Receitas do IPG caem 6,9% para €2,04 mil milhões
O IPG mantém a previsão de uma redução das receitas de faturação entre 1% e 2%. “Se houver um abrandamento, mostrámos que somos capazes de navegar em circunstâncias desafiantes”, enfatiza Philippe Krakowsky, CEO do IPG

Daniel Monteiro Rahman
As receitas mundiais de faturação do Interpublic Group (IPG) diminuem 6,9% no primeiro trimestre de 2025, para 2,32 mil milhões de dólares (€2,04 mil milhões) face ao período homólogo, à medida que se aproxima a conclusão da fusão com o Grupo Omnicom.
Philippe Krakowsky, CEO do IPG, sublinha que os resultados estão em linha com as expetativas, e que as três grandes perdas de clientes ocorridas em 2024 [Pfizer, Amazon e Lego], provocaram um impacto negativo em 2025, afetando o crescimento entre 4,5% e 5%.
“O volume de negócios estrutural é positivo, com um crescimento entre 1% e 1,5% em termos líquidos”, revela Philippe Krakowsky, salientando que a dinâmica da IPG Mediabrands, da Deutsch, da Golin e da Acxiom, bem como o crescimento do grupo na América Latina, ajudaram a mitigar o impacto das referidas perdas.
No que diz respeito aos resultados orgânicos segmentados por região, o grupo revela uma tendência de descida nos primeiros três meses do ano, com uma queda de 0,4% na Europa, 6,1% no Reino Unido, 4% nos Estados Unidos e 1,5% na região Ásia-Pacífico.
Contudo, o IPG apresenta um crescimento de 2,9% noutros mercados (Canadá, Médio Oriente e África) e de 3,1% na América Latina, face ao ano anterior. A empresa espera ainda gastar entre 300 e 350 milhões de dólares (€264 e €308 milhões) em custos de reestruturação com vista à fusão com o Grupo Omnicom.
Relativamente a 2025, o IPG mantém a previsão de uma redução das receitas de faturação entre 1% e 2%. “Se houver um abrandamento, mostrámos que somos capazes de navegar em circunstâncias desafiantes. Continuamos a fornecer serviços de que os profissionais de marketing necessitam para obter resultados comerciais e de vendas, independentemente da fase do ciclo económico em que nos encontramos”, enfatiza o CEO do IPG, em relação à guerra comercial em curso.