Meta e Google apostam em soluções geotérmicas para obter energia renovável
Há urgência de mais eletricidade devido à inteligência artificial e consequente aumento de centros de dados (na foto) que requerem energia 24 horas por dia, que as turbinas eólicas e os painéis solares, por si só, não conseguem fornecer
Daniel Monteiro Rahman
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Para fazerem face às dificuldades em encontrar fontes de energia renovável para alimentar os centros de dados que planeiam construir, algumas empresas tecnológicas, como a Meta e a Google, estão a apostar numa solução inovadora: extrair o calor das camadas mais profundas da superfície da Terra para criar energia eléctrica isenta de emissões, utilizando técnicas de extração semelhantes às do petróleo e do gás natural, noticia o The New York Times.
A 26 de agosto a Meta anunciou um acordo com a startup Sage Geosystems para desenvolver até 150 megawatts, quantidade suficiente para abastecer 70 mil casas, de um novo tipo de energia geotérmica que vai ajudar a alimentar os centros de dados da empresa de tecnologia norte-americana.
A Sage Geosystems pretende recorrer a técnicas de perfuração semelhantes às que têm ajudado a extrair grandes quantidades de petróleo e gás natural das rochas de xisto. Mas em vez de explorar fontes de combustíveis fósseis, a empresa planeia criar fraturas a milhares de metros abaixo da superfície da terra e canalizar água para as mesmas. O calor e a pressão no subsolo aquecem a água ao ponto de poder ser utilizada para gerar eletricidade numa turbina, tudo isto sem os gases com efeito de estufa que estão a causar o aquecimento global.
“É basicamente a mesma tecnologia de fraturamento hidráulico”, explica Cindy Taff, CEO da Sage Geosystems. “A diferença é que estamos a procurar energia térmica verde em vez de hidrocarbonetos como o petróleo e o gás natural”, acrescenta.
A Google, por seu lado, estabeleceu uma parceria com a Fervo Energy, também uma startup especializada em energia geotérmica, para construir uma central experimental de cinco megawatts no Nevada. As duas empresas chegaram recentemente a um acordo para o fornecimento de uma maior quantidade de energia geotérmica nos próximos anos para os centros de dados da Google.
Os novos acordos são os mais recentes indícios do interesse crescente por novos tipos de energia geotérmica que poderão fornecer uma quantidade elevada de eletricidade isenta de emissões, 24 horas por dia, e complementar fontes de energia renováveis como a energia eólica e a solar.
As empresas de tecnologia estão a enfrentar uma necessidade urgente de mais eletricidade, dado que o crescimento do interesse pela inteligência artificial tem conduzido a um aumento dos centros de dados, que normalmente requerem energia 24 horas por dia, o que as turbinas eólicas e os painéis solares por si só não conseguem fornecer.