SIC Mulher reforça aposta na ficção. Estratégia de êxito deste ano prossegue em 2024
Os últimos meses não poderiam ter sido melhores para a SIC Mulher. As audiências do canal estiveram em alta. A estratégia que tem vindo a ser implementada tem dado frutos […]
Luis Batista Gonçalves
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Os últimos meses não poderiam ter sido melhores para a SIC Mulher. As audiências do canal estiveram em alta. A estratégia que tem vindo a ser implementada tem dado frutos e vai ser reforçada nos próximos meses.
“A aposta na ficção vai continuar. Começámos no final do ano passado com um investimento muito grande na ficção turca, que teve resultados espantosos e, até ao final do ano, teremos novos títulos em antena”, adiantou ao Meios & Publicidade Nelson Furtado, diretor da SIC Mulher e da SIC Caras.
“Vamos também começar a piscar o olho a outras geografias e a séries de outros territórios”, confidencia ainda o responsável.
Mas nem só de ficção vivem as apostas estratégicas da programação do canal. “Vamos continuar a investir nos grandes formatos de entretenimento”, garante Nelson Furtado. Além da exibição da última temporada de “MasterChef Australia” que contou com a participação do jurado Jock Zonfrillo, gravada pouco antes da morte do chef escocês, também o “America’s got talent” vai ter palco em antena até ao final do ano.
Os formatos nacionais “What’s up? TV” de Carolina Patrocínio, “Irresistível” de Bárbara Guimarães e “Estamos em casa” também vão continuar em exibição. “Vamos fazer algum investimento em conteúdos para esses programas para tentar capitalizar os convidados que lá levamos”, refere o responsável.
O sucesso que a ficção turca em horário nobre potenciou
“Mother”, “The boy” e “Gulperi” são três das produções de ficção turcas que despertaram atenções no horário nobre da SIC Mulher. “Em junho e julho, tivemos resultados bastante acima da média”, regozija-se Nelson Furtado. A estratégia de as transmitir numa faixa horária habitualmente ocupada por formatos de grande entretenimento, relegando-os para uma fase ligeiramente mais tardia, revelou-se uma opção bem sucedida.
“À medida que fomos percebendo essa adesão, fomos investindo em mais e mais títulos. Esses meses coincidiram com o culminar dessas séries”, justifica o responsável. Depois de “Gulperi”, a atriz Nurgül Yesilçay brilha em “Redemption”, em exibição nos próximos meses. Além da ficção turca, o canal está de olho na que se vai fazendo noutros países. “Espanha tem uma produção muito interessante para nós”, assume Nelson Furtado.
“Também tentámos fazer algumas incursões nos mercados asiáticos, para perceber se o que existe tem a ver com o nosso público ou se são apenas fenómenos de um público mais jovem. Mas estamos muito focados em dar uma continuidade à língua espanhola no canal. Sabemos que não temos títulos com a grandiosidade dos norte-americanos, o que não significa que eles não vão pontualmente à antena, mas queremos tentar diversificar ao máximo”, assume.
“Também há alguns títulos franceses e alemães que podem vir a fazer parte da nossa programação, sobretudo no início de 2024”, revela o diretor da SIC Mulher. A grelha para o próximo ano, a primeira da inteira responsabilidade de Nelson Furtado desde que substituiu Júlia Pinheiro na direção do canal em maio deste ano, já está a ser delineada. A ficção e o entretenimento vão continuar a ser os dois pilares basilares da programação.
Cinema familiar é outra das apostas estratégicas
Em 2024, a SIC Mulher não deverá ser muito diferente daquilo que tem sido ultimamente. “O meu objetivo é tentar monitorizar, até ao final do ano, a proporção de ficção que devemos ter para conseguir equilibrar a grelha, que também tem de contemplar formatos de entretenimento”, sublinha o responsável. “Acredito que temos de continuar a ter espaço para testar esses formatos, os que já existem e os que vão surgindo”, confidencia.
“É também nossa intenção trazê-los para Portugal, para poderem ser testados antes de serem exibidos pelos canais generalistas”, refere ainda. Tornar o canal (ainda) mais abrangente é outra das apostas. “Os homens também veem a SIC Mulher. Calculamos que representem 20% a 30% dos nossos espetadores. Queremos manter a mulher no centro, nos seus diferentes papéis e nas suas várias dimensões familiares, mas sem nunca excluir nenhum segmento”, assume.
“A ficção acaba por ser transversal e acabamos por investir muito em formatos que também se possam ver em casal ou em família. Procuramos ser o mais abrangentes possível e isso é muito visível na aposta em cinema que estamos a fazer. É uma aposta que pisca o olho aos homens, às crianças e às famílias”, garante Nelson Furtado. “Estes são os desígnios que eu estou a procurar levar para 2024”, admite.
“Neste último ano, o canal ganhou uma grande visibilidade e atingiu uma maturidade que é possível reforçar e é nisso que já estamos a trabalhar”, garante ainda o ex-head producer and programming supervisor da SIC, cargo que ocupou entre 2006 e 2018. Na Impresa desde 2005, o antigo editor executivo da SIC Mulher e da SIC Caras foi supervisor de produção na SIC Radical e produtor e coordenador editorial da SIC Comédia.