Faturação do WPP desce 5% para €3,81 mil milhões
As receitas de faturação do WPP diminuem em todas as regiões em que atua, com quedas de 17,4% na China, 12,4% na Europa Ocidental, 6% na América do Norte, 3,9% no Reino Unido e 8,4% nos restantes mercados

Daniel Monteiro Rahman
As receitas de faturação do WPP descem 5% nos primeiros três meses do ano, para 3,24 mil milhões de libras (€3,81 mil milhões), em comparação com o período homólogo, revelam os resultados financeiros da ‘holding’ de agências multinacionais.
Descidas acentuadas da faturação na Europa e na China, país onde regista perdas na sequência de uma investigação policial em Xangai, são algumas das causas apontadas.
“Não quero dar a impressão de que estamos satisfeitos com estes resultados. Não estamos”, declara Mark Read, CEO do WPP, aos jornalistas na conferência de imprensa sobre os resultados, acrescentando que “não é onde queremos estar e temos planos concretos para abordar as áreas com um desempenho competitivo insuficiente”.
As receitas de faturação do WPP diminuem em todas as regiões em que atua, com quedas de 17,4% na China, 12,4% na Europa Ocidental, 6% na América do Norte, 3,9% no Reino Unido e 8,4% noutros mercados, que incluem as regiões Ásia-Pacífico, América Latina, África e Médio Oriente, bem como Europa Central e Oriental. A faturação trimestral do GroupM, a principal peça do plano de recuperação do WPP, diminui 0,9%, devido a “perdas de clientes de anos anteriores e fraqueza na China”.
Mark Read revela ainda que o WPP ainda não foi impactado pela reação dos clientes às tarifas comerciais, optando por manter a previsão de receitas inalteradas ou com quedas até 2%, em 2025.
“Nesta altura, não vimos qualquer alteração significativa nos gastos dos clientes e reafirmamos a nossa previsão para o ano inteiro, que já refletia um ambiente desafiante. Como sempre, permanecemos ágeis e continuaremos a ser disciplinados na forma como estamos a gerir a nossa base de custos”, revela o CEO do WPP, no comunicado que apresenta os resultados.