Há mais uma campanha de sensibilização feita com recurso a IA
Depois da APAV ter desenvolvido uma campanha que alerta para o perigo de abusos infantis na infância com recurso a inteligência artificial (IA), é a vez da Lundbeck Portugal, empresa […]
Luis Batista Gonçalves
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Depois da APAV ter desenvolvido uma campanha que alerta para o perigo de abusos infantis na infância com recurso a inteligência artificial (IA), é a vez da Lundbeck Portugal, empresa farmacêutica especializada em doenças neurológicas e psiquiátricas, lançar “#UnidosContraOEstigma”, uma campanha de sensibilização que procura combater o preconceito através da mesma tecnologia.
Dinamizada no âmbito do Dia Mundial da Saúde Mental, que se assinala anualmente a 10 de outubro, “vai estar ativa durante todo o mês de outubro e engloba um conjunto de ações de divulgação, em diversas plataformas e redes sociais, como o Instagram e o LinkedIn”, informa a companhia em comunicado de imprensa.
“Esta campanha ibérica, promovida em Portugal pela Lundbeck teve como ponto de partida um estudo sobre o estigma das perturbações mentais através da IA, cujos resultados revelaram um verdadeiro preconceito na geração de imagens de pessoas que sofrem de perturbação mental. Se tivermos em consideração o caso da depressão, verificamos que esta patologia é associada a uma pessoa apática, triste, incapaz de aproveitar o dia a dia, ao passo que, no caso da esquizofrenia, a mesma é representada por pessoas transtornadas e, por vezes, descontroladas”, refere o documento.
“A IA e as imagens associadas a estas patologias são resultado do estigma que persiste na nossa sociedade e que é também refletido na tecnologia”, sublinha a empresa. “O espelho social em que se vê a pessoa que sofre de perturbação mental é, muitas vezes, mais difícil que a própria doença. Trata-se do autoestigma, que ocorre quando as pessoas que têm perturbação mental assimilam os estereótipos que lhes são socialmente atribuídos, os assumem como próprios e os atribuem a si mesmas”, ressalva ainda a Lundbeck Portugal.
“A principal arma para combater o estigma é a promoção do acesso à informação sobre saúde mental com medidas de que visem aumentar a literacia da população sobre esta temática, desconstruindo os preconceitos existentes e promovendo a procura de cuidados especializados. Para tal, é essencial promover a consciência social de que as patologias psiquiátricas são doenças que, como outras patologias médicas, estão bem caracterizadas do ponto de vista clínico, têm um substrato orgânico cerebral, são altamente prevalentes e acima de tudo são tratáveis com cuidados médicos especializados”, defende João Bessa, médico psiquiatra e presidente da Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental (SPPSM), entidade que apoia a campanha.
“O principal desafio para acabar com os preconceitos adquiridos na sociedade atual passa pela desconstrução progressiva dos dogmas associados à patologia psiquiátrica, nomeadamente à sua desvalorização, culpabilização e menorização do sofrimento psíquico que ainda persistem na sociedade atual”, aponta o especialista.
“Através desta campanha, pretendemos, sobretudo, realçar o estigma que ainda recai sobre as doenças mentais. A comunidade continua a desvalorizar a doença mental, não encarando estas perturbações como uma doença”, condena também Sara Barros, country manager da Lundbeck Portugal. “Por isso, continua a ser tão urgente mudar mentalidades, apostar numa política de consciência social e alertar para uma realidade que afeta cada vez mais pessoas em todo o mundo”, defende a executiva.