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O novo palco da publicidade

A Disney+ é a mais recente plataforma de ‘streaming’ internacional a estrear um plano de subscrição com anúncios em Portugal. É também a primeira a estar integrada nos planos de meios dos anunciantes nacionais. Lá fora, a oferta e a procura deste meio são mais fortes

Daniel Monteiro Rahman
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O novo palco da publicidade

A Disney+ é a mais recente plataforma de ‘streaming’ internacional a estrear um plano de subscrição com anúncios em Portugal. É também a primeira a estar integrada nos planos de meios dos anunciantes nacionais. Lá fora, a oferta e a procura deste meio são mais fortes

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Os serviços de ‘streaming’ tradicionais têm transformado a experiência de consumo de entretenimento e de publicidade. Plataformas como Netflix, Disney+, Prime Video, Max, SkyShowtime e AppleTV permitem uma flexibilidade de acesso a conteúdos audiovisuais, tornando as emissões programadas menos relevantes e criando um mercado avaliado em 670 mil milhões de dólares (€613 mil milhões), em valor acumulado, que chega a cerca de 1,8 mil milhões de pessoas em todo o mundo.

Apesar disto e do crescente investimento publicitário neste meio a nível internacional, o mercado nacional não acompanha a tendência ao mesmo ritmo. À exceção da SkyShowtime, a primeira plataforma de ‘streaming’ internacional a estrear anúncios em Portugal, em abril, e da Disney+, que lança a 17 de outubro um novo plano com publicidade, nenhum dos restantes principais serviços de ‘streaming’ internacionais em Portugal inclui publicidade. Questionadas sobre o tema, referem a ausência de planos, no curto prazo, para este tipo de oferta em Portugal.

A Disney+, disponível em Portugal desde setembro de 2020, acaba de estrear um novo plano de subscrição com anúncios em Portugal, no seguimento do lançamento desta modalidade em vários países europeus no ano passado. O plano ‘Standard com Anúncios’ tem um valor mensal de €5,99 e soma-se aos planos ‘Standard’ (€9,99) e ‘Premium’ (€13,99), que não têm publicidade a interromper as séries e os filmes. Esta é a primeira plataforma de ‘streaming’ tradicional estrangeira a ser integrada nos planos de meios dos anunciantes nacionais.

“Para além da variedade crescente de conteúdos, a disponibilização de um novo plano com anúncios, permite-nos potenciar o crescimento da Disney+, e revela-se uma oportunidade para consumidores e anunciantes”, refere Jorge Padinha, diretor de vendas de publicidade e media da The Walt Disney Company Portugal, em declarações ao M&P. “Os primeiros têm à sua disposição uma oferta reforçada com planos de subscrição a partir de um valor mais baixo, com mais opções e maior flexibilidade, que permitem escolher o tipo de consumo que melhor se adapta às necessidades de consumo”, explica Jorge Padinha.

Disney+ capitaliza estrutura local

Os anunciantes e parceiros da Disney+, por outro lado, “entendem a plataforma como uma oportunidade única para promoverem e divulgarem as suas mensagens, num novo suporte premium. A Disney+ surge assim, e já este mês, como a primeira plataforma de ‘streaming’ internacional em Portugal a disponibilizar uma oferta com publicidade a anunciantes. Neste lançamento, estamos a trabalhar com a maioria dos setores e marcas que já trabalham connosco, que são nossos clientes nos canais lineares”, revela o responsável.

A SkyShowtime, plataforma europeia que combina a programação dos serviços de ‘streaming’ Peacock e Paramount+ e os conteúdos da Sky Studios, disponível cá desde outubro de 2022, é a primeira a lançar um plano com anúncios em Portugal. No entanto, ainda não permite a integração de anúncios locais, não constando nos planos de meios dos anunciantes nacionais. O plano ‘Standard with Ads’, é lançado a nível nacional a 23 de abril de 2024 e tem um preço de cerca de €4,99 na maioria dos mercados. O serviço conta ainda com o plano ‘Standard Plus’ (€6,99), sem anúncios, que anteriormente era o único plano disponível.

A Disney+ espera ter uma receita publicitária de cerca de €835 mil milhões, em 2024, segundo os dados da Statista

Questionado sobre ausência de planos com publicidade na maioria das plataformas de ‘streaming’ no país, Frederico Correia, diretor-geral da Wavemaker Portugal, explica ao M&P que a razão se prende fundamentalmente com escala e volume. “Não se investe porque ainda não existem estruturas comerciais definidas na nossa geografia. Isso deve-se à questão da escala e dimensão do peso do negócio, que, cá, é menor face a alguns países a nível europeu, por exemplo”.

Frederico Correia antevê que com a solução disponibilizada pela Disney+, que beneficia da estrutura comercial já existente em Portugal há bastantes anos, “o mercado deverá seguramente começar a canalizar investimento para essa plataforma, mediante a sua performance. As restantes, não temos ainda visibilidade de quando ou se poderão vir a disponibilizar essas soluções no nosso mercado”.

Contudo, com o fim da publicidade na RTP1 e a tendência crescente de saturação publicitária nos canais generalistas, é expectável que estes investimentos sejam redirecionados para outros meios, possivelmente para plataformas de ‘streaming’ internacionais.

“Estas plataformas permitem que seja o utilizador a selecionar efetivamente o que mais lhe interessa ver e ouvir. É aqui que está o verdadeiro ponto de diferenciação. Com o rápido crescimento da literacia digital no país, estas plataformas vão-se tornando cada vez mais democráticas e, ainda que não tenhamos números oficiais fornecidos pelos próprios, sabemos pelos estudos locais, que a sua utilização cresce de forma sustentada ano após ano”, argumenta Frederico Correia.

Pioneiras nacionais nos anúncios em ‘streaming’

Entre as plataformas de ‘streaming’ nacionais, destacam-se a RTP Play (RTP), a Opto (Impresa) e o TVI Player (Media Capital). Os três serviços de ‘streaming’ contam com estratégias diferentes, mas todos com integração de publicidade. “No que diz respeito às plataformas de ‘streaming’ tradicionais locais, nomeadamente RTP Play, Opto e TVI Player, os investimentos acontecem e o mercado está a corresponder naturalmente à oferta existente”, salienta Frederico Correia.

Com cerca de 280 milhões de assinantes, a Netflix é a plataforma com mais quota de mercado a nível mundial

A RTP Play, lançada em 2011, tem uma estratégia de registo gratuito, recorrendo a diferentes tipos de formatos publicitários para gerar receita. Isabel Marques, diretora comercial de digital e rádio da RTP, revela, em declarações ao M&P, que “a RTP Play conta com formatos publicitários ‘pre-roll’, com diferentes durações que variam entre 30 segundos e seis segundos”.

A diretora comercial de digital e rádio da RTP acrescenta que a plataforma de ‘streaming’ da estação pública conta com uma ampla variedade de anunciantes. “A diversidade dos conteúdos presentes na plataforma e, consequentemente, a variedade de perfis dos utilizadores fazem com que a procura publicitária seja bastante flexível. Os principais anunciantes pertencem à indústria alimentar, ao setor automóvel e ao setor tecnológico”, refere Isabel Marques.

RTP Play abdica da subscrição. Opto faz mix

Em termos do peso da publicidade na RTP Play, Isabel Marques refere que “sendo a RTP um serviço público, há uma autolimitação nos formatos publicitários disponíveis na plataforma”, mas que, “apesar disso, a receita gerada pela publicidade na RTP Play representa mais de 60% da receita total das plataformas digitais da RTP”.

João Pedro Galveias, diretor de serviços digitais da RTP, por seu lado, refere que “não está prevista a possibilidade de implementar qualquer modelo de subscrição paga”, reforçando a aposta da RTP nas vendas publicitárias para sustentar a plataforma.

A Opto, por seu lado, introduzida em novembro de 2020, assegura-se numa estratégia de subscrições pagas e gratuitas, com o plano ‘Premium’ (€3,99 por mês), sem publicidade e com acesso a todos conteúdos da plataforma, e com o plano gratuito com anúncios, restringindo os conteúdos a uma parte do catálogo disponível, sem incluir séries exclusivas, nem antestreias de novas novelas.

No que diz respeito aos anúncios na Opto, Bruno Mateus Padinha, diretor digital da Impresa, refere que os formatos ‘pre-roll’ e ‘mid-roll’, “com uma pressão muito inferior às plataformas ‘web’, são os mais utilizados pelo serviço”, acrescentando que “a ‘connected TV’ cobra um custo por mil impressões (CPM) mais caro, justificado por só ter conteúdo profissionalmente produzido de elevada qualidade, sessões longas, que exigem qualidade de atenção, e por ter pouca publicidade, oferecendo taxas de conclusão próximas dos 100% para os seus anúncios”, refere.

A Amazon investiu €17,3 mil milhões na criação de conteúdos audiovisuais exclusivos para a Prime Video em 2023

O responsável da Impresa enfatiza que os anunciantes da plataforma são, na maioria, aqueles que pretendem atingir audiências até aos 35 anos. “A audiência da Opto, que se encontra maioritariamente na faixa etária até aos 35 anos, é um excelente complemento às audiências da SIC na televisão linear. Por isso, todas as marcas que anunciam em televisão procuram este formato de ‘connected TV’, tendo maior expressão aquelas que querem chegar ao público jovem adulto”, afirma.

Bruno Mateus Padinha salienta que, “como colocamos pouca pressão publicitária, comparada com as plataformas ‘web’, temos uma elevada procura, fazendo com que a faturação cresça ao ritmo do aumento da audiência. Este ano, estamos a crescer mais de 100%, face a 2023, e esperamos manter esse crescimento até ao final do ano e continuar a ganhar escala muito rapidamente”, avançando que a Opto conta com cerca 250 mil utilizadores, com a base de subscritores ‘Premium’ a corresponder a cerca de 12% dos utilizadores totais.

TVI Player: com e sem interrupções

Lançado em junho de 2015, o TVI Player caminha para o décimo aniversário e apresenta uma estratégia de subscrição semelhante à da RTP Play, sendo de acesso gratuito e suportada por publicidade.

Contudo, o serviço de ‘streaming’ da Media Capital apresenta um plano de subscrição sem publicidade, dedicado na maioria a utilizadores que se encontrem no estrangeiro. O ‘Internacional’ tem um custo mensal de €4,99, e dá acesso a todos os conteúdos de programas e canais, bem como exclusivos do TVI Player, fora de Portugal, excluindo conteúdos bloqueados por região.

Ricardo Tomé, diretor-geral da Media Capital Digital, destaca a variedade de formatos publicitários no TVI Player, que diferem consoante o dispositivo com o que o utilizador acede ao serviço. “Na versão ‘web’ e na aplicação móvel, os formatos de ‘display’ são os tradicionais. Em ‘connected TV’, temos apenas formatos de vídeo ‘pre-roll’ e ‘mid-roll’, até 30 segundos, sem possibilidade de ‘skip’. O TVI Player também pode alojar conteúdos patrocinados em vídeo, sejam produzidos pela Media Capital ou por uma marca, sempre curados pelos editores da equipa do TVI Player”, explica Ricardo Tomé.

A Max acumula 103,3 milhões de assinantes a nível mundial e garantiu os direitos de transmissão dos Jogos Olímpicos de Paris 2024

O diretor-geral da Media Capital Digital salienta que, “só em Portugal e em 2024, o TVI Player ultrapassa os 200 anunciantes”, acrescentando que “há um peso maior da distribuição, bens de consumo rápido, automóvel e produtos farmacêuticos”. Isto não exclui outros segmentos, uma vez que “todos os setores que investem em vídeo e televisão estão no TVI Player. Temos uma audiência de dois milhões de utilizadores por mês e recebemos campanhas publicitárias com objetivos muito distintos”, garante.

Frederico Correia, diretor-geral da Wavemaker Portugal, por seu lado, argumenta que “a razão pela qual faz sentido investir em comunicação neste tipo de plataformas, prende-se essencialmente com a necessidade de ir ao encontro dos conteúdos relevantes para as audiências que mais interessam às marcas”, recordando que “temos disponíveis, há já alguns anos, plataformas que nos permitem comunicar marcas, como são exemplos locais a RTP Play, o TVI Player ou a Opto, da Impresa”.

Números de audiências são relevantes? Depende

Quando questionado sobre se as audiências das plataformas de ‘streaming’ são pouco ou muito atrativas para as marcas, o diretor-geral da Wavemaker Portugal refere que “audiências são audiências”, uma vez que “dependendo do que queremos comunicar, poderão ser mais ou menos relevantes para uma determinada marca, produto ou serviço num determinado momento”.

Frederico Correia considera que, “a partir do momento em que sentimos a democratização das plataformas de ‘streaming’, percebemos que vai sendo cada vez mais complexo encontrar um perfil específico para os seus utilizadores. Nessa medida, o que temos de compreender são as volumetrias que se encontram disponíveis para comunicar em cada segmento e aqui necessitamos de informação, de detalhe e de abertura por parte dos proprietários das plataformas, por forma a que possamos assegurar relevância no momento de segmentar e entregar mensagens publicitárias”, argumenta o diretor-geral da Wavemaker, sustentando que “quanto melhores forem as segmentações disponibilizadas pelas plataformas, mais interessantes se irão tornar as suas audiências para as agências e para as marcas”.

Ciente de que o consumo de conteúdos neste tipo de plataformas está a crescer, Frederico Correia garante que “estamos naturalmente atentos à importância que elas desempenham, quer na construção de marca como na ignição de decisões de compra”. Mas, essencialmente, acredita que, neste momento, “são um complemento adicional de cobertura num plano de meios competente”.

Marcas querem comunicação holística

Maria Carvalho, diretora de media do Publicis Groupe, por seu lado, refere que “dentro do planeamento de meios audiovisual já são incluídas as soluções existentes no mercado, sendo que os consumidores consomem cada vez mais os conteúdos que querem, quando querem”, acrescentado que, “neste contexto de consumo audiovisual cada vez mais fragmentado, é crucial para as marcas terem uma comunicação mais holística, que lhes permita impactar o seu público-alvo de forma eficaz e criar envolvimento com o target”.

O catálogo da SkyShowtime conta com conteúdos da Nickelodeon, Sky, Universal, Paramount, Dreamworks, Peacock e Showtime

Maria Carvalho enfatiza ainda o facto de que as audiências que se encontram neste tipo de plataformas serem “claramente atrativas” para as marcas. “As plataformas de ‘streaming’ permitem utilizar dados de consumo e visionamento, o que nos permite uma maior capacidade de segmentação da audiência desejada. Estas audiências são também atrativas, pois, ao estarem a consumir um conteúdo que foi escolhido por si, estão mais predispostas e atentas, o que pode aumentar a eficácia da comunicação a que estão expostas”, argumenta a responsável.

Questionada sobre os objetivos de comunicação e/ou vendas que melhor se alcançam através dos serviços de ‘streaming’, Maria Carvalho explica que “a comunicação através das plataformas de ‘streaming’ permite trabalhar no ‘upper funnel’, ou seja, na notoriedade de marca, pois temos uma audiência mais atenta e um espaço menos saturado. Permite-nos também trabalhar nos objetivos de consideração e compra, através da possibilidade de segmentação da audiência e personalização dos conteúdos”.

Netflix em “ponto de inflexão”

A segmentação precisa da oferta publicitária, com base nos hábitos e comportamentos dos espetadores, tem sido muito atrativa para as marcas. A Netflix tenta expandir-se neste mercado, implementando um negócio programático mais robusto e desenvolvendo a sua própria plataforma publicitária, o que leva Amy Reinhard, presidente de publicidade da Netflix, citada na Ad Age, a considerar que o negócio está num “ponto de inflexão”.

A Netflix vai faturar mais de 150% em publicidade em vendas antecipadas, em comparação com o ano passado, com os contratos assinados para a temporada de 2024/25, nos Estados Unidos. Além de produções de sucesso como ‘Squid Game’, ‘Wednesday’ e ‘Bridgerton’, a plataforma de ‘streaming’ também viu eventos com transmissão em direto, como as lutas de ‘wrestling’ do WWE Raw e os jogos da National Football League (NFL), no dia de Natal, a despertarem o interesse dos anunciantes internacionais.

‘Bridgerton’ é a série mais vista de sempre numa só semana para a Netflix desde que a plataforma começou a apresentar números de visualizações

“Queremos ter a certeza de que temos uma vasta gama de programação que vai agradar a uma vasta gama de membros e, ao mesmo tempo, a ideia seria atrair uma gama mais vasta de anunciantes que estão a olhar para diferentes demografias ou a pensar em como atingir as pessoas de uma forma diferente”, explica Amy Reinhard.

A empresa estabeleceu acordos com as principais ‘holdings’ e agências independentes do setor, atraindo o investimento de marcas como LVMH, L’Oréal, Gucci, Amazon, Google, Booking.com, Pure Leaf, Hilton, Rakuten, AeroMexico, Kaiku Caffee Latte e Coty. A maior parte dos anúncios contratualizados pertencem são de setores como tecnologia, entretenimento, indústria automóvel, restauração rápida e produtos de grande consumo.

Prime Video é a mais lucrativa

A Prime Video é, no entanto, a plataforma de ‘streaming’ mais lucrativa em termos de publicidade a nível mundial, esperando faturar aproximadamente 1,3 mil milhões de dólares (€1,1 mil milhões) em receitas publicitárias em 2024, segundo noticia a Entrepreneur.

A integração da Prime Video com o ecossistema de comércio eletrónico da Amazon dá aos anunciantes uma ferramenta eficaz para combinar anúncios em vídeo com a venda de produtos. A capacidade exclusiva da plataforma de combinar anúncios com vendas diretas de comércio eletrónico também a tornou uma opção atrativa para os anunciantes que procuram um retorno de investimento mensurável.

‘Fallout’, um dos maiores sucessos da Prime Video, alcançou mais de 100 milhões de espetadores na plataforma de ‘streaming’ da Amazon

À semelhança da aposta da Netflix no desporto, também a Prime Video tem estabelecido acordos de transmissão desportiva, incluindo a temporada da Nascar Cup Series de 2025, um jogo dos ‘playoffs’ da NFL na próxima época e os jogos da NBA e da WNBA, por 11 anos, a partir da temporada 2025/26. Uma aposta para dar às marcas razões para anunciarem na Amazon, mesmo que não vendam produtos na plataforma de comércio eletrónico.

A Disney+, por seu lado, espera ter uma receita publicitária de cerca de 912 milhões de dólares (€835 mil milhões), em 2024, segundo os dados da Statista. Crucial para a estratégia da The Walt Disney Company é a continuação do aumento das subscrições da Disney+, que no segundo trimestre de 2024 ascendem a 153,6 milhões assinantes em todo o mundo.

A empresa planeia gastar, pelo menos, cinco mil milhões de dólares (€4,5 mil milhões) no Reino Unido e na Europa continental nos próximos cinco anos para produzir filmes e programas de televisão que vão estar presentes na Disney+, segundo revela Jan Koeppen, presidente da The Walt Disney Company na Europa, Médio Oriente e África, em entrevista ao Financial Times.

O filme ‘Deadpool & Wolverine’, produzido nos estúdios Pinewood, no Reino Unido, atraiu quase 900 milhões de dólares (€824 milhões) em receitas de bilheteira, antes do seu terceiro fim de semana, alcançando a maior receita de bilheteira de sempre para um filme de classificação +18. Atualmente, contabiliza um total de €1,3 mil milhões de arrecadados em bilheteira. ‘Divertida-Mente 2’, por seu lado, tornou-se o filme de animação com a maior receita de bilheteira de todos os tempos e o maior sucesso do ano para a empresa, totalizando mais de €1,6 mil milhões em receitas mundiais.

‘Deadpool & Wolverine’ estreou com um recorde de €407 milhões em receitas de bilheteira a nível mundial, o que representa a sexta maior estreia de sempre de um filme

A Disney+ é o terceiro maior serviço de ‘streaming’ por subscrição nos Estados Unidos, Austrália, Reino Unido, Alemanha, Espanha e França, segundo a Kantar. A plataforma, que integra a oferta conjunta do serviço de ‘streaming’ Hulu e os conteúdos desportivos da ESPN+ também tem introduzido experiências de anúncios personalizados, melhorando o envolvimento e as taxas de conversão para os anunciantes.

A Max alcança um crescimento de quase 100% nas receitas de publicidade no segundo trimestre do ano, arrecadando 240 milhões de dólares (€219 milhões), e estima ver a receita publicitária chegar perto dos mil milhões de dólares (€916 milhões) em 2024, de acordo com os resultados do segundo trimestre fiscal de 2024 da Warner Bros. Discovery.

A empresa, que em agosto revela que o antigo HBO Max já acumula 103,3 milhões de assinantes a nível mundial, atribui este sucesso ao aumento das subscrições mais baratas com publicidade e ao consumo de séries de sucesso, como ‘The Last of Us’ e ‘House of the Dragon’, que ajudam os anunciantes a chegar a milhões de espetadores.

‘House of the Dragon’ foi alvo da maior campanha de marketing de sempre da HBO, tendo sido avaliada em mais de €90 milhões de investimento publicitário

Este crescimento é ainda mais impulsionado pela tendência da aposta nos eventos desportivos, tendo a Max garantido os direitos de transmissão dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, e pela expansão do alcance internacional, sobretudo após o lançamento da plataforma em vários países europeus e latino-americanos.

Embora não haja dados divulgados, prevê-se que a SkyShowtime, ‘casa’ de séries como ‘Tulsa King’, ‘Yellowstone’, ‘Poker Face’ ou ‘The Curse’, obtenha receitas consideráveis com anúncios em 2024, sobretudo após o lançamento do novo pacote de publicidade, em abril. Espera-se que a introdução do plano já anunciado em cerca de 20 mercados europeus, incluindo Portugal, Espanha e países nórdicos, aumente as receitas da SkyShowtime face aos €133 milhões registados em 2023.

‘Tulsa King’ marca o regresso de Sylvester Stallone à televisão, com a estreia da segunda temporada da série a atrair 5,4 milhões de espetadores nos primeiros sete dias de exibição

Esta plataforma tem ainda uma parceria com a Paramount, para gerir as vendas de anúncios em todos os mercados, o que lhe permite tirar partido das relações existentes com os principais anunciantes e da tecnologia da empresa, para um posicionamento eficiente de anúncios.

Os pacotes que os anunciantes compram, em diferentes formatos e com vários serviços associados, dificultam comparações diretas. Mas de acordo com responsáveis de plataformas concorrentes e profissionais de marketing, citados numa notícia no Financial Times, a Amazon pratica preços mais baixos do que a Netflix, ainda que mais elevados do que a Disney+, por exemplo.

À medida que estas plataformas continuam a otimizar as tecnologias de segmentação de anúncios, espera-se ver um crescimento ainda maior nas receitas de anúncios nos próximos anos. Os serviços de ‘streaming’ estão a explorar formatos de anúncios mais inovadores, incluindo anúncios interativos e inserção de produtos no conteúdo, que podem tornar-se novos fluxos de receitas.

Por sua vez, é provável que as marcas continuem a investir mais dinheiro em publicidade nestas plataformas, uma vez que oferecem formas cada vez mais sofisticadas de atingir audiências específicas em todo o mundo.

Prime Video ameaça Netflix em Portugal
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Segundo o ranking do guia de ‘streaming’ internacional JustWatch, a que o M&P teve acesso, a Netflix continua a ser a plataforma de ‘streaming’ com maior quota de mercado em Portugal, no terceiro trimestre do ano, à semelhança dos dois trimestres anteriores, mas a Prime Video está a aproximar-se.

A Netflix tem 23% de quota nos serviços de subscrição de ‘streaming’, menos 1% do que no trimestre anterior, e, em segundo lugar, surge a Prime Video, com 22%. No terceiro lugar mantém-se a Disney+, com 18%, tal como nos dois trimestres anteriores, enquanto na quarta posição está a Max, com 13% do mercado.

A posição seguinte no ranking é ocupada pela SkyShowtime, em quinto lugar com 8%, mais 1% em comparação com o trimestre anterior. A Apple TV+ ocupa o sexto lugar no ranking, mantendo os 7% de quota de mercado que apresentou nos trimestres anteriores.

 

Mercado internacional atrai anunciantes
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No mercado das plataformas de ‘streaming’ a nível mundial, segundo o relatório ‘Global Entertainment & Media Outlook 2024-2028’ da PwC, “a publicidade vai representar quase 28% dos lucros totais dos serviços de ‘streaming’, até 2028”.

Isto representa um aumento em relação aos 20% das receitas de publicidade em ‘streaming’ registados em 2023 e a multinacional de consultoria e auditoria empresarial e financeira estima que as subscrições globais de serviços de ‘streaming’ aumentem para 2,1 mil milhões até 2028, face aos 1,6 mil milhões registados em 2023, uma taxa de crescimento anual composta de 5,0%.

Prevê-se, no entanto, que a receita média global por assinaturas de plataformas de ‘streaming’ aumente apenas de 65,21 dólares (€59,75) em 2023 para 67,66 dólares (€61,99), em 2028. De acordo com o relatório da PwC, “esta falta de crescimento das receitas deve-se ao facto de os consumidores estarem a ficar sobrecarregados” com o número de opções de serviços de ‘streaming’.

O relatório da consultora salienta que “as empresas estão a responder, oferecendo preços de subscrição mais reduzidos, como contrapartida pela apresentação de anúncios”.

A Netflix regista um crescimento de 34% nas assinaturas de planos com publicidade a nível mundial, de acordo com dados da Pymnts, empresa de estudos de mercado. Com cerca de 280 milhões de assinantes, é a plataforma com mais quota de mercado a nível mundial, esperando faturar cerca de mil milhões de dólares (€916 milhões) em receitas publicitárias, em 2024.

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Campanha da Uzina para a Ikea vence Grande Prémio CCP 2025

‘Ikea Hidden Tags’ também ganha o Grande Prémio Jornalistas, com a Ikea a conquistar o prémio Melhor Anunciante do Ano e a Uzina o de Melhor Agência do Ano. O Grande Prémio para o Bem é atribuído à campanha Change The Ref, da Stream and Tough Guy

A campanha ‘Ikea Hidden Tags’ (na foto), da Uzina para a Ikea, é a grande vencedora do 27º Festival CCP. Além de ganhar o Grande Prémio CCP 2025, também conquista o Grande Prémio Jornalistas. A Uzina vence ainda o troféu de Melhor Agência do Ano e a Ikea é o Melhor Anunciante do Ano.

‘Save Us From The USA’, a campanha que a Stream and Tough Guy criou para a Change The Ref, associação que combate a violência armada nos Estados Unidos, vence o Grande Prémio para o Bem. Os vencedores foram anunciados na gala final do festival, que decorreu na Fábrica de Pão, no Beato Innovation District, a 23 de maio.

“Este ano foram inscritos 843 trabalhos a concurso, tendo 388 chegado a ‘shortlist’. Foram atribuídos no total 47 Ouros, 66 Pratas e 105 Bronzes”, informa o Clube da Criatividade de Portugal (CCP), promotor do festival, em comunicado de imprensa.

Na categoria Publicidade, que teve teve 125 trabalhos finalistas e 62 prémios, foram atribuídos 29 Bronzes, 20 Pratas e 13 Ouros. A Dentsu Media ganha o prémio Melhor Agência de Meios em Publicidade e a Dentsu Creative o de Melhor Agência.

Com 89 finalistas e 35 prémios, 17 Bronzes, 12 Pratas e 6 Ouros, a categoria Design, a Fundação Livraria Lello leva o troféu de Anunciante. O de Melhor Agência vai para o Studio Eduardo Aires. Na categoria Digital, houve 55 finalistas e 46 prémios, 25 Bronzes, 13 Pratas e 8 Ouros. A Bürocratik conquista o prémio de Melhor Agência e a McDonald’s Portugal o de Melhor Anunciante.

A categoria Experiências de Marca teve 42 finalistas e 27 trabalhos premiados, 14 Bronzes, 6 Pratas e 7 Ouros, com a Ikea a conseguir o prémio de Melhor Anunciante e a Uzina o de Melhor Agência. Com 70 finalistas e 43 trabalhos premiados, 18 Bronzes, 14 Pratas e 11 Ouros, a categoria Craft em Publicidade entregou o prémio de Melhor Anunciante ao Turismo de Portugal, o de Melhor Produtora de Som à Salva e o de Melhor Produtora de Imagem à Casper Films.

“Este ano, pela primeira vez, as subcategorias de Criatividade em Meios passaram a vigorar na categoria de Publicidade. A antiga categoria Integração e Inovação passou a chamar-se Integração, sendo que a Inovação passou a vigorar como subcategoria nas categorias de Publicidade, Design, Digital e Experiências de Marca”, esclarece o CCP.

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Trump ameaça UE com com tarifas de 50% a partir de 1 de junho

“As nossas discussões não estão a chegar a lado nenhum. Nestas circunstâncias, recomendo a imposição de direitos aduaneiros de 50% à UE, a partir de 1 de junho”, ameaça Donald Trump na rede Truth Social

O Presidente Donald Trump “recomenda” uma tarifa de 50% sobre os produtos da União Europeia (UE), citando a falta de progresso nas atuais negociações comerciais. O anúncio foi feito através da rede social Truth Social: “As nossas discussões não estão a chegar a lado nenhum. Nestas circunstâncias, recomendo a imposição de direitos aduaneiros de 50% à UE, a partir de 1 de junho. Não existem direitos aduaneiros sobre os produtos fabricados nos Estados Unidos”.

Trump vai mais longe e acusa a UE aplicar, via IVA, sanções “ridículas” às empresas, entre outras críticas, que, diz, geraram um défice comercial com os Estados Unidos.

“As poderosas barreiras comerciais, impostos sobre o IVA, penalizações ridículas para as empresas, barreiras comerciais não monetárias, manipulações monetárias, processos judiciais injustos e injustificados contra empresas americanas, e muito mais, conduziram a um défice comercial com os EUA de mais de 250 milhões de dólares por ano, um número que é totalmente inaceitável”, assume Donald Trump esta sexta-feira numa publicação na rede Truth Social.

Ameaças que também foram dirigidas à Apple. Donald Trump quer impor uma tarifa de “pelo menos 25%” se a empresa não transferir a produção do Iphone para os Estados Unidos. Mais de 60 milhões de telemóveis são vendidos anualmente nos Estados Unidos, mas o país não fabrica smartphones.

“Há muito que informei Tim Cook, da Apple, que espero que os iPhones que serão vendidos nos Estados Unidos sejam fabricados e construídos nos Estados Unidos, não na Índia ou em qualquer outro lugar”, escreve Trump, acrescentando que “se não for esse o caso, a Apple terá de pagar uma tarifa de pelo menos 25% aos EUA”.

A Apple junta-se agora à Amazon, ao Walmart e a outras grandes empresas norte-americanas na mira da Casa Branca, que tentam responder à incerteza e às pressões inflacionistas desencadeadas pelas suas tarifas.

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Jornal Telegraph vendido ao fundo norte-americano RedBird Capital

Empresa de investimentos anuncia a compra do The Telegraph Media Group por 500 milhões de libras (€595 milhões) e torna-se proprietária do jornal britânico com 170 anos de história

A RedBird Capital Partners, empresa de investimentos norte-americana, anuncia a compra do The Telegraph Media Group por 500 milhões de libras (€595 milhões) e torna-se proprietária do jornal britânico com 170 anos de história, considerado próximo do Partido Conservador.

Um dos objetivos do fundo é apostar no digital e alargar a presença do The Telegraph nos Estados Unidos.
“O Telegraph fez um enorme progresso nos últimos anos desde o lançamento da sua estratégia de assinaturas digitais, graças ao trabalho árduo da sua equipa. Mas há muito mais que pode ser alcançado. Com o plano certo e o investimento certo por novos proprietários ambiciosos, este venerável título pode esperar uma era de sucesso sem precedentes”, afirma Chris Evans, editor do jornal, citado pelo Eco.

O acordo põe fim ao longo processo de aquisição do The Telegraph. Em 2023, a RedBird assume o controle através de uma ‘joint venture’ com a International Media Investments, um fundo de investimento controlado pelo xeque Mansour bin Zayed Al Nahyan, vice-presidente dos Emirados Árabes Unidos – e dono do clube de futebol Manchester City. O jornal seria supervisionado por Jeff Zucker, ex-presidente da CNN.

O acordo foi bloqueado após protestos no Parlamento britânico contra a aquisição de empresas de media por estados estrangeiros. Críticas que levaram o governo liderado pelos conservadores, em 2024, a aprovar uma lei que proíbe entidades estatais estrangeiras de adquirirem órgaos de informação britânicos.

Após o fracasso do plano, a joint venture, conhecida como RedBird IMI, manteve o controle do The Telegraph enquanto procurava outras propostas. A IMI manteve-se como acionista minoritário.

“Acreditamos que o Reino Unido é um ótimo lugar para investir, e esta aquisição é uma parte importante do nosso crescente portefólio de empresas de media e entretenimento”, explica Gerry Cardinale, fundador da RedBird, citado pelo The New York Times.

A RedBird Capital Partners está agora em negociações para atrair investidores britânicos como acionistas minoritários “com experiência na área da imprensa e determinados a manter os valores editoriais do The Telegraph”.

A empresa, fundada em 2014, com sede em Nova Iorque está a tornar-se um dos maiores investidores na indústria dos media, entretenimento e desporto no Reino Unido, com uma carteira de investimentos que inclui o campeão da Premier League (Liverpool FC), a All3Media, que faz produção e distribuição de televisão, cinema e conteúdos digitais, a Fulwell Entertainment, produtora de televisão, cinema e música, entre outros.

 

 

 

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Temu e Shein na mira da União Europeia

Bruxelas vai impor uma tarifa fixa de dois euros sobre os milhões de encomendas que chegam sobretudo da China, visando empresas como a Shein e a Temu. Decisão da UE acompanha o exemplo dos Estados Unidos. Setor têxtil nacional quer taxa mínima de €20

A Comissão Europeia admite cobrar uma taxa fixa de dois euros sobre as encomendas com valor inferior a €150 de sites como a Temu ou a Shein, que têm mais de 75 milhões de utilizadores da União Europeia (UE). Se forem enviadas para armazéns da UE, a taxa proposta é reduzida para €0,50.

A notícia é avançada pelo Financial Times e dá conta que mais de nove em cada dez pacotes importados para a UE são provenientes da China.

A medida, apresentada esta semana ao Parlamento Europeu (PE) pelo comissário com a pasta do comércio, Maroš Šefčovič, faz parte de um pacote abrangente que quer combater a entrada em massa de produtos das plataformas chinesas na Europa, como a Shein e a Temu, e proteger os produtores locais da concorrência desleal.

Estas taxas serão pagas pelas plataformas de comércio eletrónico e não pelos consumidores. O objetivo é incentivar as empresas a consolidar as entregas, tornando-as mais fáceis de inspecionar ao abrigo dos regulamentos da UE, segundo a proposta de Bruxelas.

“Na verdade, é apenas para compensar o trabalho que está a ser feito pelos funcionários aduaneiros”, explica Šefčovič aos membros da comissão do mercado interno e da proteção dos consumidores, citado no Financial Times.

Só em 2024, entraram no espaço europeu 4,6 mil milhões de encomendas com valor inferior a €150. Um número que continua a aumentar, sobrecarregando as operações aduaneiras e suscitando preocupações sobre a segurança dos produtos e a gestão de resíduos.

Para além das medidas financeiras, a Comissão pretende que as plataformas de comércio eletrónico sejam responsabilizadas por garantir o cumprimento da regulamentação da UE. “Não podemos simplesmente aceitar que ninguém é responsável”, explica Šefčovič.

Em fevereiro, a Comissão Europeia já tinha anunciado a intenção de submeter as encomendas dos retalhistas online a novos controlos aduaneiro. A proposta está agora a ser discutida entre os estados-membros da UE e acompanha o exemplo dos Estados Unidos, que este mês acabaram com isenções sobre produtos até 800 dólares (€704).

Setor têxtil português quer taxa mínima de €20

As associações do têxtil e vestuário portuguesas dizem que uma taxa de dois euros para encomendas vindas da China não basta e defendem uma tarifa mínima de €20 para compras de baixo valor.

“Dois euros é um valor ridiculamente baixo”, afirma Ana Paula Dinis, diretora-executiva da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP) em declarações ao Diário de Notícias.

Luís Figueiredo, vice-presidente da Associação Nacional de Indústrias de Vestuário e Confeção, acompanha as críticas. “É um pouco tentar dar a ideia de que se está a fazer alguma coisa quando não se faz nada”, acusa.

As associações esperam uma Europa alinhada para que possa corrigir o que ainda é uma proposta de uma taxa fixa aduaneira para controlo dos produtos que entram no mercado europeu.

Em declarações à SIC, Mário Jorge Machado, presidente da ATP antecipa um processo legislativo longo. “Existe o risco que uma alteração legislativa só aconteça com mudanças no código aduaneiro europeu que está ser construído. Defendemos que deve ser já”, conclui.

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Marketing digital da Lisboat nas mãos da Lisbon Project

A agência é responsável pela gestão do investimento em publicidade online em Google Ads e Meta Ads, pelo e-mail marketing, pela gestão das redes sociais da Lisboat e pela renovação do site da empresa

A Lisbon Project está a trabalhar a conta da Lisboat (na foto), empresa de passeios fluviais detida pelo Grupo Barraqueiro. A agência de comunicação e marketing é responsável pela gestão do investimento em publicidade online no Google Ads e Meta Ads, pelo serviço de e-mail marketing, pela gestão das redes sociais e pela renovação do site da marca.

“Encontrámos na Lisbon Project o parceiro ideal para a nossa comunicação digital. Tem uma equipa rápida, descomplicada e com quem é um prazer trabalhar. Uma equipa de profissionais que, todos os dias, tem sido, acima de tudo, capaz de captar, interpretar e traduzir com excelência a nossa mensagem, identidade e valores no ecossistema digital”, realça Jéssica Reprezas, diretora de marketing da Lisboat, citada em comunicado de imprensa.

Para aumentar a notoriedade da marca, que integra o grupo empresarial internacional Gray Line, foram criados os ‘locals Lisboat’, três personagens fictícias apaixonadas por Lisboa, que, através de publicações nas redes sociais e nas plataformas digitais da empresa, em português e em inglês, ajudam os turistas a explorar as zonas da Avenida da Liberdade, Belém e Bairro Alto e Príncipe Real.

“A estratégia de comunicação da nossa agência pretende potenciar a experiência diferenciada de conhecer a cidade através do rio, no sistema ‘hop-on hop-off’, com a criação de um ‘storytelling’ que transmite o profundo conhecimento que a equipa Lisboat tem da cidade, desenvolvendo um novo eixo criativo personalizado”, explica Filipa Oliveira, sócia-gerente da Lisbon Project, citada no documento.

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Campanhas do Turismo de Portugal premiadas em Nova Iorque

Turismo de Portugal conquista prata e bronze nos New York Festivals 2025 com as campanhas ‘Portugal’s Unwritten Recipe’ e ‘Portugal is Art’, que celebram a gastronomia e a arte nacional

O Turismo de Portugal conquista dois prémios nos New York Festivals TV & Film Awards 2025. O projeto ‘Portugal’s Unwritten Recipe’ é distinguido com prata, enquanto ‘Portugal is Art’ arrecada o bronze, “o que evidencia a excelência e o impacto da promoção do turismo e da cultura portuguesa no cenário global”, segundo o comunicado de imprensa.

As duas campanhas foram veiculadas através de meios digitais, nos canais Facebook, Instagram, YouTube e Online Vídeo, incluindo o formato Connected TV, de modo a assegurar uma abordagem multicanal.

Carlos Abade, presidente do Turismo de Portugal, destaca o reconhecimento internacional do trabalho de promoção. “Estes prémios refletem o valor cultural e emocional que procuramos transmitir sobre o nosso país junto dos mercados. O Turismo de Portugal continuará a apostar em narrativas autênticas que marquem quem nos vê e que impulsionem a descoberta do nosso país.”

A campanha ‘Portugal’s Unwritten Recipe’ mostra como a gastronomia carrega consigo a cultura e as tradições locais e reflete a diversidade do território ou o talento dos chefs. “Enquadrada num plano mais alargado de internacionalização da gastronomia portuguesa como ativo turístico que diferencia o destino e que proporciona experiências turísticas únicas”, destaca o comunicado.

Por seu lado, ‘Portugal is Art’ mostra que a arte está presente nas paisagens, nos sabores da gastronomia, na força do mar, nos festivais de música, nas tradições que se mantêm vivas e na criatividade de artistas emergentes. “Em cada detalhe, Portugal revela-se como uma galeria a céu aberto onde cada experiência, seja na natureza ou nos centros culturais urbanos, convida a descobrir a essência artística do país”.

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Multilem vence concurso para stands internacionais da marca Visit Portugal

A empresa será responsável pelo design, produção e gestão dos stands de promoção da marca nacional em feiras internacionais, com uma média anual prevista de 20 participações

A Multilem é a vencedora do concurso internacional promovido pelo Turismo de Portugal para o desenvolvimento dos stands institucionais da marca Visit Portugal durante os próximos três anos.

Como parceira do Turismo de Portugal, a Multilem será responsável pelo design, produção e gestão dos stands de promoção da marca nacional em feiras internacionais nas Américas, Europa e Ásia, com uma média anual prevista de 20 participações.

A proposta criativa apresentada pela Multilem inspira-se no mar como elemento central da identidade portuguesa, refletindo a missão da marca Visit Portugal: acolher todos.

“Mais do que um espaço expositivo, o stand será um ambiente vivo, com formas fluidas, materiais reflexivos, texturas ondulantes e cores profundas — pensado para despertar emoção, valorizar a autenticidade e criar uma memória duradoura nos visitantes”, informa a Multilem em comunicado de imprensa.

Num contexto em que o turismo se assume como setor-chave para a economia portuguesa, “o reforço da marca ‘Visit Portugal’ em mercados estratégicos é essencial para atrair investimento, promover parcerias e projetar o país como destino autêntico, inclusivo e culturalmente rico”, refere a Multilem no comunicado.

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“O que mais me enriqueceu foi aprender sobre diferentes culturas”

Para João Peixoto, diretor criativo executivo da Jung Von Matt Spree em Berlim, a nacionalidade não é um obstáculo e diz que ser português lhe confere uma “capacidade de adaptação”. Ao país diz que falta estrutura, organização e visibilidade. Enquanto assim for, fica na Alemanha

Com uma carreira construída entre Lisboa, Barcelona e agora Berlim, João Peixoto (na foto) traz na bagagem uma visão internacional da publicidade e uma forma diferente de ver o mundo, que aprende com os profissionais de 40 nacionalidades que com ele trabalham na Jung von Matt Spree.

Saiu de Portugal há 14 anos, como ambicionava, e atualmente lidera a direção criativa da agência, que integra a rede Jung von Matt. Num mercado altamente competitivo, tem saudades de “estabelecer relações profissionais e de amizade mais facilmente”.

Na rubrica dedicada a profissionais expatriados, o criativo partilha a experiência de liderar equipas multiculturais, os desafios de criar campanhas para marcas globais e a forma como a identidade portuguesa influencia o seu trabalho no centro da Europa.

Trabalhar fora de Portugal foi sempre uma ambição?

Desde os tempos de estudante que queria ter essa experiência, independentemente das condições de trabalho ou financeiras. Queria experimentar outro tipo de projetos e trabalhar com marcas de nível global. Idealmente, por um período não muito longo, mas num ápice passaram-se 14 anos.

Quais as principais diferenças entre trabalhar em Portugal e na Alemanha?

Há um facto curioso: quando se conhece bem a realidade alemã, percebemos que o estereótipo de organização e eficiência que os portugueses associam ao país não corresponde totalmente à verdade. Em Portugal há uma grande resistência à mudança, talvez devido ao tamanho do mercado e à constante instabilidade.

Na Alemanha, identificam-se os problemas que realmente interessam para os resolver e avançar. Destaco ainda o facto de o mercado alemão conseguir atrair pessoas de várias partes do mundo, com pensamentos diferentes e com quem tenho aprendido muito a trabalhar. Portugal ainda não consegue atrair essa diversidade.

Quais são as mais-valias de ser português e trabalhar noutro país?

Os portugueses têm uma grande capacidade de adaptação, o que pode ser considerado uma mais-valia. Atualmente, Portugal está na moda. Conheço muitas pessoas nesta área que visitaram o país recentemente e falam dele de uma maneira muito positiva. Não sei se isso nos beneficia de alguma forma, mas há uma identidade que agora é reconhecida e que passava despercebida há alguns anos.

Teve de enfrentar obstáculos por ser português?

Ser português nunca constituiu um obstáculo na minha vida profissional, e há cada vez mais casos de portugueses com sucesso internacional nesta área. O facto de pertencermos à União Europeia permite-nos circular e trabalhar nos países europeus com liberdade. É um benefício que nos abre as portas da Europa e uma vantagem em relação a pessoas de outros países.

Quais são as particularidades do mercado de publicidade na Alemanha?

A estrutura de clientes é bastante hierarquizada e, apesar de ser um país maior do que Portugal, há muito contexto regional na publicidade. Desde que trabalho para clientes globais a partir da Alemanha, percebo que o maior desafio é tornar este mercado mais atrativo, em oposição a outros mercados na publicidade, como os Países Baixos ou o Reino Unido.

Em Portugal, não é possível atrair este tipo de clientes. Falta dimensão, estrutura, organização e visibilidade. Num país maior, é natural que existam mais clientes globais, mais oportunidades e valor de produção. Os problemas também surgem, mas assumem outras dimensões porque existe um ‘budget’ substancial para criar e produzir um bom trabalho. Isso influencia as ideias e o que é possível fazer.

João Peixoto é um dos criativos responsáveis pela unidade internacional da Jung Von Matt

Que funções desempenha atualmente e que projetos tem em mãos?

Sou diretor criativo executivo na Jung von Matt Spree, em Berlim. Trata-se de uma agência alemã histórica e independente, com uma presença global significativa em dez países. Sou um dos criativos responsáveis pela unidade internacional da agência.

Neste momento, lideramos a comunicação digital da Hyundai a nível mundial e trabalhamos diretamente com a sede da marca na Coreia do Sul. Também desenvolvo outros projetos globais em áreas não digitais.

Enquanto responsável pela equipa internacional, dedico-me ao sucesso e expansão da agência nesta área, seja através da atração de talento ou do reconhecimento internacional do nosso trabalho nos festivais de criatividade.

Qual foi a experiência profissional que teve na Alemanha que mais o marcou e porquê?

Trabalhar com contas globais. Atualmente, trabalho maioritariamente com a Hyundai, mas também já trabalhei com a Mini, entre outras grandes marcas. O que mais me enriquece é aprender sobre diferentes culturas. Isso faz-me perceber que existem muitas maneiras de olhar para um problema e de ver o mundo. Na agência trabalham atualmente pessoas de cerca de 40 nacionalidades. Poder participar e contribuir para essa diversidade é muito bom.

O reconhecimento internacional é importante?

Ganhar prémios internacionais, que pareciam uma miragem quando iniciei a minha carreira em Portugal, é outro ponto a destacar. No fundo, não consigo destacar uma só experiência porque foram várias as oportunidades que me marcaram e contribuíram para a minha evolução profissional.

Em termos profissionais, do que é que tem mais saudades de Portugal?

Trabalhei pouco tempo em Portugal, mas tenho saudades de estabelecer relações profissionais e de amizade mais facilmente. Os portugueses têm uma capacidade de ‘fazer muito com pouco’ que gostaria que fosse mais generalizada. É também uma característica muito útil quando trabalhamos noutros países.

Pensa regressar?

Neste momento, não estou a pensar regressar. Os problemas do tecido empresarial português mantêm-se. O mercado nacional e a sua estrutura não são suficientemente apelativos. Gostava que Portugal conseguisse atrair clientes de todo o mundo.

Com a evolução do trabalho remoto, qualquer grande cidade europeia pode transformar-se num ‘hub’ global, atraindo não só talento português, mas também internacional. Isso seria muito interessante para os portugueses, mas implicaria uma mudança no mercado.

João Peixoto trabalha com várias marcas na Jung Von Matt, incluindo a Hyundai, a Mini e a Nivea

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O Escritório, Fullsix, Essencemediacom, Lift, Pepper e Fuel são as agências mais atrativas

Nuno Jerónimo (O Escritório) é o profissional mais admirado na criatividade e lidera o ranking geral da Scopen (na foto), onde Susana Albuquerque (Uzina) ocupa a segunda posição, seguida por Salvador da Cunha (Lift), em terceiro lugar

Catarina Nunes

A O Escritório é a agência mais atrativa para trabalhar em criatividade, seguida da Uzina e da Fuel, de acordo com o estudo Best Agency To Work For, da Scopen, apresentado no Festival CCP.

Nas agências digitais, a Fullsix lidera com a Pepper e a Adagietto em segundo e terceiro lugar, respetivamente.
A Essencemediacom é a preferida entre as agências de meios, num top três composto ainda pela Initiative (2º) e Arena Media (3º).

Em comunicação e relações públicas, a Lift ocupa a primeira posição, seguida da LLYC e da Burson.
A Pepper lidera nas ativações e influenciadores, com a Notable e a Companhia das Soluções no segundo e terceiro lugar.

Na rede criativa mais atrativa para trabalhar, a Fuel lidera à frente da Bar Ogilvy e da Dentsu Creative.
O estudo da Scopen avalia em Portugal, de dois em dois anos, as agências nomeadas pelos profissionais de agências como as mais atrativas para trabalhar. As agências de ativações e influenciadores são incluídas este ano pela primeira vez.

Esta terceira edição do estudo tem a participação de 1183 profissionais de agências, de um total de 94 agências, o que representa uma subida face às 81 agências incluídas no estudo de 2023 e as 39 agências que participaram na edição de estreia, em 2021.

Nuno Jerónimo, Salvador da Cunha, Erick Lasshe e Susana Silva são os mais admirados
Nuno Jerónimo (O Escritório) é o profissional da criatividade mais admirado, seguido por Susana Albuquerque (Uzina), Miguel Durão (SATG), João Madeira (Fuel) e Andreia Ribeiro (Fuel).

Nuno Jerónimo é também o profissional mais admirado no ranking global, seguido por Susana Albuquerque e Salvador da Cunha, que é o mais admirado na comunicação e relações públicas. Nesta área, Miguel Moreira Rato (Adagietto) é o segundo mais admirado, com Marlene Gaspar (LLYC), Francisca Seabra (Burson) e Inês Mendes da Silva (Notable), ambas na quarta posição, a completar o top quatro.

Inês Mendes da Silva lidera, no entanto, na área de ativações e influenciadores , seguida por Marta Patronilho (Pepper), Sofia Matos Ribeiro (Samy Alliance), Joana Neves (Goat) e Alexandra Navarro (Samy Alliance), nas restantes posições do top cinco.

No digital, os eleitos são Erick Lasshe (Fullsix), em primeiro lugar, seguido por Pedro Morgado (Fullsix), Tiago Dias (Pepper) e Sérgio Oliveira (Performics Publicis Group) e Filipe Bernardes (Digitas Publicis Group), ambos em quarto lugar.

Na área de meios, Susana Silva (Essencemediacom) lidera, com Maria Carvalho (Publicis Media), Rita Amzalak (Havas Media), Filipe Neves (Arena Media) e Fernanda Marantes (Havas Media Group) nas restantes posições.

Em termos da metodologia seguida, os profissionais das agências abrangidos no estudo podem nomear até três agências. As agências podem ser nomeadas por atuais colaboradores ou por outros profissionais de agências, em qualquer um dos cinco eixos (criatividade, digital, meios, comunicação e relações públicas, e ativações e influenciadores.

Os resultados são ponderados pela ordem de preferência de nomeação, em que a agência nomeada como primeira preferência tem uma ponderação de cinco pontos; a segunda preferência pondera em três pontos e a terceira preferência pondera um ponto.

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Perplexity integra promoções de marca no motor de busca de IA

Um novo programa, denominado Pro Perks, permite à Perplexity integrar mais profundamente as marcas no motor de busca, que atualmente processa cerca de 650 milhões de pesquisas por mês

Os resultados de pesquisa da Perplexity vão passar a incluir promoções de determinadas marcas no âmbito de um programa de recompensas para os assinantes do motor de busca alimentado por inteligência artificial (IA). Esta medida introduz mais um elemento comercial à plataforma, que ultimamente tem vindo a desenvolver a oferta publicitária, noticia a Ad Age.

O novo programa, denominado Pro Perks, permite à Perplexity integrar melhor as marcas no motor de busca, que atualmente processa cerca de 650 milhões de pesquisas por mês. Um número selecionado de marcas poderá promover ofertas promocionais que aparecerem ao lado dos resultados relacionados com o tema da pesquisa.

“Os resultados da pesquisa não são influenciados pelas ofertas que são promovidas”, esclarece Dmitry Shevelenko, diretor de negócios da Perplexity, citado na Ad Age. Por agora, o programa conta com pelo menos 18 marcas, incluindo a Visa, a TurboTax, a Farmers Insurance e a Oura, entre outras. Futuramente, a plataforma planeia expandir o programa para abranger “todos os tipos de produtos e serviços”, revela ainda Dmitry Shevelenko.

À medida que os concorrentes no setor da pesquisa, como a Google, expandem a oferta de pesquisa alimentada por IA, a Perplexity tem procurado estabelecer-se como uma plataforma focada na experiência de compras.

Em 2024, a startup lança um agente que faz compras autonomamente pelos utilizadores e, recentemente, introduz a possibilidade de fazer compras diretamente na plataforma, além de estar a desenvolver um navegador para melhorar ainda mais a experiência de compra dos assinantes.

Sobre o autorDaniel Monteiro Rahman

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