Motores de busca, TV aberta, rádio e redes sociais estão a ganhar relevância. Jornais perdem 4%
A importância atribuída aos motores de busca, aos canais de televisão abertos, à rádio e às redes sociais aumentou o ano passado, revela a análise nacional do estudo Meaningful Media, […]
Luis Batista Gonçalves
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A importância atribuída aos motores de busca, aos canais de televisão abertos, à rádio e às redes sociais aumentou o ano passado, revela a análise nacional do estudo Meaningful Media, desenvolvido pela Havas Media Network. Em comparação com 2022, a relevância de plataformas digitais como a Google e o Bing, cresceu 5%, de 54% para 59%.
O valor atribuído à televisão, que ocupa o segundo lugar do ranking, só aumentou 2%, dos 54% para os 56%, mas, ainda assim, subiu, ao contrário do que vaticinavam muitos analistas. A rádio cresceu 7%, dos 36% para os 46%. O aumento maior pertence, todavia, às redes sociais, que viram a importância que os portugueses lhe atribuem disparar 11%. O quinto lugar é ocupado pelos jornais, os únicos a perder relevância. Desceram 4%, dos 30% para os 26%.
“As redes sociais chegam ao pódio das fontes de informação, mas os media tradicionais permanecem [como] mais credíveis”, sublinha a Havas Media Network em comunicado de imprensa. “A faixa etária dos 15 aos 24 anos coloca-as como líderes no ranking de atualização de informação. No entretenimento, os canais de televisão abertos e a rádio ganham relevância para os [portugueses com] mais de 45 anos e o streaming de música entra para o top de entretenimento para [a faixa d]os 15/34 anos”, avança ainda o documento.
“Na descoberta de coisas novas, os motores de busca e as redes sociais apresentam um crescimento expressivo, com [uma progressão] de mais 11 e 13 pontos percentuais respetivamente”, informa ainda o grupo de media internacional. “Num mundo digital que ganha cada vez mais terreno, é interessante verificar que os canais de TV abertos e os motores de busca permanecem inabaláveis como pilares do consumo regular”, sublinha Sofia Vieira, diretora de insights and strategy da Havas Media Network.
“No entanto, embora a confiança depositada nos meios tradicionais pareça transcender gerações, a conveniência do consumo on-demand ganha claramente relevância entre os mais jovens. No que toca à dualidade entre atenção e intrusão, a repetição e a inevitabilidade de anúncios emergem como protagonistas, sendo o nosso desafio a capacidade de escapar a este dilema”, considera a responsável.
Credibilidade dos jornais e da rádio cresce 1%
Os mais revelantes não são, no entanto, os mais credíveis, apurou a análise da Havas Media Network. No que respeita à credibilidade dos meios de comunicação social, os canais de televisão abertos continuam a liderar, com 75%, um crescimento de 3% face a 2022. O segundo lugar é ocupado pelos jornais, com 64%, mais 1% do que no ano anterior. Em terceiro lugar, surge a rádio, que também cresceu 1%, passando dos 58% para os 59%. Os motores de busca, na quarta posição, registam um aumento de 3%.
O quinto lugar é ocupado pelos canais de televisão por subscrição, os únicos do top 5 a perder credibilidade. Desceram dos 18% para os 14%. “No que toca à publicidade, a tendência mantém-se. Os canais de TV abertos, as redes sociais e a rádio integram o top 3 de [retenção da] atenção”, informa ainda o grupo de media. A televisão aberta sobe 8%, dos 38% para os 46%. Em segundo lugar, aparecem as redes sociais, com 43%, um aumento de 11% face a 2022.
A rádio, com um crescimento de 3%, ocupa a terceira posição, seguida do YouTube, que sobe 7%, dos 19% para os 26%, apesar do ser o suporte que lidera o ranking da perceção de incómodo. O quinto lugar dos media que mais retêm o interesse dos consumidores é ocupado pelo canais de televisão informativos. Para esta quarta edição deste estudo, foram realizadas 600 entrevistas a pessoas residentes no território português continental, com idades compreendidas entre os 15 e os 64 anos, em outubro de 2023.