Prejuízos das salas de cinema podem chegar aos 4,1 milhões de euros
As restrições aplicadas às salas de cinema nas chamadas semanas de contenção, nomeadamente a exigência de comprovativo de recuperação ou teste negativo que se mantém até ao próximo dia 9 de Janeiro, resultarão em prejuízos na ordem dos 4,1 milhões de euros, estimam duas associações do sector.

Pedro Durães
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As restrições aplicadas às salas de cinema nas chamadas semanas de contenção, nomeadamente a exigência de comprovativo de recuperação ou teste negativo que se mantém até ao próximo dia 9 de Janeiro, resultarão em prejuízos na ordem dos 4,1 milhões de euros, estimam duas associações do sector. “Previsões actualizadas esta semana apontam para perda de 700 mil espectadores, contrariando a expectativa inicial de 600 mil, o que representa um prejuízo de 4,1 milhões de euros”, apontam, num comunicado conjunto, a Associação Portuguesa de Defesa de Obras Audiovisuais (FEVIP) e a Associação Portuguesa de Empresas Cinematográficas (APEC).
Mais do que a efectividade das medidas em si, as duas associações criticam sobretudo “a falta de comunicação e coordenação com o sector”, recordando que “na passada semana a DGS actualizou (na mesma noite) as orientações relativas aos cinemas que, numa primeira instância, não obrigava à apresentação de teste, apenas prova de certificado digital”. “Num segundo momento, quando muitos cinemas já tinham tornado público junto dos clientes as novas medidas, surge novo documento a tornar obrigatória a apresentação de teste negativo à covid-19”.
“Nunca houve uma comunicação oficial atempada, por parte do Governo ou da Direcção-Geral da Saúde, sobre o tipo de regras a aplicar, impossibilitando a preparação eficaz das equipas, que comportam milhares de trabalhadores”, lamenta a direcção da APEC, sublinhando que este cenário faz com que seja “impossível informar claramente o público, daquele que é um dos sectores mais rentáveis da cultura portuguesa”.
“Para além do desajuste das medidas, é incompreensível a falta de solidariedade das entidades oficiais para com o sector da cultura, uma vez que não auscultam, previamente, quem todos os dias trabalha nesta área”, reforça António Paulo Santos, director-geral da FEVIP, queixando-se de que “muitas vezes estas medidas são dadas em cima da hora, actualizadas durante a noite ou até aplicáveis a datas que já passaram, lançando uma confusão tremenda a todos os níveis”.
Além da falta de comunicação por parte do executivo, o responsável critica igualmente a “assimetria na aplicação de medidas de saúde pública, no comparativo com outros sectores, como os casinos, os bingos e a restauração”. “Isto traz má imagem para os cinemas, onde não há um único relato de transmissão da doença”, sustenta António Paulo Santos.
Em causa está o período abrangido pelo agravamento de medidas, que na restauração e estabelecimentos de jogos de sorte ou azar foram aplicadas apenas nos dias 24, 25, 30 e 31 de Dezembro e no primeiro dia de Janeiro, “enquanto para os cinemas se estendem até 9 de Janeiro, passando por diferentes regimes de excepção”.