jovem, leve e descontraída, que ajudará a simplificar todo o processo”, refere a responsável. Para atingir o público-alvo, a consultora imobiliária aposta numa abordagem disruptiva.

“Temos uma campanha diferente pela abordagem ousada e quase provocadora, diria, sobretudo para um setor tão conservador na publicidade como o imobiliário. Fugimos do institucional e do familiar. Tivemos a coragem de brincar com as fragilidades do setor e de rirmos de nós próprios, juntamente com os nossos clientes e concorrentes. Todos os conteúdos serão adaptados a cada canal, para que cresçam organicamente”, afirma Mariana Coimbra.

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Legendary alia-se a projetos internacionais de promoção da sustentabilidade

“Estamos cada vez mais a investir numa atuação global, fazendo com que os nossos escritórios no Porto e Madrid sirvam de ‘headquarters’ para o desenvolvimento de projetos internacionais”, diz Diogo Pinheiro, CEO da Legendary, a propósito da criação dos materiais de comunicação das novas iniciativas

A Legendary Iberia assina os materiais de comunicação que divulgam dois projetos internacionais em que a Sociedade Portuguesa da Inovação (SPI) está envolvida. Melhorar a qualidade de água na Índia (na foto) e combater as alterações climáticas na agricultura em várias regiões do mundo são as duas iniciativas que estão a ser divulgadas internacionalmente com o apoio da agência de criatividade ibérica, no âmbito do programa-quadro da União Europeia, Horizonte 2020.

Ao criar as brochuras, os manuais e os ‘booklets’, utilizados para promover os programas ‘Saraswati 2.0’ e ‘Stargate’ nos países de intervenção, a Legendary Iberia procura dar-lhes visibilidade à escala internacional, através de informação detalhada sobre os projetos-piloto em curso. Para além de apresentar desafios e soluções, os materiais visuais também explicam as metodologias que estão a ser aplicadas no terreno.

“Estamos cada vez mais a investir numa atuação global da agência, fazendo com que os nossos escritórios no Porto e Madrid sirvam de ‘headquarters’ para o desenvolvimento de projetos internacionais. Estes dois em particular somam uma dimensão de impacto económico, social e ambiental que trazem um propósito maior ao nosso trabalho e isso gera um grande envolvimento das equipas internas”, afirma Diogo Pinheiro, CEO da Legendary e responsável pela sucursal espanhola da agência criativa portuguesa, citado em comunicado de imprensa.

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Maioria das marcas espera alterar modelo de remuneração das agências

58% dos anunciantes pretendem aumentar os valores que pagam às agências, mas baseando-se na produtividade e em resultados, de acordo com o inquérito da WFA e da MediaSense. Apenas 28% dos inquiridos têm clareza sobre a forma como as agências fazem dinheiro

Impulsionadas por fatores como a inteligência artificial (IA) e a automação, três em cada quatro marcas multinacionais estão a tentar alterar o modelo de remuneração das suas agências, nos próximos três anos, de acordo com o estudo da World Advertising Federation (WFA), em conjunto com a consultora de meios MediaSense, citado na Ad Age.

Por norma, as agências faturam aos clientes o número de horas que os seus funcionários dedicam à produção de projetos em nome do cliente. No entanto, de acordo com a análise, que se baseia num inquérito a marketers de cerca de 80 empresas multinacionais que representam coletivamente cerca de 60 mil milhões de dólares (€57 mil milhões) em investimento publicitário mundial, 58% dos anunciantes pretendem aumentar os valores que pagam às agências, mas baseando-se na produtividade e em resultados.

Um dos fatores que está a impulsionar a vontade de mudança é o desejo dos profissionais de marketing de alinhar a remuneração da agência com os resultados pretendidos pelo anunciante: 74% dos inquiridos referem este motivo. “O nosso modelo de remuneração dá-nos muito pouca margem para os desafiarmos [os anunciantes] em termos de desempenho”, revela um inquirido sobre a sua agência, citado na Ad Age, acrescentando que “o número parece justo, mas preferia estabelecer um modelo híbrido em que houvesse uma variável baseada em resultados”.

A IA e a automação também estão a desempenhar um papel importante na mudança, de acordo com 26% dos inquiridos. “A tecnologia está a tornar as agências mais eficientes, levando a uma mudança na forma como os clientes veem a compensação”, refere Ryan Kangisser, diretor de estratégia da MediaSense.

No entanto, a análise revela que limitações na medição e transparência de dados podem abrandar a evolução para uma remuneração baseada em resultados, sendo que 84% dos inquiridos destacam a falta de dados para medir os resultados como um dos principais obstáculos entre o anunciante e a agência.

Apenas 28% dos inquiridos consideram que têm clareza sobre a forma como as agências fazem dinheiro, tendo em conta algumas fontes de rendimento não divulgadas, como por exemplo, cadeias de fornecimento programático opacas e ‘principal-based media buying’, em que as agências compram espaço publicitário nos media para uma posterior revenda a clientes, a preços superiores.

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Mars revê agências a nível mundial

Em causa estão as contas das marcas da Mars Snacking e da Mars Petcare e a consulta ao mercado inclui agências de meios, marketing de retalho, redes sociais, relações públicas e marketing de influência. As contas de criatividade não estão incluídas na revisão

A Mars está a planear fazer uma revisão de agências a nível mundial, que inclui agências de meios, de marketing de retalho, de redes sociais, de relações públicas e de marketing de influência, noticia a Ad Age. As contas de criatividade não estão abrangidas na revisão.

Em causa estão as contas das marcas da Mars Snacking, que incluem chocolates como M&M’s, Snickers, Twix e Skittles, entre outras, bem como da Mars Petcare, que engloba a Pedigree, a Whiskas e a Royal Canin, entre outras. O objetivo da revisão é reduzir o número de agências com as quais estas unidades da Mars trabalham, de acordo com um porta-voz da Mars, citado na Ad Age.

“Como parte do nosso plano de revisão das agências com as quais trabalhamos, vamos aproveitar esta oportunidade para garantir que estamos preparados para continuar a oferecer a melhor experiência de marca possível. Como resultado, estamos a iniciar uma consulta ao mercado e esperamos que o processo seja concluído em 2025”, refere o porta-voz da Mars.

A EssenceMediacom, do GroupM, é a atual responsável pela conta global de meios da Mars. Outras ‘holdings’ trabalham com a Mars, como o Grupo Omnicom, por exemplo, que gere a maioria da criatividade da Mars, através de agências como a BBDO e a DDB. A empresa de marketing de retalho e comércio Mars United Commerce, recentemente adquirida pelo Publicis Groupe, trabalha a Mars Snacking. A Weber Shandwick, do grupo Interpublic, por seu lado, gere a maioria das contas de relações públicas.

“Estamos comprometidos em conduzir uma consulta ao mercado justa e transparente, que respeite as contribuições de todos os nossos parceiros e estamos gratos às nossas ‘holdings’, cada uma das quais foi convidada a participar na consulta, pela sua colaboração anterior”, refere ainda o porta-voz da Mars.

O Ad Age Datacenter estima que o investimento mundial da Mars em publicidade é de 2,4 mil milhões de dólares (€2,27 mil milhões), em 2023. As despesas em meios de comunicação da Mars nos Estados Unidos ascendem a 305 milhões de dólares (€288,81 mil milhões), nos primeiros dois trimestres de 2024, o que representa um aumento face aos 289 milhões de dólares (€273,66 mil milhões) registados no período homólogo, de acordo com dados da empresa de estudos de mercado Vivvix.

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NEXXT Leiria debate futuro da criatividade

Durante os sete dias da segunda edição do evento, de 18 a 24 de novembro, há cerca de 60 sessões, entre apresentações, ‘workshops’ e ‘masterclasses’, em vários pontos da cidade. Pedro Pires (Poets & Painters) e Carlos Coelho (Ivity) são dois dos cerca de 80 oradores

Entre 18 e 24 de novembro, realiza-se a segunda edição do NEXXT Leiria, evento sobre criatividade e inovação que reúne especialistas, empreendedores e decisores. Além de palestras e debates, a conferência conta com a presença de mais de 80 oradores e apresenta um programação com 60 ações, incluindo apresentações, ‘workshops’, ‘masterclasses’ e momentos de entretenimento e conexão, em diferentes espaços da cidade.

Beia Carvalho, a primeira mulher a falar sobre inovação no mercado brasileiro, fundadora e presidente do ‘think tank’ 5 Years From Now, é uma das principais oradoras. Pedro Pires, fundador da Poets & Painters, Carlos Coelho, CEO da Ivity Brand Corp e Rui Malvarez, criativo e ‘podcaster’, são outros dos nomes convidados, a par de Lourenço Lucena, perfumista que já desenvolveu projetos para marcas como EDP, Deloitte, Carris, Sonae, Tivoli Hotels, PLMJ, Ascendum e Vanguard Properties.

“Este evento posiciona Leiria como uma cidade onde as ideias acontecem e onde os projetos ganham vida, provando que a região é, inquestionavelmente, um pólo de criatividade e inovação em Portugal”, explica André Coelho, CEO da CO+K, empresa que organiza o NEXXT Leiria, citado em comunicado de imprensa.

Além do Teatro Miguel Franco, palco principal da conferência, o evento estende-se a outros espaços da cidade. O cocktail de abertura tem lugar no Castelo de Leiria e o Teatro José Lúcio da Silva recebe o Music NEXXT Stage. O mercado municipal da cidade, por seu lado, converte-se no Startup Leiria NEXXT Stage, enquanto a livraria Arquivo recebe o Arquivo NEXXT Stage. A Void Academy, a Seterogun e o Mercado de Sant’Ana também acolhem iniciativas.

O programa do evento integra ainda a NEXXT Ideas, uma mostra de projetos inovadores, criados e implementados na região de Leiria, que pretendem demonstrar como a criatividade pode e deve ser motor da economia e de novas formas de olhar o futuro. A Câmara Municipal Leiria, o Instituto Politécnico de Leiria, a incubadora de empresas Startup Leiria, a associação empresarial regional NERLEI e a Leiria Business School apoiam a conferência.

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“Tenho vontade de continuar a crescer e de gerir mais países”

Na rubrica De Portugal Para o Mundo, Mariana Guerra (na foto), em Madrid desde 2016, destaca a ativação de marca que desenvolveu, a partir de Espanha, para a Foreo nas Galleries Lafayette, em Paris, como um dos momentos marcantes a trabalhar fora de Portugal

Catarina Nunes

Enquanto responsável pelo desenvolvimento do negócio em Portugal, Espanha, Andorra e Benelux dos dispositivos tecnológicos de beleza da Foreo e, mais recentemente, da FAQ, Mariana Guerra salienta como uma das novidades mais recentes a entrada na categoria de cuidado capilar, com uma das marcas que dirige na Europa Ocidental, a partir de Madrid.

“Encontramo-nos numa fase de expansão e de crescimento muito motivante, pois não só acabamos de entrar na categoria de cabelo, que não dominávamos antes, mas também porque estamos ativamente num processo de entrada em dois novos canais de distribuição”, revela Mariana Guerra, diretora de desenvolvimento de negócio da Foreo e FAQ, para a Europa Ocidental.

Por agora, Madrid continua a ser “um ponto central e com muitas oportunidades para fazer crescer a marca na região que lidero”, acrescenta a responsável, que vive em Espanha desde 2016 e não pensa regressar a Portugal.

Trabalhar fora de Portugal era uma ambição ou qual foi a circunstância que determinou a saída?

Trabalhar no mercado espanhol, desde que iniciei a minha carreira, despertava-me uma grande curiosidade. Iniciei o meu percurso profissional em Portugal, mas em 2016, por iniciativa própria, com a intenção de ganhar mais experiência, de obter melhores condições, mas, principalmente, de fortalecer o meu currículo, tive a oportunidade de vir trabalhar para Madrid.

Desde então, tenho vindo a crescer a nível de exposição global, com projetos interessantes que me conectam não só com o mercado português, mas também com o mercado espanhol e com o holandês.

Quais são as diferenças entre trabalhar na Foreo em Lisboa e na Foreo em Madrid?

Quando estava focada em desenvolver o negócio apenas no mercado português, a estrutura da Foreo em Lisboa era bastante mais reduzida do que a estrutura da Foreo em Madrid. Aqui, está sedeado o nosso ‘hub’ e central de trabalho para a região da Europa Ocidental, pela qual sou responsável. Trabalhar nos escritórios de Madrid permite-me gerir ativamente as equipas que trabalham o mercado português, o mercado espanhol e Benelux [Bélgica, Holanda e Luxemburgo].

Há cerca de dois anos, quando ainda estava em Lisboa como ‘country manager’ de Portugal, começámos um processo de reestruturação interna, decidindo centralizar a equipa em Madrid. Isto dá-me a possibilidade e oportunidade de gerir o negócio dos diversos países desde um único centro, otimizando recursos e liderando, de forma mais próxima, equipas de diversas culturas, dimensões e necessidades.

Por outro lado, sendo o mercado espanhol um dos mais valiosos e importantes a nível global para a Foreo, trabalhar em Madrid permite-me estar muito mais próxima e consciente do trabalho e da estratégia local, sendo mais fácil a gestão operacional do dia a dia de um dos mercados mais poderosos para a empresa.

Quais são as mais-valias e os obstáculos que o ser portuguesa têm no seu trabalho?

Ser portuguesa permite-me ter algumas mais-valias que nos fazem, aos portugueses, destacar nos mercados internacionais. O facto de o nosso sistema de educação e cultural nos expor a vários idiomas, por exemplo, é algo que nos dá competências para crescer profissionalmente e poder estar em contacto com vários mercados e situações de forma confiante.

Por outro lado, os portugueses são inatamente curiosos e com vontade de fazer diferente, o que nos permite criar estratégias globais, criativas e inovadoras, bem como estar atentos a tendências de negócio e tentar implementá-las antes dos demais. Outra característica bem portuguesa é o facto de estarmos sempre prontos para abraçar os estrangeiros que visitam o nosso país, mostrar-lhes o nosso património e integrá-los.

Isto também se reflete na nossa forma de trabalhar, sendo mais fácil para um português trabalhar com equipas de diversas culturas e regiões, tendo uma capacidade de integração e abertura natural.

Quais são as particularidades do mercado espanhol nas áreas em que trabalha?

O consumidor espanhol é bastante diferente do português. Portanto, o tipo de marketing e comunicação que realizamos para esses públicos são também diferentes e adaptados às necessidades de cada um. O público espanhol consome maioritariamente conteúdo sobre o seu próprio país e no seu próprio idioma, enquanto o português está mais aberto a nível global, no que toca a conteúdos e a inspiração.

Isto faz com que tenhamos de ter uma equipa dedicada somente à produção de conteúdos para Espanha, enquanto a estratégia de comunicação para Portugal pode ser integrada de forma mais global.

Em ambos os países, no entanto, a nossa estratégia de marketing e de comunicação é inserida num projeto global e segue as ‘guidelines’ da Foreo, tendo a oportunidade de, para cada mercado, aprofundar e selecionar as melhores ações e formas de comunicar, consoante o tipo de consumidor e características locais, o que torna a nossa comunicação mais próxima do consumidor e mais acessível.

Qual é o momento que o mercado espanhol atravessa em termos de consumo, comunicação e pontos de venda, na sua área de atividade?

Encontramo-nos numa fase de expansão e de crescimento muito motivante, pois, não só acabamos de entrar na categoria de cabelo, que não dominávamos antes, mas também porque estamos ativamente num processo de entrada em dois novos canais de distribuição. Atualmente, a Foreo está presente na maioria dos canais de perfumaria em Espanha, estando também a conquistar alguns spas e hotéis com clínicas de estética, através da marca de dispositivos tecnológicos FAQ, que lançámos recentemente.

Nesta área, temos vindo a acrescentar novos produtos e a FAQ já tem um portefólio completo de dispositivos para rosto, corpo e cabelo, com tecnologias vanguardistas e com uma estratégia inserida num canal profissional.

Em Espanha, a marca pode ser encontrada em todas as lojas do El Corte Inglés, na zona de parafarmácia, nas ‘concept stores’ WOW, em Madrid, em algumas lojas de cadeias como Druni e Douglas, mas também em canais online, que representam muito para a nossa marca, como por exemplo a Veepee. Também temos presença nas ilhas Canárias, nas cadeias Sabina e Fund Grube e, também, em Andorra, nas perfumarias Gala e Pyrenees.

Qual é o projeto atual ou novidade que mais destaca?

Como responsável pelo desenvolvimento do negócio em Portugal, Espanha, Andorra, e Benelux quer da Foreo como, mais recentemente, da FAQ, destaco a introdução na categoria de cuidado capilar, com dispositivos para cuidar do couro cabeludo e proporcionar um aspeto mais saudável ao cabelo, estimulando e fortalecendo o couro cabeludo.

O nosso último lançamento, o FAQ 300 que, usado em conjunto com o sérum FAQ Scalp Recovery & Thick Hair Probiotic, promete diminuir a perda de cabelo.

Qual foi a experiência profissional em Espanha que mais a marcou e porquê?

Numa marca como a Foreo, onde trabalho desde o início na Europa, qualquer ação ou construção de estratégia é marcante, pois temos uma estrutura muito reduzida e todas as pessoas que a trabalham são verdadeiramente dedicadas e apaixonadas pela marca. No entanto, assumir a liderança de várias equipas a nível internacional tem sido um caminho onde encontro um propósito e que me tem marcado de forma especial.

Também lançar uma marca nova como a FAQ, dentro do grupo Foreo, tem sido uma experiência muito rica, bem como gerir diferentes contas, com estratégias de 360 graus, personalizadas e adaptadas a cada país e a cada retalhista, com tamanhos muito diferentes em diversos países. Há uns anos, fui uma das pessoas responsáveis por construir um projeto ‘pop-up’, a partir de Espanha, nas Galleries Lafayette, em Paris.

Este projeto teve imensa visibilidade e, como foi a primeira vez que estive envolvida numa ação de ativação tão grande e internacional, marcou-me de forma especial. Mas sublinho que cada projeto, cada ação e cada dia numa marca como a Foreo me marcam de forma muito positiva.

Do que é que tem mais saudades em relação ao trabalho no mercado português?

Não sinto saudades de trabalhar exclusivamente o mercado português, pois atualmente consigo organizar-me e ter presente tanto as rotinas e formas de trabalho de Portugal, como as de Espanha e as do Benelux. Como portugueses, admiro-nos cada vez mais como profissionais dedicados e trabalhadores que somos e tento trazer esses e vários outros pontos, tão característicos da nossa cultura, para os demais países que giro e para as minhas equipas internacionais.

Pensa regressar e porquê?

Por agora, não está nos meus planos profissionais regressar a Portugal. Mas, na minha visão de futuro, Portugal é um excelente país para ter como sede, ao trabalhar uma marca a nível internacional. Tenho vontade de continuar a crescer e de gerir mais países e mais culturas. Quem sabe, um dia, quando a estrutura da Foreo já estiver mais sólida e definida, Portugal possa ser o sítio que escolho para ter como base. Madrid continua a ser, por agora, um ponto central e com muitas oportunidades para fazer crescer a marca na região que lidero.

Sobre o autorCatarina Nunes

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O erro pornográfico da Mattel e a saturação das parcerias com filmes

Não é apenas por erros como o da Mattel (na foto) que o aguardado filme ‘Wicked’, que estreia a 22 de novembro nos Estados Unidos, está a ser prejudicado. As mais de 50 colaborações com marcas estão a contribuir para diminuir a reputação da adaptação cinematográfica do musical da Broadway

A Mattel teve de apresentar um pedido de desculpas na sequência de um erro de impressão nas embalagens das bonecas do filme ‘Wicked’ que leva os consumidores a um site pornográfico, noticia a Associated Press. As ‘Wicked Fashion Dolls’ da empresa é uma das colaborações de marcas com o filme ‘Wicked’. As parcerias incluem roupa, maquilhagem, sapatos, malas, bebidas e livros, entre outras, que chegaram aos sites e às prateleiras das lojas, em antecipação da estreia da versão cinematográfica do musical da Broadway ‘Wicked’.

Utilizadores de redes sociais repararam que o rótulo na parte de trás da caixa das bonecas remete para uma página web com o nome do filme, mas que pertence ao estúdio de filmes pornográficos Wicked Pictures, sendo que o site do filme contém a palavra ‘movie’ na denominação.  “A Mattel foi informada de um erro de impressão na embalagem das bonecas ‘Mattel Wicked Collection’, vendidas principalmente nos Estados Unidos, que se destinava a direcionar os consumidores para a página de destino oficial do filme WickedMovie.com”, declara a Mattel em comunicado de imprensa, acrescentando que “lamentamos profundamente este erro e estamos a tomar medidas imediatas para o corrigir”.

A Mattel já tinha revelado, no início de 2024, a coleção especial das bonecas ‘Wicked Fashion Dolls’. Uma publicação no Instagram, em julho, mostra a atriz britânica Cynthia Erivo e a cantora norte-americana Ariana Grande, que interpretam as personagens principais Elphaba e Glinda no filme da Universal Pictures, que chega aos cinemas dos Estados Unidos a 22 de novembro, a ver as bonecas pela primeira vez.

Parcerias de ‘Wicked’ correm o risco de cansar o consumidor

Não é apenas por erros das marcas, no entanto, que o filme realizado por Jon M. Chu está a ser prejudicado, as mais de 50 colaborações que já acumula também estão a contribuir para diminuir a reputação de ‘Wicked’, noticia a Ad Age. Utilizadores de redes sociais têm partilhado que estão cansados de serem confrontados com uma lista interminável de colaborações de marcas e produtos relacionados com o filme.

Algumas colaborações fazem sentido, mas outras revelam-se inoportunas, pelo que especialistas questionados pela Ad Age consideram que, com tantas opções e a falta de exclusividade, é provável que muitos dos artigos acabem nas áreas dedicadas às promoções nos supermercados.

Anjali Bal, professora associada de marketing no Babson College, revela que “o risco de saturação excessiva pode ter um impacto a longo prazo nas colaborações entre marcas e no sucesso dos filmes. É preciso terem cuidado sobre como estão a banalizar a marca, porque o volume das parcerias, seja com a Target, a Starbucks, a Gap, ou qualquer uma das outras, é tão grande que chega a ser demasiado para os consumidores”.

“Eles [Universal Pictures] vão lançar a segunda parte já em 2025, e por isso é que não deviam querer aborrecer os consumidores. Se o objetivo é que eles voltem para ver o resto do projeto, como marketers não devíamos querer que se cansem agora”, refere ainda Anjali Bal.

Sobre o autorDaniel Monteiro Rahman

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Apenas 22% dos estrategas acham que os clientes estão alinhados na avaliação de ideias criativas

Embora a maioria (79%) dos estrategas de marketing veja o seu papel como um tradutor entre equipas e clientes, parece haver uma falta de alinhamento em determinadas áreas essenciais, de acordo com o relatório ‘Future of Strategy’, do WARC

Apenas 22% dos estrategas de marketing consideram que os clientes estão em sintonia quanto à forma de avaliar as ideias criativas, com 48% a discordarem, de acordo com o relatório anual ‘Future of Strategy’ do World Advertising Research Center (WARC), que analisa as dificuldades e as oportunidades dos estrategas de marketing, bem como os seus sentimentos em relação ao estado da profissão.

O relatório, elaborado a partir de um inquérito a mil estrategas de marketing seniores a nível internacional, revela que embora a maioria (79%) dos estrategas de marketing inquiridos veja o seu papel como um tradutor entre equipas e clientes, parece haver uma falta de alinhamento em determinadas áreas essenciais. A análise salienta que apenas 29% acham que existe um alinhamento sobre a forma de medir a eficácia das campanhas de marketing, com 44% a discordarem.

Existe também uma falta de articulação a nível da linguagem, de acordo com o estudo, sendo que 68% dos estrategas concordam que compreendem a linguagem que os seus clientes utilizam para descrever os seus objetivos comerciais, mas apenas 30% acham que os clientes compreendem a linguagem que os estrategas utilizam para descrever ideias e percepções.

“O relatório anual ‘Future of Strategy’ analisa a forma como a profissão do estratega de marketing está a evoluir, as maiores causas de impacto na função e os valores fundamentais que os estrategas podem trazer, para ajudar os profissionais de marketing a obter uma compreensão mais realista das pessoas e das tendências culturais”, explica Lena Roland, diretora de conteúdos do WARC Strategy.

Embora as hipóteses de desenvolver um bom projeto sejam reduzidas, quando os profissionais não estão de acordo, uma forma de os estrategas ultrapassarem esta lacuna é compreenderem a vertente comercial do negócio do cliente, por isto garantir que estão a trabalhar para as métricas que interessam, aponta o relatório do WARC.

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Fernando Gomes, presidente da Federação Portuguesa de Futebol, com João Diogo Silva, administrador executivo da Galp, após a assinatura do acordo de cooperação

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Galp renova parceria com FPF até 2030

“É uma ligação histórica e emocional entre duas instituições e duas marcas que simbolizam muito para os portugueses”, diz João Diogo Silva (na foto, à dir, com Fernando Gomes), administrador executivo da empresa petrolífera

A Galp e a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) vão prolongar até 2030 o acordo de patrocínio, que abrange a seleção nacional A masculina e a seleção nacional sub-21.

“A Galp tem sido um parceiro fundamental na promoção das nossas seleções e estamos entusiasmados com as novas oportunidades que este entendimento irá trazer aos adeptos. Esta renovação permitirá fortalecer ainda mais a ligação entre as seleções nacionais e os milhões de adeptos que apoiam as cores de Portugal”, refere Fernando Gomes, presidente da FPF, citado em comunicado de imprensa.

Com o novo contrato, a Galp passa a disponibilizar bilhetes para os jogos de futebol das duas seleções, através da aplicação móvel Mundo Galp, reforçando a ligação aos adeptos. “É uma ligação histórica e emocional entre duas instituições e duas marcas que simbolizam muito para os portugueses”, diz João Diogo Silva, administrador executivo da Galp, citado no documento.

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