Consumidores preferem marcas amigas do ambiente
O estudo “Mudança climática: Percepção do consumidor e as suas implicações no marketing e comunicação”, realizado pela Havas Media em nove países (Espanha, EUA, Reino Unido, França, Alemanha, Índia, China, […]
Rodrigo Leite
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O estudo “Mudança climática: Percepção do consumidor e as suas implicações no marketing e comunicação”, realizado pela Havas Media em nove países (Espanha, EUA, Reino Unido, França, Alemanha, Índia, China, Brasil e México), junto de 11 mil indivíduos, indicou que três em cada quatro consumidores optam por escolher marcas que se preocupam com causas ambientalistas e que estejam a tentar reduzir activamente o seu impacto no aquecimento global.
As empresas que optam pelo marketing verde, sublinha o estudo, têm de transmitir mensagens claras, consistentes e transparentes, para que o consumidor não duvide da sua veracidade. Além disso, é necessário adequar a mensagem ao público-alvo e mostrar um benefício directo e pessoal para o consumidor. Segundo o Marketing News que avançou com estes resultados, os sectores considerados mais ecológicos são a banca e os meios de comunicação, enquanto as empresas petrolíferas e os transportadores aéreos são os que menos respeitam o meio ambiente, na opinião dos consumidores.
O estudo também divide as marcas em quatro grupos: as marcas líderes, que convidam os consumidores a segui-las, as marcas educadoras, que ajudam o consumidor a conhecer o problema, as marcas facilitadoras, que facilitam o desempenho do consumidor, e as marcas contribuidoras, que partilham o esforço com o consumidor. Os entrevistados também foram segmentados em três categorias. Os absortos, que representam 43% do total de entrevistados, conhecem bem as causas dos problemas ambientais, temem por consequências em larga escala e identificam a actividade do homem como o principal causador do problema. Já os atentos representam 45% e são o grupo dominante. Têm boa compreensão do papel que representa o CO2 e temem ainda o efeito que as alterações climáticas possam ter nas suas vidas e nas gerações futuras. Por último, os apáticos, representantes de 12% dos entrevistados, minimizam os riscos e projectam o problema a um nível global para poderem excluir-se de culpas e responsabilidades.