SIC rejeita acusação de “combinação” com GfK para manipular audiências a seu favor: “É absolutamente falsa, de má-fé e lesiva”
Em causa está uma notícia publicada na edição desta quarta-feira do recentemente relançado semanário Tal & Qual, que teve réplica na TVI24, onde a SIC é acusada de concertação com a empresa responsável pela medição de audiências com o objectivo de “aumentar artificialmente os números do canal”.

Pedro Durães
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“É absolutamente falsa, de má-fé e lesiva a acusação que o Tal & Qual e a TVI tentam fazer passar de concertação entre SIC e a empresa que mede as audiências para a CAEM, a GfK”, reagiu, em comunicado, a estação de Paço de Arcos. Em causa está uma notícia publicada na edição desta quarta-feira do recentemente relançado semanário, que teve réplica na TVI24, onde a SIC é acusada de concertação com a empresa responsável pela medição de audiências com o objectivo de “aumentar artificialmente os números do canal de Francisco Pedro Balsemão”. A mesma notícia avança que as suspeitas levantadas sobre a estação de Paço de Arcos terão despoletado uma investigação do DCIAP.
Além de considerar “absolutamente falsa, de má-fé e lesiva a acusação”, a SIC e o grupo Impresa garantem que “não estão a par de qualquer investigação nem foram contactados pelas autoridades sobre este assunto” e prometem “recorrer aos meios legais ao seu dispor para defender a sua reputação”.
“Tal como o resto do mercado, representado pela CAEM (que agrega anunciantes, agências e meios de comunicação social), excepto, aparentemente, a TVI, confiam no sistema de medição de audiências em vigor, algo que acontecia mesmo durante os anos em que a SIC não foi líder de audiências”, sublinha, no mesmo comunicado, o grupo liderado por Francisco Pedro Balsemão.
A estação de Queluz, recorde-se, tem manifestado publicamente as suas reservas relativamente ao sistema de medição de audiências, referindo ter identificado “discrepâncias” quando se comparam os resultados divulgados pela GfK/CAEM com os dados de que dispõem os operadores de televisão a partir das suas boxes e com a repercussão dos programas nas plataformas digitais.
Também a CAEM, que reagiu entretanto, “repudia, em absoluto, a presente tentativa de descredibilizar de forma infundada o sistema de medição de audiências televisivas”. “A CAEM sempre envolveu e prestou os devidos esclarecimentos aos seus associados, incluindo todos os operadores de televisão, acerca de todas as questões relacionadas com este tema”, assegura a entidade, reiterando “a sua confiança na idoneidade e credibilidade do sistema de medição de audiências em vigor e na importância de reforçar a sua estabilidade”.
Já a TVI, em comunicado emitido ao final desta tarde, defende que se “limitou a noticiar uma investigação da PGR, confirmada oficialmente, como tantas vezes acontece em relação aos mais variados temas e assuntos”. “É completamente falsa e sem sentido a acusação feita pelo grupo Impresa e SIC de que existiu má fé por parte da TVI”, responde a estação detida pela Media Capital, assegurando que “não quer contribuir para transformar este tema numa fonte de atrito entre canais televisivos, criando um ruído artificial para desviar as atenções do que é realmente importante”.
“O que está em causa é o apuramento da verdade e a assunção de eventuais responsabilidades, caso estas existam”, argumenta a estação de Queluz, manifestando “total disponibilidade para colaborar com as autoridades numa investigação séria, rigorosa e serena”. “A TVI quer acreditar que todos os principais players do sector do audiovisual e do meio televisivo nacional estão interessados na melhoria do sistema e dos mecanismos de regulação e medição das audiências em prol da transparência no sector”, remata a estação, justificando ser nesse sentido que “tem veiculado à direcção da CAEM as suas reflexões críticas, por entender que este é o fórum próprio para que sejam analisadas e quaisquer medidas correctivas sejam implementadas”.