Há um novo episódio na ofensiva comercial lançada por Donald Trump contra os parceiros económicos dos Estados Unidos. O presidente norte-americano anuncia que vai iniciar o processo de instauração de tarifas de 100% sobre os filmes exibidos no país mas produzidos no estrangeiro.
Temu altera estratégia nos Estados Unidos face a novas tarifas
Para não perder clientes, a plataforma encontra forma de lidar com as tarifas da Administração Trump. O Presidente vira o foco para Hollywood e anuncia a instauração de sobretaxas de 100% sobre filmes produzidos no estrangeiro

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A plataforma chinesa de retalho online, Temu, altera a estratégia de abordagem ao mercado norte-americano como resposta às tarifas impostas pela administração Trump.
Os consumidores dos Estados Unidos deixam agora de ter acesso aos produtos mais baratos da China, uma vez que a versão norte-americana da loja online apenas apresenta produtos disponíveis nos armazéns localizados nos Estados Unidos.
A mudança representa uma grande mudança para a plataforma. “O preço da Temu para os clientes norte-americanos permanece igual, com a plataforma a transitar para um modelo de atendimento local”, afirma a empresa em comunicado. “Todas as vendas são agora tratadas por vendedores locais, com as encomendas a serem atendidas dentro do país”.
Numa fase inicial, o impacto das novas tarifas afetou os consumidores da Temu nos Estados Unidos. Segundo informações recolhidas pela CNBC, os compradores depararam-se com ‘taxas de importação’ adicionadas às faturas, que representavam um acréscimo entre 130% e 150% sobre o valor dos produtos.
Confrontada com estes valores, a Temu altera a operação logística destinada ao mercado norte-americano e cessa o envio direto de mercadorias a partir da China. Em alternativa, passa a disponibilizar apenas produtos que já se encontram fisicamente em armazéns localizados no território norte-americano. Os artigos com origem na China surgem agora como ‘sem stock’ ou ‘indisponíveis’ para compra direta.
tarifas de 100% sobre filmes produzidos no estrangeiro
“A indústria cinematográfica norte-americana está a morrer muito rapidamente. Hollywood e muitas outras partes dos Estados Unidos estão devastadas”, avança Trump na rede social Truth Social. “Outros países estão a oferecer incentivos para atrair os nossos cineastas e estúdios para longe dos Estados Unidos”, acrescenta.
A medida é dirigida à China que, no início de abril, anunciou que vai reduzir “de forma moderada” o número de filmes dos Estados Unidos exibidos oficialmente em território chinês, como uma das respostas às tarifas impostas aos produtos asiáticos.
Apesar de ainda não terem sido avançados detalhes sobre as condições de aplicação de sobretaxas sobre filmes produzidos no estrangeiro, a redução do acesso a um dos maiores mercado do mundo para o cinema, pode afetar de forma notória as receitas dos estúdios de Hollywood.