O futuro do digital: 3 caminhos para marcar no mapa
Artigo de opinião de Ricardo Carreira, CMO da Adclick
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No digital, tudo pode (e deve) ser adaptado às naturais oscilações comportamentais do mercado. Tenho notado que, no geral, há actualmente três caminhos bem destacados nas estratégias digitais de todo o mundo: a publicidade digital, a influência e o conteúdo próprio. Vejo, nestas três áreas, vantagens e desafios:
A publicidade digital
68% dos marketeers avaliam a publicidade como “importante” ou “muito importante” para a estratégia digital (Hubspot); embora a publicidade digital não seja novidade em 2021, colocam-se agora novos cenários de implementação. Por um lado, o aumento do investimento fez crescer o uso de bloqueadores de anúncios (Statista), obrigando os anunciantes a repensar as campanhas; por outro, o crescimento de novos espaços publicitários abre a porta à optimização dos anúncios para diferentes plataformas e formatos.
Talvez porque ainda não existem respostas infalíveis para estes desafios – ou porque 70% dos profissionais continuam a encontrar melhores resultados no SEO do que no PPC (Databox) -, a publicidade digital continua a não dominar a estratégia digital global. Vejo-a, por isso, como um caminho não exclusivo para o futuro do digital.
A influência
Os influenciadores continuam a ser um elemento difícil de equilibrar nas estratégias digitais. É certo que 89% dos marketeers acreditam na eficácia da abordagem (Social Media Today), mas a fatiga de conteúdo promocional é, cada vez mais, uma realidade.
Para não sobrecarregarem a audiência, muitas marcas começam a privilegiar os micro e nano-influenciadores (Digital Business Lab), optando por apostar em nichos específicos de mercado: 88% dos profissionais já dão preferência a influenciadores com menos de 100 mil seguidores e 35% descem a fasquia máxima para os 10 mil (Social Media Today).
Não antevendo, de todo, a morte do marketing de influência num futuro próximo, vejo este caminho a tomar uma direção que me é familiar: não estamos nós a falar da boa e velha estratégia de conteúdo, mas assinada por uma entidade que não é a própria marca?
O conteúdo próprio
51% dos consumidores recorrem ao Google para estudar os produtos antes de os comprar online (Think With Google). O conteúdo continua a ser uma via larga para o sucesso estratégico: além dos resultados comprovados, tem a vantagem de ser versátil em termos de formatos.
Num contexto em que os orçamentos de Marketing apertam, entende-se que o conteúdo textual seja mais fácil de garantir; ainda assim, continuo a ver grande potencial no vídeo, sobretudo para os que chegarem primeiro.
Reconheço, nesta tríade de caminhos, uma complementaridade que pode trazer às marcas tudo o que elas precisam para vencer num mercado pós-pandémico e altamente competitivo: presença digital, reconhecimento dos consumidores e qualidade do conteúdo. A começar por algum lado, começaria 2021 por aqui – o resto o mercado ditará.
Artigo de opinião de Ricardo Carreira, CMO da Adclick