Tendências: Como será o consumidor pós-covid-19?
Qual será o impacto da crise global da covid-19 na evolução de marcas e consumidores? É este o ponto de partida de uma análise publicada pela consultora LLYC, que indica […]
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Qual será o impacto da crise global da covid-19 na evolução de marcas e consumidores? É este o ponto de partida de uma análise publicada pela consultora LLYC, que indica que a crise vai acelerar algumas tendências. Fique a par do que poderá mudar do lado dos consumidores.
1. Incerteza e procura de segurança
A evolução das preferências e comportamentos do consumidor vai ficar marcada pelo isolamento em casa. O consumo após o coronavírus vai ser novamente permeado de incertezas e procura pela segurança, como aconteceu no pós-crise de 2008.
2. Consciência pessoal
As marcas vão ter de se adaptar às expectativas dos consumidores que estão mais conscientes do que os rodeia e do seu bem-estar individual. Já estamos a testemunhar um boom de conteúdos à volta do mindfulness, fitness ou ioga. Ao mesmo tempo, as conversas sobre conciliação entre o pessoal e o profissional estão a ser intensificadas.
3. Consumo digital e criatividade
O lazer virtual, o acesso às entregas, a compra de produtos online e o recurso a várias plataformas para teletrabalho estão a reeducar os hábitos do consumidor e estão ainda a provocar uma mudança mais rápida na digitalização do que o esperado. Por outro lado, fenómenos como o da desintermediação também se vão intensificar, reduzindo obrigatoriamente o número de interacções entre as pessoas. Da mesma forma, a crise está a promover a criatividade das pessoas nas redes sociais quando se trata não apenas de consumir, mas também de produzir o seu próprio entretenimento.
4. O paradoxo da sustentabilidade ambiental
Como apontam os autores, o debate sobre a sustentabilidade ambiental, que recentemente ganhou tanta importância, provavelmente será ofuscado por outras prioridades relacionadas com a procura de segurança e foco na saúde pessoal, embora o caso da China tenha sido uma aprendizagem ao desencadear um aumento da procura pelos produtos orgânicos e uma crescente preocupação com o cuidar do meio ambiente. Resta ver de que lado a balança vai cair quando o choque inicial da crise der lugar à reflexão.
5. Consumidores mais exigentes
Os consumidores aprendem cada vez mais rápido, procuram marcas significativas que são úteis e que transcendem aspectos menos superficiais para se concentrar em tornar a vida mais fácil e mais simples. A necessidade de informações constantes causadas pela situação de pandemia também vai aumentar as expectativas dos consumidores quanto à transparência do processo. Assim, como hoje em dia as autoridades não se cansam de exigir dos cidadãos um comportamento exemplar necessário para superar a situação, essa mesma cidadania irá exigir de volta, mais do que nunca, não apenas das instituições, mas também das marcas com as quais se relacionam.
6. Uma nova empatia versus isolamento
A crise está a criar novas formas de entretenimento familiar e de aprendizagem da gestão das respectivas emoções. Reforça o papel dos relacionamentos afectivos, da construção de valores de equipa nas empresas e a importância do trabalho em conjunto para superar as adversidades. Um maior foco está também a ser colocado no bem-estar pessoal e relacional, sobre a acumulação ou o consumo desenfreado, em consonância com a previsível estagnação do crescimento económico. Paradoxalmente, a crise e a reclusão contínua também vão aumentar a sensação de isolamento e a explosão de sintomas próximos ao transtorno de stress pós-traumático.