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Luís Pedro Ferreira: “Não vejo um desafio maior do que transformar o jornal A Bola”

Um grande desafio. É assim que Luís Pedro Ferreira encara o regresso ao jornal A Bola, onde começou como estagiário e onde regressa, 20 anos depois, como diretor editorial para […]

Sónia Ramalho
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Luís Pedro Ferreira: “Não vejo um desafio maior do que transformar o jornal A Bola”

Um grande desafio. É assim que Luís Pedro Ferreira encara o regresso ao jornal A Bola, onde começou como estagiário e onde regressa, 20 anos depois, como diretor editorial para […]

Sónia Ramalho
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Um grande desafio. É assim que Luís Pedro Ferreira encara o regresso ao jornal A Bola, onde começou como estagiário e onde regressa, 20 anos depois, como diretor editorial para liderar a transformação digital do projeto. Ao M&P, Luís Pedro Ferreira revelou o que está a ser preparado, a mudança de instalações da mítica redação no Bairro Alto para as Torres de Lisboa, a manutenção do jornal em papel e d’A Bola TV, e como se consegue manter uma equipa motivada, após a redução de quadros levada a cabo com a entrada do Grupo Ringier. Uma entrevista em conjunto com André Domingues,  responsável comercial, que revela a aposta nos conteúdos em vídeo e no branded content.

Foi jornalista no jornal A Bola entre 2005 e 2006. Como é regressar após todos estes anos?
É um grande desafio. A marca e a história do jornal assim o ditam, mas encaro-o com otimismo pela missão que tenho pela frente. A Bola dificilmente se esquece. Foi onde comecei como jornalista, na altura como estagiário, e depois saí para outras aventuras. Agora, muitos anos depois, volto com uma posição diferente, que encaro com grande otimismo.

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Como surgiu o convite para assumir a direção d’A Bola?
Estava no “Mais Futebol” quando recebi o convite do Felipe Montesinos Gomes, o novo diretor-geral, que me deixou surpreso. Já era publico que a Ringier estava em negociações com a Sociedade Vicra e, quando ele me ligou, ouvi o que tinha para me dizer.

O que o fez tomar a decisão?
O desafio. Para quem, como eu, passou muitos anos no jornalismo desportivo, não vejo um desafio maior do que transformar o jornal A Bola. Havia uma perceção geral do que era o jornal e daquilo que deveria ser. E é esse caminho que queremos fazer, uma transformação.

O que é A Bola e o que queria que o jornal fosse?
Vamos fazer uma transformação digital. Já todos sabemos qual o caminho que A Bola tem de tomar e vamos ter uma estratégia integrada nesse sentido. O paradigma é muito diferente, não só a nível editorial, mas a nível da empresa, de fazer uma grande transformação para trazer A Bola para uma era moderna, para algo que é absolutamente necessário fazer por uma série de razões estratégicas, a começar pela sustentabilidade financeira da empresa. Colocarmos A Bola numa nova era digital, com uma estratégia integrada de papel, vídeo, TV e redes sociais, que a catapulte. A marca já existe, todos reconhecemos o seu valor, mas é preciso mudar de estratégia. A Bola estava muito agarrada ao papel, sente-se muito o seu peso. Tinha uma equipa que trabalhava no digital e a inversão desse paradigma é o que nos propomos e tenho a certeza de que o vamos fazer.

Querem dar mais importância ao digital, mas o papel continua a manter a sua importância?
O papel faz parte da estratégia e é para manter, assim como a Bola TV. Para manter e desenvolver. Acreditamos que, tanto o papel, como o canal de televisão fazem parte da nossa estratégia. São plataformas que queremos desenvolver e apostar.

Querem desenvolver essas áreas, mas com a reestruturação da equipa vão ter menos pessoas. Como se equilibram as contas?
É um bom desafio. Temos outro tipo de ferramentas disponíveis, em termos tecnológicos, e o jornal tem saído todos os dias, por isso é possível. A nossa transformação também é cultural e a estratégia passa por uma aposta digital, que vamos ter de desenvolver e estamos a dar vários passos para que essa estratégia seja integrada. Mas o papel tem uma missão a cumprir dentro do nosso paradigma digital. Não pode viver isolado e, portanto, é por aí que queremos ir. É verdade, houve pessoas que saíram porque há uma questão de sustentabilidade financeira que tem de se cumprir.

A reestruturação já terminou ou ainda está a decorrer?
Chamo-lhe uma transição suave. Não estamos onde queremos chegar. Está em curso, mas suavemente. Entrei no início de setembro, estou há três meses no jornal e estamos a fazer esse caminho, que não se faz de um dia para o outro.

Quando as rescisões vão terminar?
Neste momento houve uma grande saída e a equipa que tenho, neste momento, é a que se mantém.

Quantas pessoas ficaram na equipa?
Depende da equipa. Se falarmos só de jornalistas, temos uma equipa de cerca de 50, que estão a fazer um processo de transformação. Alguns já tiveram algum contacto com o mundo digital, mas temos de lhes dar ferramentas para perceberem e entenderem o que é o novo paradigma do jornal A Bola.

Esses jornalistas estão a receber formação para essas novas tecnologias?
Sim. É um processo contínuo, que não se faz de um dia para o outro. Já começaram a ter formação de SEO, por exemplo, e têm novas ferramentas ao dispor. São os primeiros passos de um grande caminho que temos para percorrer.

Como se mantém uma equipa motivada face a toda esta turbulência que tem acontecido?
Apontando-lhes o futuro, fazendo perceber porque o paradigma mudou e colocando uma cultura de maior abertura em relação ao que é o universo da empresa. Hoje, se perguntar às pessoas d’A Bola, acho que têm mais informação sobre o que é a empresa e o modelo de negócio do que tinham antes. Apontar-lhes o caminho, mostrar-lhes que ainda não estamos onde queremos estar. Seria impossível, em tão pouco tempo, já ter tudo montado. O André Domingues entrou em outubro e tem uma parte importante na estratégia do modelo de negócio porque não há outra possibilidade de fazer jornalismo sem o contributo da parte comercial.

Quando dizem que querem aumentar a área digital, já eram a publicação com mais visualizações e mais pageviews. Qual o objetivo?
Sabemos que o tráfego traz receita, mas o universo digital não se faz só de tráfego de um site.

André Domingues: Não existem empresas que não tenham sustentabilidade financeira. Um dos principais objetivos é transformar o novo jornal A Bola numa empresa com resultados positivos. Esse é o nosso foco. Não só pela monitorização do inventário que temos atualmente, como criando negócios das mais variadas formas. O mundo dos meios tem-se adaptado às condições que são sempre difíceis nos media, construindo novas áreas de produção de conteúdos, o programático que, n’A Bola sempre foi muito forte, todas estas ramificações dentro do que é a receita dos meios acaba por ser a nossa aposta. Tentar que este negócio se torne forte e sustentável.

A maior aposta no vídeo é para gerar mais receitas?
Sim. Basta perceber quais as redes sociais que estão como first mover e percebemos a tendência de acompanhar o TikTok, a forma como cresceu a grande velocidade. Está completamente assente em vídeo. As pessoas consomem media cada vez mais por vídeo e a nossa estratégia – de produção de conteúdos em vídeo – é um foco estratégico muito importante. Daí a mudança de instalações para os novos escritórios nas Torres de Lisboa.

Luís Pedro Ferreira: Quando se fala de uma estratégia digital, há a tendência a olhar só para o site, mas o universo digital d’A Bola é muito maior. Estamos a falar de redes sociais, onde temos números bastante expressivos, e não queremos ficar por aí. Queremos crescer, expandir para outras redes sociais, inaugurámos o canal de WhatsApp e temos quase 60 mil seguidores, onde partilhamos capas e conteúdo editorial. Também começámos o nosso TikTok, que ainda é bastante recente, mas está a ter um desenvolvimento bastante positivo. Esta é uma estratégia digital que vai muito além do site e a estratégia de vídeo passa também por aí, sabendo que temos um canal que tem de ser alimentado. Por exemplo, uma das estratégias passa por ter mais produção própria de vídeo.

Quando fala em produção própria, é a redação que vai produzir esses vídeos?
Temos uma equipa de vídeo, mas a redação também produz os seus próprios vídeos. Se virmos o acompanhamento dos jogos ao vivo – algo que vamos melhorar significativamente – já o fazem. A redação tem hoje um drive muito diferente, são jornalistas do presente.

Como conseguem fazer mais e melhor com uma equipa reduzida?
Esse vai ser o nosso segredo. Toda a operação é diferente, é mais ágil e vamos mostrar que vamos conseguir fazê-lo.

Pode ler a entrevista na íntegra na edição 948 do Meios&Publicidade.

Sobre o autorSónia Ramalho

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Uso de grandes modelos de linguagem altera jornada de consumo

Com 60% da publicidade a ser impulsionada por algoritmos, a perceção das marcas está a mudar e a afetar a forma como os consumidores decidem as compras. Com a evolução tecnológica, a jornada de consumo inicia-se cada vez mais no ponto de venda e não com o produto

O recurso crescente a grandes modelos de linguagem, sistemas de inteligência artificial (IA) que compreendem, interpretam e geram linguagem humana, através do processamento de grandes quantidades de dados (conhecidos como LLM na sigla anglo-saxónica), está a alterar a jornada de consumo.

De acordo com o Consumer Vision 2035, estudo da Dentsu, com 60% da publicidade a ser impulsionada por algoritmos, a perceção das marcas está a mudar e a afetar a forma como os consumidores decidem as compras. A evolução tecnológica está a acelerar e a segmentar os clientes das marcas, que estão cada vez mais conectados.

Com o novo paradigma, a jornada de consumo passa a iniciar-se no ponto de venda e deixa de ter o foco no produto. “Os assistentes de LLM sintetizam as opções e destacam as que consideram mais relevantes. Esta situação tem o potencial de inverter a jornada de consumo. Em vez de terminar no produto, a viagem começa no ponto de compra”, alega Hamish Kinniburgh, diretor global de estratégia da Dentsu, num artigo para o World Advertising Research Centre (WARC).

Era algorítmica exige abordagem integrada

A mudança exige uma nova abordagem no planeamento e na definição de estratégias para acompanhar a evolução que os algoritmos e os LLM estão a gerar. “Em vez de nos isolarmos, defendemos a adoção de uma abordagem de código aberto para dados e parcerias, para acedermos a mais dados e recursos tecnológicos, para encontrarmos melhores ‘insights’ e oportunidades”, refere Hamish Kinniburgh.

A abordagem ampla que o processo exige obriga as empresas a estarem mais atentas à evolução algorítmica, que o avanço da tecnologia potencia. “Decifrar esses códigos permite que as marcas criem cada vez mais algoritmos personalizados próprios”, explica o diretor global de estratégia da Dentsu.

Hamish Kinniburgh não acredita que o uso crescente de IA venha a acabar com o planeamento estratégico, mas reconhece que vai dar origem a novas formas de gestão. “Esta tecnologia está a acelerar as principais competências de planeamento, com dados mais completos e obtidos de forma mais rápida, passando de um planeamento isolado para uma abordagem totalmente integrada”, defende.

Recurso a mais dados analíticos equilibra experiência de compra

A atual era algorítmica representa um desafio acrescido para os profissionais do marketing e da publicidade e para os anunciantes. “A IA está a alterar as nossas ferramentas de análise próprias, transformando os consumidores em personas que os LLM têm permanentemente à mão”, sublinha Hamish Kinniburgh, salientando que “a experimentação, sustentada pela análise, é a nova forma de planeamento”.

O recurso a mais dados analíticos é considerada pelo diretor global de estratégia da Dentsu como uma vantagem para as marcas. “Se a anterior era da difusão fazia pender mais a balança do investimento para o topo do funil e a era da precisão canaliza-o para o fundo do funil, acreditamos que a era algorítmica representa a oportunidade de criar um melhor equilíbrio em toda a experiência de compra”, conclui Hamish Kinniburgh.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

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Dentsu com prejuízo de €782 milhões em 2024

Face aos resultados negativos, a Dentsu tem um plano de médio prazo, focado na atividade de venda de espaço publicitário, na reavaliação das atividades com baixo desempenho e na reconstrução da estrutura empresarial do grupo

As receitas de faturação do Dentsu Group aumentam 5,7% em 2024, para 1,19 bilhões de ienes (€7,46 mil milhões), face ao período homólogo. O prejuízo ascende a 125 mil milhões de ienes (€782 milhões), face aos resultados líquidos positivos de 45,3 mil milhões de ienes (€283,44 milhões) alcançados em 2023, que leva a Dentsu a focar-se na atividade de venda de espaço publicitário em media.

Nos últimos três meses de 2024, a faturação do Dentsu Group tem um crescimento menor (4,2%), para 335,8 mil milhões de ienes (€2,10 mil milhões), com os lucros a recuarem 25,6%, para 344,5 milhões de dólares (€330,3 milhões), em comparação com o período homólogo.

A Dentsu justifica o prejuízo da empresa com o impacto da diminuição do valor total das operações do grupo. “No quarto trimestre, foi registada uma redução de 210,1 mil milhões de ienes (€1,31 mil milhões) no valor das operações nas regiões Europa, Médio Oriente e África, bem como nas Américas, refletindo uma perspetiva mais conservadora quanto às operações internacionais. Como resultado, registámos uma perda de 125 mil milhões de ienes (€782 milhões), numa base estatutária”, refere a Dentsu em comunicado de imprensa.

O novo plano de gestão da Dentsu para 2025/2027 inclui uma estratégia de Media++, que se foca em priorizar a venda de espaço para marcas em meios de comunicação, em conjunto com serviços como gestão da experiência do cliente, criatividade e outros produtos e serviços. O plano tem início em 2025 e decorre até 2027.

O grupo pretende alocar mais recursos financeiros e humanos a clientes de grande e média dimensão e trabalhar no sentido de aumentar o valor acrescentado do setor de meios. Hiroshi Igarashi, presidente e CEO mundial da Dentsu, confirma que, no âmbito do plano proposto, a empresa vai “reavaliar as atividades com baixo desempenho e reconstruir a estrutura empresarial”.

Para 2025, o Dentsu Group prevê um aumento das receitas de cerca de 1% e atribui um custo pontual de 50 mil milhões de ienes (€312 milhões) para a “reconstrução” da ‘holding’ neste ano. Ao longo do plano de três anos, a Dentsu compromete-se a realizar um investimento adicional de 45 mil milhões de ienes (€281 milhões) nos principais mercados e agências em que opera.

Sobre o autorDaniel Monteiro Rahman

Daniel Monteiro Rahman

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X quer ser a primeira ‘superaplicação’ do mundo

A solução interbancária X Money, a X TV e o vídeo são os primeiros passos para cumprir a visão de Elon Musk, de transformar a rede social X numa aplicação que combina serviços de pagamentos, mensagens, compras e transportes

O X está a posicionar-se como a primeira ‘superaplicação’ do mundo, ao incorporar novas funcionalidades como a solução de pagamentos e transferências X Money, juntando-a à plataforma X TV e ao vídeo, entre outras, numa única plataforma, revela Angela Zepeda, diretora global de marketing do X, à Ad Age.

O X Money, a lançar no primeiro trimestre de 2025, a X TV — uma versão da rede social X adaptada às televisões inteligentes — e o vídeo, que já tem um separador específico na plataforma, são os primeiros passos para cumprir a visão de Elon Musk de transformar a rede social numa aplicação que combina vários serviços, como pagamentos, mensagens, compras e transportes.

“Temos estas aplicações e funcionalidades onde fazemos todas estas coisas, mas se pudéssemos fazer tudo num só lugar, seria muito mais fácil”, declara Angela Zepeda em entrevista à Ad Age, acrescentando que “isso é parte da mensagem em torno destas inovações, especialmente o X Money, que tem tudo a ver com conveniência”.

Embora o X Money ainda não tenha sido lançado, a solução interbancária, que permitirá aos utilizadores receber e enviar dinheiro na plataforma através de um cartão de débito ou conta bancária, estabelece no final de janeiro um acordo com a Visa. Através da rede de transferências de dinheiro, Visa Direct, os utilizadores do X Money poderão financiar e transferir dinheiro em tempo real com um cartão de débito.

Associada ao reposicionamento da rede social, será lançada uma campanha publicitária, a primeira do X desde a aquisição da plataforma por Elon Musk, em 2022. Angela Zepeda não revela pormenores sobre a campanha nem o plano de meios, avançando apenas que se trata da promoção do reposicionamento da rede social e do lançamento do X Money, com criatividade da Code and Theory, agência criativa detida pela Stagwell.

Sobre o autorDaniel Monteiro Rahman

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UHU e APAV promovem cultura de respeito nas relações em campanha da Atrevia (com vídeo)

“As marcas têm a responsabilidade de humanizar temas cruciais como a violência no namoro”, defende Inês Teixeira, diretora de marketing da UHU Portugal. A campanha (na foto) que coincide com o Dia dos Namorados é da Atrevia

A Atrevia, agência responsável pela estratégia e gestão de redes sociais da UHU em Portugal, assina a campanha de sensibilização que a marca está a lançar, em parceria com a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) e a coincidir com o Dia dos Namorados.

A campanha digital ‘Fixa: Amor é isto!’ promove uma cultura de respeito nas relações, com o propósito de combater a violência no namoro, que aumenta no último ano, segundo dados da Guarda Nacional Republicana (GNR) e um estudo da União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR).

“As marcas têm a responsabilidade de humanizar temas cruciais como a violência no namoro. Este é um assunto que nos toca profundamente, e a educação e sensibilização são fundamentais para promover uma cultura de respeito e segurança”, salienta Inês Teixeira, diretora de marketing da UHU Portugal, citada em comunicado de imprensa.

De acordo com o estudo da UMAR, há comportamentos abusivos que não são considerados violência por 68,1% dos jovens, “o que reflete uma normalização de atitudes nocivas”, salienta a análise, que avança que 63% dos inquiridos revelam já ter experienciado, na sua relação de namoro, pelo menos um tipo de vitimação, “o que reforça a urgência de promover uma cultura de respeito e consentimento”.

“Estamos particularmente empenhados nesta campanha, pois é essencial refletirmos sobre o que é aceitável nas relações e garantir que o amor seja vivido com respeito, consentimento e empatia. Esta é uma área que nos preocupa, mas também atuamos em diversas outras causas, sempre com o compromisso de contribuir para um futuro mais consciente, igualitário e responsável”, refere Inês Teixeira.

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Judas ganha estratégia e criatividade da Repsol e da Chicco

“Tal como a história de Judas, a agência quer trazer um ‘plot twist’ a estas marcas, com o objetivo de as tornar ainda mais relevantes no dia a dia dos portugueses”, refere a agência criativa Judas

A Chicco e a Repsol são os dois novos clientes da Judas, fortalecendo o portefólio de clientes da agência criativa, composto pelas marcas Amigo (Vodafone), Cofidis, Telepizza, Ok! Seguros, Carlsberg, Cristal, Barceló e ICA, entre outros.

A Judas assume a estratégia e a criatividade do fabricante de vestuário e brinquedos infantis e da empresa de energia e petroquímica, desenvolvendo o posicionamento e comunicação de ambas as marcas no mercado português e espanhol. “Tal como a história de Judas, a agência quer trazer um ‘plot twist’ a estas marcas, com o objetivo de as tornar ainda mais relevantes no dia a dia dos portugueses”, refere a Judas em comunicado de imprensa.

Francisca Oliveira, diretora geral da Judas, destaca que a “criatividade, estratégia e inovação são o nosso ADN, e estas parcerias refletem exatamente isso. Estes dois clientes são estratégicos para a Judas, porque nos ajudam a estar presente no setor da energia, no caso da Repsol, e nos dão a oportunidade de trabalhar uma das marcas com mais notoriedade em Portugal, como é o caso da Chicco”.

A Judas nasce em 2020 para “trazer ‘rock and roll’ ao mercado publicitário português”, focada na inovação e no impacto das campanhas. “Em menos de quatro anos, conquista dezenas de prémios nacionais e internacionais e é distinguida nos cobiçados D&AD Awards e Cannes Lions, duas referências mundiais na área da criatividade e do design, evidenciando a força da agência em Portugal e internacionalmente”, refere a Judas em comunicado.

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Especialistas nacionais partilham a perspetiva das marcas que investem no Super Bowl

“Estar no Super Bowl é um ‘statement’, define um posicionamento”, argumenta Ana Roma Torres, sócia-gerente e criativa da Havas Play. Já Daniel Sá, diretor executivo do IPAM, aponta “a enorme dose de visibilidade e as inúmeras oportunidades de ativação”

De 2024 para 2025, o preço cobrado pelos espaços publicitários de 30 segundos no Super Bowl aumenta um milhão de dólares (cerca de €960 mil). De acordo com a Ad Age, ultrapassa este ano os oito milhões de dólares (cerca de €7,7 milhões), com a Fox Sports, que explora a comercialização da publicidade do evento desportivo da National Football League (NFL), a ter vendido, pelo menos, dez anúncios acima desse valor, a preços que rondam os €8 milhões.

Com uma audiência de 123,7 milhões de espectadores em 2024, que pode chegar aos 125 milhões em 2025, segundo a edição anglo-saxónica do jornal Marca, a final do campeonato de futebol americano, que este ano se realiza a 9 de fevereiro em Nova Orleães, é um dos eventos televisionados mais atrativos para as marcas. Em 2024, atinge os 650 milhões de dólares (cerca de €626,5 milhões).

Em 2025, ano em que os Philadelphia Eagles defrontam os Kansas City Chiefs e Kendrick Lamar atua no intervalo da prova, o Super Bowl volta a bater um recorde. A par de empresas tecnológicas como a Meta e a Google e de marcas de bebidas como a Stella Artois, a Montain Dew e a Coors Light, os laboratórios farmacêuticos lideram o investimento publicitário no certame, com a Novartis a estrear-se com uma campanha de sensibilização para a prevenção do cancro da mama.

Com a duração de 60 segundos, ‘Your Attention, Please’, o filme publicitário da campanha, protagonizado pela comediante Wanda Sykes e pela cantora e atriz Hailee Steinfeld, tem assinatura da Merkley and Partners.

Martha Stewart e Matthew McConaughey protagonizam o ‘spot’ que a Uber Eats estreia no Super Bowl LIX

Apesar de mais disputados, os espaços publicitários que acompanham a transmissão desportiva do Super Bowl LIX não são os únicos a atingir preços elevados. Há marcas que estão a pagar quatro milhões de dólares (cerca de €3,9 milhões) pela exibição de anúncios de 30 segundos nas horas que antecedem a prova, o dobro do ano passado.

“É um grande investimento, que deve ser ponderado e integrado na estratégia das marcas, mas as oportunidades não se esgotam no intervalo ou no próprio estádio, há todo um ‘storytelling’ que pode ser construído em torno deste momento, com investimentos bem inferiores e que podem ser muito eficazes”, explica ao M&P Ana Roma Torres, sócia-gerente e criativa da Havas Play.

Recurso a influenciadores dispara

Nas redes sociais, são muitas as marcas a explorar a euforia em torno do Super Bowl, recrutando influenciadores digitais para publicações nas redes sociais, ativações de marca e participações em festas e em eventos experimentais, com a intenção de gerar uma exposição orgânica.

Segundo a Ad Age, agências de gestão de influenciadores como a Digital Brand Architects e a United Talents Agency viram o número de pedidos subir consideravelmente nas últimas semanas, com a Hellmann’s, a Instacart e a Abercrombie & Fitch a figurarem entre as marcas que estão a adotar a estratégia.

“Tudo se resume a uma boa criatividade, seja para ser falado como o melhor anúncio do Super Bowl, seja para ser partilhado como a melhor ação de guerrilha do dia”, defende Ana Roma Torres. O interesse que o evento desperta leva cada vez mais marcas a quererem associar-se à onda de entusiasmo coletivo que se gera.

“O Super Bowl inicia-se semanas antes, com muitos eventos paralelos nos dias anteriores na cidade que acolhe o evento. Este autêntico ‘circo’ garante uma enorme dose de visibilidade e inúmeras oportunidades de ativação, de acordo com os objetivos e os targets de cada marca”, salienta Daniel Sá, diretor executivo do Instituto Português de Administração de Marketing (IPAM), explicando que não há em Portugal nenhum evento que se equipare ao Super Bowl.

“Na Europa, apenas a final da Champions League, que até tem maiores níveis de alcance e audiências em todo o mundo, é que se pode comparar”, refere o especialista. Em todas as ações em que as marcas se envolvem existe um denominador comum.

“Valoriza-se o espetáculo, vende-se um sonho, glorificam-se as equipas e os atletas e alimenta-se a imprevisibilidade do resultado”, sublinha Daniel Sá, explicando que “o Super Bowl, hoje um negócio de milhões, é revelador da forma como é hoje gerido o desporto”.

A Miss Piggy, de ‘Os Marretas’, regressa aos ecrãs no anúncio do Booking.com, criado pela Zulu Alpha Kilo

O diretor executivo do IPAM considera que “a máquina de marketing é monstruosa e envolve um planeamento minucioso de todos os detalhes. Além da garantia de transmissão em televisão e em ‘streaming’, há a disponibilização de sites, ‘chats’, fóruns, vídeos, redes sociais, ações promocionais e espetáculos associados, que garantem um produto perfeito de marketing atrativo para participantes e patrocinadores”.

Eventos desportivos geram mais interesse

Pela primeira vez, haverá duas emissões em espanhol, na Telemundo e na Fox Deportes, após a detentora dos direitos em espanhol de 2024, a TelevisaUnivision, ter visto a prova tornar-se na produção mais vista nas suas plataformas. A novidade atrai ainda mais marcas.

“Estar no Super Bowl é um ‘statement’ para qualquer marca, define um posicionamento”, sublinha Ana Roma Torres, explicando que o evento “tem um potencial de alcance, de eficácia e de retorno muito grande e que pode funcionar muito bem para as marcas, principalmente se souberem contar a história certa, fazendo parte do momento e nunca se sobrepondo ao mesmo”.

Um estudo do WARC Media revela que, em termos comparativos, o alcance e a consciencialização é maior no marketing desportivo, atingindo em média os 73%, face aos 3% observados em eventos musicais, causas sociais ou ativações de marca na área do ‘lifestyle’.

A utilização maciça de inteligência artificial (IA) nos anúncios ameaça, no entanto, diminuir o interesse da audiência, sendo que, face à atual ditadura do politicamente correto, a criatividade esperada também não é grande.

“Este ano, veremos uma escassez de mensagens que possam ser consideradas, de alguma forma, desagradáveis ou polarizadoras. Este será menos o Super Bowl da publicidade e mais o ‘superficial’ Bowl”, antecipa Glen Hilzinger, sócio e diretor criativo da agência Lucifer, citado na Adweek.

Häagen-Dazs, Bosch e MSC Cruises entre os estreantes

Nos meses que antecedem o Super Bowl, as várias marcas procuram capitalizar o investimento com a divulgação das notícias que anunciam a estreia no evento e com a apresentação dos ‘teasers’ das campanhas.

Em 2025, a lista inclui a marca de equipamentos elétricos Bosch, que apresenta um anúncio de 30 segundos no quarto bloco publicitário do Super Bowl LIX. Protagonizado por Antonio Banderas, o filme é idealizado pela Droga5.

A empresa de cruzeiros europeia MSC Cruises também se estreia com um filme de 60 segundos, concebido pela Highdive, que mostra os atores Drew Barrymore e Orlando Bloom numas férias num navio. A Häagen-Dazs opta por uma perseguição de automóveis e camiões para o primeiro anúncio no Super Bowl, criado pela Nice&Frank, com Vin Diesel e Michelle Rodriguez.

A MSC Cruises estreia-se no evento com um anúncio protagonizado por Orlando Bloom e Drew Barrymore

Entre os estreantes está também a plataforma de entregas Instacart, com um ‘spot’ desenvolvido pela equipa criativa da empresa, em colaboração com a agência TBWA\Chiat\Day. Para a estreia no Super Bowl, com um anúncio de 30 segundos, a marca de papel higiénico Angel Soft, recorre à Grey. Já a Coffee Mate, marca da Nestlé, delega a tarefa na Wieden+Kennedy New York. A cantora Shania Twain protagoniza o anúncio.

A Hims & Hers, a Cirkul, a Fetch e a Liquid Death estreiam-se no evento desportivo com ‘spots’ idealizados e desenvolvidos internamente. A Nerds, marca de guloseimas da Ferrara, aposta no cantor Shaboozey, numa campanha da Digitas Chicago, enquanto a NerdWallet exibe, no terceiro bloco de anúncios, um filme da Deutsch, protagonizado por uma baleia falante.

Os anunciantes do costume

A marca desportiva Skechers é a primeira a confirmar a intenção de ter um anúncio na edição de 2025 do Super Bowl, mas está longe de ser a mais repetente na prova. Entre as que somam mais participações está a Budweiser, que detém o título de maior investidor publicitário do Super Bowl.

Entre 1967 e 2020, a marca despende 470,5 milhões de dólares (cerca de €453,5 milhões) em publicidade nos intervalos do evento. Este ano, a empresa chega a ponderar a hipótese de avançar apenas com um anúncio regional, mas acaba por recuar e financiar um filme de 30 segundos, idealizado pela FCB New York.

Pela décima segunda vez consecutiva, a empresa financeira TurboTax investe no evento com uma campanha da agência R/GA. A empresa tecnológica Squarespace participa pela décima primeira vez, com um anúncio de 30 segundos, protagonizado pelo ator Barry Keoghan.

Na oitava participação, a Pringles muda de agência, apostando na FCB New York para um filme, com Adam Brody, Nick Offerman e James Harden, que pretende mostrar a nova direção criativa da marca. A Mountain Dew, refrigerante que integra o portefólio de bebidas da PepsiCo, repete a proeza pela sétima vez, com um ‘spot’ protagonizado pela artista Becky G, com criatividade da agência Goodby Silverstein & Partners.

Meg Ryan e Billy Cristal apelam ao saudosismo revivalista numa campanha da VML para a Hellmann’s

Na quinta presença consecutiva, a Hellmann’s é uma das marcas do segundo bloco de anúncios. Protagonizado pelos atores Billy Crystal e Meg Ryan, o ‘spot’, com criatividade da VML, junta novamente os atores no Kat’z Delicatessen, em Nova Iorque, para recriar uma das cenas mais memoráveis do filme ‘Um Encontro Inevitável’, de 1989.

A VLM também assina os dois anúncios de 15 segundos da The Foundation to Combat Antisemitism, que contam com a participação de Tom Brady e Snoop Dogg. A marca de cerveja Michelob Ultra regressa com um anúncio criado pela Wieden+Kennedy New York, protagonizado pelos artistas William Dafoe e Catherine O’Hara.

O Special Group assina o quinto filme seguido da Uber Eats a ser exibido no Super Bowl. A produção de 60 segundos mostra Matthew McConaughey a tentar provar, com o auxílio de Martha Stewart e Charlie XCX, que o futebol americano não passa de um estratagema para vender comida, juntando protagonistas de diferentes idades para apelar a diferentes audiências.

A quarta presença do Booking.com é da responsabilidade da agência criativa Zulu Alpha Kilo, que recupera as personagens de ‘Os Marretas’ num filme publicitário bem-humorado. Depois da estreia em 2024, a Reese’s reincide com uma campanha da Erich & Kallman. A Dove repete a participação de 2024 com uma campanha que promove o desporto feminino.

Lay’s, Meta, Stella Artois e Taco Bell regresssam

Após dois anos de ausência, tal como a Lay’s, que volta com um ‘spot’ da Highdive, a Meta regressa ao Super Bowl para publicitar os óculos que desenvolveu com a Ray-Ban, com um ‘spot’ protagonizado pelos atores Chris Hemsworth e Chris Pratt e pela socialite Kris Jenner.

O produtor de cerveja belga Stella Artois, que não investia no evento desde 2019, regressa para a quarta participação, tendo contratado Matt Damon e David Beckham para um ‘spot’, concebido pela Artists Equity Advertising, que mostra como o ex-futebolista inglês lidera com a existência de um irmão gémeo que não sabia que tinha.

A cantora Doja Cat é a estrela da campanha da Taco Bell, coprotagonizada por fãs da artista e clientes da marca

Após um hiato de três anos, a Taco Bell está de volta com um anúncio protagonizado pela artista Doja Cat. Ausente em 2024, a plataforma de ‘streaming’ Tubi, pertencente à Fox, regressa ao Super Bowl em 2025, tal como a Little Caesars e a Jeep.

Indústria automóvel é a grande ausente

Ao contrário de edições anteriores, com exceção da Jeep e da Ram Trucks, ambas da Stellantis, a indústria automóvel, que enfrenta uma quebra de vendas global, não marca presença na edição de 2025 do Super Bowl. General Motors, Ford, Toyota, BMW, Audi, Honda, Hyundai, Nissan, Lexus, Mercedes-Benz e Volkswagen são as ausências mais notadas, tal como a Kia, que esteve presente nas últimas 14 edições.

A seguradora State Farm cancela o investimento publicitário para centrar o investimento no apoio às vítimas dos incêndios de Los Angeles. A Pizza Hut, substituída pela Little Caesars como a piza oficial do evento, também não regressa em 2025. Após a rejeição da primeira versão do provocador anúncio de 2024 pela NFL, a NYX Cosmetics prefere evitar uma nova polémica e afastar-se do mediatismo do Super Bowl 2025.

 

Há mais investimento e audiência, mas a eficácia não aumenta

Apesar de os preços dos espaços publicitários terem vindo a subir exponencialmente, a eficácia não acompanha o investimento nem o crescimento da audiência do Super Bowl, ao longo dos anos.
Segundo um estudo da consultora Bottom-Line Analytics, em 2024 a taxa de eficácia dos anúncios desce, no ABX Index, de 101 para 97, o mesmo valor que atinge em 2013, apesar da audiência televisiva ter aumentado cerca de quatro milhões de telespectadores.
“Pela primeira vez, nesta década, fica abaixo dos cem e, também pela primeira vez, 48% dos ‘spots’ têm uma performance abaixo da esperada, uma percentagem que está bem acima dos 17% de 2023”, salienta Michael Wolfe, CEO da consultora, numa análise a que o M&P teve acesso.
Em 2024, só quatro de uma seleção de 15 anúncios analisados é que se revelam lucrativos para as marcas anunciantes. “Ainda que não o possamos afirmar categoricamente, acreditamos que o retorno sobre o investimento positivo a curto prazo não é muito habitual na publicidade do Super Bowl”, ressalva ainda o estudo comparativo da Bottom-Line Analytics.

A audiência do Super Bowl versus a eficácia das campanhas, segundo uma análise que reúne dados da Bottom-Line Analytics, da Nielsen e do ABX Index

 

Preços sobem 21.233% desde 1967

Entre a primeira edição do Super Bowl, em 1967, e a 59ª, em 2025, o preço do espaço publicitário de um anúncio de 30 segundos nos intervalos cresce 21.233%. Tendo em conta a inflação e as variações do dólar neste período de tempo, o aumento é de 844,59%, de acordo com o Bureau of Labor Statistics.
Em 1967, as marcas têm de pagar 37.500 dólares (cerca de €36.145) por 30 segundos, o equivalente a 354.375 dólares (cerca de €343.166) a preços de 2025. No ano a seguir, em 1968, o preço sobe para os 54.500 dólares (cerca de €52.532). Logo na quarta edição, em 1970, o preço duplica face à primeira, atingindo os 78.200 dólares (cerca de €75.375). Em 1974, o preço do espaço publicitário ultrapassa, pela primeira vez, os 100 mil dólares, sendo comercializado por 103.500 dólares (cerca de €99.762).
Na 14ª edição do Super Bowl, em 1980, o valor sobe para os 222 mil dólares (cerca de €213.980) mas, em 1982, já atinge os 400.000 dólares (cerca de €385.556), praticamente o dobro. Em 1995, o valor cobrado por cada exposição de 30 segundos ultrapassa o milhão de dólares, atingindo 1,15 milhões de dólares (cerca de €1,10 milhões).
Apesar de descer ligeiramente em 1996, o preço continua a subir nos anos seguintes. Em 2000, chega aos 2,1 milhões de dólares (cerca de €2,02 milhões). Em 2011, ultrapassa os três milhões, com a exposição televisiva de 30 segundos a valer 3,1 milhões de dólares (cerca de €2,9 milhões). Em 2014, atinge os quatro milhões de dólares (cerca de €3,8 milhões) e, apenas três anos depois, os cinco milhões de dólares (cerca de €4,8 milhões).
Em 2022, sobe para os 6,5 milhões de dólares (cerca de €6,3 milhões). Logo em 2023, bate um novo recorde, atingindo os sete milhões de dólares (cerca de €6,7 milhões), valor que mantém em 2024. Em 2025, no Super Bowl LIX, o preço mais elevado ultrapassa os oito milhões de dólares (cerca de €7,7 milhões), com marcas a pagarem à volta de €8 milhões por 30 segundos de exposição.

 

Google é o maior anunciante com 51 anúncios

A Google é o maior investidor da edição deste ano do Super Bowl. Apesar de não avançar valores de investimento, a empresa anuncia que vai exibir 51 anúncios, 50 ‘spots’ regionais de 30 segundos (um por cada Estado) e um filme publicitário nacional.
Localmente, vai promover a utilização do Google Workspace, marca que se estreia no Super Bowl, com o Gemini, mostrando como é que a ferramenta de inteligência artificial (IA) pode potenciar o crescimento de pequenos negócios.
Para o desenvolvimento do projeto, a Google recorre ao Gemini para reduzir a lista de 34 milhões de startups para cerca de 500 e depois usa o AI Studio para obter informação para os ‘briefings’ que servem de base à campanha, concebida por cinco agências. A pós-produção dos anúncios é do Cntrl Studio. Nos últimos quatro anos, a empresa tem optado por promover os novos modelos dos telemóveis Google Pixel.

 

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Publicidade em podcasts aproxima-se dos €5 mil milhões, mas cresce menos em 2025

Apesar da evolução consistente do consumo de podcasts, desafios como a capacidade de escalar a compra de anúncios e a medição do retorno limitam o investimento em publicidade neste formato, a nível mundial

Os investimentos publicitários no mercado global de podcasts vão ultrapassar os cinco mil milhões de dólares (€4,8 mil milhões), em 2025, mas a taxa de crescimento anual recua de 13,2%, em 2024, para 7,9% em 2025 e 6,5% em 2026, segundo o Global Ad Trends do WARC Media. O alcance total da audiência global de podcasts aumentará para 66% em 2025, face aos 60,6% em 2020.

Os Estados Unidos têm a maior quota do mercado publicitário global de podcasts, com 45,9% do investimento mundial neste formato de áudio, que representa 4,5% do consumo total de media com publicidade. Mas em 2025, os podcasts norte-americanos irão receber apenas 1% do investimento publicitário total previsto para os Estados Unidos, estimado em 2,4 mil milhões de dólares (€2,3 mil milhões),  o que significa que é um meio ainda pouco explorado por anunciantes.

Dados de audiências relativos a 2024 indiciam o potencial, com os utilizadores do YouTube a ouvirem cerca de 400 milhões de horas de podcasts por mês e cerca de 250 milhões de utilizadores a assistirem a podcasts em vídeo no Spotify, um consumo proveniente sobretudo da geração Z. Contudo, o investimento publicitário neste mercado tem vindo a crescer de forma lenta.

 

Apesar da evolução consistente do consumo de podcasts, a análise do WARC Media conclui que desafios como a capacidade de escalar a compra de anúncios e a medição do retorno limitam o investimento. Os ouvintes de podcasts, no entanto, tendem a ser mais recetivos à publicidade, com apenas dois em cada cinco (42%) ouvintes regulares a ignorarem os anúncios em podcasts, por os considerarem intrusivos. O relatório indica ainda que as campanhas conduzidas pelos próprios locutores superam a integração de anúncios dinâmicos e que os anúncios com mais de dois minutos são 20% mais eficazes do que os de 60 segundos ou menos.

Por outro lado, o Spotify revela um aumento de 55% na intenção de aquisição de campanhas com áudio e vídeo, face às campanhas somente em áudio. A evolução do setor aponta para um modelo cada vez mais integrado entre áudio e vídeo, com os editores e as empresas que produzem podcasts a expandirem-se também para além do áudio, focando-se nos criadores de conteúdos e no formato em vídeo.

 

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Instagram é a rede social que mais ganha com a suspensão do TikTok

A criação de conteúdos transita quase em igual medida para o YouTube Shorts e Instagram Reels, mas o número de audiências tem-se mantido consistente no Instagram, o que realça a capacidade da rede social da Meta em manter o envolvimento do público

O Instagram é a rede social que mais beneficia da suspensão do TikTok nos Estados Unidos a 19 de janeiro, segundo a análise da Billion Dollar Boy. Esta agência de marketing de influência conclui que o Instagram é a rede social com mais visualizações por vídeo e publicações, após a interrupção da rede social chinesa, superando o YouTube, que altera o algoritmo de recomendação de conteúdos para promover mais os conteúdos de criadores dos Estados Unidos.

A análise da agência britânica agrega a atividade de 10,578 criadores de conteúdos nos Estados Unidos e no Reino Unido, incluindo cerca de 78 mil publicações e 19 mil milhões de interações. Os dados comparam as principais métricas de desempenho e o volume de publicações das semanas anteriores e posteriores à decisão do Supremo Tribunal, que proíbe temporariamente o TikTok nos Estados Unidos.

Mais publicações no Reino Unido, menos envolvimento

O estudo da Billion Dollar Boy, a que o WARC teve acesso, mostra que os criadores de conteúdos do Reino Unido tentam tirar o máximo partido das cerca de 12 horas de inatividade do TikTok, com o objetivo de conquistar novas audiências junto de quem fica sem acesso aos conteúdos dos criadores norte-americanos. O resultado é o aumento de 15%, em relação à semana anterior, do número de publicações no TikTok de criadores de conteúdos do Reino Unido, após a interrupção nos Estados Unidos. O aumento de publicações de Reels no Instagram e no YouTube Shorts é de 6% e 2%, respetivamente.

Apesar do aumento de publicações, o envolvimento diminui em todas as plataformas em causa. A queda de 16% na média de visualizações por vídeo no TikTok é parcialmente explicada pelo impacto causado pela perturbação da utilização da plataforma. Em contrapartida, a análise da Billion Dollar Boy indica que a queda de 24% nas visualizações de conteúdos no YouTube deve-se ao facto de o algoritmo do YouTube “dar involuntariamente prioridade aos conteúdos dos criadores norte-americanos”, cujas audiências mais vastas geram um maior envolvimento, afetando a visibilidade dos conteúdos baseados no Reino Unido.

“Enquanto o envolvimento no Instagram se mantém estável, os criadores do Reino Unido registam um decréscimo mais acentuado nas visualizações no YouTube Shorts. Isto levanta questões sobre se o algoritmo do YouTube está a dar prioridade aos conteúdos dos criadores dos Estados Unidos, potencialmente numa tentativa de aproveitar a atual incerteza em torno do TikTok”, explica Thomas Walters, cofundador e CEO da Billion Dollar Boy.

Envolvimento no TikTok nos Estados Unidos afetado pela proibição

Nos Estados Unidos, o número de publicações dos criadores de conteúdos no TikTok após a suspensão diminui apenas 3%, em comparação com a semana anterior à interdição, enquanto a média de visualizações por vídeo desce 9%, indiciando que um “pequeno segmento” do público da rede social pode estar a “desinteressar-se”, segundo a Billion Dollar Boy.

Na sequência da suspensão do TikTok, os criadores de conteúdos norte-americanos aumentam o volume de publicações no Instagram Reels em 16% e no YouTube Shorts em 14%. Há uma queda na média de visualizações por vídeo em ambas as plataformas, mais acentuada no YouTube, o que poderá indicar que as audiências possam estar a “preferir o Instagram ao YouTube” em reação à proibição do TikTok.

“Os dados iniciais indicam que o Instagram surge como o principal beneficiário. A criação de conteúdos transita quase em igual medida para os YouTube Shorts e Instagram Reels. Geralmente, quando há um aumento da criação de conteúdos, esperar-se-ia que se traduzisse numa diminuição das visualizações, visto que a concorrência na plataforma aumenta. No entanto, o número de audiências tem-se mantido consistente no Instagram, o que realça a sua capacidade de manter o envolvimento do público, independentemente do grau de saturação do ‘feed’ do utilizador”, conclui Thomas Walters, cofundador e CEO da Billion Dollar Boy.

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Anúncios do Super Bowl 2025 têm a pior taxa de eficácia desde 2020 (com vídeos)

65 dos ‘spots’ exibidos nos intervalos do Super Bowl têm uma taxa de eficácia de 6,2, em média, numa escala de zero a dez, com o ‘spot’ da NFL ‘Somebody | It Takes All of Us’ (na foto) a obter o melhor resultado. Os leitores do USA Today, por seu lado, dão a vitória à Budweiser, num ranking dominado por cervejas

Os anúncios do Super Bowl 2025 têm a pior taxa de eficácia, com níveis de atenção que são os mais baixos desde 2020, em média. Segundo um estudo da Daivid, os anúncios transmitidos nos intervalos publicitários mais caros de sempre do Super Bowl geram emoções positivas em 47,4% dos espectadores, o que representa 3% abaixo da média nos Estados Unidos e a percentagem mais baixa nas transmissões do Super Bowl, desde 2023.

A Daivid, plataforma que mede o impacto da criatividade publicitária, analisa 65 dos ‘spots’ exibidos nos intervalos do Super Bowl, com base na Creative Effectiveness Score, métrica que combina atenção, emoção e memorização, identificando uma média de eficácia de 6,2, numa escala de zero a dez.

Com 55,8% de reações positivas junto da audiência, o ‘Somebody | It Takes All of Us’, da agência criativa 72andSunny para a NFL, é o que tem o melhor resultado. O anúncio da liga profissional de futebol americano, que divulga o programa de apoio a 50 mil organizações de jovens a nível mundial, desperta sentimentos de empatia 73% superiores à média nos Estados Unidos.

Com uma narrativa emotiva e inspiracional, o anúncio da NFL está também acima da média norte-americana, no que respeita à admiração (+107%), à inspiração (+68%), ao sentimento de orgulho (+69%) e à atenção, que é 9% superior à média nos três primeiros segundos do ‘spot’ e 13% superior nos últimos três segundos, o que revela a capacidade crescente de prender a audiência, ao longo dos 60 segundos de duração do anúncio.

Protagonizado pelo ator Harrison Ford, o filme ‘Owner’s Manual’ da Jeep, criado pela Minted Content em colaboração com a Stellantis, ocupa o segundo lugar, com 54,2% de reações positivas.

Em terceiro lugar, com 53,3%, o ‘He Gets Us’, criado pela agência Lerma para a organização sem fins lucrativos Come Near, faz a apologia de Jesus, promovendo o cristianismo sem o associar a qualquer religião.

Leitores do USA Today dão vitória à Budweiser 

Numa altura em que se analisa não só a eficácia e o impacto dos anúncios nos intervalos publicitários do Super Bowl 2025, como os preferidos e os detestados, o USA Today revela os resultados do Ad Meter 2025, que o jornal publica desde 1989. O ranking resulta da votação dos leitores, em relação aos anúncios do Super Bowl de que mais gostaram, e este ano é dominado por marcas de cerveja.

Nesta lista, que reflete apenas preferências pessoais, o primeiro lugar é ocupado pelo ‘First Delivery’, da FCB New York para a Budweiser, com o ‘The Little Farmer’, da Highdive e da Hungry Man para a Lay’s, no segundo lugar.

As restantes posições do top 5 do Ad Meter são ocupadas por anúncios de duas cervejas da Anheuser-Busch InBev, o ‘The Ultra Hustle’, da Michelob Ultra, na terceira posição, e o ‘David and Dave’, da Stella Artois, na quarta. O ‘Somebody | It Takes All of Us’, da NFL, figura em quinto lugar.

 

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Investimentos em publicidade em ‘outdoor’ e rádio são os que mais crescem em 2024

A televisão tem a maior quota do investimento publicitário a preços de tabela em Portugal, com 88,7% do total, seguida da internet (4,9%), ‘outdoor’ (2,6%) (na foto), imprensa (1,9%), rádio (1,8%) e cinema (0,2%), de acordo com os dados Media Monitor da Marktest

O ‘outdoor’ e a rádio são os meios que registam o maior crescimento do investimento em publicidade em 2024, apesar de continuarem a uma grande distância da televisão, que continua a ser o suporte privilegiado por anunciantes.

De acordo com os dados Media Monitor da Marktest, a publicidade exterior tem um aumento de 10,9% da procura por parte das marcas, seguida da rádio que sobe 8,7%. A internet surge em terceiro lugar, com um crescimento de 4%.

“A maior fatia do investimento publicitário a preços de tabela é dirigida à televisão, com 88,7% do total. A internet capta 4,9%, o ‘outdoor’ 2,6%, a imprensa 1,9%, a rádio 1,8% e o cinema 0,2%”, informa a Marktest.

Segundo a Media Monitor, no total dos meios analisados há um crescimento de 3,2% do investimento a preços de tabela, com a televisão, a crescer abaixo da média do mercado (3%), apesar da preponderância.

Nos restantes meios, imprensa e cinema, observa-se uma quebra face a 2023. No cinema, o recuo é de 4,3% e na imprensa atinge os 4,1%, de acordo com os dados do YumiAnalytics Web e do Admonitor da Media Monitor.

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