Peso do comércio electrónico no PIB português já chega aos 40%
O comércio electrónico terá movimentado perto de 75 mil milhões de euros na economia portuguesa em 2017, alcançando já um peso no PIB nacional na ordem dos 40%. A plataforma de comércio electrónico mais utilizada pelos portugueses (excluindo o portal de classificados OLX) é o chinês AliExpress, a par do eBay e do Booking.
Pedro Durães
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O comércio electrónico terá movimentado perto de 75 mil milhões de euros na economia portuguesa em 2017, alcançando já um peso no PIB nacional na ordem dos 40%. Os números constam da edição de 2018 do Estudo da Economia Digital em Portugal, desenvolvido pela ACEPI em parceria com a IDC e apresentado esta quinta-feira por Alexandre Nilo Fonseca, presidente da associação. Segundo os dados apurados pelo estudo, que é realizado desde 2009, “continua a crescer a bom ritmo” a percentagem da população portuguesa que utiliza a internet, bem como a percentagem de portugueses que faz compras online, dois números que, antecipou Alexandre Nilo Fonseca, tenderão a aproximar-se progressivamente nos próximos anos.
No ano de 2017, foi quantificada em 76% a percentagem de utilizadores de internet em Portugal enquanto a percentagem da população que efectivamente realizou compras online chegou aos 38%, sendo que este valor, sublinhou o presidente da ACEPI, corresponde a quase quatro em cada 10 portugueses e não a quatro em cada 10 utilizadores de internet. No espaço de quatro anos, prevê o estudo, esta percentagem deverá continuar a crescer e representará já mais de metade da população portuguesa.
Em valores absolutos, o número de utilizadores de internet em Portugal ronda actualmente os 7,5 milhões, com cerca de 3,5 milhões de portugueses a comprarem produtos e serviços através da internet, enquanto em 2025 se estima que esses valores subam para mais de 8,3 milhões e 7,1 milhões, respectivamente, encurtando o hiato entre quem apenas usa a internet e quem a utiliza para comprar produtos e serviços. Dos quase 75 mil milhões de euros movimentados pelo comércio electrónico em 2017, 70.2 milhões de euros correspondem a comércio electrónico B2B (com um crescimento de 11,1% face a 2016) e 4.6 mil milhões de euros são relativos ao comércio online B2C (com um crescimento de 11,3%). Até 2025 estima-se que este valor quase duplique para muito próximo dos 9 mil milhões de euros.
Apesar de cada vez mais portugueses comprarem online, com maior volume transaccionado, e de se registar um crescimento ao nível da oferta nacional de plataformas de comércio electrónico, Alexandre Nilo Fonseca chama para o desafio colocado à economia portuguesa e às empresas nacionais já que “o facto de se movimentar mais dinheiro no comércio electrónico não significa que os portugueses estão a gastar mais dinheiro ou têm mais dinheiro para gastar, esse gasto está é a ser transferido do físico para o digital e para plataformas de comércio online estrangeiras”.
Segundo o estudo, 90% dos portugueses que compram online recorrem a sites internacionais, com a China, Espanha, Reino Unido e EUA a ocuparem as posições cimeiras. Sintomático desse desafio é o facto de a plataforma de comércio electrónico mais utilizada pelos portugueses (excluindo o portal de classificados OLX) ser o chinês AliExpress, a par do eBay e do Booking. Só depois surgem, a par da Amazon, as primeiras insígnias com lojas online locais: a Worten e a Fnac, seguidas do Continente, La Redoute e Wook.
Este tema será desenvolvido na próxima edição impressa do M&P