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“Enquanto for humana e economicamente possível, iremos manter a edição impressa”

David Pontes assumiu na última quinta-feira a direção do Público. Ao M&P, naquela que é a primeira entrevista nas novas funções, o até aqui diretor adjunto e responsável pela redação do Porto assegura que, apesar do peso que o digital já assume na operação do diário, em sentido contrário com o das vendas em papel, a edição impressa será para manter “até o mais longe possível, enquanto as nossas forças o permitirem, em termos de racionalidade económica e de esforço da redação”.

Pedro Durães
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“Enquanto for humana e economicamente possível, iremos manter a edição impressa”

David Pontes assumiu na última quinta-feira a direção do Público. Ao M&P, naquela que é a primeira entrevista nas novas funções, o até aqui diretor adjunto e responsável pela redação do Porto assegura que, apesar do peso que o digital já assume na operação do diário, em sentido contrário com o das vendas em papel, a edição impressa será para manter “até o mais longe possível, enquanto as nossas forças o permitirem, em termos de racionalidade económica e de esforço da redação”.

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David Pontes assumiu na última quinta-feira a direção do Público. Ao M&P, naquela que é a primeira entrevista nas novas funções, o até aqui diretor adjunto e responsável pela redação do Porto assegura que, apesar do peso que o digital já assume na operação do diário, em sentido contrário com o das vendas em papel, a edição impressa será para manter “até o mais longe possível, enquanto as nossas forças o permitirem, em termos de racionalidade económica e de esforço da redação”.

Ainda assim, o novo diretor do diário da Sonaecom admite que crescer na circulação impressa paga será “muito difícil, para não dizer impossível” e que a continuidade das edições em papel é uma questão que acabará por se colocar mais à frente já que “o produto generalista, diário, como nós o conhecemos, terá tendência para, cada vez mais, sofrer erosão das suas audiências e um dia, que nós esperamos o mais longe possível, desaparecer”.

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Com uma circulação paga total de 58.580, onde o digital representa já uma fatia de 48.199, o Público é caso único na imprensa generalista diária em Portugal ao registar uma circulação paga no digital quase cinco vezes superior à da sua edição impressa. Num cenário de quebra generalizada das vendas no papel, esta audiência predominantemente digital tem permitido que o diário se posicione frequentemente como a exceção, sendo muitas vezes o único título a alcançar saldo positivo na evolução da circulação paga apesar do recuo nas vendas da sua edição impressa.

Foi assim no primeiro trimestre deste ano, de acordo com o relatório da APCT divulgado na passada quarta-feira, onde foi o único generalista a registar um incremento da circulação paga (+2,6%). Resultado de uma estratégia que passou a colocar a tónica no crescimento da base de assinantes e que, assegura David Pontes na entrevista publicada na edição impressa do M&P, da qual aqui publicamos apenas um excerto, é para prosseguir e aprofundar.

Meios & Publicidade (M&P): Nos dados APCT mais recentes, relativos ao primeiro trimestre, o Público volta a surgir como o único título generalista com saldo positivo, registando uma evolução favorável da circulação total paga (+2,6%), para os 58.580. Um crescimento que está assente no digital, onde a circulação paga subiu 5,6 por cento, já que as vendas da edição impressa recuaram mais 9,2%, para uma média de 10.381 exemplares por edição. As hipóteses de crescimento na imprensa generalista residem agora, exclusivamente no digital? Crescer no papel já não é possível?

David Pontes (DP): É possível usar a nossa experiência editorial, o facto de sermos uma redação multipremiada em termos gráficos, para criar alguns produtos em papel. O produto generalista, diário, como nós o conhecemos, terá tendência para, cada vez mais, sofrer erosão das suas audiências e um dia, que nós esperamos o mais longe possível, desaparecer. Tirando alguns casos muito particulares, e nós temo-lo feito com alguns produtos como a revista Ímpar, que fazemos duas vezes por ano, ou algumas parcerias nas áreas dos vinhos e da cultura, onde somos referência e onde gostávamos de fazer mais coisas, porventura até estendermos a oferta nesse segmento do jornalismo cultural com produtos físicos também. Mas será um trabalho mais de nicho, do que propriamente acreditar que isso será, a prazo, um fluxo constante, quer de receitas quer de audiências. Não queremos deitar fora o saber que temos do papel, queremos rentabilizá-lo, mas temos noção de que, por muito gosto que ainda haja em algumas pessoas para consumir o jornal nesse formato, ele terá tendência a desaparecer. O que andamos à procura constantemente é permitir às pessoas uma visão do mundo que o jornal ajudava a criar, uma forma de hierarquizar informação, de explicar ao leitor o que é mais importante, porque está ali concentrado num meio finito. Na linguagem digital isso é mais complicado de trabalhar. Vamos ter em breve uma nova app, mais uma vez trabalhando para os assinantes. Embora ainda não esteja completamente fechado, deve ser exclusiva para assinantes e uma das novidades será uma espécie de playlist diária, em que as notícias mais importantes estarão lá em formato áudio, nesse sentido de trabalhar a questão da hierarquização, ajudando a traduzir o mundo e explicando às pessoas aquilo que nós – que temos a obrigação de ler mais, trabalhar os temas, falar com fontes, fazer perguntas – achamos que é o mais importante para o leitor.

M&P: Apesar de falarmos em saldo positivo, é preciso não esquecer que as assinaturas digitais representam menos receita em comparação com as vendas da edição impressa. Enquanto modelo de negócio, o crescimento da circulação digital será suficiente para garantir a sustentabilidade dos títulos?
DP: Claramente, até porque os custos de produção são muito mais baixos e esses custos no papel estão cada vez mais elevados. Tivemos uma terrível dor de cabeça, que felizmente tem vindo a atenuar, com uma série de coisas que têm vindo a acontecer na economia. Ainda esta semana foi notícia que o preço do transporte marítimo baixou para níveis pré-pandemia, mas durante um período sofremos com o aumento do preço do papel. Ainda não chegou cá, mas na Europa central e do norte o problema da distribuição está a causar enormes dores de cabeça a jornais com muito mais estatura e capacidade. Há questões do modelo de negócio, nomeadamente estes custos de produção e de distribuição, que pesam tanto na operação que fazem com que as assinaturas digitais, mesmo sendo muito mais baratas do que o valor pago pelo jornal impresso, se tornem bastante mais interessantes.

M&P: Como fecharam as contas do jornal em 2022?

DP: Pensámos sempre que as coisas iriam piorar, mas o resultado final não foi assim tão mau.

M&P: Numa entrevista ao M&P no final de 2020, Manuel Carvalho referia que o jornal só daria prejuízo nesse ano devido ao impacto da pandemia já que, atendendo ao desempenho do primeiro trimestre, o Público estaria já “numa situação de sustentabilidade ou no limite da sustentabilidade”. A situação de prejuízo seria então conjuntural e o Público iria “chegar à estabilização económica e financeira num curto prazo de tempo”. Essa estabilização já foi uma realidade em 2022?

DP: Manteve-se. O Público ainda luta com uma margem de prejuízo, mas que tem vindo a baixar. O jornal tem conseguido baixar gradualmente esse esforço que pede ao acionista e 2022 não foi exceção. Esperávamos, por várias contingências, que pudesse significar um recuo mas não.

M&P: Como é que responde às críticas que por vezes vos são dirigidas, de que é mais fácil quando se tem um acionista que suporta prejuízos há vários anos?

DP: Agradecendo muito ao acionista. Somos a maior redação de imprensa em Portugal e isso deve-se a esse encontro de vontades que aconteceu ali no princípio dos anos 90 entre uma série de jornalistas que quiseram fazer um jornal moderno e um acionista que o quis fazer sem incorrer em riscos. Acima de tudo, tenho de agradecer ao acionista e, depois, mostrar com trabalho, que estamos a corresponder ao desafio que foi colocado nessa altura e que se mantém bem firme. O facto de termos um acionista como este não nos faz esmorecer de maneira nenhuma na vontade de conseguir uma melhoria de sustentabilidade para o jornal e de corresponder com exigência àquilo que ele próprio entrega e que queremos que seja cada vez menos. Não nos acomodamos de maneira nenhuma, não vivemos à sombra de achar que estamos numa espécie de fundação e que isso nos dá direitos ilimitados para fazer o jornal. O jornal vive com contingências, o jornal gostava de estar nas eleições da Turquia, gostava de ter ido à Cisjordânia, gostava de estar com correspondentes em muito mais sítios do país, mas olhamos para isso com responsabilidade. Não é mais fácil para nós só porque temos este acionista. Até porque o acionista é exigente, e bem.


M&P: Tendo em conta essa situação de prejuízo, e olhando para o peso que a circulação digital tem na circulação paga do Público (48.199 de um total de 58.580), está em cima da mesa, ou terá estado em algum momento, acabar com a edição em papel e passarem a ser um jornal exclusivamente digital?

DP: Acho que vai estar. Não está neste momento. Enquanto for humana e economicamente possível manter uma edição impressa, iremos mantê-la. Até porque a edição em papel ainda tem um peso importante em termos de receitas, não só pelas vendas mas pela publicidade, porque ainda há muitas empresas e parceiros que querem ver fixadas no papel as suas mensagens. Depois, porque um legacy paper garante uma outra presença, uma outra acuidade, que um meio só digital não tem ainda conseguido impor. Há uma ideia de materialidade em relação à edição impressa que ajuda a que a marca Público seja mais forte do que se fosse apenas digital. Agora, o mundo está a mudar. É uma questão que tem sido repetida, até internamente. Evidentemente que fazer uma edição impressa tem um custo em termos de máquina de produção que não é irrelevante. Se nos libertássemos de alguns desses custos, teríamos certamente mais forças em determinadas coisas que fazemos no digital. É uma questão que vai sendo objeto de discussão mas até agora não temos nenhuma razão para desistir. Acreditar num crescimento, isso sabemos que é muito difícil, para não dizer impossível.

M&P: Como estão atualmente divididas as receitas do jornal entre papel e digital?
DP: O digital ultrapassou as receitas do papel há pouco tempo. O facto de esse turnover ter acontecido recentemente é também um sinal de que o papel ainda tem um peso significativo.

M&P: Ainda que não esteja em cima da mesa nesta fase acabar com a edição em papel, a circulação impressa paga está nos 10 mil exemplares vendidos (9.218 em banca). Até onde é possível descer sem colocar em causa a sustentabilidade? Há um patamar mínimo estabelecido pelo acionista?
DP: Não. Nunca foi estabelecido um número. Não sei qual é o limite mas, enquanto as receitas, nomeadamente as de publicidade, ainda significarem o que significam, temos tempo para fazer essas contas. Não é uma coisa para os próximos dois ou três anos. Acho que, mais lá para a frente, se vai colocar. Vamos tentar encontrar estratégias que ajudem a mitigar isso. Alguns títulos têm procurado concentrar a sua operação do papel nos últimos dias da semana. É sempre uma interrogação que temos, mas ainda não fizemos essas contas.

M&P: Passar o Público a semanário seria uma possibilidade?

DP: É uma possibilidade que poderá ser estudada. Ainda não sentimos necessidade, até pela evolução das receitas que já referi, de parar para fazer essas contas. Ainda temos aqui alguma margem para que o paraquedas continue a funcionar. O foguetão são as assinaturas, que estão em sentido ascendente. O paraquedas é a edição impressa. Enquanto conseguirmos controlar o vento de forma satisfatória vamos tentar manter. No caso do DN, a inversão que acabaram por fazer resulta da leitura que eles próprios fizeram da maturidade que existia no mercado para ser uma marca exclusivamente digital, concentrando a edição em papel no fim-de-semana. Olhando para o que se passa na imprensa de referência a nível global, vemos que manter a edição impressa é ainda absolutamente crucial para que a marca continue a viver com a pujança e a força que tem.

M&P: Mas não sustentarão uma edição impressa que venda mil exemplares, à semelhança do que acontece com outros títulos.

DP: Não. Dificilmente. Não só pela lógica económica, mas pelo esforço interno que representa fazer uma edição impressa, que tem naturalmente um peso grande na operação da redação.

Leia aqui a entrevista completa, disponível exclusivamente para assinantes do M&P

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Natal no M&P com notícias diárias no site

Durante a época natalícia, o Meios & Publicidade mantém as notícias e atualizações no site meiosepublicidade.pt. A newsletter diária regressa a 30 de dezembro

Durante a semana do Natal, o jornal Meios & Publicidade mantém no site o acompanhamento da atualidade informativa do setor da comunicação, publicidade, marketing e media, com a publicação de notícias diárias.

A newsletter, habitualmente enviada de segunda a sexta-feira de manhã, regressa a 30 de dezembro. A primeira edição de 2025 do jornal em papel e na versão ‘epaper’ está disponível a 10 de janeiro. Até lá, feliz Natal e uma ótima entrada em 2025.

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Milka promove Calendário do Advento digital e interativo

“A campanha (na foto) está presente no Instagram oficial da Milka, que é a plataforma principal para a interação e os desafios diários”, explica ao M&P Pedro Santos Serra, CEO da Euro M, agência responsável pelo planeamento estratégico e criativo

A Milka está a lançar diariamente desafios que convidam os portugueses a expressarem ternura e a partilharem as suas memórias mais especiais, relembrando as recordações mais felizes que têm do Natal, recomendando o filme natalício perfeito para ver em família, apontando a música ou o emoji mais natalício e identificando a primeira pessoa que lhes vem à cabeça.

Inspirada nos calendários do Advento, a campanha da marca de chocolates ‘O Natal Mais Ternurento’ pretende recolher 24 marcos que refletem a verdadeira essência do Natal à portuguesa, desde os cheiros aos sabores, passando pelas músicas e pelos pequenos gestos que tornam a quadra especial.

“Durante o mês de dezembro, serão lançados 24 desafios, um por dia, até ao Natal”, explica ao M&P Pedro Santos Serra, CEO da Euro M, revelando que “a campanha está presente no Instagram oficial da Milka, que é a plataforma principal para a interação e os desafios diários. O planeamento estratégico e criativo é desenvolvido pela agência Euro M”.

Todos os dias são anunciados os quatro vencedores do desafio. “São premiados com produtos exclusivos da marca. Entre os prémios, destacam-se as meias personalizadas da Milka, da marca Chulé, e um copo térmico personalizado da Milka, entre outros. Os prémios irão variar diariamente ao longo do passatempo, garantindo surpresas e momentos únicos para os participantes”, refere ainda o responsável.

A ação também permite aos utilizadores identificarem, no Instagram, as pessoas a quem gostariam de oferecer um cabaz de produtos da marca. “O Natal é uma época única para reforçar as conexões que nos unem. Com esta campanha queremos dar um novo significado às pequenas tradições que tornam esta época tão especial”, justifica Swati Kumar, diretor das marcas de chocolate da Mondelez Portugal, citado em comunicado de imprensa.

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Media britânicos recusam uso de obras protegidas por empresas de IA

The Guardian, Financial Times e The Telegraph são alguns dos jornais que integram a Creative Rights in AI Coalition, que contesta a proposta legislativa

The Guardian, Financial Times e The Telegraph são alguns dos media britânicos que recusam a utilização de obras protegidas por direitos de autores pelas empresas que treinam algoritmos para as ferramentas de inteligência artificial (IA) generativa que desenvolvem, no âmbito da proposta legislativa, apresentada a 17 de dezembro pelo Governo britânico.

Além destes jornais, o plano que pode vir a permitir a utilização de textos, fotografias, vídeos e músicas por empresas como OpenAI, Google e Meta também é contestado pela Getty Images, Mumsnet, British Phonographic Industry, Independent Society of Musicians, Motion Picture Association e Society of Authors.

Estas entidades uniram-se para criar a organização Creative Rights in AI Coalition (CRAC), organização que contesta a proposta legislativa que pretende retirar o estatuto de proteção a obras com direitos de autor, para agilizar os testes que as empresas de IA desenvolvem para melhorar as respostas aos ‘prompts’.

Segundo Chris Bryant, ministro com as pastas da tecnologia e da cultura, citado no The Guardian, o diploma, em consulta pública por um período de dez semanas, permite “melhorar o acesso aos conteúdos por parte dos criadores de IA, possibilitando, ao mesmo tempo, que os titulares de direitos controlem a forma como o seu conteúdo é utilizado para formação em IA”.

Os donos de obras protegidas contestam o plano governamental. A petição lançada por artistas, criadores e personalidades como a atriz Julianne Moore, o músico Thom Yorke, a cantora Kate Bush, o compositor Adam Saunders, a escritora Maureen Freely e o ‘podcaster’ Tom Holland já ultrapassa as 38.200 assinaturas.

“O uso não licenciado de trabalhos criativos para treinar IA generativa é uma ameaça demasiado importante e injusta para os meios de subsistência das pessoas que estão por detrás desses trabalhos, pelo que não deve ser permitido”, alegam os signatários da petição.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

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Joana Santos Silva é a nova CEO do ISEG Executive Education

“Nos próximos meses, trabalharei para continuarmos a oferecer programas de excelência, alinhados com as tendências globais e as exigências locais”, garante Joana Santos Silva (na foto), que sucede a Francisco Velez Roxo

A nova CEO do ISEG Executive Education é Joana Santos Silva, que nos últimos três anos tem desempenhado as funções de conselheira da presidência, coordenadora e docente de programas, assumindo a direção de inovação do ISEG Executive Education e a direção do ISEG MBA.

“Nos próximos meses, trabalharei para continuarmos a oferecer programas de excelência, alinhados com as tendências globais e as exigências locais. Estou convicta de que podemos elevar ainda mais o impacto da nossa instituição”, refere, citada em comunicado de imprensa, Joana Santos Silva, que sucede a Francisco Velez Roxo.

A nova CEO do ISEG Executive Education, que é também professora de estratégia, transformação digital, marketing e marketing digital, tem cerca de 15 anos de experiência no ensino superior e em formação de executivos. “Foi escolhida pela visão holística que tem do potencial de impacto e dos desafios da formação de executivos, tendo a missão de criar condições para o desenvolvimento de soluções de aprendizagem cada vez mais alinhadas com as necessidades e objetivos das empresas e executivos”, refere o comunicado de imprensa.

A nomeação ocorre numa altura em que ISEG permanece entre as melhores escolas de negócios da Europa, segundo o ranking do Financial Times, “e pouco tempo depois do ISEG entrar no restrito grupo de menos de 1% das ‘business schools’ mundiais que tem a acreditação Triple Crown (AACSB, EQUIS e AMBA)”, refere o documento.

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Temu cresce em mercados ocidentais e enfrenta desafio da rentabilidade

Apesar de a Temu ser a aplicação gratuita mais descarregada na App Store dos Estados Unido, Reino Unido, Alemanha e Espanha, em 2024, um estudo do WARC indica que a plataforma chinesa de comércio eletrónico está a perder cerca de 7 dólares (€6,74) em cada encomenda feita

A Temu tem a aplicação gratuita mais descarregada na App Store dos Estados Unidos em 2024, bem como no Reino Unido, Alemanha e Espanha, segundo os dados da Apple. Estes resultados indicam que as estratégias agressivas de preços e de marketing parecem estar a funcionar. A plataforma chinesa de comércio eletrónico, porém, está a perder cerca de 7 dólares (€6,74) em cada encomenda feita, de acordo com a análise do World Advertising Research Center (WARC), com base em dados de vários estudos sobre aplicações.

A Temu também se encontra em primeiro lugar no Reino Unido e em outros grandes mercados, como Alemanha e Espanha. O TikTok, que já tinha sido desalojado da liderança da App Store, em 2023, ocupa o terceiro lugar, atrás do Threads da Meta, que se encontra na segunda posição.

O ChatGPT está em quarto lugar, superando as descargas do Google Search, que ocupa a quinta posição. O Instagram e o WhatsApp da Meta, por seu lado, estão em sexto e sétimo, respetivamente, enquanto o Facebook fica-se pela 13ª posição. O McDonald’s, único restaurante a entrar no top 20, está na 19ª posição, com a Amazon a fechar o ranking, em 20º.

Segundo o WARC, o crescimento sustentável da Temu pode estar longe, mas a popularidade da plataforma liderada por Colin Huang é evidente. Um inquérito realizado durante o verão de 2024, divulgado no TechRadar, revela que 94% dos inquiridos não confiam na Temu, o que significa que o elevado nível de desconfiança dos consumidores não impede o crescimento do número de utilizadores da plataforma.

A Temu também não está a mostrar sinais de abrandamento do investimento publicitário nos Estados Unidos, tendo comprado cinco espaços publicitários para promover uma campanha durante o Super Bowl. A plataforma também gastou 15 milhões de dólares (€14,4 milhões) em brindes e cupões, para incentivar a transferência da aplicação, uma iniciativa que a torna alvo de controvérsia. De par com isto, a Temu está a ser investigada pelo Congresso dos Estados Unidos, por alegadamente vender produtos fabricados na China com recurso a trabalho forçado.

De acordo com um relatório do New York Times, citado no WARC, a Temu colocou 1,4 milhões de anúncios em todo o mundo através dos serviços da Google, em 2023. Só a Meta estima que a publicidade da Temu represente 10% das suas receitas, com um investimento de dois mil milhões de dólares (€1,9 mil milhões) nas plataformas da Meta, em 2023.

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Rádio Comercial mantém liderança

A quinta vaga de 2024 do Bareme Rádio da Marketest, referente a dezembro, indica que as rádios da Bauer Media Audio Portugal continuam a ter um ‘share’ de audiência, ‘reach’ semanal e audiência acumulada de véspera superiores aos dos grupos concorrentes

A Comercial (na foto) termina o ano como a rádio mais ouvida em Portugal. De acordo com a quinta vaga do estudo Bareme Rádio da Marketest, referente ao mês de dezembro, a rádio da Bauer Media Portugal tem um ‘reach’ semanal de 39,1%, mais dois pontos percentuais do que na análise anterior, com uma audiência acumulada de véspera de 19,5% e um ‘share’ de audiência de 25%.

Em segundo lugar, surge de novo a RFM, com um ‘reach’ semanal de 36,4%, menos três pontos percentuais do que no relatório anterior, com uma audiência acumulada de véspera de 16,6% e um ‘share’ de audiência de 19,1%. A terceira posição volta a ser ocupada pela M80, com um ‘reach’ semanal de 19,6%, uma audiência acumulada de véspera de 8,5% e um ‘share’ de audiência de 12,8%.

Em quarto lugar mantém-se a Rádio Renascença, com um ‘reach’ semanal de 16%, uma audiência acumulada de véspera de 6,4% e um ‘share’ de audiência de 6,8%, à frente da Antena 1, que ultrapassa a Cidade FM, que no ranking anterior ocupava a quinta posição. A rádio estatal cresce nove pontos percentuais, conseguindo um ‘reach’ semanal de 11,7%, uma audiência acumulada de véspera de 5,1% e um ‘share’ de audiência de 5,1%.

Por grupos de estações, o Bauer Media Audio Portugal (Rádio Comercial, M80, Cidade FM, Smooth FM e Batida FM) lidera com 42,3% de ‘share’ de audiência, a mesma percentagem apontada no estudo anterior, com 54% de ‘reach’ semanal e 29,9% de audiência acumulada de véspera. O Grupo Renascença Multimédia (RFM, Rádio Renascença e Mega Hits) regista 24,6% de ‘share’ de audiência, 48,5% de ‘reach’ semanal e 24,6% de audiência acumulada de véspera.

As rádios da RTP (Antena 1, Antena 2 e Antena 3) obtêm 7,1% de ‘share’ de audiência, um ‘reach’ semanal de 15,7% e 6,9% de audiência acumulada de véspera. A TSF, com uma evolução de cinco pontos percentuais, chega aos 3,5% de ‘share’ de audiência, com 7,9% de ‘reach’ semanal e 3,7% de audiência acumulada de véspera. A Rádio Observador, por seu lado, perde audiência, com o ‘reach’ semanal a cair quatro pontos percentuais, para os 3,4%, e um ‘share’ de audiência de 1,5%.

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Bloom lança concurso no TikTok para escolher influenciadoras digitais

“Com foco na criatividade, autenticidade e paixão pelo universo da beleza, esta ação reforça o compromisso da Bloom e da Wells em conectar-se com um público jovem e digital, dando origem à primeira Bloom Squad em 2025”, explica a marca de beleza

A Bloom, marca de beleza da Wells, está a lançar um concurso no TikTok para escolher as embaixadoras e criadoras de conteúdos para 2025.  Através da ação ‘Embaixadoras Bloom 2025’, vai selecionar três perfis de mulheres, entre os 18 e os 30 anos, com conteúdos dedicados à beleza e uma comunidade de seguidores no TikTok entre os dois mil e os 20 mil seguidores.

Com esta iniciativa, a marca conhecida pelos ‘gadgets’ e acessórios de beleza, pretende selecionar as três criadoras de conteúdos no TikTok, que irão representar a Bloom ao longo do próximo ano. As inscrições estão abertas até 5 de janeiro, na página oficial wellsbloomsquad.pt e as três vencedoras, anunciadas a 6 de fevereiro, serão premiadas com produtos exclusivos. A primeira classificada participará num ‘shooting’ oficial da marca, em Madrid.

“Com foco na criatividade, autenticidade e paixão pelo universo da beleza, esta ação reforça o compromisso da Bloom e da Wells em conectar-se com um público jovem e digital, dando origem à primeira Bloom Squad em 2025”, refere a marca em comunicado de imprensa. As participantes deverão demonstrar a sua criatividade, através da publicação de um vídeo original no TikTok, que recrie o lançamento ou a apresentação de um produto de ‘skincare’ ou acessório de beleza, utilizando a ‘hashtag’ oficial do concurso #WellsBloomSquad.

“Entre os prémios e vantagens para as três eleitas destacam-se: receber em primeira mão novos lançamentos da Bloom, participar em eventos exclusivos e ter os seus conteúdos amplificados no TikTok oficial da Wells. Terão ainda a possibilidade de ganhar um prémio monetário no valor de mil euros, para a criação de conteúdos exclusivos, a atribuir no final de parceria e mediante os objetivos de colaboração definidos pela marca”, explica a Bloom em comunicado.

O passatempo conta com o apoio das influenciadoras digitais @marianabossy, @inesribeirooficial e @brunaroqueneves, que estão a
promover a iniciativa nas suas redes sociais e a dar a conhecer a nova coleção de Natal da Bloom, de edição limitada.

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Força feminina é destaque em campanha da Johnnie Walker (com vídeo)

O filme protagonizado pela atriz brasileira Alice Braga (na foto) é uma homenagem ao ‘The Man Who Walked Around The World’, clássico anúncio da marca de uísque, desafiando estereótipos

A Johnnie Walker encerra o ano com uma campanha que quer dar resposta àqueles que questionam a força das mulheres. Intitulada ‘Forte São Elas’, é criada no Brasil pela AlmapBBDO e pretende celebrar a resiliência e a força das mulheres, propondo um brinde aos esforços e às conquistas das mulheres este ano.

“A campanha reconhece a força emocional e a resiliência de todas as mulheres, que enfrentam e superam obstáculos todos os dias, e desafia corajosamente estereótipos ultrapassados. Quando dizem que o uísque é demasiado forte para as mulheres, dizemos-lhes: são as mulheres que são fortes”, enfatiza Andrea Rubim, diretora de marketing da Johnnie Walker no Brasil.

O filme publicitário, protagonizado pela atriz brasileira Alice Braga, é uma homenagem ao clássico anúncio da Johnnie Walker de 2009, ‘The Man Who Walked Around The World’, desenvolvido pela BBH, com o ator escocês Robert Carlyle a caminhar pelas Terras Altas da Escócia.

Produzido pela brasileira Surreal Hotel Arts, realizado por Lu Villaça e com banda sonora original do Cabaret Studio, o ‘spot’ mostra Alice Braga a caminhar enquanto descreve como a força tem um papel essencial no quotidiano de todas as mulheres. Seja ao enfrentar estereótipos ou ao superar desafios pessoais e profissionais.

A mensagem principal reforça que as mulheres são donas de suas escolhas e, juntas, seguem construindo suas trajetórias.

“Esta é uma oportunidade para a Johnnie Walker celebrar a jornada de todas as mulheres, mostrando que o sucesso pode ser tanto uma jornada individual quanto coletiva”, sublinha Guilherme Martins, vice-presidente da Diageo, empresa-mãe da Johnnie Walker, no Brasil.

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Prime Video aposta em concursos televisivos para aumentar receitas publicitárias

A transição dos desportos em direto para o ‘streaming’ tem sido um dos exemplos desta estratégia, que pretende replicar a escala de audiências que continua a ser exclusiva da televisão linear

A Prime Video está a apostar em concursos televisivos, numa altura em que os serviços de ‘streaming’ procuram equilibrar a oferta de conteúdos, para manter os subscritores que veem do ecossistema televisivo e aumentar a publicidade nas plataformas.

A transição dos desportos em direto para o ‘streaming’ tem sido um dos exemplos desta estratégia, que pretende replicar a escala de audiências que continua a ser exclusiva da televisão linear.

Na Prime Video, a aposta é num bloco de programas, às quartas-feiras, o ‘Winning Wednesdays’, estreado no final de novembro e que inclui os programas originais ‘Pop Culture Jeopardy!’, ‘Are You Smarter Than a Celebrity?’, juntamente com os concursos orientados para o comércio ‘Buy It Now’ e ‘Wish List Games’, noticia a Ad Age.

Há muito que os concursos televisivos são um produto habitual da televisão tradicional. No entanto, este tipo de programação ainda não encontrou o seu lugar no ecossistema do ‘streaming’.

Estes programas podem representar uma oportunidade para as marcas se alinharem com conteúdos recorrentes e de longo prazo, um ponto positivo para os anunciantes, que procuram números de audiências mais elevados.

O videojogo de telemóvel Monopoly Go, da empresa norte-americana Scopely, por exemplo, é um dos principais patrocinadores do novo concurso televisivo ‘Pop Culture Jeopardy!’ do Prime Video, um ‘spin-off’ do clássico programa ‘Jeopardy’, apresentado na televisão linear, desde 1964.

“Estes são os tipos de programas que vão incentivar a visualização contínua”, explica Jamie Berger, vice-presidente sénior de marketing da Scopely, acrescentando que “quando veem os concursos televisivos, os espetadores estão a pensar e a assistir ativamente ao programa – não é uma experiência passiva. O facto de o espetador estar ativamente envolvido na competição, neste caso com as perguntas do ‘Jeopardy’, faz com que esteja mais atento na visualização dos nossos anúncios”.

Sobre o autorDaniel Monteiro Rahman

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Supremo Tribunal vai ouvir TikTok, mas não dá seguimento ao pedido de suspensão da lei

O TikToK terá apenas oportunidade de apresentar argumentos, numa sessão de duas horas agendada para 10 de janeiro, nove dias antes da proibição da rede social chinesa entrar em vigor nos Estados Unidos

O Supremo Tribunal dos Estados Unidos vai ouvir as últimas alegações do TikTok, sobre a lei que obriga a rede social chinesa a ser vendida no país até 19 de janeiro ou a ser banida. Porém, o pedido do TikTok de suspensão temporária dessa lei, apresentado a 16 de dezembro, não vai ter seguimento.

“Estamos satisfeitos com a decisão do Supremo Tribunal. Acreditamos que o tribunal vai considerar a proibição do TikTok inconstitucional para que os mais de 170 milhões de norte-americanos na nossa plataforma possam continuar a exercer os seus direitos de liberdade de expressão”, refere o TikTok em comunicado, reagindo à decisão do tribunal.

O Supremo Tribunal é a mais elevada autoridade jurídica dos Estados Unidos e a decisão de aceitar o caso do TikTok é significativa, sendo que o tribunal ouve apenas cerca de cem casos por ano, de entre as mais de 7000 petições que recebe. Este tribunal apenas irá dar a oportunidade de apresentação de argumentos, numa sessão de duas horas, agendada para 10 de janeiro, nove dias antes da proibição entrar em vigor.

A ByteDance, empresa mãe do TikTok, continua a considerar que a venda da rede social nos Estados Unidos “não é possível do ponto de vista tecnológico, comercial ou jurídico”. A empresa chinesa nega igualmente os laços com o Governo chinês, dando como argumento a parceria com a Oracle, empresa norte-americana de tecnologia que armazena os dados dos utilizadores, em Singapura e nos Estados Unidos.

Embora seja propriedade de uma empresa chinesa, o TikTok não está disponível na China, onde os utilizadores têm uma aplicação quase idêntica chamada Douyin.

Há indícios de que a abordagem rígida dos Estados Unidos em relação ao TikTok, mantida durante a administração de Joe Biden, vá abrandar quando o presidente eleito, Donald Trump, assumir funções a 20 de janeiro. “Tenho um carinho especial pelo TikTok”, revela Donald Trump a 16 de dezembro, numa conferência de imprensa na Flórida, depois de se ter encontrado com o CEO do TikTok, Shou Zi Chew, na sua mansão em Palm Beach.

Sobre o autorDaniel Monteiro Rahman

Daniel Monteiro Rahman

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