Ricardo Tomé, director coordenador da Media Capital Digital e docente na Católica Lisbon School of Business and Economics
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Como o Fediverso e o ActivityPub podem mudar o marketing digital. E não só…

A web deveria ser sempre aberta, descentralizada, respeitando princípios de interoperabilidade e passível de dar ao utilizador o controlo sobre a sua identidade e presença digital. Idem a uma marca. […]

Ricardo Tomé, director coordenador da Media Capital Digital e docente na Católica Lisbon School of Business and Economics
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Como o Fediverso e o ActivityPub podem mudar o marketing digital. E não só…

A web deveria ser sempre aberta, descentralizada, respeitando princípios de interoperabilidade e passível de dar ao utilizador o controlo sobre a sua identidade e presença digital. Idem a uma marca. […]

A web deveria ser sempre aberta, descentralizada, respeitando princípios de interoperabilidade e passível de dar ao utilizador o controlo sobre a sua identidade e presença digital. Idem a uma marca. Mas nem sempre é tecnicamente possível ou nem sempre o desígnio económico das empresas que definem a web pende para esses princípios.

Estando nós em plena Web3, parecemos caminhar de novo para uma web de protocolos e não de plataformas. Com a comunidade internacional W3C ativamente a desenvolver o ActivityPub, e, com isso, o Fediverso, muito poderá mudar nos próximos anos e como as marcas vão decidir e implementar as suas estratégias de marketing digital.

Os princípios da web descentralizada e interoperável

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Para os mais vividos, isto não será nada senão uma memória nostálgica, mas convém lembrar aos mais novos que outrora, em muitos países, não se podiam trocar mensagens de texto entre operadores de telecomunicações diferentes. E quando criávamos um serviço de e-mail no Yahoo! não podíamos trocar e-mails com utilizadores que usavam o AOL ou vice-versa (apesar dos protocolos POP, IMAP e SMTP o permitirem).

Mas finalmente vieram as mensagens trocadas entre operadores, a portabilidade do número de telefone (ainda se lembram dos tempos de gerir o saldo de telemóvel para chamadas e mensagens consoante se era 91, 96 ou 93?) e os e-mails passaram também a permitir formatar o texto, anexar ficheiros e comunicarem entre si, não importando se era AOL, Yahoo! ou Hotmail.

Parece noutra vida, mas também hoje, se quiser seguir aquele amigo de quem gosta, tem de criar conta no Facebook, ou se quiser ver os vídeos daquele influencer tem de criar conta no Instagram, ou no TikTok, e tem de criar tantas contas quantas assim precise. Além disso, não consegue que o seu vídeo no YouTube seja visto por alguém que só tem conta no Twitter.

E, se quiser receber comentários ao seu post no LinkedIn pelos seus colegas que o seguem já no Threads, também não consegue e terá de ir postar o mesmo post no Threads. Pois bem, tudo isso pode vir a mudar…

Fediverso e ActivityPub

O consórcio internacional W3C é uma comunidade que reúne, a tempo inteiro e parcial, investigadores e desenvolvedores dos protocolos que permitem que vários sistemas e dispositivos na web funcionem entre si. Desde o HTTP, o HTML, as CSS, o XML… muitos dos protocolos que permitem coisas tão simples como qualquer browser de internet poder abrir um website são ali desenvolvidos. O consórcio é independente, mas tem contributos das big tech como a Amazon, a IBM ou a Google.

Um dos mais recentes projetos é o protocolo ActivityPub. Com este protocolo pretende-se voltar aos princípios de uma web descentralizada e interoperável, coisa que não funcionou lá muito bem no caso das redes sociais na Web 2.0. Mas, então, em que medida isto traz algo de novo? Tudo, ou quase tudo. Exemplos:

– Seguir pessoas

Hoje, se quiser seguir alguém, tem de criar uma conta nessa rede social. Mas não precisava ser assim. Poderia escolher criar conta no Facebook e, a partir dali, seguir e receber as atualizações dos seus amigos que usam o X/Twitter, o Instagram, o TikTok ou o LinkedIn. Diremos que estas plataformas pretendem criar os seus silos e walled gardens e não têm interesse nisto, mas a Threads, rede social da Meta, é já uma das grandes que irá aderir ao protocolo.

Porquê? Porque se alguém tiver o melhor browser e o melhor serviço de email, que permita esta interoperabilidade, conseguirá ser melhor e mais depressa e, por isso, tendo mais uso e mais utilizadores. Além disso, a pressão regulatória em partir a hegemonia dos walled gardens e das big tech em particular pode também ser um incentivo adicional – ou mudas por ti, ou obrigo-te eu, num dia destes, a mudar à minha maneira.

– Gerir as relações sociais

Das coisas mais importantes nas nossas vidas. As pessoas que seguimos e com quem interagimos têm um papel fulcral na nossa vida social e são, inclusive, um dos dois eixos que mais influem para a felicidade humana. Porque não podemos então gerir as nossas relações digitais como se fossem… nossas? Porque pertencem elas às plataformas?

Se o Instagram amanhã fechar, porque não posso levar comigo as pessoas que sigo para outra rede social? Enquanto marca, porque corro o risco, após 10 anos e 1M de seguidores depois, de perder tudo só porque a rede social fecha? Ora uma das ideias por detrás deste protocolo é precisamente que tal situação tenha uma saída e o controlo saia das plataformas e passe para o utilizador.

– Conteúdo e algoritmos

E se pudesse publicar onde quisesse e o meu conteúdo ser visto sem a obrigatoriedade de todos usarem a mesma plataforma, e ainda por cima pudesse sair da rede social e transportar os conteúdos feitos, comigo? Além disso, todos olhamos para o nosso feed com as recomendações do algoritmo da plataforma, podendo não estar satisfeitos (também já recebeu o inquérito do Instagram, não já?)…

Mas imagine que usa o Instagram e poderia ativar um feed cujo algoritmo seria da CNN, e que as contas e posts desse feed seriam mostrados com base numa curadoria de um algoritmo feito pela equipa da CNN. Ou imagine que, durante um evento desportivo, poderia ativar um feed extra, criado e gerido pela Red Bull que patrocina o evento e seleciona as contas e posts que pode ver?

Ou num festival de música ativar um feed criado pela marca de telecomunicações e habilitar-se a encontrar os melhores posts dos artistas que lá vão atuar e ainda ganhar prémios? Com isto, poderíamos inclusive resolver os problemas de controlo e moderação que hoje afetam acontecimentos como umas eleições, onde deixa de ser possível haver a influência sobre um feed, mas onde cada utilizador tem a opção de ativar o feed das marcas e das contas em que confia.

A ideia de base é esta, de que a Web3 traga soluções finalmente também para as redes sociais, passando a permitir a mesma interoperabilidade que, por exemplo, já se trabalha para os Metaversos, para que os itens que compra no Fortnite possa levar para o Horizon ou Spatial e vice-versa, sem estar bloqueado à plataformas A ou B. E isto nem é novo. Basta regressarmos aos anos 80 às BBS e aos newsgroups como base conceptual.

Certamente com eleições americanas no horizonte em 2024, contínuas audições no congresso norte-americano sobre a hegemonia das big tech a continuarem a decorrer, regulamentação europeia em torno da inteligência artificial (IA) e a criação da identidade digital, tudo isto e não só, fará deste tema igualmente incontornável a surgir cada vez mais em 2024 para prepararmos uma presença digital em grande parte muito, mas muito diferente.

No resto nada muda

Continuaremos a querer privacidade e a poder comunicar com quem mais gostamos, saber da vida uns dos outros, receber novidades sobre os temas do setor onde trabalhamos, inspiração em redor dos nossos hobbies e paixões, etc. Mas que, pelo menos, o passemos a fazer menos agrilhoados ao que uma empresa sozinha determinou e, sim, com opções mais livres e seguras.

Fogo fátuo?

“É uma boa ideia, mas ninguém a vai adotar”, dirão os mais céticos. Sim, é verdade que, para já, as maiores plataformas nesta área, como o Mastodon, são ainda difíceis de usar e não vão além de 10M de utilizadores. A Meta está a dar passos tímidos na Threads e pouco mais. Mas imagine que a Google decide algo tão simples como a integração destes protocolos no…. Gmail.

Imagine que, além das tabs onde recebe os emails e newsletters, tem uma tab de social onde pode seguir contas da marca A na rede social A e da pessoa B na rede social B, tudo junto num feed sem ter de andar a abrir e instalar quatro apps de quatro redes sociais, fazendo tudo partindo da app do Gmail: gostos, comentários, etc?

Mais uma vez, um dos princípios da economia digital emergidos na Web 2.0 vem à tona: os agregadores vencem. Neste caso, vencerá um dos maiores e aquele que, silenciosamente, pouco tem falado sobre este tema, mas dos que mais tem a ganhar e a Meta mais a perder. Os dados estão lançados.

Artigo de opinião assinado por Ricardo Tomé, diretor coordenador da Media Capital Digital e docente na Católica Lisbon School of Business and Economics

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Manuel Luís Goucha junta-se ao Lidl para celebrar a Páscoa

A marca conta com a experiência do apresentador da TVI, enquanto embaixador Deluxe, para promover a gama ‘premium’ do Lidl

O Lidl volta a unir-se a Manuel Luís Goucha para promover a gama Deluxe. Os vídeos da nova campanha para a Páscoa, sob o mote ‘Como o Manuel Luís Gosta’, estão disponíveis no canal de YouTube do Lidl Portugal e mostram o apresentador da TVI a explorar os sabores da gama Deluxe.

A marca conta com a experiência do apresentador da TVI, enquanto embaixador Deluxe, para promover a gama ‘premium’ do Lidl a preços acessíveis. A parceria entre o Lidl e Manuel Luís Goucha prolonga-se ao longo do ano e está presente em publicidade exterior, nas páginas Deluxe dos folhetos do Lidl Portugal e nas redes sociais Facebook e Instagram do apresentador, onde os seguidores vão poder acompanhar sugestões de produtos da Deluxe.

 

 

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Max lança plano com anúncios em Portugal

A equipa da Warner Bros. Discovery e a Sapo Sales House são responsáveis ​​pela comercialização da publicidade da Max em Portugal, que conta com anúncios ‘pre-roll’ e ‘mid-roll’, formatos de publicidade personalizados e opções de segmentação para as marcas

A Max vai lançar o novo plano de subscrição ‘Basic com anúncios’, em Portugal a partir de 8 de Abril com o custo de €5,99 por mês ou €59,90 por ano. Os subscritores do novo plano passam a estar sujeitos a ver publicidade antes e enquanto o conteúdo escolhido estiver a ser exibido, com a empresa a referir que se pode contar com “formatos de publicidade personalizados e uma variedade de opções de segmentação para criar um máximo impacto”.

“Temos o prazer de enriquecer o nosso serviço de streaming Max e lançar em Portugal uma nova forma de o público subscrever o serviço e aceder a centenas de títulos ​​que fazem parte do nosso grupo. Estamos conscientes de que os investidores querem divulgar as suas mensagens através de meios fiáveis, sólidos e com um posicionamento claro e diferenciado no mercado”, revela Alessandro Araimo, vice-presidente executivo e diretor-geral da Warner Bros. Discovery Iberia e Itália, em comunicado de imprensa.

A equipa de vendas local da Warner Bros. Discovery e a Sapo Sales House, empresa de media que comercializa anúncios digitais em Portugal, vão ser responsáveis ​​pela comercialização da publicidade da Max em Portugal, que vai contar com anúncios ‘pre-roll’ e ‘mid-roll’, formatos de publicidade personalizados e opções de segmentação para as marcas.

Além da Max, a Disney+ e a SkyShowtime também já dispõem de subscrições com publicidade em Portugal e oferecem propostas semelhantes. Além do plano ‘Basic com Anúncios’, que passa a estar disponível em 14 países europeus, os assinantes da Max podem escolher ainda os planos ‘Standard’, com o valor de €9,99 mensais e €99,90 anuais, e ‘Premium’, com o preço de €13,99 mensais e €139,90.

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Amorim e Rockwell promovem cortiça em Milão

A Casa Cork by David Rockwell (na foto) vai estar presente na Milan Design Week, entre 8 e 13 de abril, para mostrar como a cortiça pode ser integrada de forma sustentável e criativa em projetos de arquitetura e ‘design’

A Corticeira Amorim vai estar presente na Milan Design Week 2025, em Itália, entre os dias 8 e 13, numa parceria estratégica com o Rockwell Group, grupo internacional de arquitetura e design. A colaboração concretiza-se através da exposição imersiva Casa Cork, concebida por David Rockwell.

A participação no evento promocional é desenvolvida no âmbito do Cork Collective, programa de sustentabilidade centrado na recolha e na reciclagem de rolhas nos Estados Unidos, fundado pela Corticeira Amorim com outros parceiros, com o objetivo de reduzir o desperdício e promover a economia circular.

“Através da promoção de campanhas de recolha e reciclagem de rolhas a nível internacional, temos procurado transformar a perceção do público, informando e sensibilizando para que reconheçam que uma rolha de cortiça não é um resíduo. Pelo contrário, é uma matéria-prima natural, que pode ganhar uma nova vida, ser transformada em novas e diversas aplicações”, explica António Rios de Amorim, presidente e CEO da Corticeira Amorim, citado em comunicado de imprensa.

A Casa Cork by David Rockwell dá a oportunidade aos visitantes de conhecerem a fundo o mundo da cortiça através de uma experiência interativa, da participação em workshops e de uma mostra de produtos inovadores e de designers internacionais, que destacam a versatilidade da cortiça.

“Na Casa Cork, a comunidade do design terá oportunidade de ouvir a reflexão e o testemunho de alguns dos mais destacados criativos que que trabalham na vanguarda do design sustentável”, salienta David Rockwell, fundador e presidente do Rockwell Group, citado no documento.

O espaço expositivo será também usado para a apresentação dos seis projetos vencedores do concurso de design para Estudantes, desenvolvido pelo Cork Collective com o apoio da Amorim Cork Solutions e da Amorim Cork Itália, envolvendo estudantes do Politecnico di Milano e da da Parsons School of Design, de Nova Iorque.

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Forbes Portugal e Forbes África Lusófona estreiam-se no Sapo

“A integração destes conteúdos no universo do Sapo reflete um compromisso conjunto com a diversidade e a qualidade da informação”, refere a Media Nove

Os artigos da Forbes Portugal e Forbes África Lusófona, revistas da Media Nove, passam a fazer parte do universo dos conteúdos do Sapo, portal nacional de agregação, produção e curadoria de conteúdos e ativos digitais, reforçando o acesso a informação nas áreas da economia, negócios e empreendedorismo, em Portugal e nos países africanos de língua oficial portuguesa.

“A integração destes conteúdos no universo do Sapo reflete um compromisso conjunto com a diversidade e a qualidade da informação, proporcionando aos leitores uma visão mais abrangente e crítica sobre os mercados e a economia lusófonos”, refere a Media Nove em comunicado de imprensa.

A partir de agora, os utilizadores do Sapo terão acesso direto a artigos, análises especializadas, entrevistas exclusivas e reportagens sobre líderes, empresas e tendências de mercado, tanto em Portugal como na comunidade lusófona da Forbes, através do portal sapo.pt e da secção de economia em https://www.sapo.pt/noticias/economia.

A Forbes Portugal, desde o seu lançamento em 2015, destaca protagonistas e inovações no tecido empresarial português, enquanto a Forbes África Lusófona, criada em 2021, faz a cobertura da atividade económica em Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Guiné Equatorial.

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Coacionista da Nova Expressão ganha conta de meios da Spectrum por €728 milhões

A Horizon Media, agência da rede internacional de agências de media independentes Local Planet, conquistou a conta do operador de telecomunicações Spectrum, por um valor de 800 milhões de dólares

A Horizon Media, coacionista da Nova Expressão, conquista a conta de meios do operador de telecomunicações norte-americano Spectrum, pelo valor de 800 milhões de dólares (€728 milhões).

A Spectrum é o operador de telecomunicações e de televisão por subscrição com maior crescimento dos Estados Unidos. A empresa opera em 41 estados, conta com cerca de 31,5 milhões de clientes e alcançou uma faturação de 55 mil milhões de dólares (€50 mil milhões) em 2024.

“A expetativa da Nova Expressão, bem como de toda a rede de agências da Local Planet com esta notícia, é enorme, tendo em conta o desafio que representa esta conquista e a consequente transferência de tecnologia de que todos irão beneficiar”, sublinha a agência de meios portuguesa em comunicado de imprensa.

A Horizon Media, que integra a rede internacional de agências de media independentes Local Planet, é proprietária da plataforma de dados Blu, capaz de gerar e de otimizar campanhas de meios altamente personalizadas com base em informações do consumidor obtidas em tempo real. A ferramenta está a ser integrada noutras agências da Local Planet, incluindo a Nova Expressão.

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Hugo Veiga no júri de Titanium do Cannes Lions

O criativo, que conta com cerca de 60 Leões do Festival Internacional de Criatividade de Cannes, vai avaliar projetos que se destaquem pela natureza revolucionária

Hugo Veiga, cofundador e diretor criativo executivo global da AKQA, integra o júri dos Titanium Lions do Festival Internacional de Criatividade Cannes Lions. O profissional, que regressa a Portugal em fevereiro para liderar a criatividade global da agência do grupo WPP, avalia projetos que se destacam pela sua natureza revolucionária.

“Os Titanium Lions celebram a criatividade revolucionária. O trabalho deve abrir novos caminhos na comunicação de marcas, com um caráter provocador, inovador e inspirador, que marque uma nova direção para a indústria e a faça progredir”, refere a organização do Cannes Lions na página oficial do festival, que terá lugar entre 16 e 20 de junho de 2025.

No currículo, Hugo Veiga conta com cerca de 60 Leões do Festival Internacional de Criatividade de Cannes, entre os quais se destacam 25 Ouros e quatro Grandes Prémios, com as campanhas ‘Dove Real Beauty Sketches’, ‘Nike Air Max Graffiti Stores’, ‘Bluesman’ e ‘Nike Never Done Evolving feat. Serena’. O criativo, natural do Porto, é distinguido como o melhor redator do ano no Cannes Lions 2013.

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Meta faz ‘lobbying’ para evitar julgamento sobre abuso de posição dominante

A empresa de Mark Zuckerberg (na foto) defende que as aquisições têm sido benéficas para os consumidores, e que o processo é fundamentado numa visão restrita do setor das redes sociais

Mark Zuckerberg, fundador e CEO da Meta Platforms, está a pressionar o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para que este promova um acordo que impeça o arranque do julgamento na Comissão Federal de Comércio (FTC) dos Estados Unidos, previsto para 14 de abril, e no qual a Meta será julgada por abuso de posição dominante no mercado das redes sociais pessoais, noticia o The Wall Street Journal.

“Reunimo-nos regularmente com os decisores políticos para discutir questões que afetam a competitividade, a segurança nacional e o crescimento económico do país”, esclarece um porta-voz da Meta à Reuters.

A FTC tem estado na linha da frente de uma intervenção contra as grandes empresas de tecnologia que começa durante o primeiro mandato de Donald Trump e continua durante a presidência de Joe Biden. Os deputados democratas dos Estados Unidos têm questionado o compromisso do atual presidente em dar continuidade aos processos.

O presidente da FTC, Andrew Ferguson, declara que pretende prosseguir com os processos da comissão contra a Meta. A FTC processa a empresa liderada por Mark Zuckerberg em 2020, durante o primeiro mandato de Donald Trump, com o argumento de que a empresa terá atuado ilegalmente para manter um monopólio sobre as redes sociais.

“A Meta, então conhecida por Facebook, pagou mais pelo Instagram em 2012 e pelo WhatsApp em 2014 para eliminar ameaças emergentes em vez de competir por conta própria no ecossistema dos dispositivos móveis”, sustenta um porta-voz da FTC, citado no The Wall Street Journal.

A empresa sediada na Califórnia defende que as aquisições têm sido benéficas para a concorrência e para os consumidores e que o processo da FTC é fundamentado numa visão restrita do setor das redes sociais, não contemplando a concorrência proveniente do TikTok da ByteDance, do YouTube da Google, do X de Elon Musk e do LinkedIn da Microsoft.

Os reguladores da concorrência da FTC e do Departamento de Justiça dos Estados Unidos têm a decorrer cinco ações judiciais contra as grandes empresas tecnológicas. A Amazon e a Apple estão a ser processadas e a Google, da Alphabet, enfrenta dois processos, incluindo um em que o juiz concluiu que a empresa terá impedido ilegalmente a concorrência no setor dos motores de busca.

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Francisca Ponce da Silva e Sousa reforça realizadores da Hand

“Com entusiasmo, abracei esta nova parceria, acreditando que me permitirá dar asas à imaginação e contribuir de forma criativa para a indústria do meu país”, refere a realizadora (na foto) que aposta no mercado publicitário

Francisca Ponce da Silva e Sousa reforça a equipa de realizadores da Hand, agência criativa e produtora audiovisual. Licenciada em arte e multimédia pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, inicia a carreira como operadora de câmara e editora em projetos independentes, evoluindo depois para a realização e edição de videoclipes para plataformas de música e bandas independentes.

“A Hand tem sido uma grande impulsionadora do meu trabalho, confiando na minha visão e identidade enquanto realizadora. Tem sido uma verdadeira ‘mão’ no mercado publicitário. Com entusiasmo, abracei esta nova parceria, acreditando que me permitirá dar asas à imaginação e contribuir de forma criativa para a indústria do meu país”, explica a nova realizadora da Hand.

Francisca Ponce da Silva e Sousa ganha visibilidade na realização de curtas-metragens experimentais e filmes de moda, trabalhando também como assistente de realização com cineastas nacionais e internacionais. Recentemente, aposta na realização comercial, primeiro em Portugal e depois no México, onde continua a explorar novas formas de contar histórias.

“Pela sua energia, pelo seu lado artístico, esteta e sensorial, pelas formas de texturas disruptivas que utiliza, pelos experimentalismos que faz e pelo modo como encara a sonorização, a Francisca Ponce da Silva e Sousa é a ‘mão’ certa para complementar a nossa oferta de realizadores”, afirma ao M&P Gonçalo Morais Leitão, fundador da Hand.

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WPP investe em gestão de dados e IA com aquisição da InfoSum

O WPP sublinha que a aquisição da InfoSum faz parte de um plano contínuo para deixar de se basear em gráficos de identificação, que ligam o email, o telefone, os cookies e outras fontes de dados para criar perfis de clientes de que as marcas podem tirar partido

O WPP adquire a InfoSum, empresa britânica de tecnologia e gestão de dados, para complementar o portefólio de ativos focados em dados, que pretende combinar com inteligência artificial (IA) para ajudar os clientes a alcançar os consumidores com maior eficácia.
A empresa, que conta com 65 colaboradores, foi avaliada em cerca de 300 milhões de dólares (€269,9 milhões) em 2021 e passa a estar sob a alçada do GroupM.

Nos termos do acordo, cujo valor não é adiantado, a InfoSum mantém a denominação e a estrutura atuais, e continuará a trabalhar com outras ‘holdings’. Brian Lesser, CEO do GroupM, salienta que a aquisição permite ao WPP disponibilizar uma solução de dados completa aos clientes, integrada no grupo.

“A integração direta da rede global de dados da InfoSum permite aos nossos clientes criar ainda mais valor a partir dos seus dados primários e permite-nos treinar os modelos de IA dos clientes com base na maior quantidade de dados e locais, a uma escala e velocidade sem precedentes”, esclarece Brian Lesser, em comunicado de imprensa.

Esta aquisição é a mais recente de uma corrida aos dados entre as principais ‘holdings’ de publicidade. Em março, o Publicis Groupe adquire a Lotame, plataforma norte-americana de gestão de dados, numa aposta que Arthur Sadoun, CEO do Publicis Groupe, considera fundamental para reforçar a capacidade da empresa de identificar e atingir os consumidores a nível mundial.

O WPP sublinha que a aquisição da InfoSum faz parte de um plano contínuo para deixar de se basear em gráficos de identificação, que ligam o ’email’, o telefone, os ‘cookies’ e outras fontes de dados para criar perfis de clientes de que as marcas podem tirar partido. Mark Read, CEO do WPP, revela que o grupo está a adotar um modelo de aprendizagem mais integrado, que se concentra em manter os dados dos consumidores anónimos e num único local, sem deixar de fornecer ‘insights’ sobre os consumidores.

Além das capacidades de proteção da privacidade, a InfoSum também tem acesso a dados provenientes de grandes plataformas de consumo, como o Channel 4, a DirecTV, a ITV, a Netflix, a News Corp e a Samsung Ads, de grandes retalhistas e de 5 mil milhões de pontos de contacto, através de parceiros como a Circana, a Experian, a Dynata, a NCSolutions e a TransUnion. Estes dados vão ser combinados com a atual base de dados do WPP para potenciar o WPP Open, a solução de IA integrada do grupo.

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Nuno Tiago Pinto é o novo diretor do Sol e do i

“A nomeação de Nuno Tiago Pinto (na foto) tem como objetivo reforçar a produção de conteúdos de qualidade e multiplataforma, contribuindo para enfrentar os desafios do jornalismo atual”, esclarece o grupo Newsplex

Nuno Tiago Pinto é o novo diretor do Sol e do i, substituindo Vítor Rainho, que ocupou o cargo de diretor interino das duas publicações nos últimos meses e que se mantém no sol como jornalista. Nuno Tiago Pinto, que foi diretor da revista Sábado entre setembro de 2022 e janeiro de 2025, inicia funções a 2 de abril.

“A nomeação de Nuno Tiago Pinto tem como objetivo reforçar a produção de conteúdos de qualidade e multiplataforma, contribuindo para enfrentar os desafios do jornalismo atual. Com uma trajetória notável na revista Sábado, onde foi responsável pela estratégia editorial, o novo diretor assume o compromisso de levar o Sol e o i a uma nova fase de crescimento, respeitando sempre os princípios da independência, rigor e imparcialidade”, informa o grupo Newsplex, dono dos dois títulos em comunicado de imprensa.

Com formação em jornalismo e em relações internacionais, Nuno Tiago Pinto iniciou a carreira como jornalista na SIC Notícias, em 2002, transitando depois para O Independente, chegando a editor em 2005. Na Sábado, onde entra em dezembro de 2005, foi jornalista, editor, editor executivo e chefe de redação, antes de ser promovido a diretor.

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