Saúde financeira melhora, mas ainda há 69% de portugueses com dificuldades em pagar contas
Para 67% da população, poupar continua a ser impossível ou muito difícil, revela o Barómetro Deco Proteste, estudo anual que analisa a saúde financeira das famílias portuguesas

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Entre 2023 e 2024 houve um alívio nas despesas dos portugueses, segundo os principais resultados do Barómetro Deco Proteste, estudo anual que analisa a saúde financeira das famílias portuguesas. A maioria (69%) dos quase 5.700 inquiridos, porém, revelam ter dificuldades para pagar as contas em 2024 e para 11% a situação é de sufoco.
Estes resultados, divulgados em comunicado de imprensa quando se assinala o Dia Mundial dos Direitos do Consumidor a 15 de março, indicam que em sete anos de barómetro nunca Portugal teve um índice tão elevado como o registado em 2024, com exceção de 2020, quando ocorre a pandemia.
“Apesar disso, apresenta um dos índices mais baixos entre os países analisados no Barómetro da Deco Proteste, o que evidencia a necessidade de medidas que promovam a melhoria da situação financeira das famílias portuguesas e que permitam convergir com os níveis de bem-estar financeiro dos seus parceiros europeus”, refere a Deco em comunicado de imprensa, avançando que em 2025 os portugueses anteveem uma queda do poder económico.
Apenas um quinto dos portugueses estão otimistas em relação a este ano e acreditam que a situação financeira irá melhorar. Em 2024, a manutenção da casa é a única despesa que sobe, face a 2023, mas são as férias grandes e os tratamentos dentários que representam o maior peso financeiro.
O estudo revela ainda disparidades regionais, com o centro e a Madeira a destacarem-se como as regiões onde as famílias enfrentam maiores dificuldades. Em contraste, Beja é o distrito com maior desafogo financeiro.
A poupança, um importante indicador da saúde financeira das famílias, continua também a ser um desafio para a maioria dos portugueses: para 67% da população, poupar continua a ser impossível ou muito difícil, “o que demonstra a necessidade de medidas que incentivem a poupança e promovam a educação financeira”, salienta o comunicado de imprensa.
A Deco Proteste sublinha ainda a importância de garantir que todos os consumidores, independentemente da sua situação socioeconómica, tenham acesso a bens e serviços essenciais a preços justos e acessíveis. “Os resultados do Barómetro Deco Proteste reforçam a urgência de implementar medidas que protejam os consumidores mais vulneráveis e promovam a justiça social e a igualdade de oportunidades”, refere o comunicado.