A ascensão dos diretores de IA nas agências
A função tem significados diferentes consoante a agência e abrange diversas áreas de atuação. Enquanto uns concentram-se na revisão das operações internas, outros centram-se no trabalho com os clientes, na venda de produtos ou na formação de funcionários

Daniel Monteiro Rahman
Faturação do WPP desce 5% para €3,81 mil milhões
Google terá pago à Samsung para ter Gemini AI pré-instalado
Influenciadora portuguesa criada com IA protagoniza campanha no Instagram
Receitas do IPG caem 6,9% para €2,04 mil milhões
Meta permite que ‘chatbots’ de IA tenham conversas de cariz sexual com menores
Dados e personalização são decisivos na fidelização do cliente
Walmart disponibiliza inventário de ‘connected TV’ a anunciantes de ‘retail media’
O número de agências a nomear profissionais para o cargo de diretor de inteligência artificial (IA) tem vindo a aumentar, refletindo o papel crescente que a IA assume nas estratégias empresariais, noticia a Ad Age. Nos últimos três meses, tanto a Stagwell como a Monks nomeiam diretores de IA, enquanto o IPG cria uma posição executiva focada no desenvolvimento das capacidades comerciais com IA.
A função tem significados diferentes consoante a agência e abrange diversas áreas de atuação. Enquanto alguns diretores de IA concentram-se na revisão das operações internas, outros centram-se no trabalho com os clientes, na venda de produtos e na seleção de parcerias. Alguns destes executivos são também responsáveis pela educação e formação dos funcionários, bem como pela gestão da ética e da governação.
A nomeação de um líder dedicado à IA ajuda as agências, que investem milhões nesta tecnologia, a tirar o máximo partido da mesma. No entanto, esta é uma função que requer adaptação e responsabilidade. A maioria dos diretores de IA tem experiência em dados e automação, mas nem todos têm experiência em agências tradicionais.
Os diretores de IA são responsáveis pelo desenvolvimento de ferramentas e sistemas que simplificam o trabalho dos funcionários e dos marketers, mas também têm de garantir que as ferramentas que desenvolvem são construídas de forma responsável e ética.
É o caso de Daniel Hulme, diretor global de IA do WPP, que está a desenvolver agentes de IA para ajudar o WPP em tarefas como a compra de meios e soluções de ‘back-end’, mas também é responsável por garantir que os sistemas de IA são seguros e se comportam de forma sensata.
Estes profissionais devem ainda manter-se a par dos mais recentes desenvolvimentos da tecnologia e saber democratizar a informação em toda a equipa, educando os funcionários e aliviando as suas preocupações, segundo revelam alguns dos executivos contactados pela Ad Age.